Nos estados teocráticos, o poder legítimo vem por meio da vontade.

Alternativa correta: B — de Deus.

1) Tema central: a questão trata do conceito de teocracia — sistema em que a autoridade política fundamenta-se numa legitimação religiosa. Reconhecer o termo-chave (teocrático) é a estratégia decisiva.

2) Resumo teórico: em teocracias, o poder é exercido por autoridades religiosas ou por governantes que afirmam agir em nome de uma divindade. A legitimidade deriva, portanto, da vontade divina ou de uma interpretação religiosa da ordem política. Fontes úteis: artigos sobre "theocracy" na Britannica e análises sobre formas de legitimação (Weber: autoridade tradicional, carismática e legal‑racional) para situar a teocracia como baseada em legitimação transcendental.

3) Justificativa da resposta B: a alternativa B (“de Deus”) corresponde ao núcleo do conceito: a soberania é atribuída a uma vontade divina. Em teocracias, a lei e a autoridade política são justificadas pela religião e por decretos considerados revelados ou inspirados por Deus — logo, a origem legítima do poder é a divindade.

4) Por que as outras alternativas estão erradas:

A — do rei: indica monarquia. Em alguns sistemas (direito divino dos reis) o rei afirma receber poder de Deus, mas no enunciado pede-se a fonte legítima dentro da teocracia: é a divindade, não o monarca em si.

C — do chanceler: cargo administrativo/ministerial; representa autoridade estatal ou burocrática, não fonte última de legitimação religiosa.

D — do presidente: remete a regimes republicanos e seculares onde a legitimidade costuma advir do voto/população ou da constituição, não da vontade divina.

E — da população soberana: refere-se à soberania popular (teoria democrática, Rousseau). É oposta à teocracia, pois aí o poder emana do povo, não de Deus.

5) Estratégia de prova: identifique termos-chave (a raiz "teo" = Deus). Ao ver "teocrático", descarte rapidamente alternativas que indiquem fontes seculares (presidente, chanceler, povo) e prefira a opção que remete à religião/divindade.

Referências recomendadas: Britannica — "Theocracy"; textos introdutórios sobre legitimação do poder (Max Weber).

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