Questão 1b01203c-30
Prova:
Disciplina:
Assunto:
A genuína e própria filosofia começa no Ocidente.
Só no Ocidente se ergue a liberdade da autoconsciência.
No esplendor do Oriente desaparece o indivíduo; só no
Ocidente a luz se torna a lâmpada do pensamento que se
ilumina a si própria, criando por si o seu mundo. Que um
povo se reconheça livre, eis o que constitui o seu ser, o
princípio de toda a sua vida moral e civil. Temos a noção
do nosso ser essencial no sentido de que a liberdade pessoal
é a sua condição fundamental, e de que nós, por conseguinte,
não podemos ser escravos. O estar às ordens
de outro não constitui o nosso ser essencial, mas sim o
não ser escravo. Assim, no Ocidente, estamos no terreno
da verdadeira e própria filosofia.
(Hegel. Estética, 2000. Adaptado.)
De acordo com o texto de Hegel, a filosofia
A genuína e própria filosofia começa no Ocidente.
Só no Ocidente se ergue a liberdade da autoconsciência.
No esplendor do Oriente desaparece o indivíduo; só no
Ocidente a luz se torna a lâmpada do pensamento que se
ilumina a si própria, criando por si o seu mundo. Que um
povo se reconheça livre, eis o que constitui o seu ser, o
princípio de toda a sua vida moral e civil. Temos a noção
do nosso ser essencial no sentido de que a liberdade pessoal
é a sua condição fundamental, e de que nós, por conseguinte,
não podemos ser escravos. O estar às ordens
de outro não constitui o nosso ser essencial, mas sim o
não ser escravo. Assim, no Ocidente, estamos no terreno
da verdadeira e própria filosofia.
(Hegel. Estética, 2000. Adaptado.)
De acordo com o texto de Hegel, a filosofia
A
visa ao estabelecimento de consciências servis e
representações homogêneas.
B
é compatível com regimes políticos baseados na censura
e na opressão.
C
valoriza as paixões e os sentimentos em detrimento
da racionalidade.
D
é inseparável da realização e expansão de potenciais
de razão e de liberdade.
E
fundamenta-se na inexistência de padrões universais
de julgamento.
Gabarito comentado
Athos VieiraHistoriador, Mestre em Ciência Política pelo IESP/UERJ e Doutorando em Ciência Política pelo IESP/UERJ
A concepção hegeliana de liberdade pode ser compreendida de forma geográfica. Ela se move do Oriente para o Ocidente uma vez que no Oriente somente os imperadores gozam de liberdade, enquanto que no Ocidente a liberdade se espraia entre os indivíduos, mesmo os mais simples. Somente em um ambiente com tal organização seria possível para a Filosofia e toda a sua liberdade questionadora verdadeiramente florescer, pois segundo Hegel, "a liberdade pessoal é uma condição fundamental" do ser. Assim sendo, para Hegel, somente no Ocidente a verdadeira Filosofia pode existir por ser ela possível somente onde a liberdade individual e, dessa forma, a expansão da capacidade racional se encontre livre.
A resposta é letra D.
A letra A está errada, pois Hegel compreende a filosofia como o exercício da liberdade plena.
A letra B está errada, pois para Hegel onde há regime opressor e que controle o pensamento, a verdadeira filosofia não poderá se desenvolver.
A letra C está errada, pois, para Hegel, a verdadeira filosofia se afasta das paixões para dar valor somente à potência racional.
A letra E está errada, pois Hegel considera que sim há padrões universais de julgamento, tanto que se permite comprar a capacidade racional dos homens orientais com os homens ocidentais e considerar que uma condição fora do homem, da estrutura política, pode ser o diferencial na capacidade e potencialidade racional.
Gabarito: Letra D.
A resposta é letra D.
A letra A está errada, pois Hegel compreende a filosofia como o exercício da liberdade plena.
A letra B está errada, pois para Hegel onde há regime opressor e que controle o pensamento, a verdadeira filosofia não poderá se desenvolver.
A letra C está errada, pois, para Hegel, a verdadeira filosofia se afasta das paixões para dar valor somente à potência racional.
A letra E está errada, pois Hegel considera que sim há padrões universais de julgamento, tanto que se permite comprar a capacidade racional dos homens orientais com os homens ocidentais e considerar que uma condição fora do homem, da estrutura política, pode ser o diferencial na capacidade e potencialidade racional.
Gabarito: Letra D.
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