A greve geral anarquista de julho de 1917, em São Paulo, é considerada o primeiro
evento de longo alcance no fortalecimento e expansão da organização sindical no Brasil. Nos anos que antecederam a greve geral, várias organizações se aproximaram do
sindicalismo revolucionário (ou anarcosindicalismo), que funcionavam como “escolas
de aprendizado de luta e rebeldia”. Naquela conjuntura, grandes sindicatos anarquistas
ligados à indústria têxtil, construção civil e metalurgia, além das ligas operárias de
bairro tipicamente anarquistas, impulsionaram o movimento sindical ao convergirem
trabalhadores qualificados e operários fabris para o movimento operário. Sobre a greve
geral de 1917 e as estratégias de luta e resistência operária em São Paulo, é CORRETO
afirmar:
I. Os anarcosindicalistas não defendiam o uso da violência e utilizavam a imprensa para
defender o seu direito de greve pacífica.
II. As assembleias de trabalhadores e as reuniões diárias no decorrer da greve foram importantes para obter apoio de outros sindicatos e da população.
III. As greves não tiveram um papel de destaque entre os sindicalistas libertários. A greve
era vista como uma manifestação pública do operário inconsciente de seus direitos.
IV. Na perspectiva anarquista, a greve foi o único meio de luta e resistência do trabalhador
durante a intervenção do Estado nas relações de trabalho.
V. Entre as 11 reinvindicações feitas pelo Comitê de Defesa Proletária, constava a jornada
de trabalho de oito horas e a abolição do trabalho noturno para as mulheres e menores
de 18 anos.