Sören Kierkegaard (1813-1885), precursor do
existencialismo cristão, fez críticas severas à
Filosofia moderna, pois nela o ser humano não
aparece como ser existente, mas reduzido ao
conhecimento objetivo.
Um dos elementos fundamentais da Filosofia
contemporânea é o contexto de crise da razão. Nela,
criticam-se pilares da racionalidade moderna, como a
ideia de fundação do conhecimento a partir do sujeito, e a
possibilidade de uma ação moral universal. Com base na
afirmação acima, assinale o que for correto.
Gabarito comentado
Alternativa correta: C — Certo
Tema central: a questão aborda a crise da razão na Filosofia contemporânea e a crítica aos pilares da racionalidade moderna — especialmente a redução do sujeito ao papel de fundamento objetivo do conhecimento. Entender esse tema exige conhecer a passagem do pensamento moderno (Cartesiano/Hegeliano) para críticas que valorizam a existência concreta e a subjetividade.
Resumo teórico (claro e progressivo): Kierkegaard é considerado precursor do existencialismo cristão. Contra a filosofia sistemática (ex.: Hegel), que tende a universalizar e objetivar o sujeito, Kierkegaard destaca o indivíduo concreto, a existência singular e a subjetividade. Para ele, a verdade ética e religiosa é vivida subjetivamente — não se reduz à objetividade do conhecimento científico. Obras-chave: Temor e Tremor (sobre fé), O Desespero Humano (sobre existência) e o Pós-Escrito Insubstituível (fermento da ideia “a subjetividade é a verdade”). Fontes úteis: Stanford Encyclopedia of Philosophy — entradas “Kierkegaard” e “Existentialism”.
Justificativa da resposta C: A afirmação resume corretamente a crítica kierkegaardiana: o ser humano deve ser compreendido como ser existente, com decisões, angústias e fé, e não meramente como um sujeito epistemológico abstrato. Kierkegaard opõe-se à redução do indivíduo à categoria objetiva do conhecimento; por isso é referência para o existencialismo cristão. A leitura de suas obras confirma essa ênfase na singularidade do indivíduo e na impossibilidade de reduzir a existência humana a meros fundamentos racionais universais.
Estratégia para interpretar enunciados similares: destaque termos como “ser existente”, “reduzido ao conhecimento objetivo”, e relacione autor e corrente (Kierkegaard → existencialismo cristão). Desconfie de propostas que confundem Kierkegaard com sistemáticos (ex.: Hegel) ou com existencialistas ateus (ex.: Sartre) — a crítica à objetividade e a defesa da subjetividade são a chave.
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