A dinamização da produção e da exportação de madeiras preciosas e da erva-mate, na Província do Paraná, no final do século XIX, está relacionada com
Gabarito comentado
Resposta correta: E
Tema central: transporte e integração regional como fator determinante na expansão das atividades econômicas do Paraná (madeiras de lei e erva-mate) no final do século XIX. Para resolver a questão é preciso relacionar logística (custos e meios de transporte) com dinâmica de produção e exportação.
Resumo teórico: no século XIX, a disponibilidade de meios eficientes de transporte reduz custos e amplia mercados. No Sul do Brasil, a construção de ferrovias e o aperfeiçoamento das ligações com portos permitiram que produtos da zona interiorana chegassem com maior rapidez e menor custo ao mercado externo, estimulando a exploração e exportação de matérias-primas (madeiras nobres, erva-mate, etc.). Exemplos locais: a Estrada de Ferro Curitiba–Paranaguá (iniciada na década de 1880) e outras ligações que facilitaram o escoamento para portos.
Justificativa da alternativa E: a expansão das estradas de ferro vinculou o interior paranaense aos portos, reduzindo o tempo e o custo do transporte. Isso tornou viável a extração em larga escala e a exportação de madeiras preciosas e erva-mate, que até então eram limitadas por transporte caro e difícil. Portanto, o avanço ferroviário é a explicação direta e histórica para a dinamização mencionada.
Análise das alternativas incorretas:
A: “pés vermelhos” refere-se a povos indígenas; a expressão e sua utilização não explicam a expansão comercial e logística que transformou a produção em escala exportadora.
B: A Guerra do Contestado ocorreu já no início do século XX (1900–1916) e sua desocupação não é fator causador direto da explosão exportadora no final do século XIX.
C: O tropeirismo era mais importante em ciclos anteriores e não foi responsável pelo aumento da produção exportável em escala industrial no fim do século XIX; além disso, tropeirismo não cria infraestrutura de escoamento necessária.
D: O declínio do café paulista ou fluminense não explica a expansão madeireira e da erva-mate no Paraná; são processos distintos — a mudança regional de protagonismo agrícola não é a causa logística direta.
Dica de prova: sempre pergunte-se: “qual fator altera custos e acesso ao mercado?” Em economia histórica, respostas que citam infraestrutura de transporte costumam ser decisivas.
Fontes sugeridas: Boris Fausto, História do Brasil; estudos do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná sobre ferrovias e economia regional.
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