Questõesde UEA 2019
Parceiros comerciais do Brasil no exterior, principalmente
os compradores de commodities produzidas na Amazônia,
andam preocupados em evitar o que chamam de “desmatamento importado”, e têm exigido cada vez mais garantias de
que os bens que compram são produzidos em conformidade
com normas de respeito ao meio ambiente.
(Bernardo Esteves. “O meio ambiente como estorvo”.
Revista Piauí, junho de 2019.)
A concepção de “desmatamento importado”
A respeito da crise da economia gumífera, pode-se afirmar
que a extração do látex na Amazônia
Da ilha amazônica de Marajó ao interior do Piauí, os
padres da Companhia possuíam extensas fazendas de
gado e de cavalos. No Amazonas, as flotilhas de canoas dos
jesuítas aportavam todos os anos em Belém com invejáveis
quantidades de cacau, cravo-da-índia, canela e salsaparrilha, cultivados às margens dos principais afluentes do grande
rio. A Companhia possuía direitos e privilégios que incluíam a
total isenção em Portugal e no Brasil de taxas alfandegárias
para todos os seus produtos.
(Daniel Alden. “O período final do Brasil colônia: 1750-1808”.
In: Leslie Bethell (org.) História da América Latina:
A América Latina Colonial, vol. II, 1999. Adaptado.)
O Marquês de Pombal, ministro do rei D. José I, expulsou a
Companhia de Jesus de Portugal e do Brasil em 1759. A sua
decisão visou, entre outros objetivos,
Da ilha amazônica de Marajó ao interior do Piauí, os padres da Companhia possuíam extensas fazendas de gado e de cavalos. No Amazonas, as flotilhas de canoas dos jesuítas aportavam todos os anos em Belém com invejáveis quantidades de cacau, cravo-da-índia, canela e salsaparrilha, cultivados às margens dos principais afluentes do grande rio. A Companhia possuía direitos e privilégios que incluíam a total isenção em Portugal e no Brasil de taxas alfandegárias para todos os seus produtos.
(Daniel Alden. “O período final do Brasil colônia: 1750-1808”.
In: Leslie Bethell (org.) História da América Latina:
A América Latina Colonial, vol. II, 1999. Adaptado.)
O Marquês de Pombal, ministro do rei D. José I, expulsou a
Companhia de Jesus de Portugal e do Brasil em 1759. A sua
decisão visou, entre outros objetivos,
O excerto descreve
A “aventura pereceu” devido
Njinga dizia que não queria a paz com os portugueses
porque os portugueses haviam aprisionado sua irmã e não
queriam libertá-la. O padre Serafim de Cortona escreveu,
então, para o governador português de Angola, pedindo-
-lhe que libertasse a irmã de Njinga, com o que faria grande
serviço a Deus e ao rei, com a introdução “da nossa santa
fé naquelas partes”. A favor da devolução, disse ainda que
assim acabaria a já longa guerra e se abriria o “comércio ao
resgate dos negros”.
(Marina de Mello e Souza. Além do visível: Poder, Catolicismo e Comércio
no Congo e em Angola (Séculos XVI e XVII), 2018. Adaptado.)
O episódio é relatado pelo padre Serafim de Cortona em um
documento escrito em 1658 sobre Njinga, rainha de territórios
do interior da África. Para o sacerdote,
Barcos norte-americanos levavam produtos coloniais
a ilhas Britânicas, a outros centros europeus e às Antilhas,
sobretudo tabaco, artigos navais e madeira. Em troca, importavam da Inglaterra os manufaturados.
(Philip Jenkins. Breve historia de Estados Unidos, 2017. Adaptado.)
O excerto descreve as relações comerciais no Império Britânico em meados do século XVIII, referindo-se
Com a instalação de uma nova classe dominante, originada dos bárbaros ou, com mais frequência, da fusão entre
populações romanas antigas e populações bárbaras estabelecidas no território do antigo Império Romano, aparece uma
forma de poder cujas origens são germânicas e que se denomina a banalidade, o direito de banalidade. É um direito de
comando bastante geral, que inclui direitos de justiça, mas,
sobretudo, direitos econômicos.
(Jacques Le Goff. Por amor às cidades, 1998.)
