Entre as alternativas abaixo, apenas uma não está de acordo com o que se expõe no texto. Marque-a.
Texto 2
Será que os dicionários liberaram o ‘dito-cujo’?
Por Sérgio Rodrigues
Brasileirismo informal, termo não está proibido, mas
deve ser usado de forma brincalhona
O registro num dicionário não dá certificado
automático de adequação a expressão alguma:
significa apenas que ela é usada com frequência
suficiente para merecer a atenção dos lexicógrafos.
O substantivo “dito-cujo”, que substitui o nome de
uma pessoa que já foi mencionada ou que por
alguma razão não se deseja mencionar, é um
brasileirismo antigo e, de certa forma, consagrado,
mas aceitável apenas na linguagem coloquial.
Mais do que isso: mesmo em contextos informais
seu emprego deve ser sempre “jocoso”, ou seja,
brincalhão, como anotam diversos lexicógrafos,
entre eles o Houaiss e o Francisco Borba. Convém
que quem fala ou escreve “dito-cujo” deixe claro que
está se afastando conscientemente do registro
culto.
Exemplo: “O leão procurou o gerente da Metro e se
ofereceu para leão da dita-cuja, em troca de
alimentação”, escreveu Millôr Fernandes numa de
suas “Fábulas fabulosas”.
(http://veja.abril.com.br/blog/sobrepalavras/consultorio/sera-que-os-dicionarios-liberaram-odito-cujo/>. Acesso em 13/11/2015. Texto adaptado)
Texto 2
Será que os dicionários liberaram o ‘dito-cujo’?
Por Sérgio Rodrigues
Brasileirismo informal, termo não está proibido, mas deve ser usado de forma brincalhona
O registro num dicionário não dá certificado automático de adequação a expressão alguma: significa apenas que ela é usada com frequência suficiente para merecer a atenção dos lexicógrafos.
O substantivo “dito-cujo”, que substitui o nome de uma pessoa que já foi mencionada ou que por alguma razão não se deseja mencionar, é um brasileirismo antigo e, de certa forma, consagrado, mas aceitável apenas na linguagem coloquial.
Mais do que isso: mesmo em contextos informais seu emprego deve ser sempre “jocoso”, ou seja, brincalhão, como anotam diversos lexicógrafos, entre eles o Houaiss e o Francisco Borba. Convém que quem fala ou escreve “dito-cujo” deixe claro que está se afastando conscientemente do registro culto.
Exemplo: “O leão procurou o gerente da Metro e se ofereceu para leão da dita-cuja, em troca de alimentação”, escreveu Millôr Fernandes numa de suas “Fábulas fabulosas”.
(http://veja.abril.com.br/blog/sobrepalavras/consultorio/sera-que-os-dicionarios-liberaram-odito-cujo/>. Acesso em 13/11/2015. Texto adaptado)
Gabarito comentado
TEMA CENTRAL DA QUESTÃO:
A questão aborda interpretação de texto com ênfase em variação linguística, especialmente quanto ao uso da expressão “dito-cujo” e os níveis de linguagem (coloquial e jocosa). O aluno deve identificar o que está correto conforme o texto apresentado, analisando a precisão e a coerência das afirmações.
ALTERNATIVA INCORRETA (GABARITO): D
A alternativa D está incorreta porque generaliza de forma equivocada: afirmar que “na linguagem coloquial, o uso da língua é sempre jocoso” não está de acordo com a realidade linguística e nem com o texto-base. Linguagem coloquial significa apenas o uso informal, cotidiano, e nem sempre contém tom brincalhão. Segundo gramáticas de referência (Bechara; Cunha & Cintra), linguagem coloquial abarca espontaneidade, não necessariamente humor ou brincadeira.
O texto afirma: “Mesmo em contextos informais seu emprego deve ser sempre ‘jocoso’”, ou seja, “dito-cujo” só pode ser usado de maneira brincalhona, mas o mesmo não se aplica a todas as outras expressões coloquiais.
ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS CORRETAS:
A) Correta. O texto recomenda parcimônia e ressalta que “dito-cujo” não é adequado a qualquer situação — só contextos informais e jocosos.
B) Correta. “Dito-cujo” é um brasileirismo que funciona como termo referencial e está presente no vocabulário do português brasileiro.
C) Correta. Lexicógrafos como Houaiss e Francisco Borba reforçam a ideia do uso jocoso exposta no texto.
E) Correta. O texto é claro ao afirmar que o registro em dicionário não garante a adequação da expressão à norma culta, apenas atesta seu uso recorrente.
COMO RESOLVER QUESTÕES SEMELHANTES:
Leia o texto base focando em: limites, restrições e generalizações.
Evite marcar alternativas que universalizam conceitos (ex: “sempre”, “nunca”). Atente para as palavras-chave do texto e relacione-as critérios da norma-padrão (conforme gramática normativa), especialmente quando as opções trazem afirmações absolutas ou distorcidas.
Referência: Bechara, Evanildo – Moderna Gramática Portuguesa; Cunha & Cintra – Nova Gramática do Português Contemporâneo.
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