Qual das afirmações a seguir dialoga, em seu sentido, com a visão do eu-lírico do poema “Minha vida”?
Texto 3
Minha vida
Minha vida
não é tempo que corre
do meu natal
à minha morte
Minha vida é o meu dia de natal
- Dia da minha morte
In: COOPER, Jorge. Poesia Completa.
Maceió: Cepal, 2010, p. 41.
Texto 3
Minha vida
Minha vida
não é tempo que corre
do meu natal
à minha morte
Minha vida é o meu dia de natal
- Dia da minha morte
In: COOPER, Jorge. Poesia Completa.
Maceió: Cepal, 2010, p. 41.
Gabarito comentado
Gabarito comentado – Interpretação de Texto: Poema “Minha vida”
Tema central: Esta questão exige interpretação de texto, destacando a análise do sentido global e das figuras de linguagem, especialmente o paradoxo.
Explicação da alternativa correta (D):
O poema apresenta uma visão paradoxal e profunda da vida: “Minha vida não é tempo que corre do meu natal à minha morte. Minha vida é o meu dia de natal – Dia da minha morte.” Trata-se de uma reflexão em que nascimento e morte se misturam, numa percepção de que a existência se resume a um “único dia” intenso e significativo. O eu-lírico propõe, assim, uma vivência intensa do presente, como se cada dia reunisse começo e fim.
A alternativa D – “É preciso viver cada dia como se ele fosse o primeiro e o último de nossas vidas.” – dialoga diretamente com esse sentido, ao sugerir a necessidade de viver cada momento com intensidade, valorizando tanto o início (nascimento) quanto o fim (morte).
Regras e conceitos envolvidos:
- Coerência textual: manter uma linha lógica de interpretação, buscando o que o eu-lírico realmente sugere.
- Paradoxo: como ensina Mendes de Almeida, trata-se da “junção de ideias opostas para expressão de uma verdade intensa”.
Análise das alternativas incorretas:
A) Fala sobre destino e oportunidades. Desvia do caráter existencial e reflexivo do poema.
B) Propõe conservar a juventude, algo oposto à aceitação do ciclo da vida visto no texto.
C) Foca no simbolismo religioso do Natal, sem relação com o sentido individual e filosófico presente no poema.
E) Menciona a união de vida e morte pelo tempo, mas não evoca a necessidade de vivenciar cada dia plenamente, como propõe o eu-lírico.
Dica de interpretação: O segredo, em casos assim, é buscar o conceito central do poema, identificando o que está realmente sendo sugerido entre as linhas. Fique atento a figuras de linguagem e relações implícitas de sentido.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!






