Depois de passar por uma rua esburacada, a reação mais
óbvia do motorista é xingar em voz alta (e lamentar pelo
abalo ao carro). Agora, com uma campanha publicitária na
Cidade do Panamá, quem reclama de verdade é o buraco
de rua. Funciona assim: sensores de movimento instalados
nas crateras percebem quando uma roda passa por cima
dali. Depois, o aparelho gera queixas em forma de tuítes,
endereçadas ao governo panamenho. A ideia é pressionar
a prefeitura e o Estado a melhorar as condições de suas
ruas e avenidas. “Hoje vários carros e ônibus passaram por
cima de mim, aqui no centro da cidade. Eu preciso de ajuda
já!”, “Parece que um Tiranossauro Rex ou o Godzilla passaram pela Vila Mercedes”, já reclamou automaticamente
@Elhuecotwitero.
(http://super.abril.com.br)
O texto mostra como os panamenhos estão empregando as
tecnologias da comunicação e informação no seu dia a dia.
Conforme exposto, essa inserção está relacionada a um
Gabarito comentado
Tema central: Interpretação de Texto. O núcleo da questão envolve compreender o propósito da campanha descrita e identificar a relação entre tecnologia, cidadania e comunicação com o poder público. Para tanto, é essencial aplicar os conceitos de coerência textual (lógica entre as ideias) e interpretação inferencial, analisando informações explícitas e implícitas.
Justificativa da alternativa correta (C):
A alternativa C destaca um movimento de cidadania, ou seja, o uso de tecnologias para aproximar a comunicação entre administradores públicos e população. Isso se alinha diretamente ao trecho: "A ideia é pressionar a prefeitura e o Estado a melhorar as condições de suas ruas e avenidas", evidenciando participação cidadã com auxílio da tecnologia – conceito fundamental em obras como “Coesão e Coerência Textuais”, de Ingedore Koch. O texto mostra que a tecnologia, ao invés de ser apenas entretenimento, ganhou papel social propositivo e comunicativo.
Análise das alternativas incorretas:
A) Foca no conforto do motorista e na integridade dos veículos, o que não é o objetivo do texto. O estresse é consequência, mas não o alvo principal da campanha.
B) Induz o leitor a achar que a prefeitura e o Estado criaram a iniciativa. No entanto, são os destinatários, não os idealizadores da campanha. Essa troca de papéis viola a coerência textual (Bechara, 2015).
D) Sugere que o foco passou a ser o “buraco” e não o interesse público. Pelo contrário, a personificação do buraco aumenta o apelo popular, chamando atenção para os problemas reais vividos pelos cidadãos.
E) Apresenta um teor de oposição “ferrenha”, com tom de confronto, o que não se evidencia no texto. A campanha visa informar e sensibilizar, e não hostilizar o poder público.
Pontos de atenção e estratégias: Fique atento a palavras e expressões-chave: “pressão” não é igual a “oposição ferrenha”; “tecnologia” não significa só “comodidade”; e a intenção de comunicação é diferente de ser “ato do governo”. Busque sempre a ideia central e desconfie de alternativas distorcidas ou extremadas.
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