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UFJF 2018 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

Leia atentamente o relato sobre a situação dos judeus na Península Ibérica escrito entre 1494 e 1495 pelo médico alemão Jerónimo Münzer quando este esteve em Lisboa:



“Os Judeus de Lisboa são riquíssimos, cobram os tributos reais, que arremataram ao Rei. São insolentes com os cristãos. Têm muito medo da proscrição, pois o Rei de Espanha ordenou ao Rei de Portugal que expulsasse os marranos* e da mesma forma os judeus, aliás teria guerra com ele. O Rei de Portugal, fazendo a vontade ao de Espanha, ordenou que antes do Natal saíssem do reino todos os marranos. Eles fretaram a nau Rainha, belíssimo navio, e no meado de Dezembro irão para Nápoles; aos Judeus, porém, deu o Rei o prazo de dois anos para assim os expulsar do reino menos violentamente. Em vista disso os judeus vão-se retirando sem demora e procuram no estrangeiro lugares próprios para a sua residência.”


(MÜNZER, Jerónimo. Viagem por Espanha e Portugal nos anos de 1494 e 1495.)


* Judeus convertidos obrigatoriamente ao cristianismo.



Sobre as perseguições aos judeus na Idade Moderna europeia é CORRETO afirmar que:

A
Os judeus foram expulsos dos territórios da Península Ibérica por serem pobres e dependerem da ajuda real para sobreviverem.
B
Aqueles que se converteram ao protestantismo, religião oficial dos monarcas, foram autorizados a permanecerem no território ibérico.
C
O contexto de perseguição religiosa levado à frente pela Inquisição produziu a desterritorialização de milhares de descendentes de judeus, convertidos ou não à fé católica.
D
Dentre as acusações que pesavam sobre os judeus e que motivaram sua expulsão da Península Ibérica estavam o uso de práticas pagãs e a leitura do Alcorão.
E
Diferentemente do rei português, os monarcas espanhóis foram tolerantes com as práticas religiosas dos judeus.
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UFJF 2018 - Geografia - Agropecuária, Questão Fundiária

 Leia abaixo trechos de uma reportagem publicada na versão on-line do jornal O Globo de 24/05/2018:



Assassinatos em conflitos de terra subiram 15% em 2017, diz relatório: segundo Comissão Pastoral da Terra, Pará lidera ranking de violência no campo



“O conflito de terra marca a batalha entre a luta pela moradia e o direito de propriedade no interior do Brasil. Grupos de indígenas, quilombolas e sem-terra disputam o território com fazendeiros, madeireiros, agentes do agronegócio e grileiros — estes últimos forjam documentos de posse de áreas. Não raro a tensão desemboca na ocupação de espaços públicos ou privados e na retirada dos ocupantes em ações violentas.” “De acordo com o relatório da CPT (Comissão Pastoral da Terra), o número geral de assassinatos em conflitos de terra subiu 15% em 2017 em relação ao ano anterior. O órgão destaca ao menos quatro massacres no período, com suspeita de um quinto contra os "índios flecheiros" na fronteira do Amazonas com Colômbia e Peru. Dos 70 mortos de 2017, 28 ocorreram em chacinas, o que corresponde a 40%. O estado do Pará lidera o ranking dos estados com 21 mortes.”


(Disponível em:<https://glo.bo/2MhVayw>. Acesso em: 31 jul. 2018.)



O tema tratado na matéria remete a um problema recente, mas cujas raízes podem ser encontradas no período colonial da nossa história, a saber:  

A
A ocupação de espaços públicos por parte de povos indígenas e comunidades quilombolas permitiu o avanço da pequena propriedade no Brasil.
B
A ocupação do interior do território da América portuguesa por franceses e holandeses, o que garantiu aos indivíduos destas nacionalidades exclusividade na posse das terras.
C
A política de distribuição de terras por parte da Coroa Portuguesa a quilombolas, o que garantiu a formação de uma economia voltada para o abastecimento interno.
D
O encontro harmônico entre indígenas e colonos europeus, garantindo a preservação dos territórios dos povos nativos.
E
Uma forma de exploração colonial que priorizava o desenvolvimento dos latifúndios explorados com base na mão de obra escrava.
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UFJF 2018 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Observe os quadrinhos abaixo:

O quadrinho do cartunista Gilmar, publicado em 2010, expõe uma crítica contemporânea ao que se apresentou como “democracia” na Atenas da antiguidade clássica. Das alternativas abaixo, qual expressa de modo consistente tal crítica?

