Entre as principais características do regime militar brasileiro (1964-1985), podemos citar

Alternativa correta: A

Tema central: características do regime militar (1964–1985) — é preciso reconhecer elementos políticos, jurídicos e repressivos que marcaram esse período, principalmente a consolidação do autoritarismo após o Ato Institucional nº 5 (AI-5).

Resumo teórico: após o golpe de 1964 os militares instituíram um regime autoritário que se formalizou com atos institucionais e a Constituição de 1967. O AI-5 (13/12/1968) ampliou poderes executivos: fechou o Congresso, suspendeu garantias constitucionais, autorizou intervenção federal e promoveu censura, prisões políticas e tortura. Agências como DOI-CODI e o Serviço Nacional de Informações intensificaram a repressão. Fontes: Ato Institucional nº5 (1968); Constituição de 1967; Relatório da Comissão Nacional da Verdade (2014); Peter H. Skidmore, estudos sobre o regime militar.

Por que A está correta: a alternativa aponta o “forte autoritarismo político” e sua intensificação com o AI-5 — exatamente o núcleo do período autoritário: suspensão de direitos políticos, repressão sistemática e limitação das liberdades públicas. Esses fatos são documentados pelo próprio AI-5 e por relatórios históricos e de direitos humanos.

Por que as outras estão incorretas:

B — Privatizações em larga escala ocorreram principalmente a partir da década de 1990 (governo Collor/Itamar/privatizações posteriores). No regime militar houve estatização e criação de grandes estatais (Eletrobras, Petrobrás já existia) e investimento público; não foi marcado por um esforço de privatização como alternativa sugere.

C — O Acordo Nuclear Brasil-Alemanha (1975) tratou de cooperação tecnológica ostensivamente para fins civis; gerou suspeitas sobre ambições de enriquecimento, mas não oficializou política de armamento nuclear. A afirmação é imprecisa e transforma suspeita em fato.

D — Não houve plena “unidade” das Forças Armadas: existiram dissensos e disputas internas (linha-dura vs. moderados) que marcam nomes como Castelo Branco, Medici, Geisel. As sucessões envolveram negociações internas, conflitos e imposições, não uma unidade homogênea.

E — A política externa foi marcada pelo anticomunismo e por alinhamentos estratégicos; as relações não foram mantidas “independentemente” da ideologia — houve apoio a regimes alinhados e tensões com governos de esquerda, além de cooperações regionais seletivas.

Estratégia para prova: ao ver datas ou atos (AI-5, constituição de 1967), priorize opções que dialoguem com medidas institucionais e direitos fundamentais; desconfie de alternativas que projetam políticas típicas de outros períodos (privatização, neoliberalismo) ou que transformam controvérsias em certezas.

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