O direito de banalidade derivava
A oração “Fomos atendidos por Dona Flora” está na voz passiva. A oração correspondente na voz ativa, que mantém o
sentido original, contém a forma verbal
Leia o trecho de Galvez, Imperador do Acre, de Márcio Souza, para responder à questão:
Juno e Flora e outras divindades mitológicas
O cabaré não primava pela decoração, mas o ambiente era simples e acolhedor. Era bem conceituado pelos anos de serviços prestados. Uma sala pequena cheia de sofás, algumas mesas redondas de mármore encardido. Meia penumbra. Fomos sentar numa mesa perto da orquestra. A casa começava a esvaziar e estavam apenas os clientes mais renitentes. Duas meninas dançavam um can-can desajeitado e deviam ser paraenses. As duas meninas suavam sem parar. Fomos atendidos por Dona Flora, gorda e oxigenada proprietária que bem poderia ser a deusa Juno. Recebemos as vênias de sempre e Trucco pediu uísque. A música já estava com o andamento de fim de festa e o garçom veio servir nossas bebidas. Trucco perguntou se Lili ainda iria apresentar-se e o garçom respondeu que o número dela era sempre à meia-noite. Havia um ar de familiaridade, e duas polacas vieram sentar em nossa mesa. Afastei a cadeira para elas sentarem e notei que eram bem velhas e machucadas. Decidi dar uma observada no ambiente enquanto Trucco trocava gentilezas com as duas cocottes1 .
(Galvez, Imperador do Acre, 1977.)
1cocotte: mulher jovem e atraente.
Está empregado em sentido figurado o termo sublinhado em:
Leia o texto de Jonathan Culler para responder à questão.
(Teoria literária: uma introdução, 1999)
Advérbio é uma palavra invariável que pode modificar o sentido de um verbo, de um adjetivo, de outro advérbio ou de
uma oração inteira.
Um advérbio que modifica o sentido de um adjetivo ocorre em:
Leia o texto de Jonathan Culler para responder à questão.
(Teoria literária: uma introdução, 1999)
O romance Galvez, Imperador do Acre
Leia o trecho de Galvez, Imperador do Acre, de Márcio Souza, para responder à questão:
Juno e Flora e outras divindades mitológicas
O cabaré não primava pela decoração, mas o ambiente era simples e acolhedor. Era bem conceituado pelos anos de serviços prestados. Uma sala pequena cheia de sofás, algumas mesas redondas de mármore encardido. Meia penumbra. Fomos sentar numa mesa perto da orquestra. A casa começava a esvaziar e estavam apenas os clientes mais renitentes. Duas meninas dançavam um can-can desajeitado e deviam ser paraenses. As duas meninas suavam sem parar. Fomos atendidos por Dona Flora, gorda e oxigenada proprietária que bem poderia ser a deusa Juno. Recebemos as vênias de sempre e Trucco pediu uísque. A música já estava com o andamento de fim de festa e o garçom veio servir nossas bebidas. Trucco perguntou se Lili ainda iria apresentar-se e o garçom respondeu que o número dela era sempre à meia-noite. Havia um ar de familiaridade, e duas polacas vieram sentar em nossa mesa. Afastei a cadeira para elas sentarem e notei que eram bem velhas e machucadas. Decidi dar uma observada no ambiente enquanto Trucco trocava gentilezas com as duas cocottes1 .
(Galvez, Imperador do Acre, 1977.)
1cocotte: mulher jovem e atraente.
Um dos motivos apontados pelo texto para a prevalência do
romance sobre a poesia a partir do século XX é:
Leia o texto de Jonathan Culler para responder à questão.
(Teoria literária: uma introdução, 1999)
A ideia central do segundo parágrafo consiste em que
Leia o trecho do romance A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, para responder à questão:
Chegou o sábado. O nosso Augusto, depois de muitos
rodeios e cerimônias, pediu finalmente licença para ir passar
o dia de domingo na ilha de… e obteve em resposta um não
redondo; jurou que tinha dado sua palavra de honra de lá
se achar nesse dia e o pai, para que o filho não cumprisse
a palavra, nem faltasse à honra, julgou muito conveniente
trancá-lo em seu quarto.
Mania antiga é essa de querer triunfar das paixões com
fortes meios; erro palmar, principalmente no caso em que
se acha o nosso estudante; amor é um menino doidinho
e malcriado que, quando alguém intenta refreá-lo, chora,
escarapela, esperneia, escabuja, morde, belisca e incomoda
mais que solto e livre; prudente é facilitar-lhe o que deseja,
para que ele disso se desgoste; soltá-lo no prado, para que
não corra; limpar-lhe o caminho, para que não passe; acabar
com as dificuldades e oposições, para que ele durma e muitas vezes morra. O amor é um anzol que, quando se engole,
agadanha-se logo no coração da gente, donde, se não é com
jeito, o maldito rasga, esburaca e se aprofunda.
(A moreninha, 1997.)
