Questõesde UDESC sobre Português

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UDESC 2010 - Português - Interpretação de Textos

Em relação ao Texto 3 e à obra O pagador de promessas, de Dias Gomes, analise as proposições .

I. Interpretar exige do leitor mais que decodificar o código escrito. Nessa perspectiva, para interpretar a frase “Das duas” (linha 3), o leitor precisou retomar a palavra implícita – cruz –, dar a ela o sentido denotativo e também o conotativo, para assim inferir a intenção do interlocutor Bonitão.

II. Chamando-se uma pessoa de cruz, quer se dizer que ela é tão pesada para ser carregada quanto uma cruz o é, logo, infere-se que Bonitão pretendeu dizer que Rosa era obesa.

III. Da leitura, infere-se que Rosa percebe os subentendidos nas ações comunicativas de Bonitão, dá sequência a eles, o que o motiva a prosseguir no que parece ser sua verdadeira intenção: seduzi-la.

IV. Ao se referir a si mesma em “e a outra... se quiser que vá atrás dele” (linha 4), Rosa leva o leitor a inferir que ela está muito feliz com a situação.

V. Da leitura da obra percebe-se que os subentendidos das ações comunicativas nem sempre são percebidos por Zé-do-Burro; este seu comportamento, juntamente com o teor da sua promessa, mais o seu propósito obstinado e a sua crença dão a ele características de homem simplório, ingênuo, devoto.

Assinale a alternativa correta.

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A
( ) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.
B
( ) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
C
( ) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
D
( ) Somente a afirmativa IV é verdadeira.
E
( ) Todas as afirmativas são verdadeiras.
14cde42b-73
UDESC 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa correta em relação à obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos.

Imagem 059.jpg

A
( ) O romance está dividido em quatro partes: a saga da peregrinação, os retirantes, a família e o fim da perambulação pelo sertão.
B
( ) O romance é o retrato da desintegração dos seres humanos, da decadência de uma sociedade das sub-regiões do cacau no Nordeste brasileiro.
C
( ) O romance Vidas Secas enfoca a peregrinação de uma família nordestina que foge da seca à procura de um lugar melhor para viver.
D
( ) Inicialmente a obra retrata a saga de uma família nordestina em que as condições sub-humanas nivelam animais e pessoas; mas, à medida que o enredo avança, a história vai tomando como pano de fundo a vida dos retirantes na cidade grande.
E
( ) A obra enfoca as primeiras décadas do século XX, mostrando a decadência da sociedade nordestina atingida pela seca e, como consequência, a crise açucareira.
0bdbe64a-73
UDESC 2010 - Português - Interpretação de Textos

Em relação ao Texto 2 e à obra O guarda-roupa alemão, de Lausimar Laus, analise cada proposição e assinale (V) para verdadeira ou (F) para falsa.

( ) O romance tem como pano de fundo a vida dos imigrantes alemães em Santa Catarina.

( ) A história se passa em ordem cronológica, ou seja, começa com o casamento da índia Sacramento com o alemão Homig e termina com a velhice do casal e seus bisnetos brincando à sua volta.

( ) O período “Percorri toda a cidade da infância, o cemitério...” (linhas 8 e 9) está inteiramente redigido na linguagem denotativa.

( ) Da leitura do excerto infere-se que o término do romance da narradora Lula foi motivado pelo episódio envolvendo o xixi.

( ) Na sequência do episódio do excerto, Zeca entrega à Lula uma carta amorosa que Ataliba escrevera à Menininha, personagem que causa tumulto à época por fugir aos padrões de comportamento moral da família.

Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.

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A
( ) F – F – V – V – F
B
( ) V – F – F – V – V
C
( ) V – V – F – V – V
D
( ) F – F – V – F – V
E
( ) V – V – V – V – F
0ecf596e-73
UDESC 2010 - Português - Interpretação de Textos, Ortografia, Preposições, Coesão e coerência, Conjunções: Relação de causa e consequência, Morfologia

Assinale a alternativa correta, tendo como referência o Texto 2.