A
A apatia da população, que não tinha o hábito de participar das decisões tomadas nas assembleias dirigidas pelos cidadãos.
B
A contradição envolvendo um ideal democrático e a exclusão real da participação política de sujeitos considerados “não cidadãos”.
C
A equivalência entre a forma democrática ateniense e a que é utilizada atualmente na sociedade brasileira desde a Constituição de 1988.
D
A necessidade de se constituir, na sociedade grega da antiguidade, uma forma de democracia representativa, na qual cada eleitor escolhia seus representantes.
E
O favorecimento sistemático de representantes de partidos políticos que nem sempre representavam a maioria da população.
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UFJF 2018 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

O mapa abaixo informa sobre rotas mercantis que conectavam Europa medieval, Ásia e África, entre os séculos XI e XII:


Considerando-se a natureza e a incidência das rotas indicadas no mapa, é possível concluir que:

A
A Idade Média foi um período marcado por uma economia rural, fechada e pautada pela ausência de trocas comerciais.
B
A possibilidade de oferta de produtos de luxo oriundos do norte da África e Ásia nas principais cortes europeias é posterior à expansão marítima do século XV.
C
Cidades como Roma, Paris e Londres são construções modernas e representativas do estilo de vida contemporâneo, portanto, sem elos com o mundo pré-capitalista.
D
Durante a Idade Média existia uma circulação de produtos e pessoas, o que favoreceu a formação de redes mercantis que conectavam diversas cidades.
E
O Mar Mediterrâneo serviu, durante a Idade Média, como barreira geográfica natural, o que favoreceu o isolamento das diferentes regiões europeias.
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UFJF 2018 - Física - Resistores e Potência Elétrica, Eletricidade

A Usina de Jaguará está instalada na bacia hidrográfica do Rio Grande, entre os estados de São Paulo e Minas Gerais. A usina tem potência instalada de aproximadamente 424 MW (megawatts). Além disso, sua eficiência é da ordem de 90% da energia da queda d'água no início do processo, que se transforma em energia elétrica, sendo a altura da barragem igual a 40 m. Adote g = 10 m/s2 e considere que 1(um) litro de água corresponde a uma massa de 1(um) quilograma.

Nessas condições, é CORRETO afirmar que a vazão de água do Rio Grande em litros por segundo deve ser da ordem de:

A
954.000
B
1.200.000
C
1.526.000
D
1.696.000
E
1.850.000
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UFJF 2018 - Física - Dinâmica, Colisão

O sistema de freios ABS (Anti-lock Braking System) aumenta a segurança dos veículos, fazendo com que as rodas não travem e continuem girando, evitando que os pneus derrapem. Uma caminhonete equipada com esse sistema de freios encontra-se acima da velocidade máxima de 110 km/h permitida num trecho de uma rodovia. O motorista dessa caminhonete avista um Fusca que se move no mesmo sentido que ele, a uma velocidade constante de módulo v=108 km/h, num longo trecho plano e retilíneo da rodovia, como mostra a Figura 4. Ele percebe que não é possível ultrapassar o Fusca, já que um ônibus está vindo na outra pista. Então, ele imediatamente pisa no freio, fazendo com que a caminhonete diminua sua velocidade a uma razão de 14,4 km/h por segundo. Após 5 s, depois de acionar os freios, a caminhonete atinge a mesma velocidade do automóvel, evitando uma possível colisão.

O módulo da velocidade vo da caminhonete no momento em que o motorista pisou no freio era de:

A
128 km/h
B
135 km/h
C
145 km/h
D
150 km/h
E
180 km/h
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UFJF 2018 - Física - Cinemática, Gráficos do MRU e MRUV

Ao localizar refugiados em um local plano no deserto, o governo de um país do Oriente Médio resolve utilizar um avião para lançar alimentos e outros itens de primeira necessidade, dada a impossibilidade de outros meios de transporte chegar rapidamente ao local. Um equipamento do avião permite ao piloto registrar o gráfico da variação da altura com o tempo de queda do pacote que contém o material de ajuda humanitária.

Observe o gráfico mostrado na Figura 1, e considere que em t = 0 s o pacote se desprende do avião. Para o pacote poder cair o mais próximo possível dos refugiados, é razoável afirmar que (despreze a resistência do ar e considere a aceleração da gravidade g = 10 m/s2 ):


A
O piloto lançou o pacote a 500 metros de altura, exatamente acima do local onde se encontravam os refugiados.
B
O piloto lançou o pacote a 500 metros de altura, um pouco antes do local onde se encontravam os refugiados.
C
O piloto lançou o pacote a 500 metros de altura, um pouco depois do local onde se encontravam os refugiados.
D
O piloto lançou o pacote um pouco antes do local onde se encontravam os refugiados, e este chega ao solo com velocidade de 50 m/s.
E
O piloto lançou o pacote exatamente acima do local onde se encontravam os refugiados, e este chega ao solo com velocidade de 50 m/s.
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UFJF 2018 - Física - MCU - Movimento Circular Uniforme, Cinemática

Um viaduto em forma de arco (raio R) é construído sobre uma ferrovia. Muitas pessoas sentadas dentro de automóveis e ônibus, e também sobre assentos de motos, comentam que parecem ficar mais leves no ponto mais alto do viaduto, principalmente quando passam nesse ponto em grandes velocidades. Um motociclista, ao atingir o ponto mais alto do viaduto, como mostra a Figura 3, percebeu que estava a ponto de perder contato entre o seu corpo e o assento da moto. Nesse momento, qual a melhor atitude a ser tomada por ele?

