Questõesde PUC-MINAS

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d8fa7e0d-05
PUC-MINAS 2021 - Química - Surfactantes, Química Orgânica, Tipos de Reações Orgânicas: Substituição, Adição e Eliminação.

A saponificação de gorduras e óleos é usada há muito tempo na preparação de sabões. A seguir, é apresentada uma estrutura que representa um sabão.



Em relação aos sabões, é CORRETO afirmar:

A
Em águas ácidas, a ação de limpeza do sabão melhora, pois ele reage com íons H+ produzindo um ácido que aumenta o poder de limpeza.
B
O sabão é um sal e possui, pelo menos, uma ligação com caráter iônico acentuado.
C
O sal formado pela reação de saponificação possui característica ácida, pois deriva de uma reação entre uma base forte e um ácido fraco (ácido graxo).
D
Sabões são substâncias que aumentam a tensão superficial de um líquido, sendo assim, considerados tensoativos.
d91d39b2-05
PUC-MINAS 2021 - Física

Visitantes de um shopping partem da entrada A e percorrem caminhos diversos até chegar às lanchonetes E, F e G da praça de alimentação, passando por, pelo menos, uma das lojas B, C e D, apenas no sentido indicado pelas setas, como mostrado na figura.



Os números indicados nas setas são as probabilidades de escolha que o visitante tem de ir de uma loja até outra. Nesse cenário, a probabilidade de um visitante ir de A até F é

A
0,400
B
0,408
C
0,420
D
0,424
d8dcb52a-05
PUC-MINAS 2021 - Química - Transformações Químicas e Energia, Termoquímica: Energia Calorífica, Calor de reação, Entalpia, Equações e Lei de Hess.

A Lei de Hess diz que a variação de entalpia envolvida em uma reação química, sob certas condições experimentais, depende exclusivamente da entalpia inicial e final dos produtos, seja a reação executada diretamente em uma única etapa ou indiretamente, em uma série de etapas. Considere o gráfico a seguir:



A energia envolvida na formação do gás metano a partir de gás carbônico e água é:

A
– 1039,9 kJ
B
– 890,3 kJ
C
+ 1039,9 kJ
D
+ 890,3 kJ
d8f2ded4-05
PUC-MINAS 2021 - Química - Transformações Químicas e Energia, Eletroquímica: Oxirredução, Potenciais Padrão de Redução, Pilha, Eletrólise e Leis de Faraday.

Considere o esquema da pilha:



Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/potencialpadrao-reducao-das-pilhas.htm. Acesso 15/05/2021.

Em relação a essa pilha, foram feitas as seguintes afirmativas:

I – Durante o funcionamento da pilha, a acidez da solução no catodo diminui.
II – Ocorre oxidação da espécie Zn2+(aq).
III – A semirreação de redução que ocorre na pilha é: 2H+(aq) + 2e- H2(g).
IV – A força eletromotriz da pilha é dependente da concentração das espécies em solução.

Estão CORRETAS as afirmativas:

A
I e III, apenas.
B
I, III e IV, apenas.
C
II e IV, apenas.
D
I, II, III e IV.
d8d5bcb0-05
PUC-MINAS 2021 - Química - Substâncias e suas propriedades, Estudo da matéria: substâncias, misturas, processos de separação.

Existem muitos e diferentes métodos para separar misturas e obter substâncias. Um deles, por exemplo, é usado para separar o metal cobre de outros materiais indesejáveis. Nesse método, o material pulverizado é misturado com óleo e agitado num grande tanque que contém uma solução de água e sabão. Injeta-se ar comprimido através da mistura e as partículas leves dos compostos quase puros de cobre, recobertos por película de óleo, são carreadas para cima e flutuam na espuma. Outros materiais mais pesados sedimentam-se no fundo do tanque e a espuma com o minério é recolhida.
Esse método é denominado:

A
Decantação.
B
Extração por densidade.
C
Flotação.
D
Levigação.
d8d91242-05
PUC-MINAS 2021 - Química - Transformações Químicas, Teoria Atômica: Modelo atômico de Dalton, Thomson, Rutherford, Rutherford-Bohr

Dalton, em 1803, propôs um modelo atômico. Ele correlacionou a ideia da existência de elementos que não podem ser decompostos quimicamente à ideia de átomos que são indivisíveis. Qual dos postulados abaixo NÃO pode ser atribuído às ideias de Dalton?

A
Átomos de um dado elemento químico são idênticos, alguns diferem na massa atômica.
B
Os compostos se formam pela combinação de duas ou mais espécies de diferentes átomos.
C
Toda matéria é feita de átomos.
D
Uma reação química envolve apenas combinação, separação e rearranjo de átomos.
d8e127e7-05
PUC-MINAS 2021 - Química - Isomeria: Isomeria Espacial: Isomeria Geométrica (cis-trans) e Isomeria Óptica., Química Orgânica

Compostos diferentes, mas com a mesma fórmula molecular, são denominados isômeros. A seguir, temos dois isômeros geométricos.



