Questõessobre Uso dos conectivos

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Foram encontradas 396 questões
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UFC 2010 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Regência, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa que avalia corretamente o texto 2

(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo, Rio de Janeiro. Nova Fronteira 1984. p. 217)


Com base no TEXTO 2, responda à questão.

A
A substituição de “Quero dizer” (linha 02) por Ou seja prejudica a compreensão do texto.
B
A omissão de “eu” em eu gostaria (linha 02) prejudica a coesão do texto.
C
A omissão de “também” (linha 04) altera o sentido do texto.
D
A substituição de “a que” (linha 07) por às quais constitui um erro de regência.
E
A substituição de “No entanto” (linha 14) por Entretanto prejudica a coerência do texto.
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UFC 2010 - Português - Uso dos conectivos, Sintaxe

O termo “Embora” (linha 08) pode ser substituído, sem que se altere o sentido do texto, por:

(REGO, José Lins do. Riacho Doce. Rio de Janeiro. Nova Aguilar, 1976. pp. 137-139)


Com base no TEXTO 1, responda à questão
A
Logo que.
B
Visto que.
C
Ainda que.
D
A menos que.
E
Contanto que.
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UFC 2009 - Português - Uso dos conectivos, Sintaxe

Os conectivos que preenchem corretamente as lacunas da sequência: São pessoas maduras ________ gostam de se relacionar________ atingiram o estágio emocional completo expressam relação de:

A
proporção / concessão.
B
conclusão / explicação.
C
oposição / conseqüência.
D
comparação / causalidade.
E
finalidade / temporalidade.
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UFC 2009 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Sintaxe

No trecho “Segundo o estudo, essa desigualdade será...” (texto 1, linhas 08-09), o termo sublinhado corresponde a:

A
pois.
B
já que.
C
conforme.
D
visto que.
E
à proporção que.
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CESMAC 2018 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Coesão e coerência, Sintaxe

Analisando os recursos da coesão textual no primeiro parágrafo do Texto 2, vemos que ocorreram conectivos que, respectivamente, expressam relações semânticas de:

TEXTO 2

Tempos ansiosos


(1) Saber lidar com as preocupações se tornou uma característica desejada, porque a ansiedade foi relegada ao posto de vilã do mundo moderno. Apesar de ser essencial para a sobrevivência, ela ganhou o estigma de atrapalhar as relações pessoais, a competência no trabalho e todo tipo de situação delicada.

“Se o candidato não consegue dominar a ansiedade na hora da seleção de emprego, já questionamos como ele agirá no ambiente de trabalho”, diz Adriana Vilela, analista de recursos humanos da RHBrasil, empesa que recruta candidatos para o mercado de trabalho. É muito comum, aliás, as pessoas reclamarem que são ansiosas demais e os especialistas chamarem os nossos tempos de “era da ansiedade”.

(2) Mas essa noção de que vivemos numa época especialmente estressante é coisa ultrapassada, na verdade. A ideia de “era da ansiedade” nasceu antes da internet e do computador. Apareceu pela primeira vez em 1947, num poema do inglês Hugh Auden, que, desiludido com a humanidade depois da 2ª. Guerra Mundial, criticou o homem e sua busca sem sentido por significado.

Desde então, há pelo menos uma obra por década que afirma que o ser humano está passando pelos tempos mais difíceis de sua história e que, coitados de nós, sofremos demais com a ansiedade.
(Hueck, Karin. Sobre a ansiedade. Revista Superinteressante. São Paulo: Abril, nov. 2008. Adaptado)
A
concessão, finalidade e adição.
B
temporalidade, oposição e finalidade.
C
oposição, adição e causalidade.
D
causalidade, concessão e adição.
E
adição, causalidade e concessão.
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CÁSPER LÍBERO 2013 - Português - Uso dos conectivos, Análise sintática, Sintaxe

Em “Por mais que isso possa parecer contraintuitivo, a verdadeira política está sempre para além da afirmação das identidades”, a expressão “por mais que” tem valor de:

Leia o texto a seguir e responda à questão:


Muitas regras, poucos direitos

Há um princípio político que nos leva a acreditar que as lutas políticas caminham necessariamente para a institucionalização de direitos adquiridos. Assim, lutamos para ter direitos reconhecidos pelo ordenamento jurídico. Como resultado desse princípio, cada vez mais a vida social fica institucionalizada e regulada por cláusulas que visam dar voz ao direito dos grupos, até então, profundamente vulneráveis.
Esse princípio funcionou para a ampliação de direitos em relação às minorias étnicas, religiosas e sexuais. Ou seja, nestes casos, eram demandas direcionadas ao Estado como ator capaz de garantir a universalização real das condições de liberdade exigidas por seus cidadãos. É inegável que tal processo foi e ainda é importante, mas ele poderia ser radicalizado. No entanto, tal radicalização não passa por um aprofundamento dos mecanismos de institucionalização. Ela passa, ao contrário, por uma profunda desinstitucionalização.
Quando alguém levanta tal ideia, alguns acabam por ver nela uma forma insidiosa de liberalismo. Ou seja, tudo se passa como se estivéssemos diante de uma aplicação do velho mantra: quanto menos Estado melhor. Nesse sentido, desinstitucionalizar significaria deixar a sociedade livre para criar formas de vida, fechando os olhos para experiências de opressão e de vulnerabilidade. Dessa forma, liberais radicais defendem, por exemplo, o direito de uma mulher alugar seu útero, procedimento conhecido como “barriga de aluguel”. Eles afirmam que o Estado não deveria intervir no conteúdo do que sujeitos decidem colocar em relações de contrato, especialmente se ele passa pelo corpo próprio.
Um contraargumento lembraria que a experiência concreta de alugar o útero é feita, normalmente, por mulheres em extrema pobreza e que praticamente ninguém passa por tal experiência se não estiver em grande vulnerabilidade econômica. Desinstitucionalizar tal “possibilidade de escolha” seria permitir e legitimar a pior de todas as espoliações econômicas.
O argumento é válido. Por isso, poderíamos pensar uma versão de políticas de desinstitucionalização distinta de sua versão liberal. Ela passa pelo retraimento das legislações sobre costumes, família e autodeterminação, e pelo fortalecimento da sensibilidade jurídica contra processos de espoliação. Em outras ocasiões, sugeri dois exemplos. Um ligado à desinstitucionalização do casamento.
Processo no interior do qual o Estado deixa de legislar sobre a forma do matrimônio, guardando-se para legislar única e exclusivamente sobre as relações econômicas entre casais ou outras formas de “agrupamentos afetivos”. Esta seria uma maneira de radicalizar o princípio de abertura do casamento a modelos não ligados à família heterossexual burguesa. Em vez de ampliar a lei para casos que ela não contemplava (como os homossexuais), deveríamos simplesmente eliminar a lei, conservando apenas os dispositivos ligados a problemas econômicos (pensão, obrigações financeiras) e guarda de filhos.
Outro exemplo concerne às legislações sobre porte de signos religiosos, como burcas e véus. Em vez de entrar no guarda-roupa de seus cidadãos e decidir o que eles não devem vestir, o Estado deveria simplesmente garantir a liberdade de ninguém, a partir de certa idade, portar o que não quer (o que leva em conta até mesmo uniformes escolares impostos a adolescentes). Ou seja, no lugar de institucionalizar hábitos, como as vestimentas, por meio do discurso de que há roupas mais opressivas que outras, o Estado simplesmente sai, por exemplo, das discussões surreais sobre o significado de uma burca e contenta-se em garantir um quadro formal de liberdade.
Esses processos de desinstitucionalização permitem às sociedades caminharem paulatinamente para um estado de indiferença em relação a questões culturais e de costumes. Pois questões culturais sempre serão espaços de afirmação da multiplicidade de identidades. Mas a política deve, no horizonte, se descolar dessa afirmação. Por mais que isso possa parecer contraintuitivo, a verdadeira política está sempre para além da afirmação das identidades. O que pode soar estranho para alguns, mas parece-me uma proposição necessária. (Vladimir Safatle, Carta Capital n. 768, ano XIX, 2/10/2013, p. 39).  
A
Finalidade.
B
Comparação.
C
Condição.
D
Consequência.
E
Concessão.
43d79a0b-b8
UECE 2013 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Sintaxe, Redação - Reescritura de texto

No seguinte enunciado — “Cheguei ao Santos Dumont, o voo estava atrasado, decidi engraxar os sapatos” (linhas 5-7) — a relação entre as orações está implícita. Marque a única alternativa que explicita o sentido que esse enunciado tem no texto.

