Questão 03114d92-de
Prova:
Disciplina:
Assunto:
Uma análise do vocabulário em uso no Texto 1 revela
que foi frequente o recurso a analogias e
comparações, como em: a “falência educacional
brasileira” é como um “cupim que rói”; “o
“semianalfabetismo” brasileiro é como uma planta
“vicejante”; medidas improdutivas são como “tapas no
vazio”; “autocomplacência, autodepreciação, ufanismo”
é uma “mistura tóxica”; um “idioma que usa
declinações” é um “vespeiro”. Na verdade, o recurso a
essas analogias:
1) torna as ideias mais próximas das realidades
concretas e, assim, mais facilmente perceptíveis.
2) aproxima o texto dos padrões próprios da
oralidade menos formal.
3) deixa o texto mais interativo, mais interessante e
mais capaz de provocar a adesão do leitor.
4) fere as especificidades de um comentário
jornalístico, pois remete para a informalidade.
5) é estranho, pois as metáforas devem se restringir
à poesia e a outras produções literárias.
Estão corretas:
Uma análise do vocabulário em uso no Texto 1 revela
que foi frequente o recurso a analogias e
comparações, como em: a “falência educacional
brasileira” é como um “cupim que rói”; “o
“semianalfabetismo” brasileiro é como uma planta
“vicejante”; medidas improdutivas são como “tapas no
vazio”; “autocomplacência, autodepreciação, ufanismo”
é uma “mistura tóxica”; um “idioma que usa
declinações” é um “vespeiro”. Na verdade, o recurso a
essas analogias:
1) torna as ideias mais próximas das realidades concretas e, assim, mais facilmente perceptíveis.
2) aproxima o texto dos padrões próprios da oralidade menos formal.
3) deixa o texto mais interativo, mais interessante e mais capaz de provocar a adesão do leitor.
4) fere as especificidades de um comentário jornalístico, pois remete para a informalidade.
5) é estranho, pois as metáforas devem se restringir à poesia e a outras produções literárias.
Estão corretas:
1) torna as ideias mais próximas das realidades concretas e, assim, mais facilmente perceptíveis.
2) aproxima o texto dos padrões próprios da oralidade menos formal.
3) deixa o texto mais interativo, mais interessante e mais capaz de provocar a adesão do leitor.
4) fere as especificidades de um comentário jornalístico, pois remete para a informalidade.
5) é estranho, pois as metáforas devem se restringir à poesia e a outras produções literárias.
Estão corretas:
TEXTO 1
Português, a língua mais difícil do
mundo?
Conta outra! .
Alguns mitos resistentes rondam como mosquitos chatos a
língua portuguesa falada no Brasil. Diante deles,
argumentações fundadas em fatos e um mínimo de
racionalidade são tão inúteis quanto tapas desferidos às
cegas no escuro do quarto em pernilongos zumbidores. Os
tapas acertam o vazio, os zumbidos continuam lá.
A lenda de que se fala no estado do Maranhão o português
mais “correto” do Brasil é uma dessas balelas aceitas por aí
como verdades reveladas – e nem os tristíssimos índices
educacionais maranhenses podem fazer nada contra isso.
Tapas no vazio.
Outra bobagem de grande prestígio é aquela que sustenta
ser o português “a língua mais difícil do mundo”. Baseada,
talvez, na dor de cabeça real que acomete estrangeiros
confrontados com a arquitetura barroca de nossos verbos, a
afirmação é categórica o bastante para dispensar a
necessidade de uma prova.
O sujeito erra o gênero da palavra alface e pronto, lá vem a
desculpa universal: “Ah, também, como é difícil a porcaria
dessa língua! Ah, se tivéssemos sido colonizados pelos
holandeses!” Não, claro que isso não quer dizer que o
queixoso saiba falar holandês. É justamente na imensa
parcela monoglota da população que a crença na
dificuldade insuperável da língua portuguesa encontra solo
mais fértil.
Não é uma conclusão a que se chegue depois de estudar
judiciosamente latim, alemão, húngaro, russo e japonês.
Ninguém precisa ter encarado um idioma em que se use
declinação – vespeiro do qual a gramática portuguesa nos
poupou – para sair deplorando em altos brados o desafio
invencível da crase. Não há dúvida de que o mito das
agruras superlativas do português diz muito sobre a falência
educacional brasileira, cupim que rói as fundações de
qualquer projeto de desenvolvimento social que vá além da
promoção de um maior acesso da população a shopping
centers.
Temo, porém, que suas raízes sejam mais profundas.