Em relação aos compostos apresentados, é CORRETO afirmar:

A
I e II são enantiômeros.
B
O composto I é denominado isômero Z.
C
O composto I é o TRANS e o composto II é o CIS.
D
Se substituirmos o radical metil em II por um cloro, teremos o isômero trans.
d8bab9a3-05
PUC-MINAS 2021 - Biologia - Problemas ambientais e medidas de conservação, Ecologia e ciências ambientais

As atuais taxas de crescimento demográfico humano atrelada ao aumento da exploração de recursos naturais, ao aumento na produção industrial e agrícola, ao padrão de consumo e à má destinação dos descartes têm representado uma enorme pressão sobre a capacidade de suporte da Terra, afetando aspectos físicos, químicos e biológicos de ecossistemas, que se somam produzindo alterações globais.

A este respeito, é INCORRETO afirmar:

A
A degradação de ecossistemas naturais, como a floresta amazônica, representa não apenas risco de extinção de várias espécies, podendo também afetar o clima e o regime de chuvas.
B
O aumento das temperaturas médias globais nas últimas décadas representa não apenas risco de alterações atmosféricas, mas também marinhas, e pode acarretar extinção de várias espécies.
C
O uso excessivo de defensivos agrícolas e a má destinação de rejeitos humanos e industriais podem afetar a qualidade da água de lençóis freáticos e aquíferos.
D
O efeito estufa, pela presença de CO2 na atmosfera, provoca aumento do buraco na camada de ozônio, e não tem qualquer efeito benéfico para a manutenção da vida na superfície terrestre. 
d8be68c4-05
PUC-MINAS 2021 - Biologia - Introdução ao metabolismo energético, Moléculas, células e tecidos

A produção de ATP pelas mitocôndrias, cloroplastos e de bactérias em processo de respiração celular, depende da geração de diferenças na concentração de prótons (H+) entre dois lados de uma membrana. As diferenças na concentração de H+ entre os dois lados de uma membrana (seja interna de mitocôndrias; dos tilacoides e de células procariontes) são construídas por transporte ativo (bombade-prótons) que usa energia liberada por elétrons que fluem em cadeias de transporte de elétrons até um aceptor final, que pode ser ou não o oxigênio. Quando prótons retornam através de um complexo proteico denominado de ATP-sintase, a energia liberada é suficiente para a síntese de ATP (ver esquema abaixo).  



Está INCORRETO o que se afirma em: 

A
Bactérias podem realizar respiração anaeróbia utilizando outros aceptores finais de elétrons que não o oxigênio como, por exemplo, as bactérias metanogênicas.
B
Elétrons que adquirem energia da luz podem ser usados na produção de ATP além de NADPH na fotossíntese.
C
Em eucariontes, para todos estes processos, o aceptor final de elétrons, após seu fluxo, é o oxigênio e ocorre a produção de CO2.
D
Os elétrons muito energéticos transportados pelo NADPH são também usados juntamente com o CO2 absorvido para a síntese de glicose (C6H12O6)
d8999da1-05
PUC-MINAS 2021 - Português - Análise sintática, Sintaxe, Pontuação, Uso da Vírgula

Atente para o excerto dado:

A regência verbal, a sintaxe de concordância, o problema da crase, o sinclitismo pronominal, nada disso era reduzido por mim a tabletes de conhecimentos que devessem ser engolidos pelos estudantes. Tudo isso, pelo contrário, era proposto à curiosidade dos alunos de maneira dinâmica e viva, no corpo mesmo de textos, ora de autores que estudávamos, ora deles próprios, como objetos a serem desvelados e não como algo parado, cujo perfil eu descrevesse. Os alunos não tinham que memorizar mecanicamente a descrição do objeto, mas apreender a sua significação profunda.

Nesse trecho destacado, vemos o emprego da vírgula – importante sinal de pontuação – com as funções indicadas a seguir, EXCETO:

Texto 2 / Parte 2
A importância do ato de ler2
Paulo Freire

Continuando neste esforço de “re-ler” momentos fundamentais de experiências de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo através de sua prática, retomo o tempo em que, como aluno do chamado curso ginasial, me experimentei na percepção crítica dos textos que lia em classe, com a colaboração, até hoje recordada, do meu então professor de língua portuguesa. Não eram, porém, aqueles momentos puros exercícios de que resultasse um simples dar-nos conta de uma página escrita diante de nós que devesse ser cadenciada, mecânica e enfadonhamente “soletrada” e realmente lida. Não eram aqueles momentos “lições de leitura”, no sentido tradicional desta expressão. Eram momentos em que os textos se ofereciam à nossa inquieta procura, incluindo a do então jovem professor José Pessoa.

Algum tempo depois, como professor também de português, nos meus vinte anos, vivi intensamente a importância de ler e de escrever, no fundo indicotomizáveis, com os alunos das primeiras séries do então chamado curso ginasial. A regência verbal, a sintaxe de concordância, o problema da crase, o sinclitismo pronominal, nada disso era reduzido por mim a tabletes de conhecimentos que devessem ser engolidos pelos estudantes. Tudo isso, pelo contrário, era proposto à curiosidade dos alunos de maneira dinâmica e viva, no corpo mesmo de textos, ora de autores que estudávamos, ora deles próprios, como objetos a serem desvelados e não como algo parado, cujo perfil eu descrevesse. Os alunos não tinham que memorizar mecanicamente a descrição do objeto, mas apreender a sua significação profunda. Só apreendendo-a seriam capazes de saber, por isso, de memorizá-la, de fixá-la. A memorização mecânica da descrição do elo não se constitui em conhecimento do objeto. Por isso, é que a leitura de um texto, tomado como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memorizá-la, nem é real leitura, nem dela portanto resulta o conhecimento do objeto de que o texto fala. 

