Um dos principais temas da Filosofia patrística é o da possibilidade ou impossibilidade de conciliar razão e fé. Santo Agostinho considerava que a razão e a fé são conciliáveis, mas subordinava a razão à fé.

Resposta: C — certo.

Tema central: a questão trata da relação entre fé e razão na Filosofia patrística, sobretudo em Santo Agostinho — tópico essencial para concursos porque aparece frequentemente na prova de História da Filosofia e Filosofia Medieval.

Resumo teórico e justificativa: Santo Agostinho reconhece que fé e razão são conciliáveis: ele usa recursos racionais (filosofia, lógica, argumentos neoplatônicos) para explicar, defender e sistematizar as verdades cristãs. Ao mesmo tempo, porém, coloca a fé como ponto de partida e fonte de orientação: a razão humana depende da iluminação divina e da orientação da fé para atingir as verdades últimas. Em termos pedagógicos, podemos sintetizar assim: a razão serve à fé — não é rejeitada, mas está subordinada à autoridade e aos conteúdos revelados.

Exemplos que ilustram essa posição: em obras como Confissões e De Doctrina Christiana, Agostinho recorre à investigação racional para interpretar as Escrituras e argumentar contra hereges, mas sustenta que sem a graça e a luz divina a mente humana não alcança plenamente a verdade. Sua teoria da iluminação (a necessidade da luz divina para o conhecimento) é uma formulação clara dessa subordinação.

Fontes recomendadas: textos de Santo Agostinho (Confissões; De Doctrina Christiana; A Cidade de Deus) e obras de referência como a entrada "Augustine" na Stanford Encyclopedia of Philosophy e a História da Filosofia de Frederick Copleston (vol. sobre patrística).

Portanto, a afirmação do enunciado está correta: Agostinho concilia razão e fé, porém subordinando a razão à fé — o que confirma a alternativa C.

Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!