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A
( ) Os termos destacados em “o relógio não para” (linha 9) e “vestir-me para as lições” (linha 10) apresentam-se com o mesmo sentido em ambas as orações.
B
( ) O enunciado “Por que terminamos tudo?” (linha 1) segue as normas ortográficas se também for redigido Terminamos tudo porque?
C
( ) Seguindo as normas ortográficas, o plural de O guarda-roupa alemãoé Os guardas-roupas alemães.
D
( ) A expressão destacada em “Mas que é que há homem?” (linha 15) e “Aquilo, ninguém sabe o que é que tá ali.” (linhas 17 e 18) não pode ser eliminada, pois alteraria todo o sentido da informação.
E
( ) Acrescentando-se a conjunção pois após a vírgula em “Não sei se devo, a senhora é moça e tão...” (linha 16), não se altera o sentido do período no texto.
104db9c6-73
UDESC 2010 - Português - Análise sintática, Sintaxe

Tendo como referência o Texto 2, no período “sento na terra molhada de meu próprio orvalho, e instintivamente olho para cima” (linhas 3 e 4), a conjunção “e” introduz uma oração:

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A
( ) subordinada adverbial causal.
B
( ) coordenada sindética aditiva.
C
( ) subordinada adjetiva restritiva.
D
( ) subordinada adverbial concessiva.
E
( ) coordenada sindética alternativa.
11cc8c47-73
UDESC 2010 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos

O período abaixo, redigido na primeira pessoa, será alterado para a segunda do singular. Analise as proposições I, II e III, segundo as normas da língua padrão escrita.

“Um dia fui ao mato conversar sozinha com as árvores e abaixei-me para fazer xixi.” (linhas 1 e 2, Texto 2)

I. Um dia fosse ao mato conversar sozinha com as árvores e te abaixastes para fazer xixi.

II. Um dia foste ao mato conversar sozinha com as árvores e te abaixaste para fazer xixi.

III. Um dia fostes ao mato conversar sozinha com as árvores e te abaixasse para fazer xixi.

É correto afirmar que:

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A
( ) Somente III está redigida segundo as normas da língua padrão escrita.
B
( ) Somente I e II estão redigidas segundo as normas da língua padrão escrita.
C
( ) Somente II está redigida segundo as normas da língua padrão escrita.
D
( ) Somente I e III estão redigidas segundo as normas da língua padrão escrita.
E
( ) Todas estão redigidas segundo as normas da língua padrão escrita.
0a58c56f-73
UDESC 2010 - Português - Uso do ponto, do ponto de exclamação e do ponto de interrogação, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe, Pontuação, Morfologia, Uso da Vírgula

Em relação ao Texto 1, analise cada proposição e assinale com (V) para verdadeira ou (F) para falsa.

( ) As palavras “seco, curto pesadamente” (linha 7) são morfologicamente classificadas como adjetivos.

( ) Em “Os outros, tristes três, mal me haviam olhado” (linha 9), a presença do verbo haver indica oração sem sujeito.

( ) Em “Saíra e viera, aquele homem, para morrer em guerra” (linhas 6 e 7), o emprego do tempo mais-que-perfeito nos verbos destacados pode ser justificado pela incerteza da ação.

( ) Em “Um grupo de cavaleiros. Isto é, vendo melhor” (linha 3), o ponto final pode ser substituído por uma vírgula, seguindo-se as recomendações da língua formal escrita.

Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.

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A
( ) V – V – F – V
B
( ) F – V – V – F
C
( ) F – F – V – V
D
( ) V – F – F – V
E
( ) V – V – V – V
0d555495-73
UDESC 2010 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Tendo como referência o Texto 2, em “me sento na terra molhada de meu próprio orvalho” (linha 3), o termo destacado constitui:

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A
( ) antítese.
B
( ) pleonasmo.
C
( ) metáfora.
D
( ) gradação.
E
( ) catacrese.
02e167c6-73
UDESC 2010 - Português - Interpretação de Textos

Há na obra literária uma ideologia, uma postura do artista diante da realidade e das aspirações humanas. Dessa forma, na literatura podem ser encontrados reflexos de situações ocorridas no mundo.

