Karoshi é uma palavra japonesa que significa morte por
excesso de trabalho. O Ministério da Saúde, Trabalho e
Bem-Estar do Japão supervisionou 4 561 empresas em
novembro de 2014 e descobriu que, em 2 300 delas, havia
registros de horas extras ilegais. Desse total, 715 empresas
tinham funcionários realizando individualmente mais de
100 horas extras por mês. Em 153 empresas, o número
de horas extras realizado por alguns funcionários havia
subido para 150 horas e, em 35, superou as 200 horas extras
mensais por funcionário, trazendo, dessa forma, riscos
à saúde e consequentemente à vida dos trabalhadores.
Segundo dados oficiais, cerca de 200 japoneses morrem
por ano por causa do excesso de horas de trabalho.
O aumento do número de casos de karoshi verificados no
Japão se deve, principalmente,
Karoshi é uma palavra japonesa que significa morte por excesso de trabalho. O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão supervisionou 4 561 empresas em novembro de 2014 e descobriu que, em 2 300 delas, havia registros de horas extras ilegais. Desse total, 715 empresas tinham funcionários realizando individualmente mais de 100 horas extras por mês. Em 153 empresas, o número de horas extras realizado por alguns funcionários havia subido para 150 horas e, em 35, superou as 200 horas extras mensais por funcionário, trazendo, dessa forma, riscos à saúde e consequentemente à vida dos trabalhadores. Segundo dados oficiais, cerca de 200 japoneses morrem por ano por causa do excesso de horas de trabalho.
O aumento do número de casos de karoshi verificados no
Japão se deve, principalmente,
Gabarito comentado
Comentário – Interpretação de Texto:
Tema central: Esta questão avalia a interpretação de texto, exigindo a capacidade de identificar, a partir de informações explícitas e implícitas, a principal causa para o aumento dos casos de karoshi no Japão. Trata-se, portanto, de uma análise sobre coerência textual e inferência – habilidades essenciais em provas de vestibular e concursos.
Justificativa da alternativa correta (E): A opção E aponta que a principal razão é o traço cultural do japonês ligado à lealdade e dedicação à empresa, manifestado em jornadas extensas de trabalho. O texto evidencia o envolvimento de milhares de empresas e funcionários em horas extras exacerbadas e destaca os riscos à saúde, sem mencionar questões salariais ou estruturais. Assim, a interpretação correta depende da leitura inferencial, entendendo que tal comportamento reflete uma cultura laboral voltada ao comprometimento intenso, ainda que não seja explicitamente narrado. Tal estratégia está de acordo com as orientações de autores como Celso Cunha e Lindley Cintra sobre leitura além do óbvio.
Análise das alternativas incorretas:
A: Relaciona o fenômeno ao atraso econômico pós-guerra. O texto não traz essa relação, sendo incoerente.
B: Aponta baixos salários para todos. O texto não faz qualquer menção a remuneração.
C: Supõe ausência de leis trabalhistas. O texto cita explicitamente fiscalização do Ministério, mostrando o contrário.
D: Menciona más condições de trabalho e higiene, não presentes no texto e irrelevantes à questão.
Elementos-chave para resolução: Atenção nas provas para palavras-chave (excesso de horas extras, riscos à saúde, fiscalização) e informações implícitas, evitando alternativas baseadas em conhecimentos externos ou generalizações que não aparecem no texto.
Segundo Bechara (Moderna Gramática Portuguesa), a correta interpretação exige análise do sentido global e dos vínculos lógicos do texto. Aqui, a cultura do trabalho é o elemento subentendido e central.
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