Questõesde UEG 2010

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Foram encontradas 166 questões
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UEG 2010 - Português - Interpretação de Textos

Imagem 010.jpg
DEBRET, Jean Baptiste. Início séc. XIX. Disponível em: Imagem 011.jpg. Acesso em: 28 ago. 2010.

Durante os nove dias que precediam ao Espírito Santo, ou mesmo não sabemos se antes disso, saía pelas ruas da cidade um rancho de meninos, todos de nove a onze anos, caprichosamente vestidos à pastora: sapatos de cor-de-rosa, meias brancas, calção da cor do sapato, faixas à cintura, camisa branca de longos e caídos colarinhos, chapéus de palha de abas largas, ou forrados de seda, tudo isso enfeitado com grinaldas de flores e com uma quantidade prodigiosa de laços de fita encarnada. Cada um desses meninos levava um instrumento pastoril em que tocavam, pandeiro, machete e tamboril. Caminhavam formando um quadrado, no meio do qual ia o chamado imperador do Divino, acompanhados por uma música de barbeiros, e precedidos e cercados por uma chusma de irmãos de opa levando bandeiras encarnadas e outros emblemas, os quais tiravam esmolas enquanto eles cantavam e tocavam.

ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias. São Paulo: Moderna, 1993. p. 66-67.

A relação entre a gravura de Debret e o fragmento ocorre pela descrição

A
das festas de casamento ricamente ornamentadas.
B
das comemorações tradicionais da alta burguesia.
C
das regalias concedidas às pessoas religiosas.
D
dos costumes ligados às tradições religiosas.
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UEG 2010 - Português - Interpretação de Textos

Leia os quadrinhos a seguir.
Imagem 013.jpg
QUINO, Mafalda 10. São Paulo: Martins Fontes, 2010. p. 20.

Nos quadrinhos acima, destaca-se a seguinte ideia:

A
a constatação de que existem erros de impressão num conhecido jornal forma o efeito humorístico da tira.
B
a notícia de jornal é compreendida de forma diferente, conforme a faixa etária e a perspectiva do leitor.
C
a formatação diferenciada do jornal, no terceiro quadrinho, enfatiza a falta de objetividade da notícia.
D
a semelhança entre a perspectiva do adulto e a das crianças fica evidente no quarto quadrinho.
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UEG 2010 - Português - Interpretação de Textos

Leia o trecho abaixo.

Na tal Fundação Abrigo ao Menor Abandonado havia um campo de futebol bem razoável para os padrões da época, com um gramado regular, traves, redes e tal. Fausto conseguiu de graça o uso do campo para treinos e jogos, com a condição de convocar para seu escrete alguns dos meninos da instituição. Ele aceitou (até porque isso já fazia mesmo parte dos seus planos) e, em breve, estava fundado o glorioso Selefama Esporte Clube.
CARNEIRO, Flávio. Selefama Esporte Clube. In: Passe de letra. Rio de Janeiro: Rocco, 2009. p. 12-13.

Na crônica intitulada “Selefama Esporte Clube”, de que o trecho faz parte, o narrador, então com onze anos,

A
toma um banho de chuva, em decorrência do qual adoece e não participa de um jogo no Olímpico e nem vê o jogo de Pelé, nesse mesmo estádio.
B
narra a dissolução do Selefama Esporte Clube, que havia sido criado por Fausto, ex-jogador do Vila Nova, no bairro Fama, em Goiânia.
C
descobre que seu sonho era ser escritor, atribuindo esse desejo ao pai, contador de histórias, ou à mãe, que elogiava seus escritos.
D
conta a história de como seu time conquista, após vencer o Goiás no Serrinha, a taça de campeão goiano de “Tampinhas”.
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UEG 2010 - Português - Análise sintática, Sintaxe

No trecho “As eleições seriam mais efetivas se todos conhecessem bem o funcionamento da administração”, a oração sublinhada estabelece com a primeira uma relação de

Leia o texto a seguir para responder às questões de 7 a 10.

VOCÊ SABE COMO FUNCIONA O GOVERNO? 

