Considerando-se a crise econômica mundial iniciada, em 1929, com a quebra da Bolsa de Nova Iorque, é CORRETO afrmar que
Gabarito comentado
Alternativa correta: A
Tema central: impacto mundial da Grande Depressão (1929) — exige entender canais de transmissão da crise: mercados financeiros, comércio exterior e crédito internacional.
Resumo teórico: o crash de Nova Iorque gerou retirada de capitais e forte contração do crédito. Países com dependência de empréstimos e investimentos norte‑americanos sofreram de imediato; a queda na demanda mundial e nos preços das exportações aprofundou a recessão global (ver Kindleberger, The World in Depression, 1929–1939).
Por que A está certa: a Alemanha dependia de empréstimos de curtíssimo e médio prazo vindos dos EUA (planos Dawes/Young). Quando os capitais norte‑americanos foram chamados de volta após o crash, houve colapso bancário e contração de crédito, produzindo impacto rápido e violento sobre a economia alemã — desemprego e falência de empresas explicam a resposta imediata.
Por que as outras estão erradas:
B: afirma que a crise alimentou uma espiral inflacionária. Na realidade, o que predominou foram processos deflacionários: queda de preços, redução do crédito e contração do consumo/investimento.
C: sugere que a URSS foi diretamente atingida por perda de exportações de petróleo. A economia soviética, sendo planificada e menos dependente do comércio mundial, sofreu bem menos pelos canais financeiros internacionais; suas exportações eram limitadas e o país manteve políticas internas de industrialização que o tornaram relativamente isolado da recessão.
D: diz que o efeito sobre a América do Sul decorreu da repatriação de capital estrangeiro. Embora tenha havido fuga de capitais, o golpe mais imediato foi a queda da demanda e dos preços das commodities (exportações), não primariamente a repatriação como causa exclusiva.
Estratégia de prova: identifique os mecanismos econômicos (crédito vs comércio) e palavras-chave do enunciado como “imediato”/“violento”. Relacione com fatos concretos (empréstimos americanos à Alemanha) para eliminar alternativas que confundem inflação/deflação ou exageram o impacto sobre economias isoladas.
Fontes sugeridas: Charles P. Kindleberger, The World in Depression, 1929–1939; J. M. Keynes, The General Theory.
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