A
Ele deve manter a velocidade da moto constante para que seu peso tenha intensidade igual à força de contato (força normal) entre ele e o assento.
B
Ele deve aumentar a velocidade da moto para que seu peso tenha intensidade igual à força de contato (força normal) entre ele e o assento.
C
Ele deve aumentar a velocidade da moto para ficar mais preso ao assento.
D
Ele deve diminuir a velocidade da moto para que seu peso tenha intensidade igual à força de contato (força normal) entre ele e o assento.
E
Ele deve diminuir a velocidade da moto de modo a aumentar a intensidade da força de contato (força normal) entre ele e o assento.
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UFJF 2018 - Física - Cinemática, Gráficos do MRU e MRUV

Automóveis cada vez mais potentes estão sempre sendo apresentados na mídia, de modo a atrair compradores. O desempenho de um novo modelo é registrado no gráfico abaixo:

Se esse automóvel continuar se deslocando com a mesma aceleração dos 4 primeiros segundos de contagem do tempo, ele atingirá, aos 10 segundos, uma velocidade de:

A
108 km/h
B
198 km/h
C
216 km/h
D
230 km/h
E
243 km/h
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UFJF 2018 - Biologia - Introdução aos estudos das Plantas, Identidade dos seres vivos

O caule das plantas apresenta o meristema apical (ou gema apical). A partir dos meristemas apicais formam-se os meristemas primários, que são a protoderme, o meristema fundamental e o procâmbio. Os tecidos derivados desses meristemas são denominados “tecidos primários”. Sobre os tecidos primários das angiospermas assinale a alternativa CORRETA:

A
Na epiderme, diferenciam-se estruturas, como os estômatos, que controlam a transpiração e as trocas gasosas entre a planta e o ambiente.
B
O esclerênquima é um tecido de sustentação da planta, formado por células vivas, geralmente alongadas, ricas em celulose e pectina.
C
O colênquima é um tecido de sustentação da planta, formado por células mortas, com parede espessada em função principalmente do depósito de lignina.
D
O floema é um tecido que transporta seiva bruta, água e sais minerais a partir de estruturas como os elementos de vaso e traqueídes.
E
O xilema é um tecido que transporta seiva elaborada, rica em substâncias orgânicas derivadas da fotossíntese, a partir de estruturas como células crivadas.
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UFJF 2018 - Biologia - Vírus e bactérias, Identidade dos seres vivos

Microrganismos incluem seres eucariotos, como algas e ciliados, e procariotos, como arqueias e bactérias gram-positivas e gram-negativas. A parede celular destes microrganismos possui características específicas. Sobre esse assunto, assinale a alternativa INCORRETA:

A
Animais microscópicos não possuem parede celular.
B
Nas algas, a parede celular é constituída de glicoproteínas, polissacarídeos e hemicelulose.
C
Em arqueias, a parede celular é constituída de polissacarídeos e proteínas, mas não apresenta peptidioglicanos.
D
As bactérias gram-positivas possuem uma segunda membrana lipoprotéica na parede celular, com polissacarídeos incrustados.
E
As bactérias gram-negativas possuem uma fina camada de peptidioglicano na parede celular.
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UFJF 2018 - Biologia - Fotossíntese, Moléculas, células e tecidos

Um dos primeiros cientistas a se preocupar com a luz no fenômeno da fotossíntese foi o alemão T. W. Engelman, o qual provou que a clorofila absorve determinados comprimentos de onda da luz branca. Em 1881, utilizando-se de uma alga (Cladophora) e de bactérias aeróbias que procuram altas concentrações de oxigênio, Engelman pôde constatar que, através da decomposição da luz incidida em um pequeno filamento da alga, havia maior ou menor concentração de bactérias, dependendo das cores do espectro. Ele concluiu que, em determinados comprimentos de onda, a fotossíntese era mais intensa, pois onde havia maior quantidade de oxigênio, havia maior concentração de bactérias. Isso mostra que a fotossíntese possui um “espectro de ação” dependente dos diferentes comprimentos de onda da luz branca.

(ALMEIDA et al. Leitura e escrita em aulas de ciências: luz, calor e fotossíntese nas mediações escolares. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2008. p.95-96.)

A partir do experimento descrito acima, em qual das cores do espectro Engelman identificou menor concentração de bactérias?