As eleições seriam mais efetivas se todos conhecessem bem o funcionamento da administração. Mas não é tão fácil conhecer os meandros dos governos. Primeiro, porque a maioria não tem tempo para se informar e adquirir conhecimento sobre todas as partes que compõem a administração pública. Segundo, pela dificuldade óbvia de explicar assunto tão complexo para grupos menos escolarizados. E, terceiro, pela profusão de especialidades que se transforma em obstáculo para quem quer ter uma visão mais sistêmica do Estado. São economistas, cientistas políticos e administradores que muitas vezes apresentam diagnósticos díspares sobre os problemas e dialogam pouco entre si.

[...]

O senso comum diz que o maior problema da política brasileira está na corrupção. É uma visão equivocada. Muito mais do que a roubalheira, o que mais aflige nosso sistema político é o amadorismo e o despreparo de boa parte dos eleitos. O resultado é a ineficiência, que também favorece os corruptos e espertalhões, muitos deles localizados no “outro lado do balcão”: nas empresas, nos sindicatos e nas associações civis.

O pouco conhecimento dos políticos acerca de administração é tanto maior no Poder Legislativo e nos níveis subnacionais, particularmente nos lugares menos desenvolvidos. Uma forma de combater esse mal seria os partidos políticos darem cursos a todos os seus candidatos e filiados sobre políticas públicas. [...]

Tão importante quanto o aperfeiçoamento dos políticos é a pedagogia eleitoral dos cidadãos. Parto da premissa que a realização de eleições regulares, livres e competitivas, como tem ocorrido no Brasil, já é uma forma de instrução cidadã. Daí concluo que os eleitores hoje são melhores do que no passado. Contudo, o voto será sempre mais efetivo quanto mais informado for o eleitor. E o que mais falta ser conhecido pela sociedade é o funcionamento efetivo da administração, inclusive para abandonar a postura meramente demandante em prol da pressão qualificada por mudanças nas políticas públicas. [...].

ABRUCIO, Fernando. Você sabe como funciona o governo? Época. São Paulo, 9 ago. 2010. p. 41. (Adaptado).

A
condição
B
restrição
C
explicação
D
concessão
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UEG 2010 - Português - Interpretação de Textos

O conto “Famigerado”, presente no livro Primeiras estórias, de Guimarães Rosa, aborda um tema comum ao processo de modernização do sertão brasileiro, pois retrata

A
a história de Damázio Siqueira, um dos últimos fazendeiros de Minas Gerais a ter jagunços.
B
a vida de uma menina milagreira, que, após realizar alguns milagres, morre repentinamente.
C
o embate entre o poder da palavra e o da truculência física.
D
o declínio do antigo poderio da oligarquia rural mineira.
d17bfa81-6f
UEG 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A gente se esfriou, se afundou – um instantâneo. A gente... E foi sem combinação, nem ninguém entendia o que se fizesse: todos, de uma vez, de dó do Sorôco, principiaram também a acompanhar aquele canto sem razão. E com as vozes tão altas! Todos caminhando, com ele, Sorôco, e canta que cantando, atrás dele, os mais de detrás quase que corriam, ninguém deixasse de cantar. Foi o de não sair mais da memória. Foi um caso sem comparação.
A gente estava levando agora o Sorôco para a casa dele, de verdade. A gente, com ele, ia até aonde que ia aquela cantiga.

ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, s/d. p. 21.

Imagem 009.jpg

O grupo “Teia de Aranha”, a partir das obras de Guimarães Rosa, cria representações em bordado. O fragmento acima, extraído do conto “Sorôco, sua mãe, sua filha”, e o bordado, inspirado no mesmo conto,

A
tematizam a loucura de Sorôco e a falta de comunhão dos outros moradores da pequena cidade mineira com o seu destino.
B
descrevem acontecimentos e paisagens mineiras, partindo de uma composição sem inovações estéticas.
C
apresentam a ideia de tecitura composicional, acenando para a estética artesanal de ambos.
D
representam a loucura da mãe e da filha de Sorôco, com rigor científico e formas arcaicas.
d020b02c-6f
UEG 2010 - Português - Interpretação de Textos

Levando-se em conta a leitura de Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto, e de “Os irmãos Dagobé”, de Guimarães Rosa, nota-se que,

