Os números preocupantes sobre a saúde do brasileiro
indicam que alguns hábitos alimentares favoreceram o
crescimento da incidência dos índices de sobrepeso e
obesidade e, paralelamente, de doenças como diabetes
e hipertensão arterial. Isso sinaliza que o Brasil precisa
reforçar suas políticas públicas para a conscientização
sobre alimentação adequada. Entre as diversas ações
em curso, merece destaque a questão da rotulagem dos
produtos industrializados.
O “modelo semafórico nutricional”, que indica as
quantidades de ingredientes como açúcar, gorduras
e sal na parte frontal da embalagem, de acordo com
recomendações de consumo diário adotadas em alguns
países da Europa e EUA, ou das “figuras geométricas” na
cor preta com inscrições como “alto em açúcar” ou “alto
em gordura saturada”, adotado no Chile, são algumas das
alternativas. Esse seria, segundo alguns representantes
do setor, o modelo mais eficiente na transmissão da
mensagem ao consumidor. Mas cabe a pergunta: mais
eficiente em informar ou em aterrorizar?
Disponível em: www.gazetadopovo.com.br. Acesso em: 11 dez. 2017.
Apoiando-se na premissa de que alguns dados contidos
nas embalagens dos alimentos podem influenciar hábitos
alimentares, esse texto faz uma crítica a quê?
Os números preocupantes sobre a saúde do brasileiro indicam que alguns hábitos alimentares favoreceram o crescimento da incidência dos índices de sobrepeso e obesidade e, paralelamente, de doenças como diabetes e hipertensão arterial. Isso sinaliza que o Brasil precisa reforçar suas políticas públicas para a conscientização sobre alimentação adequada. Entre as diversas ações em curso, merece destaque a questão da rotulagem dos produtos industrializados.
O “modelo semafórico nutricional”, que indica as quantidades de ingredientes como açúcar, gorduras e sal na parte frontal da embalagem, de acordo com recomendações de consumo diário adotadas em alguns países da Europa e EUA, ou das “figuras geométricas” na cor preta com inscrições como “alto em açúcar” ou “alto em gordura saturada”, adotado no Chile, são algumas das alternativas. Esse seria, segundo alguns representantes do setor, o modelo mais eficiente na transmissão da mensagem ao consumidor. Mas cabe a pergunta: mais eficiente em informar ou em aterrorizar?
Disponível em: www.gazetadopovo.com.br. Acesso em: 11 dez. 2017.
Apoiando-se na premissa de que alguns dados contidos nas embalagens dos alimentos podem influenciar hábitos alimentares, esse texto faz uma crítica a quê?
Gabarito comentado
Tema central: Interpretação de texto e análise crítica do discurso. O objetivo da questão é avaliar sua capacidade de identificar o foco da crítica feita pelo autor em relação à rotulagem de alimentos.
Análise da alternativa correta - (A):
"À forma de organizar as informações nos rótulos dos produtos."
O texto discute os modelos de rotulagem nutricional e, sobretudo, questiona a eficiência dessas formas de apresentar informações ao consumidor. O autor propõe o debate entre informar e causar temor, sinalizando que a crítica está em como os dados são organizados e comunicados nos rótulos. É esse o ponto central segundo a norma-padrão de leitura literal e inferencial destacada por Bechara: "deve-se localizar a intenção comunicativa e avaliar o eixo argumentativo do texto".
Análise das alternativas incorretas:
B) Às práticas de consumo e sua relação com a saúde alimentar do brasileiro.
Incorreta: Apesar do texto citar os hábitos alimentares, a crítica não recai sobre os hábitos em si, mas sim sobre a rotulagem.
C) À relação entre os índices de sobrepeso e determinadas epidemias.
Incorreta: Mencionar doenças relaciona-se ao contexto, mas não é alvo direto da crítica.
D) Às políticas públicas de saúde adotadas por países estrangeiros.
Incorreta: O texto apenas exemplifica modelos estrangeiros; a crítica é à apresentação das informações.
E) Ao desconhecimento da população sobre a composição dos alimentos.
Incorreta: O texto não trata da ignorância da população, mas de possíveis efeitos negativos da rotulagem nos consumidores.
Estratégia para provas: Preste atenção especial ao núcleo da crítica ou da reflexão apresentada no texto. Palavras interrogativas e conectivos, como "mas cabe a pergunta", destacam o ponto de reflexão, guiando sua análise.
De acordo com gramáticos como Cunha & Cintra, compreender o "foco da argumentação" permite descartar alternativas que ampliam, restringem ou deslocam o tema.
Resumo: A alternativa A é a correta pois traduz o questionamento do texto sobre como as informações nutricionais são apresentadas nos rótulos, apoiando-se na leitura crítica e na identificação da intenção do autor.
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