A
Violeta.
B
Azul - arroxeada.
C
Verde.
D
Laranja.
E
Vermelho.
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UFJF 2018 - Biologia - Estudo dos tecidos, Moléculas, células e tecidos

O consumo abusivo de álcool e o uso de maconha, cocaína e outras drogas ilícitas são considerados sérios problemas de saúde pública, já que prejudicam o funcionamento do sistema nervoso dos usuários. O consumo dessas drogas altera a transmissão do impulso nervoso, afetando a comunicação entre os neurônios em regiões específicas do cérebro. Sobre o funcionamento do tecido nervoso assinale a alternativa INCORRETA:

A
Os neurônios são as células fundamentais do tecido nervoso, portanto, problemas no seu funcionamento podem prejudicar o raciocínio, o aprendizado e a memória.
B
Neurotransmissores são substâncias químicas responsáveis pela comunicação entre os neurônios.
C
Dopamina, acetilcolina e noradrenalina são exemplos de neurotransmissores cujas produção e liberação podem ser afetadas pelo uso de drogas.
D
O consumo de álcool afeta o funcionamento normal dos neurônios, podendo levar à sonolência e diminuição dos reflexos, além da perda da coordenação motora.
E
Os neurônios se conectam por meio de pontos de contato entre si, denominados “pontes de hidrogênio”, onde ocorre a liberação de mensageiros químicos chamados de “hormônios”.
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UFJF 2018 - Biologia - Ciclo Celular, Moléculas, células e tecidos

O ciclo celular é um período entre o surgimento de uma célula por divisão celular até o momento em que esta célula se dividirá novamente para a geração de células filhas. Na maior parte do ciclo celular a célula encontra-se na fase de ______________________. Esta fase é ainda dividida em três períodos, sendo que no período_____________ ocorre a replicação (duplicação) do material genético destas células que já foram estimuladas a entrar em divisão. No processo de divisão celular, que é subdividido em 4 fases, ocorrem eventos marcantes que identificam estas fases, como a segregação das cromátides (cromossomos) irmãs para polos opostos durante a fase de _______________.

Assinale a alternativa cuja sequência CORRETA completa os espaços tracejados:

A
Replicação do DNA, G2, prófase.
B
Intérfase, S, anáfase.
C
G2, G1, anáfase.
D
Prófase, S, telófase.
E
Intérfase, G1, metáfase
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UFJF 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analisando comparativamente os desfechos do Texto 1 e do Texto 2, pode-se concluir que a visão que eles apresentam sobre o ser humano é:

TEXTO 1:

Chiquinho Azevedo

(Gilberto Gil)


Chiquinho Azevedo

Garoto de Ipanema

Já salvou um menino

Na Praia, no Recife

Nesse dia Momó também estava com a gente


Levou-se o menino

Pra uma clínica em frente

E o médico não quis

Vir atender a gente

Nessa hora nosso sangue ficou bem quente


Menino morrendo

Era aquela agonia

E o doutor só queria

Mediante dinheiro

Nessa hora vi quanto o mundo está doente


Discutiu-se muito

Ameaçou-se briga

Doze litros de água

Tiraram da barriga

Do menino que sobreviveu finalmente


Muita gente me pergunta

Se essa estória aconteceu

Aconteceu minha gente

Quem está contando sou eu

Aconteceu e acontece

Todo dia por aí

Aconteceu e acontece

Que esse mundo é mesmo assim


(GIL, Gilberto. Quanta. CD Warner Music, 1997. Faixa 6.) 


TEXTO 2

A experiência da cidade

(Fernando Sabino)

A coisa que mais o impressionou no Rio foram os bondes. Não pode ver um bonde, fica maravilhado: nunca pensou que existisse algo de tão fantástico.

Se ele quiser andar de fasto, ele pode?

Andar de fasto, na sua linguagem de menino do interior de Minas, é andar para trás. Tem outras expressões esquisitas: sungar é levantar; pra riba é pra cima; pramode é para, por causa, etc. Mas eu também sou mineiro:

Pramode o bonde andar de fasto tem que sungar os bancos e tocar para riba. Ele fica olhando. Olha tudo com atenção. Tem oito anos mas bem podia ter cinco ou seis, de tal maneira é pequenino. Bem que a cozinheira dizia: Tenho um filho que é deste tamaninho.

E levava a mão à altura do joelho. Chama-se Valdecir. Ninguém acerta com seu nome, nem ele próprio: Vardici, diz, mostrando os dentes. No dia em que chegou fiquei sabendo que nunca tivera ao menos notícia da existência de uma cidade, além do arraial onde nascera. Nunca vira luz elétrica ou água corrente, ainda mais telefone ou elevador. Abria a torneira e ficava olhando. Quando tinha água era capaz de inundar o edifício. Quando não tinha, divertia-se tocando a campainha da porta da rua – e para alcançá-la precisava arrastar uma cadeira. As da sala de estar têm a marca de seus pés até hoje. A cozinheira atendia ao chamado, dava-lhe um safanão, arrastava-o para a cozinha. Ele ficava olhando: nunca vira um fogão a gás.

[...]

Arranjei-lhe um lugar num colégio interno, a pedido da mãe. Ele concordou em ir, desde que fosse de bonde. E lá se foi, certa manhã, na beirada do banco, descobrindo maravilhas em cada esquina.

[...]

Não sei por quê, saiu do colégio; acabou indo morar com os tios em Santa Teresa, numa casa de cômodos. Um dia, abro o jornal e leio a notícia: um homem matara o vizinho do quarto, que tentara violentar um menino. Foi arrolado como testemunha! Voltou para minha casa e já trazia nos olhos a perplexidade dos escandalizados pela vida.

