A prática filosófica exige do sujeito disposição para o questionamento e a indagação. Desconfiar do óbvio é uma das exigências da reflexão filosófica.
Com base nessa afirmativa e em seus conhecimentos filosóficos, é correto afirmar que a prática filosófica
Com base nessa afirmativa e em seus conhecimentos filosóficos, é correto afirmar que a prática filosófica
Gabarito comentado
Alternativa correta: A
Tema central: a questão trata da natureza da prática filosófica — sobretudo sua exigência de questionamento e de desconfiar do óbvio. Isso remete ao método socrático e à reflexão crítica como característica definidora da filosofia.
Resumo teórico: Filosofia não é mera coleção de informações; é uma prática racional e crítica que usa argumentos, dúvidas metódicas e análise conceitual para examinar crenças aparentemente óbvias. Exemplos clássicos: o método socrático (Plata, Apologia) e a dúvida metódica de Descartes (Discurso do Método). Fontes contemporâneas úteis: Stanford Encyclopedia of Philosophy (entrada "Philosophy").
Por que A está correta: afirmar que a prática filosófica "promove a abertura mental, possibilitando mudanças na vida do ser humano" condiz com a função formativa da filosofia: ao questionar pressupostos e clarificar conceitos, o sujeito amplia perspectivas e pode alterar atitudes e escolhas. Isso conecta-se diretamente à exigência do enunciado — disposição para indagar e desconfiar do óbvio.
Análise das alternativas incorretas:
- B incorreta: a filosofia não é apenas transcendental nem está alheia à realidade empírica; muitos ramos trabalham com o mundo concreto e com análise conceitual do real (Kant usa “transcendental” em sentido técnico, mas isso não anula o vínculo com a experiência conceitual).
- C incorreta: não é "igual a qualquer outra prática" nem é só informação — é prática reflexiva que transforma crenças por meio de argumentos e crítica.
- D incorreta: o uso do pensamento racional é central à filosofia; ela se apoia em lógica, argumentação e evidência racional.
- E incorreta: bom-senso pode ajudar, mas a filosofia exige mais: rigor conceitual e avaliação crítica — não basta o senso comum.
Dicas de prova: destaque palavras-chave do enunciado ("desconfiar do óbvio", "disposição para o questionamento"); elimine alternativas que neguem a racionalidade ou reduzam a filosofia a mera informação ou senso comum.
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