A
no primeiro texto, a morte surge relacionada à pobreza no Nordeste brasileiro, ao passo que, no segundo, surge relacionada à crueldade dos irmãos Dagobé.
B
na primeira obra, narram-se crenças e costumes nordestinos, e, na segunda, narra-se a fuga dos três irmãos Dagobé, que fogem da tirania do irmão mais velho.
C
tanto em um texto quanto no outro, o tema da seca é uma constante, já que é em razão da falta de chuva que as personagens saem do sertão rumo à cidade.
D
em ambos os textos, o sertão é descrito como um espaço de atraso e de pobreza mas, também, como o único lugar em que o sertanejo pode alcançar felicidade.
cec60244-6f
UEG 2010 - Português - Interpretação de Textos

Analise a imagem de Borges e o fragmento, extraído de Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto.

Imagem 006.jpg
CATÁLOGO DA MOSTRA DE REDESCOBRIMENTO – Arte Popular. Anos Artes Visuais do Brasil. Fundação Bienal de São Paulo.
Xilogravura de J. Borges. O Presépio. São Paulo, 2000. p. 219.

COMEÇAM A CHEGAR PESSOAS TRAZENDO PRESENTES PARA O RECÉM-NASCIDO

– Minha pobreza tal é
que não trago presente grande:
trago para a mãe caranguejos
pescados por esses mangues;
mamando leite de lama
conservará nosso sangue.
– Minha pobreza tal é
que coisa não posso ofertar:
somente o leite que tenho
para meu filho amamentar;
aqui são todos irmãos,
de leite, de lama, de ar.
– Minha pobreza tal é
que não tenho presente melhor:
trago papel de jornal
para lhe servir de cobertor;
cobrindo-se assim de letras
vai um dia ser doutor.
[...]

NETO, João Cabral de Melo. Morte e vida severina e outros poemas em voz alta. Rio de Janeiro: José Olympio, 1991. p. 105-106.

A gravura e o texto se aproximam ao

A
repetir incessantemente o espírito natalino, concretizado pela falta de esperança na vida dos retirantes.
B
realizarem uma releitura do nascimento de Jesus e da história bíblica, com base na realidade nordestina.
C
representar o presépio para negar as mensagens cristãs, que não resolvem a situação de miséria dos retirantes.
D
descrever a paisagem física e humana de forma fantasiosa, fugindo dos verdadeiros dramas e conflitos dos nordestinos.
cd93bc49-6f
UEG 2010 - Português - Interpretação de Textos

O excerto constitui, por parte do eu poético, uma

Leia o trecho abaixo para responder às questões 12 e 13.

– Desde que estou retirando
só a morte vejo ativa,
só a morte deparei
e às vezes até festiva;
só morte tem encontrado
quem pensava encontrar vida,
e o pouco que não foi morte
foi de vida severina
(aquela vida que é menos
vivida que defendida,
e é ainda mais severina
para o homem que retira).

NETO, João Cabral de Melo. Morte e vida severina. Rio de Janeiro: MEDIAfashion, 2008. p. 82.

A
expressão de esperança em relação à vida.
B
avaliação sobre a condição miserável do sertanejo.
C
lamentação em virtude da peregrinação do retirante.
D
reflexão acerca da sua relação cotidiana com a morte.
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UEG 2010 - Português - Interpretação de Textos

Verifica-se, em termos estruturais, uma

Leia o trecho abaixo para responder às questões 12 e 13.

– Desde que estou retirando
só a morte vejo ativa,
só a morte deparei
e às vezes até festiva;
só morte tem encontrado
quem pensava encontrar vida,
e o pouco que não foi morte
foi de vida severina
(aquela vida que é menos
vivida que defendida,
e é ainda mais severina
para o homem que retira).

NETO, João Cabral de Melo. Morte e vida severina. Rio de Janeiro: MEDIAfashion, 2008. p. 82.

A
aliteração no penúltimo verso.
B
anáfora no segundo e terceiro versos.
C
comparação no quinto verso.
D
metáfora no terceiro e quarto versos.
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UEG 2010 - Português - Interpretação de Textos

Leia a tira abaixo.
Imagem 005.jpg
COUTINHO, Laerte. Striptiras 3. Porto Alegre L&PM, 2008. p. 39.