Agora regressa à sua terra. Vai crescer, tornar-se homem como os que aqui conheceu, ou apenas envelhecer e morrer apoiado no cabo de uma enxada, como seus ancestrais. Leva da cidade a notícia de meia dúzia de coisas fantásticas – bonde, televisão, elevador, telefone – cuja lembrança irá talvez se apagando com o tempo. Esquecerá depressa este homem que aqui viu, cercado de mecanismos, moderno e civilizado, que o abrigou alguns dias e a quem devolveu a infância. Apenas não esquecerá tão cedo seu primeiro conhecimento do homem, animal feroz.

(SABINO, Fernando. A companheira de viagem. Rio de Janeiro: Record, 1984. p. 71-74.)

A
Idealista.
B
Resignada.
C
Revoltada.
D
Confiante.
E
Otimista.
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UFJF 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com o Texto 2, os elementos que melhor evidenciam “a experiência da cidade”, mencionada no título, são

TEXTO 1:

Chiquinho Azevedo

(Gilberto Gil)


Chiquinho Azevedo

Garoto de Ipanema

Já salvou um menino

Na Praia, no Recife

Nesse dia Momó também estava com a gente


Levou-se o menino

Pra uma clínica em frente

E o médico não quis

Vir atender a gente

Nessa hora nosso sangue ficou bem quente


Menino morrendo

Era aquela agonia

E o doutor só queria

Mediante dinheiro

Nessa hora vi quanto o mundo está doente


Discutiu-se muito

Ameaçou-se briga

Doze litros de água

Tiraram da barriga

Do menino que sobreviveu finalmente


Muita gente me pergunta

Se essa estória aconteceu

Aconteceu minha gente

Quem está contando sou eu

Aconteceu e acontece

Todo dia por aí

Aconteceu e acontece

Que esse mundo é mesmo assim


(GIL, Gilberto. Quanta. CD Warner Music, 1997. Faixa 6.) 


TEXTO 2

A experiência da cidade

(Fernando Sabino)

A coisa que mais o impressionou no Rio foram os bondes. Não pode ver um bonde, fica maravilhado: nunca pensou que existisse algo de tão fantástico.

Se ele quiser andar de fasto, ele pode?

Andar de fasto, na sua linguagem de menino do interior de Minas, é andar para trás. Tem outras expressões esquisitas: sungar é levantar; pra riba é pra cima; pramode é para, por causa, etc. Mas eu também sou mineiro:

Pramode o bonde andar de fasto tem que sungar os bancos e tocar para riba. Ele fica olhando. Olha tudo com atenção. Tem oito anos mas bem podia ter cinco ou seis, de tal maneira é pequenino. Bem que a cozinheira dizia: Tenho um filho que é deste tamaninho.

E levava a mão à altura do joelho. Chama-se Valdecir. Ninguém acerta com seu nome, nem ele próprio: Vardici, diz, mostrando os dentes. No dia em que chegou fiquei sabendo que nunca tivera ao menos notícia da existência de uma cidade, além do arraial onde nascera. Nunca vira luz elétrica ou água corrente, ainda mais telefone ou elevador. Abria a torneira e ficava olhando. Quando tinha água era capaz de inundar o edifício. Quando não tinha, divertia-se tocando a campainha da porta da rua – e para alcançá-la precisava arrastar uma cadeira. As da sala de estar têm a marca de seus pés até hoje. A cozinheira atendia ao chamado, dava-lhe um safanão, arrastava-o para a cozinha. Ele ficava olhando: nunca vira um fogão a gás.

[...]

Arranjei-lhe um lugar num colégio interno, a pedido da mãe. Ele concordou em ir, desde que fosse de bonde. E lá se foi, certa manhã, na beirada do banco, descobrindo maravilhas em cada esquina.

[...]

Não sei por quê, saiu do colégio; acabou indo morar com os tios em Santa Teresa, numa casa de cômodos. Um dia, abro o jornal e leio a notícia: um homem matara o vizinho do quarto, que tentara violentar um menino. Foi arrolado como testemunha! Voltou para minha casa e já trazia nos olhos a perplexidade dos escandalizados pela vida.

Agora regressa à sua terra. Vai crescer, tornar-se homem como os que aqui conheceu, ou apenas envelhecer e morrer apoiado no cabo de uma enxada, como seus ancestrais. Leva da cidade a notícia de meia dúzia de coisas fantásticas – bonde, televisão, elevador, telefone – cuja lembrança irá talvez se apagando com o tempo. Esquecerá depressa este homem que aqui viu, cercado de mecanismos, moderno e civilizado, que o abrigou alguns dias e a quem devolveu a infância. Apenas não esquecerá tão cedo seu primeiro conhecimento do homem, animal feroz.

(SABINO, Fernando. A companheira de viagem. Rio de Janeiro: Record, 1984. p. 71-74.)

