Questão 229aa6aa-30
Prova:PUC - Campinas 2016
Disciplina:História
Assunto:Demandas políticas e sociais no mundo atual, História Geral, Questões Internacionais: história do tempo presente

A Grécia é a principal porta de entrada para os milhares de refugiados que tentam chegar à Europa desafiando o Mediterrâneo em embarcações lotadas e inseguras. Falase em crise humanitária no continente europeu. Sobre o assunto, considere as afirmações abaixo.
I. Países europeus têm adotado posturas rígidas em relação à entrada de refugiados, como o caso da Hungria e da Áustria. Outros são liberais no acolhimento, como o caso da Alemanha.
II. O aumento do número de imigrantes tem forçado a ampliação do Acordo de Schengen para facilitar a livre circulação de pessoas entre os países que compõem a União Europeia.
III. A situação criada pela entrada maciça de migrantes aumenta a xenofobia e o crescimento de partidos de extrema direita, que defendem políticas anti-imigração.
Está correto o que se afirma APENAS em

A
I e III.
B
I.
C
I e II.
D
II e III.
E
III.

Gabarito comentado

G
Gabrielle FrancoMonitor do Qconcursos

Alternativa correta: A — I e III.

Tema central: trata-se da crise migratória que atingiu a Europa (especialmente a partir de 2014–2016), com grande fluxo de refugiados entrando pela Grécia. O estudante precisa conhecer políticas nacionais de acolhimento, o funcionamento do Espaço Schengen e efeitos sociopolíticos dessas migrações (xenofobia e crescimento de partidos de extrema direita).

Resumo teórico e fontes: - A Grécia foi ponto de entrada massivo para refugiados vindos da Síria, Afeganistão e Oriente Médio (relatórios da UNHCR sobre a crise europeia de 2015–2016). - Países têm respostas divergentes: Alemanha adotou inicialmente política mais aberta (porteira aberta em 2015), enquanto Hungria e Áustria adotaram medidas restritivas e controle de fronteiras (informações da Comissão Europeia e notícias políticas da época). - O Espaço Schengen garante livre circulação entre estados membros; porém, diante da crise, vários países reintroduziram controles temporários nas fronteiras internas — não houve “ampliação” do acordo por causa do aumento de imigrantes (ver Comissão Europeia – Schengen). - A entrada maciça de migrantes aumentou sentimentos xenófobos e fortaleceu partidos de direita/nacionalistas em vários países (análises políticas e sociológicas, p.ex. estudos de Cas Mudde sobre populismo de direita).

Por que I e III estão corretas: - I — correto: há contrastes reais entre políticas nacionais (Hungria/Áustria mais rígidas; Alemanha mais acolhedora, sobretudo em 2015). - III — correto: evidências apontam aumento de hostilidade e fortalecimento eleitoral de forças de extrema direita com plataformas anti-imigração após a crise migratória.

Por que II está incorreta: a afirmação diz que o aumento de imigrantes “forçou a ampliação do Acordo de Schengen para facilitar a livre circulação”. Na prática, ocorreu o oposto: crises levaram à reintrodução temporária de controles fronteiriços por vários Estados-membros e debates sobre segurança das fronteiras externas, não uma ampliação visando mais livre circulação (veja documentos da Comissão Europeia sobre medidas temporárias em Schengen).

Análise das demais alternativas: - B (I) — incompleta: ignora III, que também é verdadeira. - C (I e II) — incorreta porque II é falsa. - D (II e III) — incorreta porque II é falsa. - E (III) — incompleta: deixa de considerar I, que é correta.

Dica de prova: ao ler enunciados sobre políticas internacionais, pense em evidências históricas concretas (ex.: medidas adotadas por países em 2015) e em consequências políticas. Se uma alternativa parecer “simples demais” (como dizer que algo aumentou livre circulação em crise), desconfiar: crises tendem a restringir, não ampliar, medidas de cooperação.

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