A linguagem presente nos quadrinhos

A
usa predominantemente elementos não verbais para a produção do sentido.
B
caracteriza-se pelo registro formal da língua, típico das conversas cotidianas.
C
tem seu sentido construído pela mescla de elementos oriundos da informática e das histórias infantis.
D
usa inadequadamente termos estrangeiros que não são utilizados nem compreendidos no uso cotidiano.
c8beb966-6f
UEG 2010 - Português - Uso dos conectivos, Sintaxe

A conjunção mas, destacada no texto, indica uma relação de

Leia o texto a seguir para responder às questões de 7 a 10.

VOCÊ SABE COMO FUNCIONA O GOVERNO? 

As eleições seriam mais efetivas se todos conhecessem bem o funcionamento da administração. Mas não é tão fácil conhecer os meandros dos governos. Primeiro, porque a maioria não tem tempo para se informar e adquirir conhecimento sobre todas as partes que compõem a administração pública. Segundo, pela dificuldade óbvia de explicar assunto tão complexo para grupos menos escolarizados. E, terceiro, pela profusão de especialidades que se transforma em obstáculo para quem quer ter uma visão mais sistêmica do Estado. São economistas, cientistas políticos e administradores que muitas vezes apresentam diagnósticos díspares sobre os problemas e dialogam pouco entre si.

[...]

O senso comum diz que o maior problema da política brasileira está na corrupção. É uma visão equivocada. Muito mais do que a roubalheira, o que mais aflige nosso sistema político é o amadorismo e o despreparo de boa parte dos eleitos. O resultado é a ineficiência, que também favorece os corruptos e espertalhões, muitos deles localizados no “outro lado do balcão”: nas empresas, nos sindicatos e nas associações civis.

O pouco conhecimento dos políticos acerca de administração é tanto maior no Poder Legislativo e nos níveis subnacionais, particularmente nos lugares menos desenvolvidos. Uma forma de combater esse mal seria os partidos políticos darem cursos a todos os seus candidatos e filiados sobre políticas públicas. [...]

Tão importante quanto o aperfeiçoamento dos políticos é a pedagogia eleitoral dos cidadãos. Parto da premissa que a realização de eleições regulares, livres e competitivas, como tem ocorrido no Brasil, já é uma forma de instrução cidadã. Daí concluo que os eleitores hoje são melhores do que no passado. Contudo, o voto será sempre mais efetivo quanto mais informado for o eleitor. E o que mais falta ser conhecido pela sociedade é o funcionamento efetivo da administração, inclusive para abandonar a postura meramente demandante em prol da pressão qualificada por mudanças nas políticas públicas. [...].

ABRUCIO, Fernando. Você sabe como funciona o governo? Época. São Paulo, 9 ago. 2010. p. 41. (Adaptado).

A
adição
B
conclusão
C
ênfase
D
oposição
c782e857-6f
UEG 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No primeiro parágrafo, o autor usa uma

Leia o texto a seguir para responder às questões de 7 a 10.

VOCÊ SABE COMO FUNCIONA O GOVERNO? 

As eleições seriam mais efetivas se todos conhecessem bem o funcionamento da administração. Mas não é tão fácil conhecer os meandros dos governos. Primeiro, porque a maioria não tem tempo para se informar e adquirir conhecimento sobre todas as partes que compõem a administração pública. Segundo, pela dificuldade óbvia de explicar assunto tão complexo para grupos menos escolarizados. E, terceiro, pela profusão de especialidades que se transforma em obstáculo para quem quer ter uma visão mais sistêmica do Estado. São economistas, cientistas políticos e administradores que muitas vezes apresentam diagnósticos díspares sobre os problemas e dialogam pouco entre si.

[...]

O senso comum diz que o maior problema da política brasileira está na corrupção. É uma visão equivocada. Muito mais do que a roubalheira, o que mais aflige nosso sistema político é o amadorismo e o despreparo de boa parte dos eleitos. O resultado é a ineficiência, que também favorece os corruptos e espertalhões, muitos deles localizados no “outro lado do balcão”: nas empresas, nos sindicatos e nas associações civis.

