Letramento entra em cena

            Houve uma significativa mudança conceitual com a entrada em cena da ideia de letramento ou níveis de alfabetismo, a partir da década de 1980. Trocando em miúdos, deixou-se de lado a divisão entre indivíduos alfabetizados (capacitados para codificar e decodificar os elementos linguísticos) e analfabetos. O letramento implica associar escrita e leitura a práticas sociais que tenham sentido para aqueles que as utilizam, além de pressupor níveis de domínio das práticas que exigem essas habilidades.

BARROS, R. Disponível em: http://revistaeducacao.uol.com.br.

Acesso em: 1 ago. 2012 (adaptado). 

A ideia de letramento compreende a alfabetização de forma processual. Pela leitura e análise do texto, para que o cidadão entre efetivamente no mundo da escrita, a escola deve dar condições a ele de

Tema central: Interpretação de texto, focado na diferença entre alfabetização e letramento. O aluno deve identificar, pelo texto, qual é a competência necessária para promover a inserção no universo da escrita de forma significativa e funcional.

Justificativa da alternativa correta:

A alternativa A) dar sentido ao que é lido é a correta. O texto destaca que o letramento exige mais que conhecer letras ou sons: pressupõe a associação da leitura e da escrita a práticas sociais que tenham sentido para o usuário. Assim, o “dar sentido” é fundamental para o conceito de letramento defendido pela autora do texto, corroborando o que Magda Soares define: letramento é a apropriação efetiva do uso social da leitura e da escrita. Ou seja, o indivíduo precisa compreender os textos e construir significado a partir do que lê.

Análise das alternativas incorretas:

B) decodificar as palavras: Refere-se ao simples processo de transformar sinais gráficos em sons e vice-versa; trata-se de alfabetização, mas é insuficiente para o letramento, pois falta a compreensão.
C) expressar-se oralmente: Relaciona-se à comunicação verbal, não diretamente ao uso e compreensão das práticas de leitura e escrita no contexto social.
D) assinar o próprio nome: Habilidade básica adquirida na alfabetização, sem garantir compreensão de textos ou participação nas práticas sociais mediadas pela escrita.
E) soletrar as palavras: Envolve apenas a nomeação sequencial das letras das palavras (atividade mecânica), sem vinculação à construção de sentido ou função social do texto.

Estratégias de interpretação:

Procure sempre identificar palavras-chave e expressões determinantes no texto – como “práticas sociais”, “sentido” e “níveis de domínio”. Alternativas que se restringem à decodificação ou à simples mecânica da leitura devem ser descartadas em questões sobre letramento.

Referência: Segundo Magda Soares (2004), o letramento só se concretiza quando o conhecimento da leitura e da escrita é utilizado nas práticas sociais.

Conclusão: Na prova do Enem e em concursos, atente-se ao sentido amplo dos conceitos e relacione-os ao uso social da linguagem! Dominar essa diferenciação potencializa sua interpretação de textos em qualquer situação.

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