Computador vence humano em Go, jogo mais
complexo que xadrez
Um computador, enfim, bateu um humano em
Go, jogo chinês conhecido por ser um dos mais
complexos do mundo. A ideia é simples: peças
são colocadas sobre os pontos formados no
tabuleiro, se você cerca uma ou mais pedras
adversárias, elas se tornam suas. Nenhuma peça
se mexe, apenas novas são adicionadas. O ponto
é que a grande quantidade de casas no tabuleiro
aumenta muito as possibilidades de estratégias do
jogo - uma partida pode ter mais resultados do que
a quantidade de átomos estimados no universo -,
o que torna quase impossível um computador
calcular as melhores jogadas. Ou melhor, tornava.
O Google acredita que esse desafio vai ficar no
passado. A empresa afirma ter inventado uma
máquina que é praticamente imbatível no jogo.
Para conseguir fazer um computador que
performasse bem em Go, os programadores não
ensinaram a máquina a seguir as regras, eles
ensinaram a máquina a pensar. O jogador
robótico, chamado de AlphaGo, tem um software
que consegue interpretar padrões em um sistema
que tenta simular o aprendizado humano. O robô
estudou 30 milhões de jogadas feitas por
especialistas e depois foi colocado contra 50
outros computadores, gerando novas análises ao
final de cada partida. Na prática, esse tipo de
estudo pode ser utilizado em qualquer ocasião,
seja em outros jogos ou até mesmo fora do
tabuleiro, analisando padrões em exames médicos
ou repetições notadas em mudanças climáticas e
econômicas, por exemplo.
(Disponível em:
https://super.abril.com.br/tecnologia/computador-vencehumano-em-go-jogo-mais-complexo-que-xadrez/
Acesso em: 24 set. 2018.)
Considere o trecho da reportagem destacado em
negrito. De acordo com este trecho da
reportagem, o desenvolvimento do jogador
robótico “AlphaGo” foi baseado na seguinte
tecnologia:
Gabarito comentado
Tema central da questão: O foco é identificar qual tecnologia permitiu que o AlphaGo, programa desenvolvido pelo Google para jogar Go, aprendesse a agir de maneira semelhante à inteligência humana. A questão destaca o conceito de “ensinar a máquina a pensar”, base das pesquisas recentes em inteligência artificial (IA).
Explicação do tema e justificação da alternativa correta:
A inteligência artificial refere-se a sistemas computacionais capazes de simular funções cognitivas humanas como aprendizado, análise de padrões e tomada de decisão. No caso do AlphaGo, não foi usada apenas uma “programação de regras”, mas sim um sistema que aprendeu a partir de milhões de jogadas analisadas, processo chamado aprendizado de máquina.
Em Atualidades, é fundamental diferenciar inovações tecnológicas que envolvem o “aprender” das que apenas facilitam comunicação ou armazenam dados. A alternativa B) Inteligência Artificial está correta, pois descreve com precisão a tecnologia empregada: um sistema capaz de raciocinar e melhorar sua performance com base em experiências, tal qual o AlphaGo.
Análise das alternativas incorretas:
A) Wi-fi: Tecnologia de conexão sem fio. Não envolve aprendizado de máquinas.
C) Android: Sistema operacional para dispositivos móveis, não se refere à capacidade autônoma de pensar.
D) Pen-drive: Dispositivo de armazenamento portátil. Não possui funções cognitivas.
E) Bluetooth: Comunicação de dados em curta distância, não relacionada a aprendizado ou raciocínio computacional.
Estratégias de interpretação: Ao ler questões de ciência e tecnologia, busque as palavras-chave (“pensar”, “aprender”, “identificar padrões”) que indicam IA ou aprendizado de máquina. Atenção para não confundir com termos de hardware (pen-drive) ou conectividade (Wi-fi, Bluetooth).
Resumo para provas: Se a questão falar em ‘máquinas que aprendem ou pensam’, desconfie que a resposta correta será Inteligência Artificial, exceto se houver termos específicos da robótica ou automação.
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