No Renascimento e na Idade Moderna, o corpo passa
a ser objeto da ciência, associado à ideia mecanicista
que o considera uma máquina.
O corpo tem muita importância para a Filosofia, pois
representa uma experiência universal e pré-reflexiva de
acesso ao mundo. Com base nessa afirmação, assinale o
que for correto.
Gabarito comentado
Resposta: Certo (C)
Tema central: a afirmação trata da mudança conceitual sobre o corpo no Renascimento e na Idade Moderna: ele deixa de ser entendido apenas por referências teleológicas e teológicas e passa a ser estudado como objeto científico, concebido segundo a visão mecanicista — isto é, comparado a uma máquina.
Resumo teórico e exemplos: no século XVII pensadores e cientistas (Galileu, Descartes, Harvey, Hobbes) promoveram a investigação quantitativa e experimental do corpo. René Descartes descreveu o corpo como máquina no Tratado do Homem; William Harvey demonstrou a circulação sanguínea por métodos empíricos (On the Motion of the Heart and Blood, 1628). Esse movimento valorizou medidas, mecanismos e explicações causais mecânicas, influenciando anatomia, fisiologia e medicina.
Por que a alternativa é correta: a sentença resume com precisão esse deslocamento epistemológico: o corpo passou a ser objeto de ciência e interpretado segundo categorias mecanicistas — partes articuladas, leis físicas e demonstrações experimentais — caracterizando a abordagem moderna.
Fontes e leitura recomendada: Descartes (Tratado do Homem; Meditações), William Harvey (1628), e entradas da Stanford Encyclopedia of Philosophy sobre “Mechanism” e “René Descartes” para contextualização histórica e filosófica.
Dica de prova: ao encontrar itens sobre Renascimento/Idade Moderna e corpo, associe palavras-chave — “objeto da ciência”, “mecanicista”, “máquina”, “experimental” — a autores (Descartes, Harvey, Galileo). Isso ajuda a identificar rapidamente afirmações corretas e evitar pegadinhas que misturam períodos ou sentidos (por exemplo, confundir antropologia renascentista artística com ciência mecanicista).
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