Creio que muito de nossa insistência, enquanto professoras e professores, em que os estudantes “leiam”, num semestre, um sem-número de capítulos de livros, reside na compreensão errônea que às vezes temos do ato de ler. Em minha andarilhagem pelo mundo, não foram poucas as vezes em que jovens estudantes me falaram de sua luta às voltas com extensas bibliografias a serem muito mais “devoradas" do que realmente lidas ou estudadas. [...] 

A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser superada. A mesma, ainda que encarnada desde outro ângulo, que se encontra, por exemplo, em quem escreve, quando identifica a possível qualidade de seu trabalho, ou não, com a quantidade de páginas escritas. No entanto, um dos documentos filosóficos mais importantes de que dispomos, As teses sobre Feuerbach, de Marx, tem apenas duas páginas e meia... 

Parece importante, contudo, para evitar uma compreensão errônea do que estou afirmando, sublinhar que a minha crítica à magicização da palavra não significa, de maneira alguma, uma posição pouco responsável de minha parte com relação à necessidade que temos, educadores e educandos, de ler, sempre e seriamente, os clássicos neste ou naquele campo do saber, de nos adentrarmos nos textos, de criar uma disciplina intelectual, sem a qual inviabilizamos a nossa prática enquanto professores e estudantes. 
A
evidenciar termo ou expressão intercalado(a) ou topicalizado(a).
B
explicitar uma enumeração de elementos de mesma natureza.
C
indicar uma alternância ou introduzir uma oração adversativa.
D
separar adjunto adnominal sob forma de oração adjetiva restritiva.
d8b775f3-05
PUC-MINAS 2021 - Biologia - Introdução ao Estudo dos Animais, Identidade dos seres vivos

O esquema a seguir organiza e separa filos animais a partir de características evolutivas que indicam ancestralidade comum dentro de uma perspectiva que leva em consideração algumas aquisições evolutivas ao longo do tempo.



Com base nas informações e no esquema acima, além de outros conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmar:

A
A estrela-do-mar (equinoderma) apresenta maior parentesco evolutivo com os vertebrados do que os moluscos com os vertebrados.
B
A simetria bilateral pode ser um caráter restrito à fase larval de determinados animais, enquanto a fase adulta apresenta simetria radial.
C
Os acelomados, diferentemente dos celomados, não possuem sistema circulatório nem vasos sanguíneos, e a distribuição de gases e alimentos pelo organismo se dá por difusão.
D
Todos os filos representados apresentam ancestralidade comum, eucarionte multicelular com formação de ectoderma, mesoderma e endoderma.
d88c8e1d-05
PUC-MINAS 2021 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Para Paulo Freire, um processo de aprendizagem da leitura pressupõe:

I. acesso a um grande e variado conjunto de textos para leitura e memorização dos preceitos e informações ali contidos.
II. aprendizagem de aspectos como concordância, regência verbal e nominal, uso da crase, enfim, conhecimentos linguísticos aplicados à compreensão textual.
III. acesso a textos autorais dos próprios professores e alunos, cuja interpretação se dá, de forma viva e dinâmica, para detecção dos expedientes utilizados para construção textual.
IV. compreensão de textos de qualidade, usualmente, aqueles de maior extensão e complexidade, por pressuporem pesquisa e análise.

Estão CORRETAS as afirmativas:

Texto 2 / Parte 2
A importância do ato de ler2
Paulo Freire

Continuando neste esforço de “re-ler” momentos fundamentais de experiências de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo através de sua prática, retomo o tempo em que, como aluno do chamado curso ginasial, me experimentei na percepção crítica dos textos que lia em classe, com a colaboração, até hoje recordada, do meu então professor de língua portuguesa. Não eram, porém, aqueles momentos puros exercícios de que resultasse um simples dar-nos conta de uma página escrita diante de nós que devesse ser cadenciada, mecânica e enfadonhamente “soletrada” e realmente lida. Não eram aqueles momentos “lições de leitura”, no sentido tradicional desta expressão. Eram momentos em que os textos se ofereciam à nossa inquieta procura, incluindo a do então jovem professor José Pessoa.

Algum tempo depois, como professor também de português, nos meus vinte anos, vivi intensamente a importância de ler e de escrever, no fundo indicotomizáveis, com os alunos das primeiras séries do então chamado curso ginasial. A regência verbal, a sintaxe de concordância, o problema da crase, o sinclitismo pronominal, nada disso era reduzido por mim a tabletes de conhecimentos que devessem ser engolidos pelos estudantes. Tudo isso, pelo contrário, era proposto à curiosidade dos alunos de maneira dinâmica e viva, no corpo mesmo de textos, ora de autores que estudávamos, ora deles próprios, como objetos a serem desvelados e não como algo parado, cujo perfil eu descrevesse. Os alunos não tinham que memorizar mecanicamente a descrição do objeto, mas apreender a sua significação profunda. Só apreendendo-a seriam capazes de saber, por isso, de memorizá-la, de fixá-la. A memorização mecânica da descrição do elo não se constitui em conhecimento do objeto. Por isso, é que a leitura de um texto, tomado como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memorizá-la, nem é real leitura, nem dela portanto resulta o conhecimento do objeto de que o texto fala. 

