Contra a moral dos aristocratas e nobres, Nietzsche defende os fracos, isto é, a moral dos escravos.

Alternativa correta: E — Errado

Tema central: compreensão da clássica distinção nietzschiana entre moral dos senhores (aristocrática) e moral dos escravos, e o que Nietzsche realmente defende (ou critica). Conhecer termos-chave — ressentiment, reavaliação dos valores, afirmação da vida — é decisivo para responder.

Resumo teórico: Em Genealogia da Moral e Além do Bem e do Mal, Nietzsche distingue duas genealogias morais. A moral dos senhores (nobre) nasce da afirmação da vida: os fortes criam valores que exaltam potência e grandeza. A moral dos escravos surge por ressentiment — os fracos invertem os valores dos poderosos, valorizando humildade, compaixão e igualdade como negativa reação à sua impotência. Nietzsche critica a moral dos escravos (especialmente na forma cristã) por ser negação da vida e por suprimir os impulsos vitais. Seu projeto é a reavaliação de todos os valores, não a defesa da moral dos fracos (ver: Nietzsche, Genealogia da Moral; Além do Bem e do Mal; Stanford Encyclopedia of Philosophy).

Por que a afirmativa é errada: a frase afirma que Nietzsche, contrariamente à moral aristocrática, defende os fracos (a moral dos escravos). Isso inverte a posição nietzschiana: ele NÃO defende essa moral — ele a diagnostica e a critica como fruto de ressentimento e de negação da vida. Nietzsche critica a moral dos poderosos quando ela se torna decadente, mas seu objetivo não é promover a moral dos fracos; é superar ambas as limitações mediante uma reavaliação que leve à afirmação da vida (ideal do Übermensch).

Dica de prova: ao ver afirmações sobre Nietzsche, cheque palavras como “defende”, “apoiar” e “moral dos escravos”. Conhecer a distinção mestre/escravo e o conceito de ressentimento evita cair na pegadinha.

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