Questõessobre Uso da Vírgula

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UFU-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Pontuação, Uso da Vírgula

Desafios atuais e ameaças



Disponível em: <http://www.survivalbrasil.org/povos/indios-brasileiros>. Acesso em: 28 abr. 2017.

Com base na leitura do texto e nas expressões em destaque, assinale a alternativa INCORRETA.

A
No trecho “Nós não sabíamos que os brancos iam tirar a nossa terra. Nós não sabíamos de nada sobre o desmatamento. Nós não sabíamos sobre as leis dos homens brancos.’ (linhas 3 e 4) a repetição de “nós não sabíamos” tem a função de ressaltar informações que o índio desconhecia.
B
O trecho “Hoje, o Brasil tem planos agressivos para desenvolver e industrializar a Amazônia”, (linha 6), se modificado para “Hoje, no Brasil, _______ planos agressivos para desenvolver e industrializar a Amazônia”, deveria, de acordo com a modalidade formal da língua portuguesa, fazer uso do verbo HAVER para preencher a lacuna.
C
No trecho “Hoje, o Brasil tem planos agressivos para desenvolver e industrializar a Amazônia”. (linha 6) O uso da palavra ‘agressivos’ indica posição ideológica do autor, ou seja, não há neutralidade na informação.
D
No trecho “Nos 514 anos desde que os europeus chegaram ao Brasil, os povos indígenas sofreram genocídio em grande escala, e perda da maioria de suas terras”, (linhas 1 e 2) a vírgula antes da conjunção e está adequadamente empregada.
0f4e2d48-48
UNB 2010 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

É facultativo o emprego da vírgula nos versos 16 e 17, uma vez que a estruturação sintático-semântica dos termos oracionais do período em nada seria alterada, caso não houvesse sinal de pontuação.

Imagem 040.jpg

Considerando a composição acima e os aspectos que ela suscita,
julgue os seguintes itens.

C
Certo
E
Errado
0a58c56f-73
UDESC 2010 - Português - Uso do ponto, do ponto de exclamação e do ponto de interrogação, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe, Pontuação, Morfologia, Uso da Vírgula

Em relação ao Texto 1, analise cada proposição e assinale com (V) para verdadeira ou (F) para falsa.

( ) As palavras “seco, curto pesadamente” (linha 7) são morfologicamente classificadas como adjetivos.

( ) Em “Os outros, tristes três, mal me haviam olhado” (linha 9), a presença do verbo haver indica oração sem sujeito.

( ) Em “Saíra e viera, aquele homem, para morrer em guerra” (linhas 6 e 7), o emprego do tempo mais-que-perfeito nos verbos destacados pode ser justificado pela incerteza da ação.

( ) Em “Um grupo de cavaleiros. Isto é, vendo melhor” (linha 3), o ponto final pode ser substituído por uma vírgula, seguindo-se as recomendações da língua formal escrita.

Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.

Imagem 056.jpg

A
( ) V – V – F – V
B
( ) F – V – V – F
C
( ) F – F – V – V
D
( ) V – F – F – V
E
( ) V – V – V – V
331e4581-1b
UNESP 2017 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

Verifica-se o emprego de vírgula para indicar a elipse (supressão) do verbo em:

Leia o excerto do “Sermão do bom ladrão”, de Antônio Vieira (1608-1697), para responder à questão..


      Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”. Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: [...] Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.

      Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca, e que se não podem ofender; e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [...]

Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.

                                                                                              (Essencial, 2011.)

A
“Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?” (1° parágrafo)
B
“O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...].” (3° parágrafo)
C
“O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres.” (1° parágrafo)
D
“Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.” (1° parágrafo)
E
“Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.” (3o parágrafo)
4b941234-30
PUC - RS 2015 - Português - Travessão, Pontuação, Uso da Vírgula

INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere as afirmativas sobre a pontuação do texto 4.

I. As vírgulas da linha 02 poderiam ser substituídas por travessões sem prejuízos ao sentido e à correção do texto.

II. A utilização de uma vírgula depois de “em especial” (linha 02) e antes de “sobretudo” (linha 09) provocaria ambiguidade nos períodos.

III. A inserção de vírgulas antes e depois de “e decisivo para essas mudanças” (linhas 05 e 06) tornaria mais clara a relação de ênfase estabelecida com o segmento anterior.