Creio que muito de nossa insistência, enquanto professoras e professores, em que os estudantes “leiam”, num semestre, um sem-número de capítulos de livros, reside na compreensão errônea que às vezes temos do ato de ler. Em minha andarilhagem pelo mundo, não foram poucas as vezes em que jovens estudantes me falaram de sua luta às voltas com extensas bibliografias a serem muito mais “devoradas" do que realmente lidas ou estudadas. [...] 

A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser superada. A mesma, ainda que encarnada desde outro ângulo, que se encontra, por exemplo, em quem escreve, quando identifica a possível qualidade de seu trabalho, ou não, com a quantidade de páginas escritas. No entanto, um dos documentos filosóficos mais importantes de que dispomos, As teses sobre Feuerbach, de Marx, tem apenas duas páginas e meia... 

Parece importante, contudo, para evitar uma compreensão errônea do que estou afirmando, sublinhar que a minha crítica à magicização da palavra não significa, de maneira alguma, uma posição pouco responsável de minha parte com relação à necessidade que temos, educadores e educandos, de ler, sempre e seriamente, os clássicos neste ou naquele campo do saber, de nos adentrarmos nos textos, de criar uma disciplina intelectual, sem a qual inviabilizamos a nossa prática enquanto professores e estudantes. 
A
I e II, apenas.
B
I e III, apenas.
C
II e III, apenas.
D
I, II, III e IV.
d8a0c869-05
PUC-MINAS 2021 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes relativos, Pronomes Indefinidos, Substantivos, Pronomes pessoais retos, Pronomes possessivos, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Coesão e coerência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Analise o excerto dado e os itens lexicais nele destacados:

A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser superada. A mesma, ainda que encarnada desde outro ângulo, que se encontra, por exemplo, em quem escreve, quando identifica a possível qualidade de seu trabalho, ou não, com a quantidade de páginas escritas.

Sobre esse fragmento, é INCORRETO afirmar:

Texto 2 / Parte 2
A importância do ato de ler2
Paulo Freire

Continuando neste esforço de “re-ler” momentos fundamentais de experiências de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo através de sua prática, retomo o tempo em que, como aluno do chamado curso ginasial, me experimentei na percepção crítica dos textos que lia em classe, com a colaboração, até hoje recordada, do meu então professor de língua portuguesa. Não eram, porém, aqueles momentos puros exercícios de que resultasse um simples dar-nos conta de uma página escrita diante de nós que devesse ser cadenciada, mecânica e enfadonhamente “soletrada” e realmente lida. Não eram aqueles momentos “lições de leitura”, no sentido tradicional desta expressão. Eram momentos em que os textos se ofereciam à nossa inquieta procura, incluindo a do então jovem professor José Pessoa.

Algum tempo depois, como professor também de português, nos meus vinte anos, vivi intensamente a importância de ler e de escrever, no fundo indicotomizáveis, com os alunos das primeiras séries do então chamado curso ginasial. A regência verbal, a sintaxe de concordância, o problema da crase, o sinclitismo pronominal, nada disso era reduzido por mim a tabletes de conhecimentos que devessem ser engolidos pelos estudantes. Tudo isso, pelo contrário, era proposto à curiosidade dos alunos de maneira dinâmica e viva, no corpo mesmo de textos, ora de autores que estudávamos, ora deles próprios, como objetos a serem desvelados e não como algo parado, cujo perfil eu descrevesse. Os alunos não tinham que memorizar mecanicamente a descrição do objeto, mas apreender a sua significação profunda. Só apreendendo-a seriam capazes de saber, por isso, de memorizá-la, de fixá-la. A memorização mecânica da descrição do elo não se constitui em conhecimento do objeto. Por isso, é que a leitura de um texto, tomado como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memorizá-la, nem é real leitura, nem dela portanto resulta o conhecimento do objeto de que o texto fala. 

Creio que muito de nossa insistência, enquanto professoras e professores, em que os estudantes “leiam”, num semestre, um sem-número de capítulos de livros, reside na compreensão errônea que às vezes temos do ato de ler. Em minha andarilhagem pelo mundo, não foram poucas as vezes em que jovens estudantes me falaram de sua luta às voltas com extensas bibliografias a serem muito mais “devoradas" do que realmente lidas ou estudadas. [...] 

A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser superada. A mesma, ainda que encarnada desde outro ângulo, que se encontra, por exemplo, em quem escreve, quando identifica a possível qualidade de seu trabalho, ou não, com a quantidade de páginas escritas. No entanto, um dos documentos filosóficos mais importantes de que dispomos, As teses sobre Feuerbach, de Marx, tem apenas duas páginas e meia... 

