A cidade, na época do Renascimento, é um ser de
razão. Não é só vivida como também é pensada. (...)
A cidade não deve ser apenas prática. É conveniente
que seja também bela.
(DELUMEAU, Jean. A Civilização do Renascimento. Lisboa:
Editorial Estampa, 1994, p. 258-261).
Com base na citação acima, que aponta para o novo
contexto político, social, econômico e cultural da Europa nos séculos XVI e XVII, analise as afirmativas a
seguir, preenchendo os parênteses com V (verdadeiro)
ou F (falso).
( ) Os arquitetos projetaram tanto a forma urbana, a
partir de formas geométricas belas ideais, quanto
construíram, para a comodidade dos habitantes, os
palácios, as praças, as fontes e os monumentos.
( ) A centralização do Estado e a ampliação da máquina burocrática para a administração dos negócios
públicos, o comércio, a aplicação da justiça e a
cobrança dos impostos exigiram que a nobreza
se abrisse para o exercício de novas profissões.
( ) Foram criadas editoras, academias e bibliotecas,
que permitiram a expansão da cultura letrada e a
circulação de novas ideias nas principais cidades
europeias.
( ) A laicização da cultura urbana provocou o abandono de práticas religiosas na vida cotidiana e a
perda de importância da Igreja Católica na política.
O correto preenchimento dos parênteses, de cima para
baixo, é
A cidade, na época do Renascimento, é um ser de razão. Não é só vivida como também é pensada. (...) A cidade não deve ser apenas prática. É conveniente que seja também bela.
(DELUMEAU, Jean. A Civilização do Renascimento. Lisboa: Editorial Estampa, 1994, p. 258-261).
Com base na citação acima, que aponta para o novo contexto político, social, econômico e cultural da Europa nos séculos XVI e XVII, analise as afirmativas a seguir, preenchendo os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) Os arquitetos projetaram tanto a forma urbana, a partir de formas geométricas belas ideais, quanto construíram, para a comodidade dos habitantes, os palácios, as praças, as fontes e os monumentos.
( ) A centralização do Estado e a ampliação da máquina burocrática para a administração dos negócios públicos, o comércio, a aplicação da justiça e a cobrança dos impostos exigiram que a nobreza se abrisse para o exercício de novas profissões.
( ) Foram criadas editoras, academias e bibliotecas, que permitiram a expansão da cultura letrada e a circulação de novas ideias nas principais cidades europeias.
( ) A laicização da cultura urbana provocou o abandono de práticas religiosas na vida cotidiana e a perda de importância da Igreja Católica na política.
O correto preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Gabarito comentado
Tema central: A questão aborda as transformações políticas, sociais, econômicas e culturais na Europa do Renascimento (séculos XVI e XVII), analisando como a cidade e suas instituições refletiam novos valores de beleza, racionalidade e circulação de ideias.
Justificativa da alternativa correta (A):
(1ª afirmação) – Verdadeira: O Renascimento valorizou a razão, a harmonia e a estética nas cidades, influenciando profundamente arquitetura e urbanismo. Arquitetos buscavam formas geométricas e ideais clássicos, como explicado no tratado “De re aedificatoria”, de Leon Battista Alberti. Cidades/edificações mesclavam função e beleza, com praças, fontes e monumentos pensados para o usufruto coletivo, conforme destaca Jean Delumeau.
(2ª afirmação) – Falsa: A centralização estatal elevou a burocracia, mas a nobreza resistiu a ocupar cargos administrativos ou ligados ao comércio, permanecendo ligada aos privilégios tradicionais. Quem assumiu funções administrativas esse período foi, principalmente, a burguesia, grupo social em ascensão. Fique atento: é comum confundir o papel da nobreza frente a novas profissões na modernidade!
(3ª afirmação) – Verdadeira: O dinamismo cultural do Renascimento impulsionou a criação de editoras, academias e bibliotecas. Isso estimulou a circulação de ideias e o desenvolvimento da cultura letrada nas grandes cidades europeias, fortalecendo o ambiente intelectual e científico.
(4ª afirmação) – Falsa: A laicização da cultura não significou o abandono do religioso. Apesar do avanço do humanismo e do pensamento crítico, a Igreja Católica manteve enorme influência social e política, como demonstra a atuação da Contrarreforma. Atenção: as provas frequentemente “pegam” quem interpreta laicização como “rejeição” total das práticas religiosas!
Análise crítica das alternativas: Você deve comparar cuidadosamente cada assertiva com os conceitos históricos centrais: o papel transformador do Renascimento, a resistência nobiliárquica à burocracia, e a lenta, gradual separação
entre Igreja e vida pública. Evite generalizações e fique alerta para trocas sutis de termos como “laicização” vs. “abandono do religioso”.
Resumo estratégico: Interprete cada afirmação com base no contexto da época; busque palavras-chave e relacione-as a exemplos históricos sólidos. O conhecimento de autores como Jean Delumeau e referências como “De re aedificatoria” fortalece suas justificativas.
Gabarito comentado: Alternativa A (V – F – V – F)
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