A atividade científica, enquanto uma prática social, tem nuances diferenciadas em cada período histórico.


Em relação à filosofia e à ciência, é correto afirmar:

Alternativa correta: A

Tema central: trata-se da relação histórica entre filosofia e ciência, especialmente no mundo grego — importante para identificar diferenças metodológicas (experimento vs. observação), caráter qualitativo vs. quantitativo e sequência histórica (antiguidade → medieval → moderna).

Resumo teórico: Na Grécia antiga a investigação do mundo natural integrava-se à filosofia: o que chamamos hoje de “ciência” era parte da filosofia natural. Aristóteles e outros buscavam explicações racionais, teleológicas e conceituais; faziam observações e classificações, mas não empregavam o método experimental controlado característico da ciência moderna. A física aristotélica é essencialmente qualitativa e finalista. A ciência medieval retomou e reinterpretou muitos dos saberes antigos; a ciência moderna (a partir do século XVI–XVII, p.ex. Bacon, Galileo, Newton) instituiu o método experimental sistemático e a matematização da natureza.

Justificativa da alternativa A: Dizer que a ciência grega era também filosófica está correto porque a investigação natural estava imbricada à reflexão filosófica sobre causas, princípios e estruturas do mundo — não havia separação clara entre filosofia e ciência como nas épocas posteriores. Fontes: Aristóteles (Física, Metafísica); Stanford Encyclopedia of Philosophy — entradas sobre Aristotle e history of science.

Análise das incorretas:

B — Errada: Aristóteles realizou observações e classificações, mas não usou o método experimental moderno (experimentos controlados e repetíveis). Bacon e o método experimental surgem depois.

C — Errada: A física aristotélica prioritiza qualidades, causas e funções (finalismo); a matemática e a quantificação só ganham centralidade com Galileu e a ciência moderna.

D — Errada: A sequência histórica é: antiguidade → medieval → moderna. Logo, a ciência moderna não precede a medieval.

E — Errada: Para muitos gregos (especialmente na tradição aristotélica e platônica), o saber contemplativo (theoria) era valorizado como superior ao saber técnico ou prático, ou seja, não estava diretamente subserviente a interesses utilitários.

Dicas de prova: procure palavras-chave (método, quantitativo, precedeu, contemplativo) e verifique se a alternativa confunde períodos ou métodos; desconfie de afirmações absolutas que invertam a cronologia ou atribuam ao antigo o que é inovação moderna.

Fontes rápidas: Aristóteles — Física e Metafísica; Francis Bacon — Novum Organum; Stanford Encyclopedia of Philosophy (entries: "Aristotle", "Scientific Revolution").

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