Parece importante, contudo, para evitar uma compreensão errônea do que estou afirmando, sublinhar que a minha crítica à magicização da palavra não significa, de maneira alguma, uma posição pouco responsável de minha parte com relação à necessidade que temos, educadores e educandos, de ler, sempre e seriamente, os clássicos neste ou naquele campo do saber, de nos adentrarmos nos textos, de criar uma disciplina intelectual, sem a qual inviabilizamos a nossa prática enquanto professores e estudantes. 
A
A palavra “outro”, pronome indefinido, refere-se ao substantivo “ângulo”, com ele concordando em gênero e número.
B
O item “mesmo” (e flexões), segundo a gramática normativa, não deve substituir pronome pessoal – o correto seria “Ela, ainda que...”.
C
O item lexical “que”, nas duas ocorrências destacadas, é pronome relativo e retoma o termo “visão”.
D
O pronome possessivo “seu” concorda com o substantivo a que antecede, porém retoma outro pronome, “quem”, sujeito do verbo “escrever”.
d89ceba6-05
PUC-MINAS 2021 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Advérbios, Colocação Pronominal, Preposições, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Atente para o excerto dado:

Só apreendendo-a seriam capazes de saber, por isso, de memorizá-la, de fixá-la. A memorização mecânica da descrição do elo não se constitui em conhecimento do objeto. Por isso, é que a leitura de um texto, tomado como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memorizá-la, nem é real leitura, nem dela portanto resulta o conhecimento do objeto de que o texto fala.

Se observarmos as prescrições da gramática normativa, é CORRETO afirmar:

Texto 2 / Parte 2
A importância do ato de ler2
Paulo Freire

Continuando neste esforço de “re-ler” momentos fundamentais de experiências de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo através de sua prática, retomo o tempo em que, como aluno do chamado curso ginasial, me experimentei na percepção crítica dos textos que lia em classe, com a colaboração, até hoje recordada, do meu então professor de língua portuguesa. Não eram, porém, aqueles momentos puros exercícios de que resultasse um simples dar-nos conta de uma página escrita diante de nós que devesse ser cadenciada, mecânica e enfadonhamente “soletrada” e realmente lida. Não eram aqueles momentos “lições de leitura”, no sentido tradicional desta expressão. Eram momentos em que os textos se ofereciam à nossa inquieta procura, incluindo a do então jovem professor José Pessoa.

Algum tempo depois, como professor também de português, nos meus vinte anos, vivi intensamente a importância de ler e de escrever, no fundo indicotomizáveis, com os alunos das primeiras séries do então chamado curso ginasial. A regência verbal, a sintaxe de concordância, o problema da crase, o sinclitismo pronominal, nada disso era reduzido por mim a tabletes de conhecimentos que devessem ser engolidos pelos estudantes. Tudo isso, pelo contrário, era proposto à curiosidade dos alunos de maneira dinâmica e viva, no corpo mesmo de textos, ora de autores que estudávamos, ora deles próprios, como objetos a serem desvelados e não como algo parado, cujo perfil eu descrevesse. Os alunos não tinham que memorizar mecanicamente a descrição do objeto, mas apreender a sua significação profunda. Só apreendendo-a seriam capazes de saber, por isso, de memorizá-la, de fixá-la. A memorização mecânica da descrição do elo não se constitui em conhecimento do objeto. Por isso, é que a leitura de um texto, tomado como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memorizá-la, nem é real leitura, nem dela portanto resulta o conhecimento do objeto de que o texto fala. 

Creio que muito de nossa insistência, enquanto professoras e professores, em que os estudantes “leiam”, num semestre, um sem-número de capítulos de livros, reside na compreensão errônea que às vezes temos do ato de ler. Em minha andarilhagem pelo mundo, não foram poucas as vezes em que jovens estudantes me falaram de sua luta às voltas com extensas bibliografias a serem muito mais “devoradas" do que realmente lidas ou estudadas. [...] 

A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser superada. A mesma, ainda que encarnada desde outro ângulo, que se encontra, por exemplo, em quem escreve, quando identifica a possível qualidade de seu trabalho, ou não, com a quantidade de páginas escritas. No entanto, um dos documentos filosóficos mais importantes de que dispomos, As teses sobre Feuerbach, de Marx, tem apenas duas páginas e meia... 

Parece importante, contudo, para evitar uma compreensão errônea do que estou afirmando, sublinhar que a minha crítica à magicização da palavra não significa, de maneira alguma, uma posição pouco responsável de minha parte com relação à necessidade que temos, educadores e educandos, de ler, sempre e seriamente, os clássicos neste ou naquele campo do saber, de nos adentrarmos nos textos, de criar uma disciplina intelectual, sem a qual inviabilizamos a nossa prática enquanto professores e estudantes. 
A
Em “não se constitui” há uma facultatividade na colocação pronominal – estaria igualmente correta a forma “não constitui-se”.
B
Em “objeto de que o texto fala”, o item lexical “que” é um pronome demonstrativo e retoma, anaforicamente, o sintagma “o objeto”.
C
Em “por isso, de memorizá-la” há um desvio, pois a preposição “de” atrai o oblíquo e demanda próclise – deveria ser “de a memorizar”.
D
Em “Só apreendendo-a” deveria haver próclise, pois o advérbio (palavra que denota exclusão) atrai o oblíquo.
d8c5c8d4-05
PUC-MINAS 2021 - Biologia - Evolução biológica, Origem e evolução da vida

A ontogenia é o desenvolvimento de um indivíduo desde sua concepção até a maturidade, enquanto a filogenia é o estudo da relação evolutiva entre diferentes grupos de organismos com base em características morfológicas e mesmo moleculares. (O esquema a seguir ilustra os dois processos). Algumas características comuns entre diferentes grupos filogenéticos (como fendas faríngeas) podem ser observadas na fase embrionária de alguns organismos, e desaparecem antes do nascimento.



