No séc. XVII, Jacobus Thomasius considerou que a
palavra correta para designar os estudos de metafísica
deveria ser “ontologia”.
Segundo Marilena Chauí, a metafísica consiste na
construção de um sistema teórico a partir da investigação
filosófica em torno de uma pergunta fundamental: “O que
é?”. (CHAUÍ, M. Convite à filosofia. 13. ed. São Paulo:
Ática, 2005, p. 180). Com base na afirmação acima,
assinale o que for correto.
Gabarito comentado
Resposta: C — Certo
Tema central: distinção entre metafísica e ontologia e sua designação histórica. A questão exige reconhecer uma alteração terminológica ocorrida na tradição filosófica moderna: a proposta de usar “ontologia” para nomear aquilo que antes se chamava metafísica.
Resumo teórico e justificativa: Tradicionalmente, desde Aristóteles, fala‑se em “primeira filosofia” ou “metafísica” como investigação do ser e das causas primeiras — pergunta fundamental: “O que é?”. A palavra ontologia vem do grego on (ser) + logos (discurso/ciência) e enfatiza o estudo do ser enquanto ser.
No século XVII, filósofos da tradição moderna começaram a privilegiar o termo ontologia para especificar esse ramo da filosofia. Jacobus Thomasius (século XVII) figura entre os autores que introduziram e defenderam esse uso terminológico, propondo que a designação “ontologia” seria mais adequada para os estudos acerca do ser. Assim, afirmar que Thomasius considerou “ontologia” como palavra correta para designar os estudos de metafísica no século XVII é historicamente aceitável.
Fontes e leitura recomendada: para situar a distinção conceitual e a mudança terminológica, consulte Marilena Chauí, Convite à filosofia (sobre a noção de metafísica) e entradas especializadas como a Stanford Encyclopedia of Philosophy (artigos sobre Metaphysics e Ontology) para histórico e etimologia.
Estratégia para responder questões assim: identifique palavras‑chave (nome do autor, século, termo proposto). Verifique se a proposição trata de mudança terminológica ou de mudança conceitual. Em histórico‑filosóficas, confie em fontes secundárias consagradas (manuais, dicionários de filosofia, SEP) para confirmar se um autor efetivamente introduziu ou defendeu um termo.
Resposta confirmada: Certo.
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