Percebe-se aí uma mistura tóxica de autocomplacência,
autodepreciação, ufanismo, fuga da realidade e desculpa
esfarrapada que pode ser ainda mais difícil de derrotar do
que nosso vicejante semianalfabetismo.
http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/cronica/portugues-a-lingua-mais-dificil-do-mundo-conta-outra/
TEXTO 1
Conta outra! . Alguns mitos resistentes rondam como mosquitos chatos a língua portuguesa falada no Brasil. Diante deles, argumentações fundadas em fatos e um mínimo de racionalidade são tão inúteis quanto tapas desferidos às cegas no escuro do quarto em pernilongos zumbidores. Os tapas acertam o vazio, os zumbidos continuam lá.
A lenda de que se fala no estado do Maranhão o português mais “correto” do Brasil é uma dessas balelas aceitas por aí como verdades reveladas – e nem os tristíssimos índices educacionais maranhenses podem fazer nada contra isso. Tapas no vazio.
Outra bobagem de grande prestígio é aquela que sustenta ser o português “a língua mais difícil do mundo”. Baseada, talvez, na dor de cabeça real que acomete estrangeiros confrontados com a arquitetura barroca de nossos verbos, a afirmação é categórica o bastante para dispensar a necessidade de uma prova.
O sujeito erra o gênero da palavra alface e pronto, lá vem a desculpa universal: “Ah, também, como é difícil a porcaria dessa língua! Ah, se tivéssemos sido colonizados pelos holandeses!” Não, claro que isso não quer dizer que o queixoso saiba falar holandês. É justamente na imensa parcela monoglota da população que a crença na dificuldade insuperável da língua portuguesa encontra solo mais fértil.
Não é uma conclusão a que se chegue depois de estudar judiciosamente latim, alemão, húngaro, russo e japonês. Ninguém precisa ter encarado um idioma em que se use declinação – vespeiro do qual a gramática portuguesa nos poupou – para sair deplorando em altos brados o desafio invencível da crase. Não há dúvida de que o mito das agruras superlativas do português diz muito sobre a falência educacional brasileira, cupim que rói as fundações de qualquer projeto de desenvolvimento social que vá além da promoção de um maior acesso da população a shopping centers.
Temo, porém, que suas raízes sejam mais profundas. Percebe-se aí uma mistura tóxica de autocomplacência, autodepreciação, ufanismo, fuga da realidade e desculpa esfarrapada que pode ser ainda mais difícil de derrotar do que nosso vicejante semianalfabetismo.
Português, a língua mais difícil do
mundo?
Conta outra! . Alguns mitos resistentes rondam como mosquitos chatos a língua portuguesa falada no Brasil. Diante deles, argumentações fundadas em fatos e um mínimo de racionalidade são tão inúteis quanto tapas desferidos às cegas no escuro do quarto em pernilongos zumbidores. Os tapas acertam o vazio, os zumbidos continuam lá.
A lenda de que se fala no estado do Maranhão o português mais “correto” do Brasil é uma dessas balelas aceitas por aí como verdades reveladas – e nem os tristíssimos índices educacionais maranhenses podem fazer nada contra isso. Tapas no vazio.
Outra bobagem de grande prestígio é aquela que sustenta ser o português “a língua mais difícil do mundo”. Baseada, talvez, na dor de cabeça real que acomete estrangeiros confrontados com a arquitetura barroca de nossos verbos, a afirmação é categórica o bastante para dispensar a necessidade de uma prova.
O sujeito erra o gênero da palavra alface e pronto, lá vem a desculpa universal: “Ah, também, como é difícil a porcaria dessa língua! Ah, se tivéssemos sido colonizados pelos holandeses!” Não, claro que isso não quer dizer que o queixoso saiba falar holandês. É justamente na imensa parcela monoglota da população que a crença na dificuldade insuperável da língua portuguesa encontra solo mais fértil.
Não é uma conclusão a que se chegue depois de estudar judiciosamente latim, alemão, húngaro, russo e japonês. Ninguém precisa ter encarado um idioma em que se use declinação – vespeiro do qual a gramática portuguesa nos poupou – para sair deplorando em altos brados o desafio invencível da crase. Não há dúvida de que o mito das agruras superlativas do português diz muito sobre a falência educacional brasileira, cupim que rói as fundações de qualquer projeto de desenvolvimento social que vá além da promoção de um maior acesso da população a shopping centers.
Temo, porém, que suas raízes sejam mais profundas. Percebe-se aí uma mistura tóxica de autocomplacência, autodepreciação, ufanismo, fuga da realidade e desculpa esfarrapada que pode ser ainda mais difícil de derrotar do que nosso vicejante semianalfabetismo.
http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/cronica/portugues-a-lingua-mais-dificil-do-mundo-conta-outra/
A
1, 2, 3 apenas
B
1 e 2 apenas.
C
1, 3 e 4 apenas
D
3, 4 e 5 apenas.
E
1, 2, 3, 4 e 5.