Sobre o movimento constitucionalista de 1932, é possível afirmar
que
Gabarito comentado
Resposta correta: D
Tema central: o Movimento Constitucionalista de 1932 (São Paulo) foi uma reação à situação política após a Revolução de 1930 e ao governo provisório de Getúlio Vargas. A exigência principal dos paulistas era a convocação imediata de uma Constituinte e o restabelecimento da legalidade constitucional, além da retomada da influência política das oligarquias estaduais.
Resumo teórico: entre 1930 e 1932 Vargas governou sem Constituição vigente e nomeando interventores. Em julho de 1932, a mobilização em São Paulo reuniu setores das elites (cafeeiros), classes médias e militares, que exigiam “constitucionalismo” — não a separação do Estado, mas a volta da ordem constitucional. O levante foi derrotado militarmente, mas pressionou o governo federal a prometer e convocar uma Assembleia Constituinte (eleições em 1933), configurando concessões políticas a São Paulo.
Por que a alternativa D é correta: a pressão de 1932 forçou Vargas a negociar e adotar medidas que acomodaram interesses paulistas: promessa e realização de eleições para a Constituinte, reintegração política de lideranças estaduais e concessões práticas para evitar uma nova escalada. Assim, embora derrotados militarmente, os constitucionais obtiveram ganhos políticos.
Análise das alternativas incorretas:
A — Incorreta. O movimento não nasceu por proibição de exportação de café; suas causas são políticas (perda de poder das oligarquias, ausência de Constituição), não comerciais.
B — Incorreta. Ao contrário: a pressão constitucionalista acelerou a transição para a normalidade constitucional, levando Vargas a convocar a Constituinte (1933) e a promulgação da Constituição de 1934 — não retardou a democratização imediata.
C — Incorreta. Não havia projeto separatista dominante; a meta era recuperar poder político dentro da federação, por meio de uma Constituição.
E — Incorreta. Os revoltosos foram derrotados militarmente; não retomaram a presidência nem restauraram o domínio oligárquico por via armada.
Fontes sugeridas: Boris Fausto, História do Brasil; José Murilo de Carvalho, Cidadania no Brasil; CPDOC/FGV — verbetes sobre o Movimento de 1932.
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