A
Romantismo e infância.
B
Tecnologia e violência.
C
Modernidade e tradição.
D
Transporte e educação
E
Deslumbramento e euforia.
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UFJF 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No verso “Nessa hora vi quanto o mundo está doente”, do Texto 1, pode-se inferir que a doença do mundo está relacionada à predominância de valores:

TEXTO 1:

Chiquinho Azevedo

(Gilberto Gil)


Chiquinho Azevedo

Garoto de Ipanema

Já salvou um menino

Na Praia, no Recife

Nesse dia Momó também estava com a gente


Levou-se o menino

Pra uma clínica em frente

E o médico não quis

Vir atender a gente

Nessa hora nosso sangue ficou bem quente


Menino morrendo

Era aquela agonia

E o doutor só queria

Mediante dinheiro

Nessa hora vi quanto o mundo está doente


Discutiu-se muito

Ameaçou-se briga

Doze litros de água

Tiraram da barriga

Do menino que sobreviveu finalmente


Muita gente me pergunta

Se essa estória aconteceu

Aconteceu minha gente

Quem está contando sou eu

Aconteceu e acontece

Todo dia por aí

Aconteceu e acontece

Que esse mundo é mesmo assim


(GIL, Gilberto. Quanta. CD Warner Music, 1997. Faixa 6.) 


TEXTO 2

A experiência da cidade

(Fernando Sabino)

A coisa que mais o impressionou no Rio foram os bondes. Não pode ver um bonde, fica maravilhado: nunca pensou que existisse algo de tão fantástico.

Se ele quiser andar de fasto, ele pode?

Andar de fasto, na sua linguagem de menino do interior de Minas, é andar para trás. Tem outras expressões esquisitas: sungar é levantar; pra riba é pra cima; pramode é para, por causa, etc. Mas eu também sou mineiro:

Pramode o bonde andar de fasto tem que sungar os bancos e tocar para riba. Ele fica olhando. Olha tudo com atenção. Tem oito anos mas bem podia ter cinco ou seis, de tal maneira é pequenino. Bem que a cozinheira dizia: Tenho um filho que é deste tamaninho.

E levava a mão à altura do joelho. Chama-se Valdecir. Ninguém acerta com seu nome, nem ele próprio: Vardici, diz, mostrando os dentes. No dia em que chegou fiquei sabendo que nunca tivera ao menos notícia da existência de uma cidade, além do arraial onde nascera. Nunca vira luz elétrica ou água corrente, ainda mais telefone ou elevador. Abria a torneira e ficava olhando. Quando tinha água era capaz de inundar o edifício. Quando não tinha, divertia-se tocando a campainha da porta da rua – e para alcançá-la precisava arrastar uma cadeira. As da sala de estar têm a marca de seus pés até hoje. A cozinheira atendia ao chamado, dava-lhe um safanão, arrastava-o para a cozinha. Ele ficava olhando: nunca vira um fogão a gás.

[...]

Arranjei-lhe um lugar num colégio interno, a pedido da mãe. Ele concordou em ir, desde que fosse de bonde. E lá se foi, certa manhã, na beirada do banco, descobrindo maravilhas em cada esquina.

[...]

Não sei por quê, saiu do colégio; acabou indo morar com os tios em Santa Teresa, numa casa de cômodos. Um dia, abro o jornal e leio a notícia: um homem matara o vizinho do quarto, que tentara violentar um menino. Foi arrolado como testemunha! Voltou para minha casa e já trazia nos olhos a perplexidade dos escandalizados pela vida.

Agora regressa à sua terra. Vai crescer, tornar-se homem como os que aqui conheceu, ou apenas envelhecer e morrer apoiado no cabo de uma enxada, como seus ancestrais. Leva da cidade a notícia de meia dúzia de coisas fantásticas – bonde, televisão, elevador, telefone – cuja lembrança irá talvez se apagando com o tempo. Esquecerá depressa este homem que aqui viu, cercado de mecanismos, moderno e civilizado, que o abrigou alguns dias e a quem devolveu a infância. Apenas não esquecerá tão cedo seu primeiro conhecimento do homem, animal feroz.

(SABINO, Fernando. A companheira de viagem. Rio de Janeiro: Record, 1984. p. 71-74.)

A
Humanistas.
B
Democráticos.
C
Filantrópicos.
D
Financeiros.
E
Políticos.
6c4e7677-b5
UFJF 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No verso “Aconteceu e acontece”, no Texto 1, a repetição do verbo indica que a conclusão do texto se faz por uma transição entre:

TEXTO 1:

Chiquinho Azevedo

(Gilberto Gil)


Chiquinho Azevedo

Garoto de Ipanema

Já salvou um menino

Na Praia, no Recife

Nesse dia Momó também estava com a gente


Levou-se o menino

Pra uma clínica em frente

E o médico não quis

Vir atender a gente

Nessa hora nosso sangue ficou bem quente


Menino morrendo

Era aquela agonia

E o doutor só queria

Mediante dinheiro

Nessa hora vi quanto o mundo está doente


Discutiu-se muito

Ameaçou-se briga

Doze litros de água

Tiraram da barriga

Do menino que sobreviveu finalmente


Muita gente me pergunta

Se essa estória aconteceu

Aconteceu minha gente

Quem está contando sou eu

Aconteceu e acontece

Todo dia por aí

Aconteceu e acontece

Que esse mundo é mesmo assim


(GIL, Gilberto. Quanta. CD Warner Music, 1997. Faixa 6.) 