Com base nas informações acima e em outros conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmar:

A
A ontogenia depende de regulação sequencial da expressão de um determinado genoma, enquanto a filogenia depende da seleção de variações genômicas.
B
Análises comparativas do esqueleto interno de nadadeiras lobadas de determinada espécie de peixe são tidas como evidência de possível transição de peixes para tetrápodes como os anfíbios.
C
As fendas faríngeas da fase embrionária de aves e mamíferos não têm qualquer serventia, mas indicam que os dois grupos passam por uma fase ancestral de peixe que transforma todas as fendas em brânquias
D
O Arqueopterix é um fóssil de um réptil alado e com penas e outras características que servem de evidência do que pode ser sido um animal de transição entre répteis primitivos e aves modernas.
d8afd036-05
PUC-MINAS 2021 - Biologia - Identidade dos seres vivos, Sistema Endócrino Humano

A neuroipófise é considerada uma expansão do hipotálamo, onde corpos de neurônios secretores produzem dois importantes hormônios que seguem, através de seus axônios, até a neuroipófise, que os armazena e excreta, em resposta a estímulos apropriados. Trata-se da ocitocina ou oxitocina e do ADH (hormônio antidiurético), também chamado de vasopressina.
O esquema a seguir ilustra a produção, liberação dos dois hormônios e três de seus órgãos alvo.



Com base nas informações acima e em outros conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmar:

A
A ocitocina é o hormônio que favorece o desenvolvimento das mamas no pós-parto e induz a produção de leite pelos lóbulos e ductos lactíferos.
B
A ocitocina, agindo sobre o miométrio, provoca contrações que favorecem o trabalho de parto
C
Além de favorecer a manutenção da osmolaridade sanguínea, o ADH, ao agir como vaso constritor, contribui para a manutenção da pressão arterial.
D
O hormônio ADH proporciona uma maior reabsorção de água nos ductos coletores renais, tornando a urina mais concentrada.
d8804761-05
PUC-MINAS 2021 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Atente para o excerto:

Rara tem sido a vez, ao longo de tantos anos de prática pedagógica, por isso política, em que me tenho permitido a tarefa de abrir, de inaugurar ou de encerrar encontros ou congressos. Aceitei fazê-la agora, da maneira, porém, menos formal possível. Aceitei vir aqui para falar um pouco da importância do ato de ler.

Sobre ele, a afirmação CORRETA encontra-se na opção:

Texto 1 / Parte 1 
A importância do ato de ler1
Paulo Freire 

Rara tem sido a vez, ao longo de tantos anos de prática pedagógica, por isso política, em que me tenho permitido a tarefa de abrir, de inaugurar ou de encerrar encontros ou congressos. Aceitei fazê-la agora, da maneira, porém, menos formal possível. Aceitei vir aqui para falar um pouco da importância do ato de ler. 

Me parece indispensável, ao procurar falar de tal importância, dizer algo do momento mesmo em que me preparava para aqui estar hoje; dizer algo do processo em que me inseri enquanto ia escrevendo este texto que agora leio, processo que envolvia uma compreensão crítica do ato de ler, que não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto. Ao ensaiar escrever sobre a importância do ato de ler, eu me senti levado - e até gostosamente - a "reler" momentos fundamentais de minha prática, guardados na memória, desde as experiências mais remotas de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo. 

Ao ir escrevendo este texto, ia "tomando distância” dos diferentes momentos em que o ato de ler se veio dando na minha experiência existencial. Primeiro, a “leitura” do mundo, do pequeno mundo em que me movia; depois, a leitura da palavra que nem sempre, ao longo de minha escolarização, foi a leitura da “palavramundo”. 

A retomada da infância distante, buscando a compreensão do meu ato de “ler” o mundo particular em que me movia - e até onde não sou traído pela memória -, me é absolutamente significativa. Neste esforço a que me vou entregando, re-crio, e revivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra. Me vejo então na casa mediana em que nasci, no Recife, rodeada de árvores, algumas delas como se fossem gente, tal a intimidade entre nós - à sua sombra brincava e em seus galhos mais dóceis à minha altura eu me experimentava em riscos menores que me preparavam para riscos e aventuras maiores.

A velha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão, seu terraço - o sítio das avencas de minha mãe -, o quintal amplo em que se achava, tudo isso foi o meu primeiro mundo. [...] Os "textos", as "palavras”, as "letras” daquele contexto - em cuja percepção experimentava e, quanto mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber - se encarnavam numa série de coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão eu ia apreendendo no meu trato com eles nas minhas relações com meus irmãos mais velhos e com meus pais. 

Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto se encarnavam no canto dos pássaros - o do sanhaçu, o do olha-pro-caminho-quem-vem, o do bem-te-vi, o do sabiá; na dança das copas das árvores sopradas por fortes ventanias que anunciavam tempestades, trovões, relâmpagos; as águas da chuva brincando de geografia: inventando lagos, ilhas, rios, riachos. Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto se encarnavam também no assobio do vento, nas nuvens do céu, nas suas cores, nos seus movimentos; na cor das folhagens, na forma das folhas, no cheiro das flores - das rosas, dos jasmins -, no corpo das árvores, na casca dos frutos. Na tonalidade diferente de cores de um mesmo fruto em momentos distintos.
[...] 