IV. As vírgulas das linhas 06 e 08 poderiam ser retiradas sem prejuízo ao significado e à estrutura do período.

Estão corretas apenas as afirmativas

INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto 4.


A
I e II.
B
I e III.
C
II e IV.
D
I, II e III.
E
II, III e IV.
59e0ad53-d6
PUC - RS 2016 - Português - Uso dos dois-pontos, Pontuação, Uso da Vírgula

Considere as propostas para alterar a pontuação original do texto.
I. As reticências da linha 02 poderiam ser corretamente substituídas por “e etc.”.
II. Nas linhas 07 e 21, os dois-pontos poderiam ser substituídos por vírgula, mas isso atenuaria a coesão entre as ideias.
III. A vírgula da linha 16 poderia ser substituída por dois-pontos, sem prejuízo à correção e ao sentido da frase.
IV. Na linha 20, uma vírgula poderia ser acrescentada depois de “Buenos Aires”, sem prejuízo ao texto.
Estão corretas apenas as propostas


A
I e II.
B
I e III.
C
II e IV.
D
I, III e IV.
E
II, III e IV.
22eb04d6-84
IF Sul Rio-Grandense 2016, IF Sul Rio-Grandense 2016 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

Em “Não, não é preciso tolerar.”, se fosse colocada outra vírgula após a segunda palavra “não”, é correto afirmar que

Leia o texto, para responder à questão.

Contra a mera “tolerância” das diferenças

Renan Quintanilha

    “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.

    “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

    “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

    Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegemônica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

    Tolerar não deve ser celebrado e buscado nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

    Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

    Marcuse1 identificava dois tipos de tolerância: a passiva e a ativa. No primeiro caso, a tolerância é vista como uma resignação e uma omissão diante de uma sociedade marcadamente injusta em suas diversas dimensões. Por sua vez, no segundo caso, ele trata da tolerância enquanto uma disposição efetiva de construção de uma sociedade igualitária. Não é este, no entanto, o discurso mais recorrente da tolerância em nossos tempos.

    Assim, quando alguém te disser que é preciso “tolerar” a liberdade das mulheres, os direitos das pessoas LGBT, a busca por melhores condições de vida das pessoas pobres, as reivindicações por igualdade material das pessoas negras, dentre outros segmentos vulneráveis, simplesmente não problematize esse discurso.

    Admitir a existência do outro não significa aceitá-lo em sua particularidade como integrante da comunidade política. É preciso valorizar os laços mais profundos de reciprocidade e respeito pelas diferenças, o que só o reconhecimento, estágio superior da tolerância, pode ajudar a promover, como ensinou Axel Honneth2

    Diversidade é um valor em si mesmo e não depende da concordância dos que ocupam posições de privilégios. Direitos e liberdades não se “toleram”. Devem ser respeitados e promovidos, por serem conquistas jurídicas e políticas antecedidas de muitas lutas.

    O que não se pode tolerar é o discurso aparentemente “benevolente” e “generoso” – mas na verdade bem perverso – da “tolerância das diferenças”. Ninguém precisa da licença de ninguém pra existir.

Disponível em:<http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/>  Acesso em: 03 mai 2016. 

1 Marcuse: filósofo e sociólogo alemão, naturalizado norte-americano.

2 Axel Honneth: filósofo e sociólogo alemão.
A
acarretaria erro gramatical e provocaria alteração de sentido da frase.
B
acarretaria erro gramatical, mas não provocaria alteração no sentido da frase.
C
não acarretaria erro gramatical e nem alteração no sentido da frase.
D
não acarretaria erro gramatical, mas provocaria alteração no sentido da frase.
5199806a-37
PUC - RS 2016 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula


Para resolver a questão, considere a pontuação utilizada nos textos 2 e 3.



Assinale a proposta de alteração que NÃO traria prejuízo à correção e ao sentido dos textos.

A
Na linha 01 (texto 2), poderiam ser acrescentados dois-pontos depois do primeiro “é”, o que deixaria mais clara a definição que vem a seguir.
B
No texto 2, seria possível utilizar parênteses, em vez de vírgulas, para isolar o trecho compreendido entre “19 anos” (linha 02) e “criador” (linha 04).
C
Na linha 06 (texto 2), a vírgula depois de “bestas” poderia ser eliminada.
D
O ponto de interrogação da terceira pergunta do cartaz (texto 3) poderia ser substituído por ponto.
E
No cartaz (texto 3), poderia ser acrescentada uma vírgula depois do verbo “se estressar”.
c1d9a526-4e
UNB 2014 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue o próximo item.