Texto 1

Caro candidato, o primeiro texto desta prova foi extraído do livro de memórias do escritor e jornalista carioca, que nasceu em 1926, Carlos Heitor Cony. Um livro de memórias é “relato que alguém faz, frequentemente, na forma de obra literária, a partir de acontecimentos históricos dos quais participou ou foi testemunha, ou que estão fundamentados em sua vida particular”. Não deve ser confundido com autobiografia. 


CONY, Carlos Heitor. In: Eu aos pedaços:
memórias. São Paulo: Leya, 2010. p. 114-115. 
A
Quando cheguei ao Santos Dumont, o voo estava atrasado; mesmo assim, decidi engraxar os sapatos.
B
Quando cheguei, havia engraxate no Santos Dumont porque o voo estava atrasado; então, decidi engraxar os sapatos.
C
Cheguei ao Santos Dummont quando o voo estava atrasado, porém decidi engraxar os sapatos.
D
Cheguei ao Santos Dumont, mas o voo estava atrasado, por isso decidi engraxar os sapatos.
c6ef7287-f6
UFC 2013 - Português - Por que- porque/ porquê/ por quê, Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Problemas da língua culta, Coesão e coerência, Sintaxe

Assinale a alternativa que apresenta expressão equivalente a “Por que” (texto 1, linha 05). 


Disponível em: http://cienciaemente.blogspot.com.br/2012/07/vale-pena-aprender-umasegunda-lingua.html. Acesso em 28 nov. 2012. Adaptado


Com base no texto, responda à questão

A
“por qual razão”. 
B
“a fim de que”.
C
“quando”.
D
“como”.
E
“onde”.
c6eb90ac-f6
UFC 2013 - Português - Uso dos conectivos, Sintaxe

Assinale a alternativa em que a relação de sentido estabelecida pela locução “Ou seja” (texto 1, linha 08) está corretamente indicada. 


Disponível em: http://cienciaemente.blogspot.com.br/2012/07/vale-pena-aprender-umasegunda-lingua.html. Acesso em 28 nov. 2012. Adaptado


Com base no texto, responda à questão

A
Proporção.
B
Finalidade.
C
Explicação.
D
Contradição.
E
Conformidade.
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UFC 2013 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Sintaxe, Redação - Reescritura de texto

Assinale a alternativa cuja reescrita do enunciado “Mesmo sendo um desafio, aprender uma segunda língua apresenta muitas vantagens” o mantém com o mesmo sentido do texto.

A
À proporção em que se torna um desafio, aprender uma segunda língua vai apresentando muitas vantagens.
B
Para que seja um desafio, aprender uma segunda língua tem de apresentar muitas vantagens.
C
Ainda que seja um desafio, aprender uma segunda língua apresenta muitas vantagens.
D
Desde que seja um desafio, aprender uma segunda língua apresenta muitas vantagens.
E
Já que é um desafio, aprender uma segunda língua apresenta muitas vantagens.
c6e5205a-f6
UFC 2013 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Sintaxe, Redação - Reescritura de texto

Assinale a alternativa cuja reescrita mantém a mesma relação de sentido presente em “Queria aprender o português depressa, por isto prestava muita atenção em tudo que os outros diziam”.

A
“Como queria aprender o português depressa, prestava muita atenção em tudo que os outros diziam”.
B
“Quando queria aprender o português depressa, prestava muita atenção em tudo que os outros diziam”.
C
“Se quisesse aprender o português depressa, deveria prestar muita atenção em tudo que os outros diziam”.
D
“Conforme a intenção de aprender o português depressa, prestava muita atenção em tudo que os outros diziam”.
E
“À medida que aumentava sua pressa em aprender o português, prestava muita atenção em tudo que os outros diziam”.
340ddb2c-f6
UFC 2008 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

As orações do período “elevadas concentrações de dopamina são associadas não apenas ao aumento da vigilância, mas também fazem com que o indivíduo solitário identifique a falta” (linhas 06-07) se relacionam por uma idéia de:

A
adição.
B
restrição.
C
oposição
D
concessão.
E
conclusão.
33bce57a-f6
UFC 2008 - Português - Formas nominais do verbo (particípio, gerúndio, infinitivo), Morfologia - Verbos, Uso dos conectivos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação, Sintaxe, Pontuação, Morfologia, Uso da Vírgula

No trecho “em vez de desaparecer, a paixão parece crescer” (linha 04), o que indica ser a extinção da paixão o efeito esperado é:



ADAPTADO de: http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/quando_o_amor_acaba_5.html

REVISTA MENTE E CÉREBRO – edição 190 – novembro 2008-11-06 



Com base no TEXTO  responda à questão.