Analise os contextos abaixo, que exerceram influência na arte em geral, e na literatura brasileira.


- Século XVI – Portugal e Espanha tinham curiosidade sobre as novas terras conquistadas, motivo pelo qual informações colhidas por viajantes e missionários europeus sobre a natureza dos nativos das américas tornavam-se importantes. A esta escrita, no Brasil, deu-se o nome de ...


- Entre os séculos XVI e XVII – Os conflitos políticos, sociais, econômicos e principalmente o conflito religioso na Europa, como a reforma protestante de Calvino e Lutero, levam o homem a tentar conciliar razão e fé; espiritualismo e materialismo; carne e alma. No Brasil, este aspecto marca o estilo literário denominado ... 


Final do século XVIII – A Revolução Francesa e a Industrial mudam a Europa, consolidando a burguesia, que começa a ter representatividade na política, sociedade e economia. No Brasil, a vinda da família real, no início do século XIX, desencadeou a independência política e social. Essas mudanças e outros acontecimentos acabam por marcar no Brasil a literatura denominada ...


- Século XX, década de 30 e primeiros anos da década de 40 – Mudanças profundas no cenário nacional, decorrentes de transformações políticas, como Getúlio Vargas no poder, revolução Constitucionalista, início do Estado Novo, entre outras, acabam por refletir suas marcas na arte, denominada nesta época ...


(BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1987.) (FARACO, Carlos, MOURA, Francisco. Língua e literatura. 28ª. ed. São Paulo: Ática, 1998.)




Assinale a alternativa cujos estilos literários estão apresentados na sequência dos acontecimentos expostos acima.

A
( ) Literatura de Informação – Barroco – Romantismo – Modernismo
B
( ) Barroco – Romantismo – Literatura de Informação – Realismo
C
( ) Literatura de Informação – Barroco – Naturalismo – Parnasianismo
D
( ) Barroco – Naturalismo – Parnasianismo – Romantismo
E
( ) Arcadismo – Barroco – Romantismo – Modernismo
08d5e77b-73
UDESC 2010 - Português - Interpretação de Textos

Em relação ao Texto 1 e ao conto Famigerado, de Guimarães Rosa, analise as proposições.

I. Pode-se dizer que o conto versa sobre a angústia de um homem à procura do significado de uma palavra que lhe foi dirigida; e a angústia de um segundo homem, que precisa explicar ao primeiro o sentido de tal palavra.

II. Ao explicitar que precisava interpretar as informações não linguísticas advindas do cavaleiro, como “Sei o que é influência de fisionomia” (linha 6), “entender-lhe as mínimas entonações” (linha 13) e “seguir seus ... silêncios” (linha 14), o narrador está dizendo que despreza este tipo de ação comunicativa porque é menos importante que a fala.

III. Na sequência do conto, o personagem-narrador explica ao cavaleiro o significado da palavra famigerado. E este, não gostando da explicação, convida aquele para um duelo.

IV. O emprego sequencial de adjetivos, como “equiparado, exato” (linha 4), “arreado, ferrado, suado” (linhas 7 e 8) e “desbaratada, sopitados, constrangidos – coagidos” (linha 10) faz parte do estilo de linguagem de Guimarães Rosa.

Assinale a alternativa correta.

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A
( ) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
B
( ) Somente a afirmativa II é verdadeira.
C
( ) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras.
D
( ) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
E
( ) Todas as afirmativas são verdadeiras.
075cb099-73
UDESC 2010 - Português - Interpretação de Textos

Considerando a obra Primeiras estórias, e seu autor, Guimarães Rosa, analise cada proposição e assinale (V) para verdadeira ou (F) para falsa.

