A expressão “Antes de mais nada” (linha 1):

ANGELI, Folha de São Paulo, 11 jun. 2003.
Na charge acima, a temática do texto é revelada pelos traços da linguagem não-verbal e todo o contexto discursivo. Nesse sentido, pode-se depreender que:
I - A fala do personagem estabelece uma contradição entre o real e o imaginário.
II - Os procedimentos de construção subjetiva do autor contribuem para referendar as condições de exclusão social.
III - O discurso do personagem coloca em cena um enunciador que assume uma posição absurda, gerando um distanciamento marcado pelo contexto.
IV - A fala irônica do enunciador revela o conflito instaurado pela posição social que o personagem ocupa.
Analise as proposições acima, e marque a alternativa que corresponde às verdadeiras.
Maurício de Souza. Navegar é preciso. In: Almanaque do Cebolinha, 2004, p. 79.
Entre as expressões “bancos de dados” (linha 16) do texto 01 e “banco de dados” do segundo quadrinho da história “Navegar é preciso”, pode-se inferir que:
( ) A articulação intertextual promovida pela interação entre tema e figura compõe um todo significativo.
( ) A coerência discursiva ocasionada pela ruptura aparentemente existente entre figura e tema se justifica por conta do humor criado pelo autor.
( ) A relação de incongruência entre as expressões “bancos de dados” e “banco de dados” se estabelece pela contradição das figuras em relação ao tema, ocasionando uma ambigüidade.
( ) O uso de “banco de dados” no segundo quadrinho estabelece uma relação dialógica entre os enunciados, produzindo o efeito de sentido.
Analise as proposições acima, coloque V para a verdadeira e F para
a falsa a alternativa correta.
Veio a sua mente a figura de Gongora e Argote, o poeta
espanhol que tanto admirava, vestido como nos retratos em seu hábito eclesiástico
de capelão do rei: o rosto longo e duro, o queixo partido ao meio, as têmporas
rapadas até detrás das orelhas. Gongora tinha-se ordenado sacerdote aos cinqüenta
e seis anos. Usava um anel de Rubi no dedo anular da mão esquerda, que todos
beijavam. Gregório Matos queria, como o poeta espanhol, escrever coisas que não
fossem vulgares, alcançar o culteranismo. Saberia escrever assim? Seria dentro
de si um abismo. Se ali caísse, aonde o levaria? Não estivera Gongora tentando
unir a alma elevada do homem à terra e seus sofrimentos carnais? Gregório de
Matos estava no lado escuro do mundo, comendo
a parte podre do banquete. Sobre
o que poderia falar? Goza, goza el color,
da luz, el oro. Teria sido bom para Gregório se tivesse nascido na Espanha?
Teria sido diferente? “Ah, Gregório”, pensou o poeta, “Porque em cullis mundi te meteste?”
(Miranda,
2006, p. 9).