Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V )
e as falsas ( F ), de acordo com o texto.
A contextualização da escrita envolve:
( ) basicamente o contexto de produção e, subsidiariamente, o contexto de uso.
( ) a produção de inferências.
( ) um balanceamento entre aspectos explícitos
e implícitos no texto.
( ) tanto o produtor do texto como seu
interlocutor.
( ) a não retomada de informações.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta,
de cima para baixo.
Contextualização na escrita
É preciso fazer distinção entre contexto de produção e
contexto de uso. No caso da interação face a face, eles
coincidem, mas, no caso da escrita, não. Nesta, o mais
importante para a interpretação é o contexto de uso.
O sentido de um texto, qualquer que seja a situação
comunicativa, não depende apenas da estrutura textual em si mesma (daí a metáfora do texto como um
iceberg). Os objetos de discurso a que o texto faz referência são apresentados em grande parte de forma
incompleta, permanecendo muita coisa implícita.
O produtor do texto pressupõe da parte do leitor/
ouvinte conhecimentos textuais, situacionais e enciclopédicos e, orientando-se pelo Princípio da Economia,
não explicita as informações consideradas redundantes ou desnecessárias. Ou seja, visto que não existem
textos totalmente explícitos, o produtor de um texto
necessita proceder ao “balanceamento” do que necessita ser explicitado textualmente e do que pode permanecer implícito, supondo que o interlocutor poderá
recuperar essa informação por meio de inferências.
Vejamos – como exemplo – o texto a seguir que pressupõe, por parte do leitor, a produção de inferências,
para obtenção do efeito de humor pretendido.
A secretária da escola atende ao telefone.
– Alô.
– Meu filho está muito gripado e não vai poder ir à escola
hoje.
– Quem está falando?
– Quem tá falando é o meu pai.
KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender os sentidos do texto. São
Paulo: Contexto, 2006. p.71-72. Adaptado.
Contextualização na escrita
É preciso fazer distinção entre contexto de produção e contexto de uso. No caso da interação face a face, eles coincidem, mas, no caso da escrita, não. Nesta, o mais importante para a interpretação é o contexto de uso.
O sentido de um texto, qualquer que seja a situação comunicativa, não depende apenas da estrutura textual em si mesma (daí a metáfora do texto como um iceberg). Os objetos de discurso a que o texto faz referência são apresentados em grande parte de forma incompleta, permanecendo muita coisa implícita.
O produtor do texto pressupõe da parte do leitor/ ouvinte conhecimentos textuais, situacionais e enciclopédicos e, orientando-se pelo Princípio da Economia, não explicita as informações consideradas redundantes ou desnecessárias. Ou seja, visto que não existem textos totalmente explícitos, o produtor de um texto necessita proceder ao “balanceamento” do que necessita ser explicitado textualmente e do que pode permanecer implícito, supondo que o interlocutor poderá recuperar essa informação por meio de inferências.
Vejamos – como exemplo – o texto a seguir que pressupõe, por parte do leitor, a produção de inferências, para obtenção do efeito de humor pretendido.
A secretária da escola atende ao telefone.
– Alô.
– Meu filho está muito gripado e não vai poder ir à escola hoje.
– Quem está falando?
– Quem tá falando é o meu pai.
KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender os sentidos do texto. São
Paulo: Contexto, 2006. p.71-72. Adaptado.
Gabarito comentado
Gabarito: D) F • V • V • V • F
Tema central: Interpretação de texto e inferência. O foco está em como a compreensão textual exige o entendimento do que está explícito e do que está implícito, além do papel do contexto de uso e da interação entre produtor e leitor no processo comunicativo. Esses conceitos são fundamentais para provas, conforme abordam autores como Koch & Elias.
Análise das afirmativas:
(1) Falsa: Não é o contexto de produção o principal para a interpretação na escrita, mas sim o contexto de uso. O texto ressalta que, na escrita, foco deve ser dado às condições em que o leitor acessa e interpreta o material — exatamente o que diferencia comunicação escrita da oral.
(2) Verdadeira: Exige-se a produção de inferências. O leitor precisa preencher lacunas deixadas propositalmente pelo autor, recuperando informações a partir de conhecimento prévio e pistas textuais.
(3) Verdadeira: O balanceamento entre o que é explícito e o que é implícito é central: o autor escolhe o que explicar e o que deixar dedutível, confiando no raciocínio do leitor. Essa ideia aparece claramente na fala sobre o “Princípio da Economia”.
(4) Verdadeira: A contextualização é responsabilidade tanto do produtor quanto do leitor. O processo de construção de sentido, como apontam Koch & Elias, se dá na interação entre quem escreve e quem interpreta.
(5) Falsa: A “não retomada de informações” está incorreta. O texto mostra que a retomada ocorre, sim, através das inferências feitas pelo leitor, acionando conhecimentos prévios e textuais, mesmo quando a informação não está textualizada novamente.
Dicas de prova: Sempre atente a termos absolutos (“sempre”, “nunca”, “apenas”); eles costumam indicar pegadinhas. Observe também expressões-chaves do texto — “mais importante”, “presupõe”, “implícitas” — para diferenciar o essencial do acessório.
Resumo da explicação normativa: Segundo a norma-padrão e gramáticas como a de Bechara, interpretar não é só ler o que está dito, mas associar contextos, conhecimentos e inferências, sempre considerando quem escreve e quem lê.
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