Daquele contexto faziam parte igualmente os animais: os gatos da família, a sua maneira manhosa de enroscar-se nas pernas da gente, o seu miado, de súplica ou de raiva; Joli, o velho cachorro negro de meu pai, o seu mau humor toda vez que um dos gatos incautamente se aproximava demasiado do lugar em que se achava comendo [...]. 

Daquele contexto - o do meu mundo imediato - fazia parte, por outro lado, o universo da linguagem dos mais velhos, expressando as suas crenças, os seus gostos, os seus receios, os seus valores. Tudo isso ligado a contextos mais amplos que o do meu mundo imediato e de cuja existência eu não podia sequer suspeitar. No esforço de re-tomar a infância distante, a que já me referi, buscando a compreensão do meu ato de ler o mundo particular em que me movia, permitam-me repetir, re-crio, re-vivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra. E algo que me parece importante, no contexto geral de que venho falando, emerge agora insinuando a sua presença no corpo destas reflexões. [...] 

Mas, é importante dizer, a “leitura” do meu mundo, que me foi sempre fundamental, não fez de mim um menino antecipado em homem, um racionalista de calças curtas. A curiosidade do menino não iria distorcer-se pelo simples fato de ser exercida, no que fui mais ajudado do que desajudado por meus pais. E foi com eles, precisamente, em certo momento dessa rica experiência de compreensão do meu mundo imediato, sem que tal compreensão tivesse significado malquerenças ao que ele tinha de encantadoramente misterioso, que eu comecei a ser introduzido na leitura da palavra. 

A decifração da palavra fluía naturalmente da “leitura” do mundo particular. Não era algo que se estivesse dando superpostamente a ele. Fui alfabetizado no chão do quintal de minha casa, à sombra das mangueiras, com palavras do meu mundo e não do mundo maior dos meus pais. O chão foi o meu quadro-negro; gravetos, o meu giz. Por isso é que, ao chegar à escolinha particular de Eunice Vasconcelos [...] já estava alfabetizado. Eunice continuou e aprofundou o trabalho de meus pais. Com ela, a leitura da palavra, da frase, da sentença, jamais significou uma ruptura com a "leitura" do mundo. Com ela, a leitura da palavra foi a leitura da “palavramundo”. 
A
Com o uso do conectivo “porém”, o autor pretende instaurar ideia de adversidade, oposição ao explicitado antes.
B
O conectivo “por isso” poderia ser substituído, sem alteração semântica, por “já que” ou “uma vez que”.
C
O pronome pessoal oblíquo “a”, na forma “fazê-la”, retoma o constituinte “prática pedagógica, por isso política”.
D
O sintagma nominal “rara” ocupa papel sintático de sujeito, por isso veio topicalizado, introduzindo o enunciado.
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PUC-MINAS 2021 - Português - Uso das aspas, Pontuação

As aspas e outras marcações da escrita obedecem a um código convencionado e, portanto, a um sistema de regras. Vejamos em que circunstâncias se usam as aspas (duplas) com maior frequência:

1) Antes e depois de uma citação textual ou para assinalar transcrições textuais, ou seja, indicar no texto que você está escrevendo, uma palavra ou expressão que foi usada pelo autor citado ou que costuma ser associada a ele;

2) Quando no trecho citado entre aspas existem palavras aspeadas, você deve destacá-las com aspas simples. Em resumo, usam-se aspas simples dentro de aspas duplas. Além desses casos, elas são também usadas para:

3) Marcar apelidos, nomes e títulos (de livros, revistas, obras de arte etc.);

4) Ressaltar gírias, neologismos, estrangeirismos ou quaisquer palavras estranhas ao contexto vernáculo;

5) Destacar as alíneas nas citações de textos legais;

6) Realçar palavras e expressões a que se quer dar um sentido particular ou figurado.

É neste último caso que as aspas simples indicam o emprego de palavras em sentido diverso do que lhe é habitual.

Fonte:
MARTINO, Agnaldo; LENZA, Pedro (coord.). Português esquematizado: gramática, interpretação de texto,
redação oficial, redação discursiva. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2015. p. 241. Adaptado.


Atente para os excertos e justificativas e assinale a correlação CORRETA:

A
[...]. depois, a leitura da palavra que nem sempre, ao longo de minha escolarização, foi a leitura da “palavramundo”. Nº 3 – marcar título de algo (rótulo, nome, apelido).
B
Ao ir escrevendo este texto, ia "tomando distância” dos diferentes momentos em que o ato de ler se veio dando na minha experiência existencial. ➜ Nº 1 = indicar transcrição textual de algo dito por outrem.
C
Com ela, a leitura da palavra, da frase, da sentença, jamais significou uma ruptura com a "leitura" do mundo. ➜ Nº 6 = realçar palavra com um sentido particular ou figurado.
D
Os "textos", as "palavras”, as "letras” daquele contexto - em cuja percepção experimentava e, quanto mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber. ➜ Nº 4 = ressaltar palavra estranha ao contexto vernáculo.
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PUC-MINAS 2021 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Atente para os sinônimos indicados. Assinale a opção em que a correlação esteja INCORRETA:

Texto 2 / Parte 2
A importância do ato de ler2
Paulo Freire

Continuando neste esforço de “re-ler” momentos fundamentais de experiências de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo através de sua prática, retomo o tempo em que, como aluno do chamado curso ginasial, me experimentei na percepção crítica dos textos que lia em classe, com a colaboração, até hoje recordada, do meu então professor de língua portuguesa. Não eram, porém, aqueles momentos puros exercícios de que resultasse um simples dar-nos conta de uma página escrita diante de nós que devesse ser cadenciada, mecânica e enfadonhamente “soletrada” e realmente lida. Não eram aqueles momentos “lições de leitura”, no sentido tradicional desta expressão. Eram momentos em que os textos se ofereciam à nossa inquieta procura, incluindo a do então jovem professor José Pessoa.