O pouco conhecimento dos políticos acerca de administração é tanto maior no Poder Legislativo e nos níveis subnacionais, particularmente nos lugares menos desenvolvidos. Uma forma de combater esse mal seria os partidos políticos darem cursos a todos os seus candidatos e filiados sobre políticas públicas. [...]

Tão importante quanto o aperfeiçoamento dos políticos é a pedagogia eleitoral dos cidadãos. Parto da premissa que a realização de eleições regulares, livres e competitivas, como tem ocorrido no Brasil, já é uma forma de instrução cidadã. Daí concluo que os eleitores hoje são melhores do que no passado. Contudo, o voto será sempre mais efetivo quanto mais informado for o eleitor. E o que mais falta ser conhecido pela sociedade é o funcionamento efetivo da administração, inclusive para abandonar a postura meramente demandante em prol da pressão qualificada por mudanças nas políticas públicas. [...].

ABRUCIO, Fernando. Você sabe como funciona o governo? Época. São Paulo, 9 ago. 2010. p. 41. (Adaptado).

A
exemplificação a partir da qual reforça sua tese inicial.
B
enumeração de razões que explicam a ideia inicial do texto.
C
comparação entre várias ideias que apontam direções argumentativas diferentes.
D
oposição, que apresenta tanto argumentos favoráveis quanto contrários à sua tese.
c6536bbc-6f
UEG 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O autor defende a seguinte ideia:

Leia o texto a seguir para responder às questões de 7 a 10.

VOCÊ SABE COMO FUNCIONA O GOVERNO? 

As eleições seriam mais efetivas se todos conhecessem bem o funcionamento da administração. Mas não é tão fácil conhecer os meandros dos governos. Primeiro, porque a maioria não tem tempo para se informar e adquirir conhecimento sobre todas as partes que compõem a administração pública. Segundo, pela dificuldade óbvia de explicar assunto tão complexo para grupos menos escolarizados. E, terceiro, pela profusão de especialidades que se transforma em obstáculo para quem quer ter uma visão mais sistêmica do Estado. São economistas, cientistas políticos e administradores que muitas vezes apresentam diagnósticos díspares sobre os problemas e dialogam pouco entre si.

[...]

O senso comum diz que o maior problema da política brasileira está na corrupção. É uma visão equivocada. Muito mais do que a roubalheira, o que mais aflige nosso sistema político é o amadorismo e o despreparo de boa parte dos eleitos. O resultado é a ineficiência, que também favorece os corruptos e espertalhões, muitos deles localizados no “outro lado do balcão”: nas empresas, nos sindicatos e nas associações civis.

O pouco conhecimento dos políticos acerca de administração é tanto maior no Poder Legislativo e nos níveis subnacionais, particularmente nos lugares menos desenvolvidos. Uma forma de combater esse mal seria os partidos políticos darem cursos a todos os seus candidatos e filiados sobre políticas públicas. [...]

Tão importante quanto o aperfeiçoamento dos políticos é a pedagogia eleitoral dos cidadãos. Parto da premissa que a realização de eleições regulares, livres e competitivas, como tem ocorrido no Brasil, já é uma forma de instrução cidadã. Daí concluo que os eleitores hoje são melhores do que no passado. Contudo, o voto será sempre mais efetivo quanto mais informado for o eleitor. E o que mais falta ser conhecido pela sociedade é o funcionamento efetivo da administração, inclusive para abandonar a postura meramente demandante em prol da pressão qualificada por mudanças nas políticas públicas. [...].

ABRUCIO, Fernando. Você sabe como funciona o governo? Época. São Paulo, 9 ago. 2010. p. 41. (Adaptado).

