Questõesde UNESPAR 2016 sobre Português

1
1
1
Foram encontradas 12 questões
c215efee-c2
UNESPAR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale A ÚNICA ALTERNATIVA CORRETA sobre O filho eterno, de CristovãoTezza.

A
Este foi o primeiro livro de CristovãoTezza a ter Curitiba como espaço. Em todos os outros a ação acontece em uma cidade de Santa Catarina, onde o escritor nasceu;
B
A leitura do romance remete o leitor ao processo de autoajuda, claramente identificado pelas explicações dadas pelo personagem “pai” sobre a síndrome de Down;
C
Na narrativa, as figuras da mãe e da irmã desviam o foco narrativo da relação pai/filho, ganhando peso na história que se desenvolve no núcleo familiar;
D
Durante o tempo em que o personagem viveu em Portugal, ele se aliou aos revolucionários, que fizeram a Revolução dos Cravos;
E
O filho eterno é uma obra na qual se pode acompanhar a trajetória de Tezza, não só como homem, em sua relação com o filho,mas também seu percurso como autor, que se revela em plena maturidade nesta obra.
c20dba0b-c2
UNESPAR 2016 - Português - Interpretação de Textos

Leia atentamente o trecho a seguir, retirado do livro O filho eterno, de Cristovão Tezza, p. 63 e marque A ÚNICA ALTERNATIVA INCORRETA.

“Escrever: fingir que não está acontecendo nada, e escrever. Refugiado nesse silêncio, ele voltava à literatura, à maneira de antigamente. Uma roda de amigos- o retorno a tribo- e ele lê em voz alta o capítulo quatro do Ensaio da Paixão, que continua a escrever para esquecer o resto. Ler em voz alta: um ritual que jamais repetiu na vida. Naquele momento, ouvir a própria voz e rir de seus próprios achados, com a plateia exata, é um bálsamo. E ele escreve de outras coisas, não de seu filho ou de sua vida- em nenhum momento, ao longo de mais de vinte anos, a síndrome de Down entrará em seu texto. Esse é um problema seu, ele repete, não dos outros, e você terá que resolvê-lo sozinho.”
(TEZZA, Cristovão. Rio de Janeiro: Record, 2009. p.63)

A
O narrador em terceira pessoa é um recurso utilizado pelo autor que facilita o distanciamento e mantém o narrador afastado do sentimentalismo, já que o livro tem forte cunho autobiográfico;
B
Ao narrar a história do filho com síndrome de Down, CristovãoTezza abandona a ficção para construir uma autobiografia, na qual todos os fatos narrados realmente aconteceram;
C
O Filho Eterno é um romance muito premiado, reconhecido pela crítica, de modo geral, já como um clássico, embora tenha sido publicado há pouco tempo;
D
Embora a narrativa seja em terceira pessoa, o narrador, diversas vezes, parece penetrar na mente do personagem “pai”, aproximando-se da narração em primeira pessoa, embora personagem e narrador nunca se confundam;
E
O texto dialoga frequentemente com as várias artes e também há várias referências a outras obras de Tezza, como acontece no trecho selecionado.
c1f772a2-c2
UNESPAR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Das passagens transcritas abaixo, qual pode ser considerada como uma proposta defendida pelo autor para superar o que, ao longo do texto, é caracterizado como o comportamento dos brasileiros frente ao genericamente definido como “diferente”:


A
“A ausência de experiências divergentes, ou, em outras palavras, a carência de contato com o outro, com o estranho – o que é de fora, o que nos é desconhecido – acaba estimulando comportamentos tacanhos.” (linhas 30 a 32);
B
“[...] ao invés de olharmo-nos no espelho e admitirmos o quanto somos intolerantes, xenófobos, hipócritas e ufanistas, preferimos nos esconder por detrás da dissimulada máscara de cordialidade que nos assenta bem ao rosto.” (linhas 37 a 39);
C
“Continuamos a repetir clichês inventados por uma elite predatória, interessada no pastoreio de um povo dócil e submisso.” (linhas 40/41);
D
“Temos pois que, antes, escutar o discurso discordante, mirar os olhos de quem não se assemelha a nós, nos colocar na pele do vizinho”. (linhas 51/52);
E
“...nossa vida poderia sim até ter mais amores, mas no momento tudo encontra-se envenenado pela peçonha da ignorância.” (linhas 57 a 59).
c1f493d6-c2
UNESPAR 2016 - Português - Substantivos, Morfologia

Na frase “Havia filas durante todo o dia de pessoas interessadas [...]” (linha 14), o verbo “havia” está no singular porque foi usado no sentido de existir e, por isso, é impessoal, ou seja, não apresenta sujeito. Nesse caso, o verbo em questão só é conjugado na terceira pessoa do singular. Assinale a alternativa em que também ocorre um caso de verbo impessoal.


