Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Dmitri Medvedev, assinaram, dia 8 de abril de 2010, em Praga, um histórico acordo de redução de armas nucleares que cortará em cerca de 30% o número de bombas atômicas instaladas em ambos os países. A assinatura do acordo representa o início da concretização de uma das metas do governo Obama, que diz querer ver um mundo livre de armas nucleares.

Adaptado de http://noticias.r7.com

Nos próximos anos, o presidente Barack Obama vai decidir se colocará ou não em operação uma nova classe de armas capaz de atingir qualquer lugar do planeta, lançada do solo dos EUA, com precisão e força suficientes para reduzir a dependência americana em relação ao arsenal nuclear.

Adaptado de Folha de S. Paulo, 24/04/2010

As alterações na política armamentista do governo norte-americano, de acordo com as reportagens, apontam para novas tensões nas relações internacionais.

Essas tensões estão associadas ao seguinte contexto:

Alternativa correta: B - crise em países do Oriente Médio

Tema central: a questão aborda mudanças na política armamentista dos EUA (redução nuclear com a Rússia e desenvolvimento de armas convencionais com alcance global) e as consequências geopolíticas dessas decisões. Para responder é preciso ligar esses sinais a regiões onde a atuação militar e as preocupações com armas (nucleares e convencionais) geram tensões internacionais — especialmente o Oriente Médio (ex.: Irã, conflitos regionais, presença militar americana).

Resumo teórico: o tratado New START (Obama–Medvedev, 2010) trata de redução de ogivas nucleares entre EUA e Rússia (fonte: US State Dept New START factsheet). Em paralelo, iniciativas como o conceito de Conventional Prompt Global Strike (CPGS) visam oferecer aos EUA capacidade convencional de atingir alvos globais rapidamente, reduzindo dependência do arsenal nuclear (ver análises do Departamento de Defesa/relatórios de política). Essas mudanças não ocorrem isoladas: afetam equilíbrios regionais, alianças e reações de estados que disputam influência ou têm programas nucleares.

Por que a alternativa B está correta: o texto menciona explicitamente o corte de armas nucleares e, logo depois, a possibilidade de uma nova arma lançada do solo dos EUA capaz de “atingir qualquer lugar do planeta”. Isso remete a debates sobre segurança no Oriente Médio — especialmente em relação ao Irã e à necessidade americana de alternativas para lidar com ameaças regionais sem recorrer a armas nucleares. Assim, as “novas tensões nas relações internacionais” mais diretamente associam-se às crises no Oriente Médio.

Análise das alternativas incorretas:

• A (cooperação China–Índia): texto não menciona Ásia nem parceria entre esses países; cooperação sino-indiana não é consequência direta de políticas armamentistas EUA–Rússia.
• C (supremacia da Comunidade Europeia): UE não é protagonista nas mudanças citadas; tratado e desenvolvimento de armas referem-se à dinâmica EUA–Rússia e suas repercussões em regiões de interesse estratégico, não à hegemonia europeia.
• D (polarização entre ex-repúblicas soviéticas): embora a Rússia esteja presente, o foco é o acordo bilateral e a capacidade global dos EUA; não há indicação no texto de aumento de polarização entre ex-repúblicas soviéticas.

Dica de interpretação: destaque palavras-chave (nomes, locais, tipos de arma, alcance) e pergunte: “quem se sente mais ameaçado por isso?” — no contexto dado, países do Oriente Médio são uma resposta direta e lógica.

Fontes sugeridas: US State Dept – New START factsheet; análises sobre Conventional Prompt Global Strike (relatórios do DoD/CRS) e informação do IAEA sobre tensões nucleares no Oriente Médio.

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