Não cobra assinatura. Não cobra para fazer o
download. Não tem anúncios. Não tem compras dentro
do aplicativo. Mas, então, como o WhatsApp ganha
dinheiro? Ou melhor, que tipo de magia fez o Facebook
decidir comprar o app por R$ 19 bilhões, em 2014?
Quando fundado em 2009, o WhatsApp cobrava
US$ 1 por instalação em alguns países. Em outros, a
empresa cobrava US$ 1 por ano como forma simbólica de
assinatura. E, em alguns outros, o app era completamente
gratuito, caso do Brasil.
Em agosto de 2014, ano da compra pelo Facebook,
cerca de 600 milhões de pessoas usavam o aplicativo de
mensagens. Até setembro do mesmo ano, os relatórios
financeiros do Facebook apontavam que o faturamento
da empresa não ultrapassava a casa do US$ 1,3 milhão,
menos de um centésimo do valor da compra. Se você
pensou “então o WhatsApp não dá dinheiro”, isso
faz algum sentido. O que levou o Facebook a gastar
tanto, então?
Especialistas apontam o “big data” — campo da
tecnologia que lida com grandes volumes de dados digitais
— como impulsionador da compra. Com mais informações,
a empresa pode analisar melhor o comportamento
dos usuários.
Em agosto de 2016, o WhatsApp começou a
compartilhar dados com o Facebook. O objetivo?
Fomentar relações entre as bases de Facebook,
WhatsApp e Instagram — sugerir amizades em uma rede
com base em contatos da outra, por exemplo — mas,
principalmente, otimizar a recomendação de publicidade.
Afinal, é aí que está o maior volume de faturamento do
Facebook atualmente.
Disponível em: https://noticias.uol.com.br. Acesso em: 4 jun. 2019 (adaptado).
As estratégias descritas no texto para a obtenção de
lucro de forma indireta fundamentam-se no(a)
Não cobra assinatura. Não cobra para fazer o download. Não tem anúncios. Não tem compras dentro do aplicativo. Mas, então, como o WhatsApp ganha dinheiro? Ou melhor, que tipo de magia fez o Facebook decidir comprar o app por R$ 19 bilhões, em 2014?
Quando fundado em 2009, o WhatsApp cobrava US$ 1 por instalação em alguns países. Em outros, a empresa cobrava US$ 1 por ano como forma simbólica de assinatura. E, em alguns outros, o app era completamente gratuito, caso do Brasil.
Em agosto de 2014, ano da compra pelo Facebook, cerca de 600 milhões de pessoas usavam o aplicativo de mensagens. Até setembro do mesmo ano, os relatórios financeiros do Facebook apontavam que o faturamento da empresa não ultrapassava a casa do US$ 1,3 milhão, menos de um centésimo do valor da compra. Se você pensou “então o WhatsApp não dá dinheiro”, isso faz algum sentido. O que levou o Facebook a gastar tanto, então?
Especialistas apontam o “big data” — campo da tecnologia que lida com grandes volumes de dados digitais — como impulsionador da compra. Com mais informações, a empresa pode analisar melhor o comportamento dos usuários.
Em agosto de 2016, o WhatsApp começou a compartilhar dados com o Facebook. O objetivo? Fomentar relações entre as bases de Facebook, WhatsApp e Instagram — sugerir amizades em uma rede com base em contatos da outra, por exemplo — mas, principalmente, otimizar a recomendação de publicidade. Afinal, é aí que está o maior volume de faturamento do Facebook atualmente.
Disponível em: https://noticias.uol.com.br. Acesso em: 4 jun. 2019 (adaptado).
As estratégias descritas no texto para a obtenção de lucro de forma indireta fundamentam-se no(a)
Gabarito comentado
Tema central: Interpretação de texto, com foco na identificação da ideia principal e análise de como as estratégias de lucro indireto são apresentadas.
Justificativa da alternativa correta (D):
O texto relata que o compartilhamento de dados entre WhatsApp e Facebook não tem como objetivo a cobrança direta de serviços, mas sim a utilização das informações dos usuários para otimizar a publicidade. Assim, o valor das informações no mundo contemporâneo é o aspecto central das estratégias de lucro indireto. Segundo Celso Cunha & Lindley Cintra, identificar a tese de um texto requer perceber a relação de causa e consequência: aqui, o “big data” e as informações geram possibilidade de receita para o Facebook.
Portanto, a coerência textual se manifesta ao articular como as ações descritas apontam para o valor dos dados – e não de cobrança ou monopólio.
Análise das alternativas incorretas:
A) Fala de “reconhecimento da mudança de comportamento”. O texto trata do uso de dados para lucrar com publicidade, não apenas da análise de comportamentos.
B) Cita “monopolizar o mercado de redes sociais”. Não há menção, no texto, à intenção de monopólio, mas ao uso de informações visando lucro.
C) “Arriscar na compra de concorrentes” sugere estratégia de aquisição, mas o texto enfatiza o que se faz após a compra, demonstrando o uso dos dados, não o risco.
E) O “impacto social de oferecer soluções gratuitas” não é abordado; nada se fala sobre consequência social, mas sim sobre rentabilização por dados.
Estratégia de resolução: Ao interpretar textos no ENEM e outros concursos, busque sempre a ideia principal vinculando elementos recorrentes do texto (ex.: dados, publicidade, big data) e evite alternativas que extrapolam ou distorcem as informações apresentadas.
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