A
A falta de dinheiro e a greve dos bancos confirmaram o caos;
B
Muitos candidatos chegaram atrasados ao local da prova;
C
Os alunos já haviam saído quando o professor chegou;
D
Fazia dois anos que não via os seus colegas de turma;
E
Os que perseverarem até o fim haverão de ser vitoriosos.
c1efec6b-c2
UNESPAR 2016 - Português - Advérbios, Morfologia

Os advérbios são uma classe de palavras que tem como finalidade modificar um verbo, um adjetivo, ou até mesmo um outro advérbio. Essa função de modificador faz com que o advérbio atribua uma circunstância ao termo que ele modifica.

A partir dessa afirmação, analise os enunciados a seguir:

I. “[...] algo bem brasileiro [...]” (linha 12).
II. “[...] onde se localiza o Big Ben” (linha 22).
III. “[...] podemos agir pateticamente [...]” (linha 34).
IV. “Talvez até descobríssemos [...]” (linhas 52/53).

De acordo com o texto, os advérbios “bem”, “onde”, “pateticamente” e “talvez”, nas passagens acima, exprimem, respectivamente, as circunstâncias de:


A
Modo – lugar – meio – intensidade;
B
Meio – lugar – modo – intensidade;
C
Modo – lugar – intensidade – dúvida;
D
Afirmação – lugar – modo – dúvida;
E
Intensidade – lugar – modo – dúvida.
c1ed086e-c2
UNESPAR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação às afirmações abaixo descritas:

I. A oração que se inicia na linha 04, seguindo até a linha 08, faz uso de um PARALELISMO SINTÁTICO, ao enumerar as diferentes avaliações dos cegos da fábula hindu.
II. No texto, o fato de ter prosperado no negócio da venda de churros é apresentado como CAUSA de o japonês de Cataguases ter passado à frente a carrocinha e mudado para longe (linhas 16/17).
III. O suposto fato de que “[...] pode-se cortar o território de leste a oeste, de norte a sul, mais de quatro mil quilômetros em ambas as direções, sem anotar praticamente nenhuma variação significativa de nada.” (linhas 26 a 29) é apresentado como ARGUMENTO para sustentar o ponto de vista de J.T.L de que o Brasil é uma ilha (linha 26).
IV. “Resultados evidentemente desastrosos” (linhas 46/ 47) são referidos como CONSEQUÊNCIA do fato de os cegos da fábula hindu terem sido incapazes de perceber o elefante como um todo (linhas 45/46).

São VERDADEIRAS:


A
As afirmações I, II e III;
B
As afirmações II, III e IV;
C
As afirmações I, II e IV;
D
Somente a afirmação IV;
E
Nenhuma das afirmações.
c1e9e80c-c2
UNESPAR 2016 - Português - Uso dos conectivos, Sintaxe

Assinale a alternativa em que o conectivo conserva o mesmo sentido da conjunção “se”, presente no enunciado “Se quiser, em pouco tempo estou na França [...]” (linhas 23/24).


A
Caso;
B
Embora;
C
Portanto;
D
Mas;
E
Conforme.
c1e70ae2-c2
UNESPAR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Dos pontos de vista abaixo relacionados, qual NÃO É DEFENDIDO PELO AUTOR DO TEXTO:


A
Os brasileiros agem como os cegos da fábula hindu, por destacarem aspectos parciais ao defenderem as supostas superioridades naturais e de comportamento do país e de seu povo;
B
O mito da cordialidade do brasileiro é uma falácia, que encobre nossa dificuldade em nos assumirmos como intolerantes, xenófobos, hipócritas e ufanistas;
C
O brasileiro age de maneira patética e/ou bestialmente em determinadas situações que implicam em sua relação com estrangeiros, por falta de experiências com “o outro”, “o diferente”, “o estranho”;
D
O exemplo descrito entre as linhas 12/13, de um descendente de japoneses negociando doce de procedência espanhola, é uma prova da convivência pacífica entre povos de diferentes procedências e da tolerância entre os brasileiros e os imigrantes;
E

Em pleno Século XXI, os brasileiros continuam a reproduzir alguns estereótipos ufanistas, enaltecidos em obras literárias datadas do Século XIX.

c1e419f1-c2
UNESPAR 2016 - Português - Funções morfossintáticas da palavra QUE

O vocábulo “que” pode desempenhar diferentes funções na língua portuguesa, dentre elas, a de pronome relativo e a de conjunção integrante. Com base em tal afirmação, analise os períodos a seguir e assinale a alternativa CORRETA quanto à classificação do conectivo “que”.