O emprego da vírgula após os vocábulos “segunda" (l.5) e “terceira" (l.5) assinala a elipse da forma verbal “ocorreu" (l.4).

imagem-014.jpg
C
Certo
E
Errado
a123fcf9-4e
UNB 2014 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

Considerando o texto e a imagem apresentados, julgue o item.

No primeiro período do texto, é facultativo o emprego da vírgula que precede a expressão adverbial “passo a passo" (l.3).

imagem-010.jpg
C
Certo
E
Errado
7d1f0806-4e
UNB 2014 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

Tendo como referência o texto acima e a figura apresentada, que se refere à obra Ceci n'est pas une pipe (Isto não é um cachimbo), julgue o item a seguir.

A oposição apresentada no texto possibilita que, sem prejuízo para a coerência textual e a correção gramatical, no trecho “entre a ciência textual e as ideologias imagéticas" (l.4 e 5), os adjetivos “textual" e “imagéticas" fiquem isolados por vírgula, como apresentado a seguir: entre a ciência, textual, e as ideologias, imagéticas, que, de modo dialético, foram-se criticando.

imagem-001.jpg
C
Certo
E
Errado
95f1b33b-80
UDESC 2011 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva, Análise sintática, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Tipologia Textual, Travessão, Sintaxe, Pontuação, Uso da Vírgula, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com relação à leitura do Texto 3 e do conto O espelho, de Guimarães Rosa, assinale a alternativa incorreta.

                                                      O espelho

[...]
Sendo talvez meu medo a revivescência de impressões atávicas? O espelho inspirava receio supersticioso aos primitivos, aqueles povos com a idéia de que o reflexo de uma pessoa fosse a alma. Via de regra, sabe-o o senhor, é a superstição fecundo ponto de partida para a pesquisa. A alma do espelho – anote-a – esplêndida metáfora. Outros, aliás, identificavam a alma com a sombra do corpo; e não lhe terá escapado a polarização: luz – treva. Não se costumava tapar os espelhos, ou voltá-los contra a parede, quando morria alguém da casa? Se, além de os utilizarem nos manejos de magia, imitativa ou simpática, videntes serviam-se deles, como da bola de cristal, vislumbrando em seu campo esboços de futuros fatos, não será porque, através dos espelhos, parece que o tempo muda de direção e de velocidade? Alongo-me, porém. Contava-lhe... [...] ROSA, Guimarães. Primeiras estórias. 50ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 122. 
A
A partir da posição do narrador, no texto, infere-se que a superstição pode ser um ponto de partida para estudos.
B
Em “A alma do espelho – anote-a – esplêndida metáfora." (linha 4), se os travessões forem substituídos por vírgulas, o sentido original da oração não sofre alteração e ela ainda continua dentro do padrão formal de escrita.
C
 O autor procura atribuir ao espelho características enigmáticas, valendo-se da escolha semântica de vocábulos e de expressões.
D
 Do período “serviam-se deles, como da bola de cristal, vislumbrando em seu campo esboços de futuros fatos, não será porque, através dos espelhos, parece que o tempo muda de direção e de velocidade?" (linhas 8, 9 e 10) pode-se inferir uma ligação à magia, aos mistérios representados pelo espelho.
E
 Na oração “O espelho inspirava receio supersticioso aos primitivos" (linhas 1 e 2), a expressão destacada, sintaticamente, classifica-se como complemento nominal.
76be6bdd-ad
FGV 2015 - Português - Análise sintática, Sintaxe, Pontuação, Uso da Vírgula

Observe os trechos do texto:

•  ... no dia 14 de novembro de 1889, isto é, na véspera da Proclamação da República dos Estados Unidos do Brasil. (1° parágrafo);

•  – Ora, cidadão, que fazia ali a figura do Pedro Banana? (15° parágrafo)

Usam-se as vírgulas nos dois trechos para separar, respectivamente:

                   
          O velho Lima

      O velho Lima, que era empregado – empregado antigo – numa das nossas repartições públicas, e morava no Engenho de Dentro, caiu de cama, seriamente enfermo, no dia 14 de novembro de 1889, isto é, na véspera da Proclamação da República dos Estados Unidos do Brasil.
      O doente não considerou a moléstia coisa de cuidado, e tanto assim foi que não quis médico. Entretanto, o velho Lima esteve de molho oito dias.
      O nosso homem tinha o hábito de não ler jornais e, como em casa nada lhe dissessem (porque nada sabiam), ele ignorava completamente que o Império se transformara em República.
      No dia 23, restabelecido e pronto para outra, comprou um bilhete, segundo o seu costume, e tomou lugar no trem, ao lado do comendador Vidal, que o recebeu com estas palavras:
      – Bom dia, cidadão.
      O velho Lima estranhou o cidadão, mas de si para si pensou que o comendador dissera aquilo como poderia ter dito ilustre, e não deu maior importância ao cumprimento, limitando-se a responder:
      – Bom dia, comendador.
      – Qual comendador! Chama-me Vidal! Já não há mais comendadores!
      – Ora essa! Então por quê?
      – A República deu cabo de todas as comendas! Acabaram-se!
      O velho Lima encarou o comendador e calou-se, receoso de não ter compreendido a pilhéria.
      Ao entrar na sua seção, o velho Lima sentou-se e viu que tinham tirado da parede uma velha litografia representando D. Pedro de Alcântara. Como na ocasião passasse um contínuo, perguntou-lhe:
      – Por que tiraram da parede o retrato de Sua Majestade?
      O contínuo respondeu num tom lentamente desdenhoso:
      – Ora, cidadão, que fazia ali a figura do Pedro Banana?
      – Pedro Banana! – repetiu raivoso o velho Lima.
      – Não dou três anos para que isso seja República!

                                                  (Arthur Azevedo. Seleção de contos, 2014)

A
locução conjuntiva e aposto.
B
expressão explicativa e vocativo.
C
locução adverbial e sujeito.
D
denotador de ratificação e aposto.
E
datação e sujeito.
7419a155-4c
PUC - Campinas 2015 - Português - Morfologia - Verbos, Sintaxe, Pontuação, Uso da Vírgula

Concorrendo com ela, ou contra ela, há as vozes poderosas do "mercado", essa entidade que acaba por reger tantas vidas.

Sobre o que se tem acima (linhas 73 a 75), é correto afirmar:


A
O verbo "acabar", como auxiliar, exprime a ideia de que a ação de reger se efetiva, ainda que não fosse esperado que o "mercado" conduzisse tantas vidas.
B
A presença de uma vírgula depois da palavra entidade é opcional, pois ela não produziria alteração nem sintática, nem semântica.
C
A substituição de por "pode surgirem" alteraria o sentido original, mas estaria correta do ponto de vista gramatical.
D
A oração em que se encontra a forma Concorrendo expressa, sem outra possibilidade, a ideia de condição.
E
No início do período, o uso de com e contra constitui recurso de estilo, sem impacto para o sentido do fragmento.
5b4a2fa5-3c
FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Pontuação, Redação - Reescritura de texto, Uso da Vírgula

Assinale a alternativa em que o período, reescrito com base nas informações do texto, está correto quanto ao emprego da vírgula.

   Leia o texto para responder às questões de números 122 a 125.

    Nuvens contêm uma quantidade impressionante de água. Mesmo as pequenas podem reter um volume de 750 km³ de água e, se calcularmos meio grama de água por metro cúbico, essas minúsculas gotas flutuantes podem formar verdadeiros lagos voadores.

   Imagine a situação de um agricultor que observa, planando sobre os campos ressecados, nuvens contendo água mais que suficiente para salvar sua lavoura e deixar um bom saldo, mas que, em vez disso, produzem apenas algumas gotas antes de desaparecer no horizonte. É essa situação desesperadora que leva o mundo todo a gastar milhões de dólares todos os anos tentando controlar a chuva.

