Questão 34268562-e0
Prova:UEM 2010
Disciplina:Filosofia
Assunto:

Sören Kierkegaard (1813-1885), precursor do existencialismo cristão, fez críticas severas à Filosofia moderna, pois nela o ser humano não aparece como ser existente, mas reduzido ao conhecimento objetivo.

Um dos elementos fundamentais da Filosofia contemporânea é o contexto de crise da razão. Nela, criticam-se pilares da racionalidade moderna, como a ideia de fundação do conhecimento a partir do sujeito, e a possibilidade de uma ação moral universal. Com base na afirmação acima, assinale o que for correto

C
Certo
E
Errado

Gabarito comentado

M
Manuela Cardoso Monitor do Qconcursos

Alternativa correta: C — Certo

Tema central: a questão aborda a crise da razão na Filosofia contemporânea e a crítica aos pilares da racionalidade moderna — especialmente a redução do sujeito ao papel de fundamento objetivo do conhecimento. Entender esse tema exige conhecer a passagem do pensamento moderno (Cartesiano/Hegeliano) para críticas que valorizam a existência concreta e a subjetividade.

Resumo teórico (claro e progressivo): Kierkegaard é considerado precursor do existencialismo cristão. Contra a filosofia sistemática (ex.: Hegel), que tende a universalizar e objetivar o sujeito, Kierkegaard destaca o indivíduo concreto, a existência singular e a subjetividade. Para ele, a verdade ética e religiosa é vivida subjetivamente — não se reduz à objetividade do conhecimento científico. Obras-chave: Temor e Tremor (sobre fé), O Desespero Humano (sobre existência) e o Pós-Escrito Insubstituível (fermento da ideia “a subjetividade é a verdade”). Fontes úteis: Stanford Encyclopedia of Philosophy — entradas “Kierkegaard” e “Existentialism”.

Justificativa da resposta C: A afirmação resume corretamente a crítica kierkegaardiana: o ser humano deve ser compreendido como ser existente, com decisões, angústias e fé, e não meramente como um sujeito epistemológico abstrato. Kierkegaard opõe-se à redução do indivíduo à categoria objetiva do conhecimento; por isso é referência para o existencialismo cristão. A leitura de suas obras confirma essa ênfase na singularidade do indivíduo e na impossibilidade de reduzir a existência humana a meros fundamentos racionais universais.

Estratégia para interpretar enunciados similares: destaque termos como “ser existente”, “reduzido ao conhecimento objetivo”, e relacione autor e corrente (Kierkegaard → existencialismo cristão). Desconfie de propostas que confundem Kierkegaard com sistemáticos (ex.: Hegel) ou com existencialistas ateus (ex.: Sartre) — a crítica à objetividade e a defesa da subjetividade são a chave.

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