( ) Guimarães Rosa exerceu a medicina no interior do Brasil, tendo o cuidado de registrar a fala do povo; mais tarde, como diplomata, deu sequência à escrita de suas obras e recebe o título de membro da Academia Brasileira de Letras.

( ) A obra traz uma compilação de contos, com temas variados e lugares que poderiam ser chamados de “guimarãezianos”.

( ) O conto A terceira margem do rio, narrado por um filho, versa sobre a partida do pai para algum lugar e o reflexo disso na vida do filho, que se mantém fiel ao pai – mesmo à maneira do filho.

( ) O conto A menina de lá narra a história de Nhinhinha – uma menina que tinha um jeito especial de se comunicar; a família atribuiu a ela alguns milagres, considerando-a Santa Nhinhinha.

Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.

A
( ) V – F – V – F
B
( ) F – V – V – V
C
( ) V – F – F – F
D
( ) V – V – V – V
E
( ) V – V – F – V
05e20ade-73
UDESC 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

 Leia o fragmento abaixo para responder à questão.


O regionalismo, que deu algumas das formas menos tensas de escritura, estava destinado a sofrer, nas mãos de um artista-demiurgo, a metamorfose que o traria de novo ao centro da ficção brasileira. A alquimia, operada por ........................., tem sido o grande tema da nossa crítica desde o aparecimento dessa obra espantosa que é ............................ . Após a sua leitura, começou-se a entender de novo uma antiga verdade: que os conteúdos sociais e psicológicos só entram a fazer parte da obra quando veiculados por um código de arte que lhes potencia a carga musical e semântica. Imerso na musicalidade da fala sertaneja, ele procurou, em um primeiro tempo, fixá-la na toada de um fraseio no qual soam cadência populares como: a bala beijaflorou; os passarinhos que bem-me-viam; os cavalos aiando gritos; recebe o encharcar dos brejos, verde a verde.... (BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1987, pp. 485-487.)

Ao falar do regionalismo, dos conteúdos sociais e psicológicos, da musicalidade das palavras e das inovações da linguagem, o crítico e historiador Alfredo Bosi se refere a determinado(a) escritor(a) e a uma de suas obras, que está entre as maiores da literatura brasileira.

A
( ) Dias Gomes – com O pagador de promessas
B
( ) Graciliano Ramos – com Vidas secas
C
( ) Lausimar Laus – com O guarda-roupa alemão
D
( ) Cristóvão Tezza – com Ensaio da paixão
E
( ) João Guimarães Rosa – com Grande sertão: veredas
0464b7f9-73
UDESC 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analise a pertinência entre cada período literário e seu respectivo exemplo. Assinale (V) para (verdadeira) ou F para (falsa).


( )  A prosa literária brasileira teve seu notável crescimento a partir do período romântico.

“– Doente?! Exclamou a linda Moreninha, extremamente comovida. Doente?... em perigo?...” (Joaquim Manuel de Macedo) 


( ) A preocupação em demonstrar a veracidade das teorias materialista, científica e filosófica do século XIX era uma das características da escola naturalista.


“Ninguém sabia ao certo se a Machona era viúva ou desquitada; os filhos não se pareciam uns com os outros. A das Dores, sim, afirmavam que fora casada e que largara o marido para meter-se com um homem do comércio.” (Aluísio Azevedo) 


( ) O Arcadismo no Brasil tem sua origem nos antigos autores gregos latinos. A música abaixo, embora do contexto moderno, reflete característica temática do estilo árcade.

“Eu quero uma casa no campo

Onde eu possa ficar no tamanho da paz

E tenha somente a certeza

Dos limites do corpo e nada mais... “ (Casa no Campo, Elis Regina)


 (  ) Na segunda metade do século XIX, a concepção emocional-afetiva da literatura vai dando lugar a uma percepção mais realista. Assim surge um novo estilo – o realismo, uma literatura mais próxima da realidade, mais objetiva em relação ao mundo e à vida.


