O absolutismo que se instalou na Europa Ocidental, a partir
do século XVI, construiu-se sobre uma base social
caracterizada pela
Gabarito comentado
Alternativa correta: A
Tema central: trata-se do absolutismo europeu (séc. XVI–XVIII) e da base social que permitiu a consolidação de monarquias centralizadas. Para responder é preciso entender como se organizavam os grupos sociais (nobreza, clero, burguesia, camponeses) e quais privilégios legais sustentavam o poder real.
Resumo teórico: o absolutismo assentou-se na concentração da soberania no rei (doutrina do direito divino e teorias do soberano — ex.: Thomas Hobbes, Leviathan), apoiado por uma hierarquia legal de status. A nobreza e o clero detinham privilégios jurídicos e fiscais (isenções, tribunais especiais), enquanto a maioria (burguesia e camponeses) sofria cargas tributárias e menor proteção legal. Ex.: França (intendants x privilégios nobiliárquicos), revogação do Édito de Nantes (1685) mostra controle religioso estatal ao serviço do poder real.
Justificativa da letra A: a frase “desigualdade dos diferentes grupos sociais perante a lei” descreve precisamente o fundamento social do absolutismo: um sistema de ordens/estamentos com direitos e deveres desiguais que legitima privilégios e permite ao rei concentrar autoridade mediando essas ordens.
Análise das alternativas incorretas:
B — divisão da soberania entre rei, Igreja e nobreza: é o oposto do absolutismo; descreve formas mais fragmentadas de poder (feudalidade). No absolutismo a soberania é centralizada no monarca.
C — autonomia do senhor feudal: a tendência nos séculos XVI–XVIII foi reduzir a autonomia feudal (centralização administrativa), não confirmá‑la.
D — aceitação da liberdade religiosa: incorreto. O período foi marcado por perseguições e tentativas de uniformização religiosa (contrarreforma, expulsões, revogações), não por tolerância generalizada.
E — supremacia da Igreja: também impreciso. Em muitos Estados absolutistas a Igreja foi subordinada ao rei (ex.: galicanismo); o poder religioso podia ser forte, mas não supria a supremacia real.
Fontes para aprofundar: Thomas Hobbes, Leviathan (1651); Charles Tilly, Coercion, Capital, and European States; obras sobre Luis XIV e o Estado Moderno na historiografia clássica.
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