    Nos Estados Unidos, a tendência de extrair mais umidade do ar vem aumentando em mais um ano de secas severas. Em boa parte das planícies centrais e do sudoeste do país, os níveis de chuva, desde 2010, têm diminuído entre um e dois terços, com impacto direto nos preços do milho, trigo e soja. A Califórnia, fonte de boa parte das frutas e legumes que abastecem o país, ainda deve recuperar-se de uma seca que deixou seus reservatórios com metade da capacidade e áreas sem gelo perigosamente reduzidas. Em fevereiro, o Serviço Nacional do Clima divulgou que o estado tem uma chance em mil de se recuperar logo. Produtores de amêndoas estão preocupados com suas plantações por falta de umidade, e até a água potável está ameaçada.

(Scientific American Brasil, julho de 2014. Adaptado)

A
A Califórnia, ainda deve recuperar-se de uma seca que deixou seus reservatórios com metade da capacidade e áreas sem gelo perigosamente reduzidas.
B
Imagine que, um agricultor observa, nuvens contendo água mais que suficiente para salvar a sua lavoura, deixando um bom saldo.
C
Quando a situação fica desesperadora o mundo todo, para controlar a chuva gasta milhões de dólares todos os anos.
D
As nuvens pequenas, que podem reter um volume de 750 km³ de água, são capazes de formar verdadeiros lagos voadores.
E
O Serviço Nacional do Clima divulgou em fevereiro, que a chance de uma recuperação rápida da Califórnia, é de uma em mil.
ef2a9947-36
UNESP 2012 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

As frases abaixo correspondem a tentativas de corrigir o erro de virgulação apontado por Celso Pedro Luft na série de exemplos que apresenta.

I. “Porque as respostas não satisfazem.”

II. “E, muitas vezes, ele não se adapta ao meio em que vive.”

III. “Pois o homem é, um ser social.”

IV. “A sociedade deve, pois, lutar pela justiça social.”

As frases em que o problema de virgulação foi resolvido adequadamente estão contidas apenas em:

 As questões de números 01 a 05 tomam por base uma passagem do livro A vírgula, do filólogo Celso Pedro Luft (1921-1995).

A vírgula no vestibular de português


Mas, esta, não é suficiente.”

“Porque, as respostas, não satisfazem.”

“E por isso, surgem as guerras.”

“E muitas vezes, ele não se adapta ao meio em que vive.”

“Pois, o homem é um ser social.”

“Muitos porém, se esquecem que...”

“A sociedade deve pois, lutar pela justiça social.”

Que é que você acha de quem virgula assim? Você vai dizer que não aprendeu nada de pontuação quem semeia assim as vírgulas. Nem poderá dizer outra coisa.

    Ou não lhe ensinaram, ou ensinaram e ele não aprendeu. O certo é que ele se formou no curso secundário. Lepidamente, sem maiores dificuldades. Mas a vírgula é um “objeto não identificado”, para ele.

    Para ele? Para eles. Para muitos eles, uma legião. Amanhã serão doutores, e a vírgula continuará sendo um objeto não identificado. Sim, porque os três ou quatro mil menos fracos ultrapassam o vestíbulo... Com vírgula ou sem vírgula. Que a vírgula, convenhamos, até que é um obstáculo meio frágil, um risquinho. Objeto não identificado? Não, objeto invisível a olho nu. Pode passar despercebido até a muito olho de lince de examinador.

— A vírgula, ora, direis, a vírgula...

    Mas é justamente essa miúda coisa, esse risquinho, que maior informação nos dá sobre as qualidades do ensino da língua escrita. Sobre o ensino do cerne mesmo da língua: a frase, sua estrutura, composição e decomposição.

    Da virgulação é que se pode depreender a consciência, o grau de consciência que tem, quem escreve, do pensamento e de sua expressão, do ir-e-vir do raciocínio, das hesitações, das interpenetrações de ideias, das sequências e interdependências, e, linguisticamente, da frase e sua constituição.

     As vírgulas erradas, ao contrário, retratam a confusão mental, a indisciplina do espírito, o mau domínio das ideias e do fraseado.

    Na minha carreira de professor, fiz muitos testes de pontuação. E sempre ficou clara a relação entre a maneira de pontuar e o grau de cociente intelectual.

    Conclusão que tirei: os exercícios de pontuação constituem um excelente treino para desenvolver a capacidade de raciocinar e construir frases lógicas e equilibradas.

    Quem ensina ou estuda a sintaxe — que é a teoria da frase (ou o “tratado da construção”, como diziam os gramáticos antigos) — forçosamente acaba na importância das pausas, cortes, incidências, nexos, etc., elementos que vão se espelhar na pontuação, quando a mensagem é escrita.