A
a expressão em vez de.
B
o uso do infinitivo verbal.
C
o verbo parecer no presente.
D
o prefixo des- em desaparecer.
E
o uso da vírgula entre as orações.
0aafeebe-f5
UFC 2008 - Português - Uso dos conectivos, Sintaxe

Na oração A maior fonte, no entanto, é a queima de combustíveis fósseis, o conectivo oracional indica:

A
exclusão.
B
conclusão.
C
contraste.
D
concessão.
E
explicação.
0a5e34f7-f5
UFC 2008 - Português - Uso dos conectivos, Sintaxe

Na linha 04, a locução “no entanto” pode ser substituída, sem que se altere o sentido do texto, por:


WIKIPÉDIA, A ENCICLOPÉDIA LIVRE. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3% >Acesso em:20 jun.2008

A
todavia.
B
por isso.
C
visto que.
D
uma vez que.
E
por conseguinte.
0fbb0a27-d6
FEEVALE 2018 - Português - Uso dos conectivos, Análise sintática, Sintaxe

A expressão de acordo com, utilizada por Calvin, no segundo quadrinho, estabelece uma relação de sentido de

A
temporalidade.
B
conformidade.
C
adição.
D
contraste.
E
condicionalidade.
e87e57b4-dd
MACKENZIE 2012 - Português - Interpretação de Textos, Interjeições, Uso dos conectivos, Uso dos dois-pontos, Sintaxe, Pontuação, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa correta.

A
No texto I, os dois pontos (linha 01) introduzem uma sequência linguística que se relaciona com a anterior estabelecendo uma relação de oposição.
B
No texto I, a expressão puxa (linha 03) indicia a presença de um tom de informalidade, uma vez que tem valor de interjeição.
C
No texto I, a pergunta E o que tem a ver com o amor? (linhas 10 e 11) é na verdade retórica, prescindindo, assim, de uma resposta de fato, como se evidencia na sequência do texto.
D
No texto II, a partícula até (linha 04) denota a delimitação de um limite temporal relacionado à ideia central do fragmento.
E
No texto II, a expressão Se fosse leve (linha 04) relaciona-se com o fragmento que lhe é posterior, estabelecendo ideia de causalidade.
64cb06c3-b7
UECE 2012 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A locução “por isso” (linha 117) relaciona-se sintática e semanticamente

Texto 2

    (O texto 2 foi extraído da obra Capitães da areia, de Jorge Amado, que conta a triste história de um grupo de crianças e adolescentes que vivem na rua, conhecidos como “capitães da areia”. À noite, recolhem-se para dormir num velho trapiche abandonado. O grupo pratica pequenos furtos para sobreviver, e seus membros se unem para defender-se da perseguição da polícia. Quando presos, são encaminhados para reformatórios, onde sofrem toda sorte de abusos.

    O grupo, formado somente de meninos, recebeu, um dia, uma menina chamada Dora, de treze para catorze anos, cuja mãe morrera. Com o irmão, Zé Fuinha, ela foi para a rua, onde conheceu a turma dos Capitães da Areia e nela se integrou. Dora, uma menina loura e bonita, disposta para o trabalho, acabou conquistando todos: era mãe para os pequenos, e amiga e irmã para os mais velhos, alguns dos quais se apaixonaram por ela. Mas ela amava mesmo era o chefe dos Capitães, o valente Pedro Bala. Presa e recolhida a um orfanato, até que o namorado a resgatasse e a levasse para o velho trapiche, adoeceu e morreu. Horas antes de morrer, pediu a Pedro Bala que a fizesse mulher. Ele hesitou porque a via muito doente, mas, por fim, atendeu ao seu pedido. Na manhã seguinte, ela estava morta.

