A criação do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), em 1939, insere-se dentro de uma política
que buscava:
Gabarito comentado
Alternativa correta: B
Tema central: a criação do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda, 1939) no contexto do Estado Novo (Getúlio Vargas). É necessário entender a função do DIP como órgão de controle da comunicação e instrumento de construção de consenso político através da propaganda estatal.
Resumo teórico: durante regimes autoritários a propaganda de Estado busca legitimar o poder, moldar a opinião pública e criar identificação entre o povo e a figura do líder. No Brasil, o Estado Novo (1937–1945) utilizou rádio, cinema, imprensa e material gráfico, coordenados pelo DIP, para promover a imagem do governo e de Vargas, controlar informações e censurar posições dissidentes. Fontes úteis: CPDOC/FGV sobre Estado Novo; obras de Boris Fausto e Thomas Skidmore sobre o período.
Justificativa da alternativa B: o DIP teve papel central na promoção da figura pessoal do chefe do governo. Suas ações incluíam campanhas de exaltação da liderança de Vargas, produção de notícias favoráveis, noticiários cinematográficos e programas de rádio oficiais (por exemplo, instrumentos como a programação governamental que divulgava ações do governo). Assim, sua finalidade principal era consolidar a imagem do chefe como símbolo de ordem e progresso — ou seja, o culto à figura pessoal do líder.
Análise das alternativas incorretas:
A - fortalecer a livre participação do capital estrangeiro. Errado. O DIP não tratava de políticas econômicas nem de incentivar livre participação de capital estrangeiro; era um órgão de propaganda e censura, não uma secretaria econômica.
C - defender a existência de um partido único. Parcialmente enganosa. Embora o Estado Novo tenha suprimido partidos e concentrado poder, o DIP não tinha como objetivo central “defender um partido único”; seu foco era a propaganda do regime e do líder. O regime atuou sem partidos, mas o DIP trabalhava na legitimação do projeto autoritário, sobretudo via imagem do chefe.
D - estatizar os meios de comunicação. Errado. O DIP controlava e censurava conteúdos e coordenava campanhas oficiais, mas não caracterizou uma política de estatização dos meios. A estratégia foi a censura, manipulação e uso da mídia, não sua apropriação formal pela União.
E - desestabilizar as Forças Armadas. Errado. Pelo contrário, o regime buscou apoio e cooperação das Forças Armadas; o DIP não atuava para desestabilizá-las, e sim para fortalecer a legitimidade do governo perante todos os setores, inclusive militares.
Dica de interpretação: em enunciados sobre órgãos de propaganda, associe imediatamente a termos como “culto ao líder”, “controle da informação”, “censura” e “legitimação do regime”. Desconfie de alternativas que tratem de medidas econômicas (A) ou de estatização formal (D) quando o tema é propaganda.
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