A
a corrupção, especialmente aquela que favorece políticos ligados a empresas, sindicados e associações civis, é o maior problema da política brasileira e deve ser combatida por meio da conscientização dos eleitores.
B
a participação regular em eleições livres e competitivas em nada contribui para a melhoria dos eleitores, pois o que importa é o conhecimento do funcionamento da administração e o nível de informação dos cidadãos.
C
o conhecimento sobre o funcionamento da administração pública é necessário tanto para os políticos que ocupam cargos eletivos quanto para o eleitor, já que isso melhoraria o voto e tornaria as eleições mais efetivas.
D
a presença de profissionais de áreas diferentes, como economistas, cientistas políticos, administradores, enriquece o debate político e ajuda tanto o eleitor quanto o ocupante de cargo eletivo a ter uma visão mais sistêmica do Estado.
c526ed96-6f
UEG 2010 - Inglês - Vocabulário | Vocabulary, Grau dos adjetivos | Adjective degrees, Adjetivos | Adjectives

Tendo-se por base a estrutura das partes verbais das imagens e dos textos utilizados, é CORRETO afirmar:

As questões de 4 a 6 referem-se às imagens e aos textos abaixo.

Imagem 002.jpg

Texto A
Society has always used punishment to discourage would-be criminals from unlawful action. Since society has
the highest interest in preventing murder, it should use the strongest punishment available to deter murder, and
that is the death penalty. If murderers are sentenced to death and executed, potential murderers will think twice
before killing for fear of losing their own life.
The death penalty certainly "deters" the murderer who is executed. Strictly speaking, this is a form of
incapacitation, similar to the way a robber put in prison is prevented from robbing on the streets. Both as a
deterrent and as a form of permanent incapacitation, the death penalty helps to prevent future crime.

Disponível em: Imagem 003.jpg. Acesso em: 20 ago. 2010. (Adaptado).

Texto B
Before I get into comedic related issues, a quick statement on the death penalty (due to some Facebook chatter
on my page). I am against the death penalty in all cases. The recent revelation in Texas that an innocent man
was executed for arson and capital murder in 2004 for allegedly setting fire to his home, which killed his two
young children should be huge news. Can you imagine the man’s anguish (he never pleaded guilty)? But I am
against it even when the person is actually guilty (yes even if DNA and videotape corroborate it). I think it is
barbaric. China, parts of the Middle East and the U.S. are the world’s executors. No one else I believe.

Disponível em: Imagem 004.jpg. Acesso em: 20 ago. 2010. (Adaptado).

A
na sentença it should use the strongest punishment available ocorre a forma de grau comparativo de superioridade do adjetivo.
B
o termo unlawful, usado no texto A, é formado pelo processo de sufixação, ou seja, o sufixo “ful” é adicionado ao radical “unlaw”.
C
em The death penalty law is nothing but legalized killing, o termo em destaque pode ser substituído por “except”, sem prejuízo de sentido.
D
a expressão destacada em No one else I believe, no contexto em que é usada no final do texto B, poderia ser expressa também por “Nobody”.
c3fa6d50-6f
UEG 2010 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

De acordo com as ideias expressas pelas imagens e pelos textos acima, é CORRETO afirmar:

As questões de 4 a 6 referem-se às imagens e aos textos abaixo.

Imagem 002.jpg

Texto A
Society has always used punishment to discourage would-be criminals from unlawful action. Since society has
the highest interest in preventing murder, it should use the strongest punishment available to deter murder, and
that is the death penalty. If murderers are sentenced to death and executed, potential murderers will think twice
before killing for fear of losing their own life.
The death penalty certainly "deters" the murderer who is executed. Strictly speaking, this is a form of
incapacitation, similar to the way a robber put in prison is prevented from robbing on the streets. Both as a
deterrent and as a form of permanent incapacitation, the death penalty helps to prevent future crime.

Disponível em: Imagem 003.jpg. Acesso em: 20 ago. 2010. (Adaptado).

Texto B
Before I get into comedic related issues, a quick statement on the death penalty (due to some Facebook chatter
on my page). I am against the death penalty in all cases. The recent revelation in Texas that an innocent man
was executed for arson and capital murder in 2004 for allegedly setting fire to his home, which killed his two
young children should be huge news. Can you imagine the man’s anguish (he never pleaded guilty)? But I am
against it even when the person is actually guilty (yes even if DNA and videotape corroborate it). I think it is
barbaric. China, parts of the Middle East and the U.S. are the world’s executors. No one else I believe.

Disponível em: Imagem 004.jpg. Acesso em: 20 ago. 2010. (Adaptado).

