Questão 12eefe13-ec
Prova:
Disciplina:
Assunto:
As três décadas que se seguiram ao fim da Segunda Guerra Mundial ficaram
conhecidas como a “Era de Ouro” ou os “trinta anos gloriosos”. Na última destas
décadas (1965-1975), a expansão capitalista dos países centrais (EUA, Japão e
parcela da Europa) foi em parte sustentada pelos investimentos no exterior, ou pela
exportação de capitais, o que estimulou o desenvolvimento da infraestrutura e
ampliou a produtividade nos países que receberam esses investimentos. No Brasil,
o período ficou conhecido como “Milagre Econômico” (1969-1973). A respeito dessa
fase de crescimento econômico nacional, é correto afirmar que:
As três décadas que se seguiram ao fim da Segunda Guerra Mundial ficaram
conhecidas como a “Era de Ouro” ou os “trinta anos gloriosos”. Na última destas
décadas (1965-1975), a expansão capitalista dos países centrais (EUA, Japão e
parcela da Europa) foi em parte sustentada pelos investimentos no exterior, ou pela
exportação de capitais, o que estimulou o desenvolvimento da infraestrutura e
ampliou a produtividade nos países que receberam esses investimentos. No Brasil,
o período ficou conhecido como “Milagre Econômico” (1969-1973). A respeito dessa
fase de crescimento econômico nacional, é correto afirmar que:
Tomando como base a história do capitalismo brasileiro e o processo de globalização
comparados com o texto abaixo (publicado originalmente em 1966), responda à questão.
“Em conclusão, apesar das grandes transformações por que passou a economia
brasileira, e que se vêm acentuando nestes últimos decênios, ela não logrou superar
algumas de suas principais debilidades originárias, e libertar-se de sua dependência
e subordinação no que respeita ao sistema econômico e financeiro internacional de
que participa e em que figura em posição periférica e marginal. /.../ é um progresso
que pela maneira como se realiza , ou se realizou até hoje, se anula em boa parte
e se autolimita, encerrando-se em estreitas perspectivas. Isso porque se subordina
a circunstâncias que, embora aparentemente distintas do antigo sistema colonial,
guardam com esse sistema, na sua essência, uma grande semelhança. /.../
Em suma, /.../ o antigo sistema colonial em que se constituiu e evoluiu a
economia brasileira, apesar de todo o progresso e as transformações realizadas,
fundamentalmente se manteve, embora modificado e adotando formas diferentes.
E o processo de integração econômica nacional, embora se apresente maduro
para sua completa e definitiva eclosão, se mostra incapaz de chegar a termo e
se debate em contradições que não consegue superar. Das contradições que no passado solapavam a economia brasileira, passamos a outras de natureza diferente,
mas nem por isso menos graves. Essas contradições se manifestam sobretudo, e
agudamente, como vimos, na permanência, e até no agravamento da tendência
ao desequilíbrio de nossas contas externas, embora apresentando-se agora sob
novas formas, e implicando diretamente a ação imperialista. São as nossas relações
financeiras com o sistema internacional do capitalismo – e nisso se distingue a nossa
situação atual da do passado – que comandam o mecanismo das contas externas
do país. Não são mais unicamente as vicissitudes da exportação brasileira, como
ocorria anteriormente, que determinam o estado daquelas contas. E sim sobretudo
e decisivamente os fluxos de capitais controlados do exterior e que sob diversas
formas (inversões, financiamentos, empréstimos, amortizações, rendimentos etc.)
se fazem num e noutro sentido em função dos interesses da finança internacional.
Ou por fatores de ordem política que em última instância também se orientam por
aqueles interesses”.
PRADO, Jr. Caio. A revolução brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1966.
Tomando como base a história do capitalismo brasileiro e o processo de globalização
comparados com o texto abaixo (publicado originalmente em 1966), responda à questão.
“Em conclusão, apesar das grandes transformações por que passou a economia
brasileira, e que se vêm acentuando nestes últimos decênios, ela não logrou superar
algumas de suas principais debilidades originárias, e libertar-se de sua dependência
e subordinação no que respeita ao sistema econômico e financeiro internacional de
que participa e em que figura em posição periférica e marginal. /.../ é um progresso
que pela maneira como se realiza , ou se realizou até hoje, se anula em boa parte
e se autolimita, encerrando-se em estreitas perspectivas. Isso porque se subordina
a circunstâncias que, embora aparentemente distintas do antigo sistema colonial,
guardam com esse sistema, na sua essência, uma grande semelhança. /.../
Em suma, /.../ o antigo sistema colonial em que se constituiu e evoluiu a
economia brasileira, apesar de todo o progresso e as transformações realizadas,
fundamentalmente se manteve, embora modificado e adotando formas diferentes.
E o processo de integração econômica nacional, embora se apresente maduro
para sua completa e definitiva eclosão, se mostra incapaz de chegar a termo e
se debate em contradições que não consegue superar. Das contradições que no passado solapavam a economia brasileira, passamos a outras de natureza diferente,
mas nem por isso menos graves. Essas contradições se manifestam sobretudo, e
agudamente, como vimos, na permanência, e até no agravamento da tendência
ao desequilíbrio de nossas contas externas, embora apresentando-se agora sob
novas formas, e implicando diretamente a ação imperialista. São as nossas relações
financeiras com o sistema internacional do capitalismo – e nisso se distingue a nossa
situação atual da do passado – que comandam o mecanismo das contas externas
do país. Não são mais unicamente as vicissitudes da exportação brasileira, como
ocorria anteriormente, que determinam o estado daquelas contas. E sim sobretudo
e decisivamente os fluxos de capitais controlados do exterior e que sob diversas
formas (inversões, financiamentos, empréstimos, amortizações, rendimentos etc.)
se fazem num e noutro sentido em função dos interesses da finança internacional.
Ou por fatores de ordem política que em última instância também se orientam por
aqueles interesses”.
PRADO, Jr. Caio. A revolução brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1966.
A
Proporcionou a expansão industrial e o desenvolvimento do mercado interno, ao mesmo
tempo em que aumentou a concentração de renda e a desigualdade social, fatores que se
deveram em parte ao domínio que o capital externo exerce sobre o país.
B
Acelerou a industrialização do país nos padrões da Segunda Revolução Industrial, gerando
a ampliação sem precedentes das exportações de produtos industrializados, do padrão de
consumo das classes médias e da renda do trabalho assalariado, em parte alcançada pelas
greves operárias que marcaram o período.
C
Foi concomitante aos chamados “anos de chumbo” do regime militar, que, apesar de terem
sido os mais violentos na restrição da liberdade de expressão e da organização política,
promoveram grande desenvolvimento nacional, reduzindo a dependência externa.
D
Ocorreu sob o governo Médici, que, com o objetivo de atender à necessidade de ampliar o
mercado interno para os produtos das multinacionais aqui instaladas, abrandou as medidas
restritivas das liberdades individuais para possibilitar uma mudança nos hábitos de consumo
da classe média.
E
Ampliou largamente a produção industrial de bens de consumo duráveis, com base em
tecnologia e capitais externos, realizando a proposta de desenvolvimento do governo da
época, expressa no slogan “cinquenta anos em cinco”.