Assinale a alternativa cuja reescrita mantém a mesma relação de sentido presente em “Queria aprender o
português depressa, por isto prestava muita atenção em tudo que os outros diziam”.
Gabarito comentado
Comentário da Questão:
Tema central: A questão avalia sua compreensão sobre relações semânticas estabelecidas pelas conjunções subordinativas, especificamente, o valor de causalidade entre orações. Em provas de vestibulares, esse tipo de análise é fundamental para entender como as partes do texto se relacionam e quais sentidos indicam.
Explicação da alternativa correta (A):
A construção “Como queria aprender o português depressa, prestava muita atenção em tudo que os outros diziam” utiliza a conjunção como com valor causal, equivalente a “porque”. Ou seja, é pelo fato de querer aprender depressa que o sujeito passa a prestar atenção ao que os outros dizem. Segundo Celso Cunha & Lindley Cintra e Evanildo Bechara, conjunções como “como” e “porque” introduzem orações subordinadas adverbiais causais, e o sentido de causalidade se mantém fielmente ao original da frase.
Análise das alternativas incorretas:
B) O uso de “quando” indica tempo, não causa. O sentido passa a ser “no momento em que queria aprender...”, alterando a relação lógica da frase.
C) “Se” introduz uma condição, mudando o sentido para um cenário hipotético (“caso quisesse, deveria prestar atenção”), diferente da causalidade direta.
D) “Conforme” é conectivo de conformidade, não apresenta nem causa, nem consequência, mas sim relação de acordo (conforme a intenção...).
E) “À medida que” expressa proporcionalidade, dando ideia de progressão, diferentemente do nexo causal necessário (“à medida que aumentava a pressa, aumentava a atenção”).
Dica de prova: Em questões de interpretação, leia atentamente os conectivos! Trocar conjunções pode alterar completamente o sentido, criando armadilhas clássicas de provas. Gramaticalmente, “como” no início de frase geralmente é causal, e “quando”, “conforme”, “à medida que” expressam outros nexos; fique atento!
Resumo: A alternativa A preserva exatamente o sentido original de causa e consequência. As demais trocam a relação entre as orações, introduzindo outros sentidos.
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