A
image A is a campaign against the death penalty because it is considered a kind of discrimination.
B
image B reinforces the idea expressed by the saying “An eye for an eye and a tooth for a tooth”.
C
the author of text B is against the death penalty only if the defendant is not proven to be guilty.
D
text A presents arguments for and against the death penalty to help readers to make up their minds about the issue.
c2d0c638-6f
UEG 2010 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

Levando-se em conta as imagens e os textos acima, é CORRETO afirmar:

As questões de 4 a 6 referem-se às imagens e aos textos abaixo.

Imagem 002.jpg

Texto A
Society has always used punishment to discourage would-be criminals from unlawful action. Since society has
the highest interest in preventing murder, it should use the strongest punishment available to deter murder, and
that is the death penalty. If murderers are sentenced to death and executed, potential murderers will think twice
before killing for fear of losing their own life.
The death penalty certainly "deters" the murderer who is executed. Strictly speaking, this is a form of
incapacitation, similar to the way a robber put in prison is prevented from robbing on the streets. Both as a
deterrent and as a form of permanent incapacitation, the death penalty helps to prevent future crime.

Disponível em: Imagem 003.jpg. Acesso em: 20 ago. 2010. (Adaptado).

Texto B
Before I get into comedic related issues, a quick statement on the death penalty (due to some Facebook chatter
on my page). I am against the death penalty in all cases. The recent revelation in Texas that an innocent man
was executed for arson and capital murder in 2004 for allegedly setting fire to his home, which killed his two
young children should be huge news. Can you imagine the man’s anguish (he never pleaded guilty)? But I am
against it even when the person is actually guilty (yes even if DNA and videotape corroborate it). I think it is
barbaric. China, parts of the Middle East and the U.S. are the world’s executors. No one else I believe.

Disponível em: Imagem 004.jpg. Acesso em: 20 ago. 2010. (Adaptado).

A
a inscrição da imagem A é corroborada pelas opiniões expressas no texto A.
B
as opiniões explicitadas no texto B reforçam o conteúdo da imagem B.
C
o texto B está de acordo com a imagem A, e a imagem B é reforçada pelo texto A.
D
os posicionamentos expressos nos dois textos concordam com a imagem A.
c18a6031-6f
UEG 2010 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

Considerando os aspectos estruturais do texto, é CORRETO afirmar:

Leia o texto abaixo e responda às questões de 1 a 3.

Hitting Children is Wrong and the Law Must Say So - Now

Ending corporal punishment is an issue which touches most people very personally. Most of us were hit as
children; most parents have hit their growing children. So far, globally, only about 17 states have completely
prohibited all corporal punishment, with six or seven more committed to do so. In this region, I know that at least
two – Brazil and Costa Rica – have had prohibition Bills presented to their Parliaments.
At the first two Regional Consultations for the UN Secretary General’s Study, in the Caribbean and two weeks
ago in South Asia, clear recommendations to prohibit all corporal punishment, including in the family, were
adopted. But I still heard government officials and NGOs and others making more excuses: “We must wait until
there is more support for parents; more training for teachers; smaller classes. Let’s educate first and then
change the law…” and so on. From children’s perspective this is intolerable. From the perspective of
international human rights law it is illegal. Why should children wait? Would we wait to prohibit violence against
women until we can provide full employment and universal anger management classes for men? Would we wait
to ban hitting of elderly confused relatives until we have full-time nursing care, and full training for all carers,
available for them?
No more excuses: this UN Study provides the opportunity to move quickly on, to put in the past the idea that
states should authorise violence against children and instead focus on giving priority to ending all violence
against children. State governments and all of us have to take a deep breath and stop deceiving ourselves -
hitting children is wrong and the law must say so - now.

NEWELL, Peter. Disponível em: Imagem 001.jpg. Acesso em: 16 ago. 2010. (Adaptado).

A
em State governments and all of us have to stop deceiving ourselves, o pronome ourselves refere-se aos termos em destaque.
B
a expressão From children’s perspective pode ser escrita da seguinte forma: “From boys’s and girls’s perpective”.
C
a resposta para a pergunta Why should children wait? poderia ser: “Because it would be better for him”.
D
a sentença Most of us were hit as children, na voz ativa, seria: “They used to hit most of us as children”.
c04f8cee-6f
UEG 2010 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

Com base nas ideias e opiniões expressas no texto, é CORRETO afirmar:

Leia o texto abaixo e responda às questões de 1 a 3.