TEXTO 2

A experiência da cidade

(Fernando Sabino)

A coisa que mais o impressionou no Rio foram os bondes. Não pode ver um bonde, fica maravilhado: nunca pensou que existisse algo de tão fantástico.

Se ele quiser andar de fasto, ele pode?

Andar de fasto, na sua linguagem de menino do interior de Minas, é andar para trás. Tem outras expressões esquisitas: sungar é levantar; pra riba é pra cima; pramode é para, por causa, etc. Mas eu também sou mineiro:

Pramode o bonde andar de fasto tem que sungar os bancos e tocar para riba. Ele fica olhando. Olha tudo com atenção. Tem oito anos mas bem podia ter cinco ou seis, de tal maneira é pequenino. Bem que a cozinheira dizia: Tenho um filho que é deste tamaninho.

E levava a mão à altura do joelho. Chama-se Valdecir. Ninguém acerta com seu nome, nem ele próprio: Vardici, diz, mostrando os dentes. No dia em que chegou fiquei sabendo que nunca tivera ao menos notícia da existência de uma cidade, além do arraial onde nascera. Nunca vira luz elétrica ou água corrente, ainda mais telefone ou elevador. Abria a torneira e ficava olhando. Quando tinha água era capaz de inundar o edifício. Quando não tinha, divertia-se tocando a campainha da porta da rua – e para alcançá-la precisava arrastar uma cadeira. As da sala de estar têm a marca de seus pés até hoje. A cozinheira atendia ao chamado, dava-lhe um safanão, arrastava-o para a cozinha. Ele ficava olhando: nunca vira um fogão a gás.

[...]

Arranjei-lhe um lugar num colégio interno, a pedido da mãe. Ele concordou em ir, desde que fosse de bonde. E lá se foi, certa manhã, na beirada do banco, descobrindo maravilhas em cada esquina.

[...]

Não sei por quê, saiu do colégio; acabou indo morar com os tios em Santa Teresa, numa casa de cômodos. Um dia, abro o jornal e leio a notícia: um homem matara o vizinho do quarto, que tentara violentar um menino. Foi arrolado como testemunha! Voltou para minha casa e já trazia nos olhos a perplexidade dos escandalizados pela vida.

Agora regressa à sua terra. Vai crescer, tornar-se homem como os que aqui conheceu, ou apenas envelhecer e morrer apoiado no cabo de uma enxada, como seus ancestrais. Leva da cidade a notícia de meia dúzia de coisas fantásticas – bonde, televisão, elevador, telefone – cuja lembrança irá talvez se apagando com o tempo. Esquecerá depressa este homem que aqui viu, cercado de mecanismos, moderno e civilizado, que o abrigou alguns dias e a quem devolveu a infância. Apenas não esquecerá tão cedo seu primeiro conhecimento do homem, animal feroz.

(SABINO, Fernando. A companheira de viagem. Rio de Janeiro: Record, 1984. p. 71-74.)

A

A memória de um fato específico do passado e a afirmação de um conhecimento geral sobre o presente.

B
A possibilidade de um acontecimento do passado e a esperança de que ele não se repita no presente.
C
A dúvida sobre a comprovação de um fato no passado e a certeza de que ele acontece no presente.
D
A distância entre um episódio que ficou na memória e a proximidade de sua repetição no presente.
E
A confirmação, através do testemunho, de um fato passado e a hipótese de que ele se repetirá no presente.
6c4b2477-b5
UFJF 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A letra da canção de Gilberto Gil, apresentada como Texto 1, caracteriza-se, predominantemente, por:

TEXTO 1:

Chiquinho Azevedo

(Gilberto Gil)


Chiquinho Azevedo

Garoto de Ipanema

Já salvou um menino

Na Praia, no Recife

Nesse dia Momó também estava com a gente


Levou-se o menino

Pra uma clínica em frente

E o médico não quis

Vir atender a gente

Nessa hora nosso sangue ficou bem quente


Menino morrendo

Era aquela agonia

E o doutor só queria

Mediante dinheiro

Nessa hora vi quanto o mundo está doente


Discutiu-se muito

Ameaçou-se briga

Doze litros de água

Tiraram da barriga

Do menino que sobreviveu finalmente


Muita gente me pergunta

Se essa estória aconteceu

Aconteceu minha gente

Quem está contando sou eu

Aconteceu e acontece

Todo dia por aí

Aconteceu e acontece

Que esse mundo é mesmo assim


(GIL, Gilberto. Quanta. CD Warner Music, 1997. Faixa 6.) 


