Se o relógio da História marca tempos sinistros, o tempo
construído pela arte abre-se para a poesia.
Comenta-se corretamente sobre o que o segmento acima
expressa, em seu contexto:
Se o relógio da História marca tempos sinistros, o tempo construído pela arte abre-se para a poesia.
Comenta-se corretamente sobre o que o segmento acima expressa, em seu contexto:
Atenção: A questão remete ao parágrafo
abaixo, em seu contexto.
Se o relógio da História marca tempos sinistros, o tempo
construído pela arte abre-se para a poesia: o tempo do sonho e
da fantasia arrebatou multidões no filme O mágico de Oz
estrelado por Judy Garland e eternizado pelo tema da canção
Além do arco-íris. Aliás, a arte da música é, sempre, uma habitação
especial do tempo: as notas combinam-se, ritmam e
produzem melodias, adensando as horas com seu envolvimento.
Atenção: A questão remete ao parágrafo abaixo, em seu contexto.
Se o relógio da História marca tempos sinistros, o tempo construído pela arte abre-se para a poesia: o tempo do sonho e da fantasia arrebatou multidões no filme O mágico de Oz estrelado por Judy Garland e eternizado pelo tema da canção Além do arco-íris. Aliás, a arte da música é, sempre, uma habitação especial do tempo: as notas combinam-se, ritmam e produzem melodias, adensando as horas com seu envolvimento.
Gabarito comentado
Tema central: Interpretação de texto com foco em paralelismo sintático/semântico e análise de orações subordinadas adverbiais condicionais. O objetivo é compreender a relação estabelecida entre as orações e o sentido transmitido pelo emprego do conectivo “se”.
Justificativa da alternativa correta (E):
No segmento “Se o relógio da História marca tempos sinistros, o tempo construído pela arte abre-se para a poesia”, temos duas orações: a primeira apresentada como condição para a segunda. Entretanto, no contexto do texto, ambas são apontadas como realidades que se apresentam, ou seja, não há dúvida quanto à sua ocorrência. Há paralelismo de estrutura e sentido entre as ações: “marcar tempos sinistros” e “abrir-se para a poesia”.
Gramaticalmente, segundo Bechara e Cunha & Cintra, a oração introdutória por “se” pode, em certos contextos textuais, não expressar uma condição hipotética, mas uma relação fática, indicando acontecimentos correlatos aceitos como verdadeiros. O paralelismo reforça essa simultaneidade e certeza.
Por que as demais alternativas estão erradas?
A) Incorreta. Não há condição hipotética a ser cumprida; as orações têm caráter de afirmação simultânea.
B) Incorreta. Os fatos não são possibilidades remotas, mas acontecimentos reais no texto.
C) Incorreta. Não se sustenta tratar o segundo fato como “altamente improvável”; a relação é de constatação, não de possibilidade improvável.
D) Incorreta. “Se” e “caso” podem ser equivalentes, mas substituir “se” por “caso” pode implicar sutis nuances de hipótese que não se aplicam ao contexto de certeza e paralelismo dos fatos.
Elementos-chave para acertar questões deste tipo:
- Observe sempre o contexto global: o uso de conectivos pode variar de sentido conforme a intenção do autor.
- Destaque paralelismos sintáticos e semânticos para identificar relações entre as orações (simultaneidade, hipótese, certeza, oposição etc.).
- Busque palavras indicadoras de certeza ou dúvida (não há, aqui, expressões de incerteza).
Referência: “Nova Gramática do Português Contemporâneo” (Cunha & Cintra); “Moderna Gramática Portuguesa” (Bechara).
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