Hitting Children is Wrong and the Law Must Say So - Now

Ending corporal punishment is an issue which touches most people very personally. Most of us were hit as
children; most parents have hit their growing children. So far, globally, only about 17 states have completely
prohibited all corporal punishment, with six or seven more committed to do so. In this region, I know that at least
two – Brazil and Costa Rica – have had prohibition Bills presented to their Parliaments.
At the first two Regional Consultations for the UN Secretary General’s Study, in the Caribbean and two weeks
ago in South Asia, clear recommendations to prohibit all corporal punishment, including in the family, were
adopted. But I still heard government officials and NGOs and others making more excuses: “We must wait until
there is more support for parents; more training for teachers; smaller classes. Let’s educate first and then
change the law…” and so on. From children’s perspective this is intolerable. From the perspective of
international human rights law it is illegal. Why should children wait? Would we wait to prohibit violence against
women until we can provide full employment and universal anger management classes for men? Would we wait
to ban hitting of elderly confused relatives until we have full-time nursing care, and full training for all carers,
available for them?
No more excuses: this UN Study provides the opportunity to move quickly on, to put in the past the idea that
states should authorise violence against children and instead focus on giving priority to ending all violence
against children. State governments and all of us have to take a deep breath and stop deceiving ourselves -
hitting children is wrong and the law must say so - now.

NEWELL, Peter. Disponível em: Imagem 001.jpg. Acesso em: 16 ago. 2010. (Adaptado).

A
some NGOs criticize the governments which present excuses to postpone measures to prohibit corporal punishment against children.
B
Brazil and Costa Rica are the only countries in Latin America which have criminalized physical punishment against children.
C
adults who suffer physical punishment as children will certainly punish their children when they become parents.
D
the author of the article tries to persuade the readers to fight all kinds of violence against children.
befc11fb-6f
UEG 2010 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

De acordo com o conteúdo do texto, é CORRETO afirmar:

Leia o texto abaixo e responda às questões de 1 a 3.

Hitting Children is Wrong and the Law Must Say So - Now

Ending corporal punishment is an issue which touches most people very personally. Most of us were hit as
children; most parents have hit their growing children. So far, globally, only about 17 states have completely
prohibited all corporal punishment, with six or seven more committed to do so. In this region, I know that at least
two – Brazil and Costa Rica – have had prohibition Bills presented to their Parliaments.
At the first two Regional Consultations for the UN Secretary General’s Study, in the Caribbean and two weeks
ago in South Asia, clear recommendations to prohibit all corporal punishment, including in the family, were
adopted. But I still heard government officials and NGOs and others making more excuses: “We must wait until
there is more support for parents; more training for teachers; smaller classes. Let’s educate first and then
change the law…” and so on. From children’s perspective this is intolerable. From the perspective of
international human rights law it is illegal. Why should children wait? Would we wait to prohibit violence against
women until we can provide full employment and universal anger management classes for men? Would we wait
to ban hitting of elderly confused relatives until we have full-time nursing care, and full training for all carers,
available for them?
No more excuses: this UN Study provides the opportunity to move quickly on, to put in the past the idea that
states should authorise violence against children and instead focus on giving priority to ending all violence
against children. State governments and all of us have to take a deep breath and stop deceiving ourselves -
hitting children is wrong and the law must say so - now.

NEWELL, Peter. Disponível em: Imagem 001.jpg. Acesso em: 16 ago. 2010. (Adaptado).

A
a adoção de castigos físicos para crianças é uma questão familiar e pessoal, não cabendo às autoridades intervirem nessa área.
B
o artigo critica os argumentos apresentados por instituições que desejam protelar a adoção de medidas contra punições físicas a crianças.
C
estudos feitos pela ONU mostram que em diversos países o castigo físico ainda é aplicado como forma de punição a crianças, em casa e nas escolas.
D
os países que não acatarem as orientações da ONU com relação ao fim de punições físicas contra crianças devem ser penalizados por violarem direitos humanos.