    O capítulo que você vai ler narra a reação desesperada de Pedro Bala logo depois que levam o corpo de sua amada para alto mar, onde finalmente repousará.)



A
com ”Fora mais valente que todas as mulheres, mais valente que Rosa Palmeirão, que Maria Cabaçu. Tão valente que antes de morrer, mesmo sendo uma menina, se dera ao seu amor.”.
B
apenas com “O que Pedro Bala viu foi Dora feita estrela, indo para o céu.”.
C
apenas a “Tão valente que antes de morrer, mesmo sendo uma menina, se dera ao seu amor.”.
D
apenas a “Fora mais valente que todas as mulheres, mais valente que Rosa Palmeirão, que Maria Cabaçu”.
64c6b7a6-b7
UECE 2012 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Pronomes pessoais retos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Atente para o que se diz sobre o seguinte excerto e alguns de seus elementos: “A felicidade ilumina o rosto de Pedro Bala. Para ele veio também a paz da noite” (linhas 121–122).

I. A partícula “também”, no trecho transcrito, indica que alguém sentira aquela paz antes dele, sugere, portanto, inclusão.

II. O pronome “ele” refere-se a “o rosto de Pedro Bala”.

III. O verbo “iluminar” foi empregado no sentido de tornar claro. Está correto o que se diz apenas em

Texto 2

    (O texto 2 foi extraído da obra Capitães da areia, de Jorge Amado, que conta a triste história de um grupo de crianças e adolescentes que vivem na rua, conhecidos como “capitães da areia”. À noite, recolhem-se para dormir num velho trapiche abandonado. O grupo pratica pequenos furtos para sobreviver, e seus membros se unem para defender-se da perseguição da polícia. Quando presos, são encaminhados para reformatórios, onde sofrem toda sorte de abusos.

    O grupo, formado somente de meninos, recebeu, um dia, uma menina chamada Dora, de treze para catorze anos, cuja mãe morrera. Com o irmão, Zé Fuinha, ela foi para a rua, onde conheceu a turma dos Capitães da Areia e nela se integrou. Dora, uma menina loura e bonita, disposta para o trabalho, acabou conquistando todos: era mãe para os pequenos, e amiga e irmã para os mais velhos, alguns dos quais se apaixonaram por ela. Mas ela amava mesmo era o chefe dos Capitães, o valente Pedro Bala. Presa e recolhida a um orfanato, até que o namorado a resgatasse e a levasse para o velho trapiche, adoeceu e morreu. Horas antes de morrer, pediu a Pedro Bala que a fizesse mulher. Ele hesitou porque a via muito doente, mas, por fim, atendeu ao seu pedido. Na manhã seguinte, ela estava morta.

    O capítulo que você vai ler narra a reação desesperada de Pedro Bala logo depois que levam o corpo de sua amada para alto mar, onde finalmente repousará.)



A
II.
B
I e III.
C
II e III.
D
I.
2920f875-ec
CÁSPER LÍBERO 2011 - Português - Uso dos conectivos, Análise sintática, Sintaxe

Em “Esse processo ocorre não apenas no Brasil e na América Latina, mas também em escala internacional”, a série “não apenas... mas também” exprime valor de:

Leia o texto a seguir e responda à questão:


Ser ou não ser

    Na atualidade, a imagem da juventude está marcada ao mesmo tempo pela ambiguidade e pela incerteza. Digo ambiguidade, pois se, de um lado, a juventude é sempre exaltada na contemporaneidade, cantada que é em prosa e verso pelas potencialidades existenciais que condensaria, por outro a condição jovem caracteriza-se por sua posição de suspensão no espaço social, que se materializa pela ausência de seu reconhecimento social e simbólico.
    Seria em decorrência disso que a incerteza é o que se delineia efetivamente como o futuro real para os jovens, em todos os quadrantes do mundo. É preciso destacar, antes de tudo, que a possibilidade de experimentação foi o que passou a caracterizar a condição da adolescência no Ocidente, desde o final do século 18, quando as idades da vida foram construídas em conjunção com a família nuclear burguesa, em decorrência da emergência histórica da biopolítica.
    Nesse contexto, a adolescência foi delimitada como o tempo de passagem entre a infância e a idade adulta, na qual o jovem podia empreender experiências nos registros do amor e das escolhas profissionais, até que pudesse se inserir no mercado de trabalho e se casar para reproduzir efetivamente as linhas de força da família nuclear burguesa. Desde os anos 1980, no entanto, essa figuração da adolescência entrou em franco processo de desconstrução, por diversas razões.
    Antes de mais nada, pela revolução feminista dos anos 1960 e 70, com a qual as mulheres foram em busca de outras formas sociais de existência, além da condição materna. Em seguida, porque o deslocamento das mulheres da posição exclusivamente materna foi o primeiro combate decisivo contra o patriarcado, que forjou nossa tradição desde a Antiguidade. Finalmente, a construção do modelo neoliberal da economia internacional, em conjunção com seu processo de globalização, teve o poder de incidir preferencialmente em dois segmentos da população, no que tange ao mercado de trabalho. De fato, foram os jovens e os trabalhadores da faixa etária dos 50 anos os segmentos sociais mais afetados pela voragem neoliberal. Com isso, se os primeiros passaram a se inserir mais tardiamente no dito mercado, os segundos passaram a ser descartados para ser substituídos por trabalhadores jovens e mais baratos, pela precariedade que foi então estabelecida no mercado de trabalho.
    Foi em consequência desse processo que o tempo de duração da adolescência se alongou bastante, ficando então os jovens fora do espaço social formal e lançados perigosamente numa terra de ninguém. Assim, graças à ausência de inserção no mercado de trabalho, a juventude foi destituída de reconhecimento social e simbólico, prolongando-se efetivamente, não tendo mais qualquer limite tangível para seu término. Despossuídos que foram de qualquer reconhecimento social e simbólico, aos jovens restaram apenas o corpo e a força física. É por essa trilha que podemos interpretar devidamente a emergência e a multiplicação das formas de violência entre os jovens na contemporaneidade.
    Esse processo ocorre não apenas no Brasil e na América Latina, mas também em escala internacional. Pode-se depreender aqui a constituição de uma cultura agonística* na juventude de hoje. Assim, a violência juvenil transformou-se em delinquência, inserindo-se efetivamente no registro da criminalidade. No Brasil, os jovens de classe média e das elites passaram a atacar gratuitamente certos segmentos sociais com violência. De mulheres pobres confundidas com prostitutas até homossexuais, passando pelos mendigos, a violência disseminou-se nas grandes metrópoles do país.
    Ao fazerem isso, no entanto, seus gestos delinquentes inscrevem-se numa lógica social precisa e rigorosa. Com efeito, tais segmentos sociais representam no imaginário desses jovens a decadência na hierarquia social, sendo, pois, os signos do que eles poderão ser efetivamente no futuro, na ausência do reconhecimento social e simbólico que os marca. A cultura da força empreende-se regularmente em academias de ginástica, onde os jovens cultuam os músculos, não apenas para se preparar para os combates cotidianos da vida real, mas para forjar também um simulacro de força na ausência efetiva de potência, isto é, na ausência de reconhecimento social e simbólico, lançados que estão aqueles no desamparo.
    É nesse registro que se deve inscrever a disseminação do bullying na contemporaneidade. É preciso dizer, no que concerne a isso, que a provocação e a violência entre os jovens e crianças é uma prática social antiga. O que é novo, contudo, é a ausência de uma autoridade que possa funcionar como mediação no combate entre estes e aqueles, o que incrementou bastante a disseminação dessa prática de violência.
    Não obstante tudo isso, a juventude é ainda glorificada como a representação do que seria o melhor dos mundos possíveis. A juventude seria então a condensação simbólica de todas as potencialidades existenciais. Contudo, se fazemos isso é porque não apenas queremos cultivar a aparência juvenil, por meio de cirurgias plásticas e da medicina estética, mas também porque o código de experimentação que caracterizou a adolescência de outrora se disseminou para a idade adulta e para a terceira idade. Constituiu-se assim uma efetiva adolescência sem fim na tradição ocidental, onde se busca pelo desejo a possibilidade de novos laços amorosos e novas modalidades de realização existencial. (Joel Birman, revista Cult n. 157, maio 2011).


*agonística: relativo a luta, conflito, combate.  
A
Oposição.
B
Alternativa.
C
Comparação.
D
Adição.
E
Concessão.