TEXTO 2

A experiência da cidade

(Fernando Sabino)

A coisa que mais o impressionou no Rio foram os bondes. Não pode ver um bonde, fica maravilhado: nunca pensou que existisse algo de tão fantástico.

Se ele quiser andar de fasto, ele pode?

Andar de fasto, na sua linguagem de menino do interior de Minas, é andar para trás. Tem outras expressões esquisitas: sungar é levantar; pra riba é pra cima; pramode é para, por causa, etc. Mas eu também sou mineiro:

Pramode o bonde andar de fasto tem que sungar os bancos e tocar para riba. Ele fica olhando. Olha tudo com atenção. Tem oito anos mas bem podia ter cinco ou seis, de tal maneira é pequenino. Bem que a cozinheira dizia: Tenho um filho que é deste tamaninho.

E levava a mão à altura do joelho. Chama-se Valdecir. Ninguém acerta com seu nome, nem ele próprio: Vardici, diz, mostrando os dentes. No dia em que chegou fiquei sabendo que nunca tivera ao menos notícia da existência de uma cidade, além do arraial onde nascera. Nunca vira luz elétrica ou água corrente, ainda mais telefone ou elevador. Abria a torneira e ficava olhando. Quando tinha água era capaz de inundar o edifício. Quando não tinha, divertia-se tocando a campainha da porta da rua – e para alcançá-la precisava arrastar uma cadeira. As da sala de estar têm a marca de seus pés até hoje. A cozinheira atendia ao chamado, dava-lhe um safanão, arrastava-o para a cozinha. Ele ficava olhando: nunca vira um fogão a gás.

[...]

Arranjei-lhe um lugar num colégio interno, a pedido da mãe. Ele concordou em ir, desde que fosse de bonde. E lá se foi, certa manhã, na beirada do banco, descobrindo maravilhas em cada esquina.

[...]

Não sei por quê, saiu do colégio; acabou indo morar com os tios em Santa Teresa, numa casa de cômodos. Um dia, abro o jornal e leio a notícia: um homem matara o vizinho do quarto, que tentara violentar um menino. Foi arrolado como testemunha! Voltou para minha casa e já trazia nos olhos a perplexidade dos escandalizados pela vida.

Agora regressa à sua terra. Vai crescer, tornar-se homem como os que aqui conheceu, ou apenas envelhecer e morrer apoiado no cabo de uma enxada, como seus ancestrais. Leva da cidade a notícia de meia dúzia de coisas fantásticas – bonde, televisão, elevador, telefone – cuja lembrança irá talvez se apagando com o tempo. Esquecerá depressa este homem que aqui viu, cercado de mecanismos, moderno e civilizado, que o abrigou alguns dias e a quem devolveu a infância. Apenas não esquecerá tão cedo seu primeiro conhecimento do homem, animal feroz.

(SABINO, Fernando. A companheira de viagem. Rio de Janeiro: Record, 1984. p. 71-74.)

A
Descrever.
B
Narrar.
C
Dissertar.
D
Argumentar.
E
Simbolizar.
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UFJF 2018 - História - História Geral, Período Entre-Guerras: Totalitarismos

Observe a tabela e o texto abaixo:


(Disponível em: Revista Superinteressante, out. 2016. Disponível em: <https://abr.ai/2KOba6z> . Acesso em: 10 out. 2018.)


A Siemens diz ter usado o trabalho forçado de pelo menos 80 mil pessoas entre 1940 e 1945, sendo 5.000 vindas de campos de concentração, como os de Ravensbrück, Auschwitz-Bobrek, Flossenbürg, Buchenwald e Gross-Rosen. Ao final de 1944, no auge da Segunda Guerra, a companhia tinha 244 mil trabalhadores. Desse número, 50 mil eram forçados...

(Disponível em: UOL Economia, set. 2017. Disponível em:<https://bit.ly/2uuKhis> . Acesso em: 10 out. 2018.)


Observando os dados apontados, é possível afirmar que:

A
Tanto o nazismo na Alemanha quanto o fascismo italiano representaram doutrinas de base socialista, responsáveis pela partilha dos bens econômicos e lucros entre a população, razão pela qual sua derrocada corresponde ao fim do socialismo real.
B
As empresas citadas na tabela passaram por processos de falência e dissolução após o fim da Segunda Guerra Mundial em virtude dos efeitos negativos que seu apoio ao regime nazista provocou sobre a imagem de suas marcas.
C
O nazismo estabeleceu parcerias decisivas com grandes grupos capitalistas que, além de receberem benefícios por parte do Estado que lhe permitiram incrementar a acumulação de capitais, tiveram acesso à dinâmica direta da guerra e dos campos de concentração.
D
O nazismo e especialmente o Holocausto tiveram sua estrutura de apoio baseada exclusivamente nas forças militares, não encontrando ressonância em setores diversos da sociedade.
E
Os principais grupos empresariais alemães lideraram a resistência às práticas de racismo e xenofobia, contrariando as orientações do Partido Nazista.