Passando abruptamente de um estilo primitivo e solene, de lenda, à crônica
jocosa e, desta, ao distanciamento crítico da paródia, o escritor
___________________________ jogou sabiamente com níveis de
consciência e de comunicação diversos, justificando plenamente o título de
____________________________, mais do que de “romance”, que
emprestou a sua obra ____________________________ .
Mantida a sequência, preenchem adequadamente os espaços em branco:
Passando abruptamente de um estilo primitivo e solene, de lenda, à crônica jocosa e, desta, ao distanciamento crítico da paródia, o escritor ___________________________ jogou sabiamente com níveis de consciência e de comunicação diversos, justificando plenamente o título de ____________________________, mais do que de “romance”, que emprestou a sua obra ____________________________ .
Mantida a sequência, preenchem adequadamente os espaços em branco:
Gabarito comentado
Tema central da questão: Interpretação de texto literário, mobilizando conhecimentos de coerência, coesão e, especialmente, de semântica para o reconhecimento de estilos narrativos, gêneros e autores da literatura brasileira.
O enunciado explora as características estruturais e estilísticas de uma obra marcada pela mistura de estilos (lenda, crônica jocosa, paródia) e pelo uso do termo “rapsódia”. A questão exige que o candidato compreenda tanto o sentido literal dos termos quanto o contexto histórico-literário.
Alternativa correta: D
Mário de Andrade; “rapsódia”; Macunaíma.
Justificativa: Mário de Andrade, no Modernismo brasileiro, escreveu “Macunaíma”, subtitulada “o herói sem nenhum caráter”, definindo-a como “rapsódia”, termo que remete à justaposição de episódios, estilos e tradições, como na literatura oral grega. O texto cita a transição entre estilos (primitivo, jocoso, crítico), o que se coaduna com “Macunaíma”. Segundo Evanildo Bechara (Moderna Gramática Portuguesa), interpretar um texto é compreender traços implícitos e explícitos impostos pelo contexto.
Análise das alternativas incorretas:
- A) Manuel Antônio de Almeida; “folhetim”; Memórias de um sargento de milícias. Incorreta: O livro realmente foi um folhetim, mas não apresenta o hibridismo narrativo e o subtítulo de “rapsódia”.
- B) Machado de Assis; “memórias”; Memórias póstumas de Brás Cubas. Incorreta: O romance de Machado inova na linguagem, mas nunca usou o termo “rapsódia” nem apresenta exatamente tal mescla estilística.
- C) Raul Pompeia; “crônica”; O Ateneu. Incorreta: “O Ateneu” é um romance de formação, sem a mescla estilística ou o subtítulo indicado.
- E) Jorge Amado; “saga”; Capitães da Areia. Incorreta: “Capitães da Areia” é uma narrativa social, sem caráter de rapsódia.
Estratégia para resolver questões assim: Fique atento a palavras-chave e à necessidade de reconhecer a correspondência entre o conceito dado (neste caso, a “rapsódia”) e o autor/obra que, de fato, utilizou essa classificação. Quando o enunciado fala em transição de estilos e níveis de consciência, está apontando para experimentação e mistura—característica central de “Macunaíma”.
Portanto, “rapsódia” remete diretamente ao subtítulo da obra, DEMONSTRANDO COERÊNCIA, e coerência temática e semântica são os critérios decisivos para a resposta.
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