A
Na frase “[...] que parecia o tronco de uma árvore;” (linha 6), o conectivo “que” é um pronome relativo, que se refere à palavra “tronco” e introduz uma oração subordinada adjetiva explicativa;
B
Na frase “[...] que tinham à sua frente” (linha 4), o conectivo “que” é um pronome relativo, que retoma a palavra “animal” e introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva;
C
Na frase “[...] que nosso céu tem mais estrelas [...]” (linha 53), o conectivo “que” é uma conjunção integrante e introduz uma oração subordinada adverbial de lugar;
D
Na frase “[...] que não se parece conosco [...]” (linha 33), o conectivo “que”, embora seja um pronome relativo, não retoma um antecedente e introduz uma oração subordinada substantiva explicativa;
E
Na frase “[...] que discorressem sobre o aspecto do animal [...]” (linhas 3/4), o conectivo “que” é um conjunção integrante e introduz uma oração subordinada substantiva subjetiva.
c1dfc388-c2
UNESPAR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação ao emprego dos mecanismos de coesão textual, assinale a alternativa INCORRETA:


A
“uma ilha” (linha 23) refere-se à “Bangor, País de Gales” (linha 19);
B
“isso” (linha 32) recupera anaforicamente a sequência anterior entre as linhas 30 e 31;
C
“agir pateticamente como os cataguasenses [...],” (linha 34) e “bestialmente como em relação aos imigrantes haitianos” (linhas 35/36) referem-se ao que foi anteriormente anunciado como “comportamentos tacanhos” (linha 32);
D
“um povo dócil e submisso” (linha 41), refere-se a “nós, brasileiros”, sujeito implícito de “continuamos” (linha 40);
E
“quem não se assemelha a nós” (linha 52), refere-se a “cegos da fábula hindu” (linha 45).
c1dcbd49-c2
UNESPAR 2016 - Português - Uso dos conectivos, Sintaxe

As conjunções, as preposições e alguns grupos de pronomes formam a classe dos conectivos, que são palavras de que a língua dispõe para estabelecer relações sintáticas e semânticas entre os diferentes enunciados de um texto, fazendo com que este não seja apenas um aglomerado de frases, mas um todo uno, coeso e coerente. Dessa forma, tais conectivos, muito mais do que “ligar” um enunciado a outro, influenciam na construção do sentido do texto.

Assim sendo, assinale a alternativa INCORRETA em relação ao uso do conectivo e o efeito semântico que esse uso provoca:


A
O título do texto é iniciado com o conectivo “por que”, equivalente a “por qual razão”, “por qual motivo”. O uso do “por que”, nesse caso, sugere ao leitor a ideia de que o autor irá elencar quais são os motivos pelos quais o Brasil deve ser considerado “o melhor país do mundo”. No entanto, são elencados vários exemplos que desconstroem a imagem ufanista/nacionalista do Brasil, tão presente na memória dos brasileiros;
B
A conjunção “embora”, presente no enunciado “[...] embora fique a apenas 300 quilômetros do Rio de Janeiro [...]” (linha 9), tem valor concessivo, ou seja, exprime contrariedade. Nesse caso, a contrariedade de ideias se expressa no fato de que não seria comum, Cataguases, uma cidade, relativamente próxima ao Rio de Janeiro, não ter contato com as diferentes etnias e culturas tão frequentes na “Cidade Maravilhosa”;
C
No enunciado “[...] ganhou tanto dinheiro que logo passou à frente a carrocinha [...]” (linha 16/17), a locução conjuntiva “tanto que”, exprime a ideia de comparação, com o objetivo de enfatizar a prosperidade do imigrante japonês no Brasil, o que só foi possível, graças ao acolhimento que recebeu do povo brasileiro;
D
Há, no enunciado, “[...] que estamos oprimindo as mulheres, e os negros, e os índios, e os homossexuais [...]” (linhas 55 e 56), o uso reiterado da conjunção “e”. Além do valor aditivo, uma vez que indica a soma de novas ideias, a repetição dessa conjunção, no texto em questão, não serve apenas para chamar a atenção do leitor para os substantivos “mulher”, “negro”, “índios” e “homossexuais”, mas também, pode-se dizer que tal repetição pretende estender o efeito de inclusão expresso pelo conectivo aos sujeitos representados por esses substantivos, os quais, normalmente, são vítimas de exclusão e preconceito na sociedade;
E
No enunciado “Temos pois que, antes [...]” (linha 51), a conjunção “pois”, posposta ao verbo, indica uma conclusão, que remete à necessidade de reconhecer e aceitar a diversidade existente no Brasil.
c1d8dc06-c2
UNESPAR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual

Em relação à tipologia textual, é CORRETO afirmar que:


A
Trata-se de texto narrativo, onde prevalecem passagens que reproduzem fábula e momentos da vida do autor, como fica comprovado pelo contido nos três primeiros parágrafos (linhas 01 a 29);
B
Trata-se de texto descritivo, uma vez que são descritos aspectos da cordialidade do povo brasileiro (linhas 13 a 16) e algumas das belezas naturais do Brasil (linhas 41/42);
C
Trata-se de texto argumentativo, no qual, para construir os argumentos em favor de seu ponto de vista, o autor faz uso, dentre outras, de passagens narrativas (linhas 01 a 29), além de reproduzir um conhecido poema de Gonçalves Dias (linhas 41/42);
D
Trata-se de texto jornalístico, cuja tipologia não pode ser determinada com exatidão, uma vez ser construído pela sobreposição de passagens narrativas (como nas linhas 01 a 29), descritivas (linhas 25 a 29) e poéticas (linhas 41/42);
E
Faltam elementos para especificar com exatidão a tipologia predominante do texto, o que faz com que não se enquadre em nenhuma das classificações disponíveis.