No romance A moreninha, o personagem Augusto é um jovem
Leia o trecho do romance A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, para responder à questão:
Chegou o sábado. O nosso Augusto, depois de muitos
rodeios e cerimônias, pediu finalmente licença para ir passar
o dia de domingo na ilha de… e obteve em resposta um não
redondo; jurou que tinha dado sua palavra de honra de lá
se achar nesse dia e o pai, para que o filho não cumprisse
a palavra, nem faltasse à honra, julgou muito conveniente
trancá-lo em seu quarto.
Mania antiga é essa de querer triunfar das paixões com
fortes meios; erro palmar, principalmente no caso em que
se acha o nosso estudante; amor é um menino doidinho
e malcriado que, quando alguém intenta refreá-lo, chora,
escarapela, esperneia, escabuja, morde, belisca e incomoda
mais que solto e livre; prudente é facilitar-lhe o que deseja,
para que ele disso se desgoste; soltá-lo no prado, para que
não corra; limpar-lhe o caminho, para que não passe; acabar
com as dificuldades e oposições, para que ele durma e muitas vezes morra. O amor é um anzol que, quando se engole,
agadanha-se logo no coração da gente, donde, se não é com
jeito, o maldito rasga, esburaca e se aprofunda.
(A moreninha, 1997.)
A forma verbal no pretérito mais-que-perfeito, indicando uma
ação, anterior a outra, ambas ocorridas no passado, encontra-se em:
Leia o trecho do romance A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, para responder à questão:
Chegou o sábado. O nosso Augusto, depois de muitos
rodeios e cerimônias, pediu finalmente licença para ir passar
o dia de domingo na ilha de… e obteve em resposta um não
redondo; jurou que tinha dado sua palavra de honra de lá
se achar nesse dia e o pai, para que o filho não cumprisse
a palavra, nem faltasse à honra, julgou muito conveniente
trancá-lo em seu quarto.
Mania antiga é essa de querer triunfar das paixões com
fortes meios; erro palmar, principalmente no caso em que
se acha o nosso estudante; amor é um menino doidinho
e malcriado que, quando alguém intenta refreá-lo, chora,
escarapela, esperneia, escabuja, morde, belisca e incomoda
mais que solto e livre; prudente é facilitar-lhe o que deseja,
para que ele disso se desgoste; soltá-lo no prado, para que
não corra; limpar-lhe o caminho, para que não passe; acabar
com as dificuldades e oposições, para que ele durma e muitas vezes morra. O amor é um anzol que, quando se engole,
agadanha-se logo no coração da gente, donde, se não é com
jeito, o maldito rasga, esburaca e se aprofunda.
(A moreninha, 1997.)
Em “prudente é facilitar-lhe o que deseja, para que ele disso
se desgoste” (2º parágrafo), o trecho sublinhado pode ser
substituído, mantendo-se a correção gramatical e o sentido
original, por:
Leia o trecho do romance A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, para responder à questão:
Chegou o sábado. O nosso Augusto, depois de muitos
rodeios e cerimônias, pediu finalmente licença para ir passar
o dia de domingo na ilha de… e obteve em resposta um não
redondo; jurou que tinha dado sua palavra de honra de lá
se achar nesse dia e o pai, para que o filho não cumprisse
a palavra, nem faltasse à honra, julgou muito conveniente
trancá-lo em seu quarto.
Mania antiga é essa de querer triunfar das paixões com
fortes meios; erro palmar, principalmente no caso em que
se acha o nosso estudante; amor é um menino doidinho
e malcriado que, quando alguém intenta refreá-lo, chora,
escarapela, esperneia, escabuja, morde, belisca e incomoda
mais que solto e livre; prudente é facilitar-lhe o que deseja,
para que ele disso se desgoste; soltá-lo no prado, para que
não corra; limpar-lhe o caminho, para que não passe; acabar
com as dificuldades e oposições, para que ele durma e muitas vezes morra. O amor é um anzol que, quando se engole,
agadanha-se logo no coração da gente, donde, se não é com
jeito, o maldito rasga, esburaca e se aprofunda.
(A moreninha, 1997.)
No trecho “que se descobre a verdade, / que se cometem
os grandes crimes, os gestos / mais sublimes”, o eu lírico
enumera
Leia o poema de Paulo Henriques Britto para responder à questão
É em estado assim que se descobre a verdade,
(Mínima lírica, 2013.)
Segundo as duas últimas estrofes,
Leia o poema de Paulo Henriques Britto para responder à questão
É em estado assim que se descobre a verdade,
(Mínima lírica, 2013.)