Questão 105a9324-b6
Prova:
Disciplina:
Assunto:
EDUCAÇÃO CULINÁRIA
Em um país de tanta abundância e tão pouca oportunidade
para tantos, há quem acredite que a nova classe C está
destinada a ficar por cima da carne seca e tirar a barriga da
miséria. Nem nos causa estranheza que nossos ministros sejam
fritados ou a liberação de recursos para a saúde e a educação
seja eternamente cozinhada em banho-maria. Aliás, quem é que
não sabe que tudo aqui acaba em pizza?
No Brasil, fast-food e alopatia convivem na boa com a
mamadeira, a canjica, os chás de erva-cidreira e erva-doce.
Geleia global. Tudo bem que os americanos tenham o seu “piece
of cake”, designativo das coisas fáceis de obter. Houve tempo
em que eles só souberam da fartura e não sentiram na carne o
que é ter de descascar um abacaxi, resolver um pepino, encarar
uma batata quente e enfrentar o angu de caroço que é o nosso
dia.
Afinal, mesmo em crise, eles ainda ganham em dólar. E
comem como poucos...
OLIVEIRA, José Paulo. Revista Língua Portuguesa. Ano 7. Nº 78. Abril de 2012.
Do texto, infere-se que o autor José Paulo Oliveira
EDUCAÇÃO CULINÁRIA
Em um país de tanta abundância e tão pouca oportunidade
para tantos, há quem acredite que a nova classe C está
destinada a ficar por cima da carne seca e tirar a barriga da
miséria. Nem nos causa estranheza que nossos ministros sejam
fritados ou a liberação de recursos para a saúde e a educação
seja eternamente cozinhada em banho-maria. Aliás, quem é que
não sabe que tudo aqui acaba em pizza?
No Brasil, fast-food e alopatia convivem na boa com a
mamadeira, a canjica, os chás de erva-cidreira e erva-doce.
Geleia global. Tudo bem que os americanos tenham o seu “piece
of cake”, designativo das coisas fáceis de obter. Houve tempo
em que eles só souberam da fartura e não sentiram na carne o
que é ter de descascar um abacaxi, resolver um pepino, encarar
uma batata quente e enfrentar o angu de caroço que é o nosso
dia.
Afinal, mesmo em crise, eles ainda ganham em dólar. E
comem como poucos...
OLIVEIRA, José Paulo. Revista Língua Portuguesa. Ano 7. Nº 78. Abril de 2012.
Do texto, infere-se que o autor José Paulo Oliveira
A
critica o falar de todo brasileiro, bem como a utilização de
metáforas que fazem referências à alimentação.
B
encontra nas metáforas ligadas à alimentação uma forma
genuína de expressar-se, de representar e recriar o mundo.
C
utiliza metonímia para explicar a alimentação como gênese
de expressão do povo brasileiro.
D
é hiperbólico para falar da gênese da classe C e a que tal
classe está destinada.
E
enfatiza a miséria da qual o povo é vítima, representando-a
com expressões denotativas, próprias do linguajar popular.