   Pontuar bem é ter visão clara da estrutura do pensamento e da frase. Pontuar bem é governar as rédeas da frase. Pontuar bem é ter ordem, no pensar e na expressão.

A
I e II.
B
I e III.
C
I, II e III.
D
I, II e IV.
E
II, III e IV.
4401e6e0-1c
UFBA 2013 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

No fragmento “Outras, amigas da família, contaram que a avó de Almira, dona Altamiranda, fora mulher muito esquisita.” (l. 46-47), as vírgulas sinalizam o uso de termos, em posição deslocada, no contexto do período.


C
Certo
E
Errado
f2e144a1-08
UniCEUB 2014 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

Assinale a alternativa em que a pontuação é empregada corretamente.

A
O principal sintoma da depressão é o humor deprimido, que pode envolver sentimentos como tristeza, indiferença e desanimo.
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia - acesso em 02/05/2014.
B
Todos esses sintomas, são naturais do ser humano e, nem sempre são sinônimo de depressão. Mas se somados a outros sintomas e se persistirem por ao menos duas semanas podem configurar um quadro de: depressão clínica.
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia - acesso em 02/05/2014.
C
O humor deprimido faz com que a pessoa passe a enxergar o mundo, e a si mesma de forma negativa e infeliz!
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia - acesso em 02/05/2014.
D
Mesmo se acontece algo de bom em sua vida ela, vai dar mais atenção, ao aspecto ruim do evento.
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia - acesso em 02/05/2014.
E
“Com isso o paciente tende a se sentir incapaz: e sua autoestima diminui” diz o psiquiatra, Rodrigo Leite; do Instituto de Psiquiatria da USP.
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia - acesso em 02/05/2014.
2cd47309-f4
IF-BA 2013 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

Quanto à função da vírgula no trecho a seguir, marque a alternativa correta :

[...] o espaço virtual, diferentemente de um texto de jornal ou revista em papel , está constantemente em movimento (l. 39-42).



A
Destacar o vocativo.
B
Indicar um aposto.
C
Separar uma oração subordinada adjetiva explicativa.
D
Separar uma oração coordenada assindética.
E
Enumerar termos de mesmo valor sintático.
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INSPER 2015 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

Se as vírgulas fossem eliminadas no trecho “as transmissões digitais, mais lentas, acabaram com a sincronia da gritaria”, isso

Por que seu vizinho grita GOL antes de você?

Em tempos de Copa do Mundo, poucas coisas são tão irritantes como ver o atacante armando uma jogada fulminante na sua televisão enquanto o chato do vizinho já está se esgoelando com o gol.
O problema acontece em razão das diferentes formas de transmissão disponíveis hoje – antigamente todos torciam unidos pelo sinal analógico e o bombril na antena que supostamente o turbinava. As transmissões digitais, mais lentas, acabaram com a sincronia da gritaria.
Os atrasos acontecem porque o sinal digital passa por um processo de codificação, compressão e decodificação, fazendo com que leve mais tempo para chegar às casas.
No analógico, as imagens e o áudio dos jogos são entregues quase diretamente ao telespectador.
Entre os meios digitais, também há diferenças. Imagens em HD, por exemplo, são mais "pesadas", por
isso demoram mais para chegar.
Em 2012, um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas para Matemática e Ciências da Computação da Holanda afirmou que pode haver até cinco segundos de atraso entre os diferentes tipos de transmissão (...)
Em testes realizados pela Folha durante o jogo do Brasil desta segunda-feira (23), a transmissão pela
internet da Rede Globo estava cerca de 25 segundos atrasada em relação à TV a cabo.

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/172660-po...
seu-vizinho-grita-gol-antes-de-voce.shtml. Acesso em 10.07.14

A
demonstraria que essa marca textual está relacionada a fatores de ordem estilística.
B
alteraria somente o ritmo da leitura, de maneira a torná-la mais ágil.
C
passaria a expressar a ideia de que a lentidão é característica inexorável das transmissões digitais.
D
revelaria o uso facultativo desse sinal de pontuação em textos de caráter informativo.
E
permitiria concluir que existem transmissões digitais mais lentas que outras.