Algum tempo depois, como professor também de português, nos meus vinte anos, vivi intensamente a importância de ler e de escrever, no fundo indicotomizáveis, com os alunos das primeiras séries do então chamado curso ginasial. A regência verbal, a sintaxe de concordância, o problema da crase, o sinclitismo pronominal, nada disso era reduzido por mim a tabletes de conhecimentos que devessem ser engolidos pelos estudantes. Tudo isso, pelo contrário, era proposto à curiosidade dos alunos de maneira dinâmica e viva, no corpo mesmo de textos, ora de autores que estudávamos, ora deles próprios, como objetos a serem desvelados e não como algo parado, cujo perfil eu descrevesse. Os alunos não tinham que memorizar mecanicamente a descrição do objeto, mas apreender a sua significação profunda. Só apreendendo-a seriam capazes de saber, por isso, de memorizá-la, de fixá-la. A memorização mecânica da descrição do elo não se constitui em conhecimento do objeto. Por isso, é que a leitura de um texto, tomado como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memorizá-la, nem é real leitura, nem dela portanto resulta o conhecimento do objeto de que o texto fala. 

Creio que muito de nossa insistência, enquanto professoras e professores, em que os estudantes “leiam”, num semestre, um sem-número de capítulos de livros, reside na compreensão errônea que às vezes temos do ato de ler. Em minha andarilhagem pelo mundo, não foram poucas as vezes em que jovens estudantes me falaram de sua luta às voltas com extensas bibliografias a serem muito mais “devoradas" do que realmente lidas ou estudadas. [...] 

A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser superada. A mesma, ainda que encarnada desde outro ângulo, que se encontra, por exemplo, em quem escreve, quando identifica a possível qualidade de seu trabalho, ou não, com a quantidade de páginas escritas. No entanto, um dos documentos filosóficos mais importantes de que dispomos, As teses sobre Feuerbach, de Marx, tem apenas duas páginas e meia... 

Parece importante, contudo, para evitar uma compreensão errônea do que estou afirmando, sublinhar que a minha crítica à magicização da palavra não significa, de maneira alguma, uma posição pouco responsável de minha parte com relação à necessidade que temos, educadores e educandos, de ler, sempre e seriamente, os clássicos neste ou naquele campo do saber, de nos adentrarmos nos textos, de criar uma disciplina intelectual, sem a qual inviabilizamos a nossa prática enquanto professores e estudantes. 
A
“Em minha andarilhagem pelo mundo, não foram poucas as vezes em que jovens estudantes me falaram de sua luta...” [= andanças, ato de percorrer muitas terras, sem rumo determinado]
B
“...a importância elo de ler e de escrever, no fundo indicotomizáveis, com os alunos das primeiras séries do então chamado curso ginasial.” [= indissociáveis, inseparáveis]
C
“...sublinhar que a minha crítica à magicização da palavra não significa...” [= transformação em algo mágico]
D
“...uma página escrita diante de nós que devesse ser cadenciada, mecânica e enfadonhamente “soletrada” e realmente lida.” [= reiteradamente, intensivamente]
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PUC-MINAS 2021 - Biologia - Principais doenças endêmicas no Brasil, Qualidade de vida das populações humanas

A pandemia de Covid-19 invadiu todas as mídias, mostrando a evolução e os desdobramentos da epidemia no Brasil e em outros países, com acompanhamentos epidemiológicos, análises e esclarecimentos feitos por cientistas e profissionais da saúde, falando também da produção e do uso de diferentes vacinas e estratégias vacinais e suas diferentes efetividades profiláticas. Muitas dessas informações objetivavam, e ainda objetivam, contribuir para a aquisição de conhecimentos e mudanças comportamentais necessários para o controle da Pandemia.

Explorando informações veiculadas pelos órgãos de comunicação, com base nos conhecimentos científicos atuais, é INCORRETO afirmar:

A
A imunidade vacinal não é imediata, assim, alguns indivíduos podem desenvolver sintomas da doença após a vacinação, devido à recente contaminação pelo vírus.
B
O surgimento de novas variantes genéticas do Sars-cov2 é estimulado por pressões vacinais que obrigam os vírus a desenvolver mutações e resistência para sua sobrevivência.
C
Os testes que evidenciam a contaminação, ao favorecer o tratamento precoce dos indivíduos, podem ser considerados como medidas preventivas que se somam à vacinação.
D
Vacinas devem conter antígenos ou material genético capaz de estimular a produção de antígenos pelo organismo humano para gerar aumento na capacidade da resposta imune.