“Daí a pouco demos com uma briga de cães; fato que aos olhos de um homem vulgar não teria valor. Quincas Borba fez-se parar e observar os cães. Eram dois, notou que ao pé deles estava um osso, motivo da guerra...” (Machado de Assis) 


Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.

A
( ) V – V – V –V
B
( ) V – V – V – F
C
( ) F – V – F – F
D
( ) F – F – V – F
E
( ) V – V – F – V
9c3dfe1a-80
UDESC 2011 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Análise sintática, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Sintaxe, Redação - Reescritura de texto, Orações subordinadas substantivas: Subjetivas, Objetivas diretas, Objetivas indiretas..., Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação ao Texto 4, leia e analise as proposições que seguem.
I. Se a expressão “E isso com os dentes serrilhando" (linha 13) for substituída por E isso entre dentes, mantém-se o sentido original da oração.
II. As expressões “m'imbora" (linha 3), “cambriuzano" (linha 4), “damanhã" (linha 5), “im jejum" (linha 5) e “descurpe" (linha 6) são vocábulos que caracterizam somente o linguajar africano – a fala dos escravos.
III. Da expressão “e disse com todas as suas forças e todos os seus erres" (linhas 12 e 13) infere- se que a autora quis ressaltar o sotaque alemão do Dr. Büchmann.
IV. A oração destacada no período “eu cheguei a pensar que o camarada fosse desmaiar" (linha 14) sintaticamente é classificada como uma oração subordinada substantiva subjetiva.
V. O sentido do verbo passar (linha 14) é equivalente a tornar-se, portanto pode ser classificado como verbo de ligação, na oração.

Assinale a alternativa correta.

O mulato Praxedes se encheu daquela safadeza toda e resolveu se levantar e, de mão na cintura, soltou seu verbo: – Sabe o que mais seu dotô? Eu vou mais é m’imbora. Deixa esse diabo morrê de uma vez. Então eu, um trabalhadô às direita, pai de família, cambriuzano de nascimento e de coração, fico dês das 6 damanhã im jejum pra sarvá uma merda dessas e ela ainda me chama de sifilítico? Sifilítico [...]. Me descurpe da má palavra, eu que não entendo nada de alemão, sou capaz de jurar que foi isso aí que o senhor disse dejahoje pra ela. Eu lhe peço, seu dotô, deixa esse diabo morrê de uma veiz. Ela não tá xingando só a mim não. Ela tá xingando é a minha raça inteira. É o brasileiro. E xingou a minha raça, xinga a minha mãe! Quinta coluna dos infernos! Ela que vá pros quinto. O Dr. Büchmann, vermelho como um pimentão, os dentes cerrados, a boca aberta, agarrou o mulato, deu um safanão, jogou-o na cama e disse com todas as suas forças e todos os seus erres: “Fai a merrrdaaa!” E isso com os dentes serrilhando. O Praxedes, de mulato que era, passou a meio desbotado e eu cheguei a pensar que o camarada fosse desmaiar. LAUS, Lausimar. O guarda-roupa alemão. Rio de Janeiro, Pallas S.A., 1975, p. 153.
A
 Somente as afirmativas II e V são verdadeiras.
B
 Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
C
 Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.
D
Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
E
 Todas as afirmativas são verdadeiras.
9919502d-80
UDESC 2011 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analise as proposições em relação à obra O guarda-roupa alemão, de Lausimar Laus, e assinale (V) para (verdadeira) ou F para (falsa).
( ) Para Ethel, seus genros e noras deveriam ser todos alemães, ela não admitia o casamento de seus(suas) filhos(as) com brasileiros(as).
( ) O romance apresenta um enredo constituído basicamente pelas lembranças de Homig, um solteirão, último da linhagem dos Ziegel; diante de “Kleid", Homig relembra a vida de seus antepassados.
( ) A obra é constituída por vários contos regionalistas permeados por uma única temática – a colonização alemã no sul de Santa Catarina.
( ) O romance evidencia um universo de personagens femininas, razão por que as mulheres são consideradas personagens planas na obra.
( ) Hilda, personagem da obra, era uma mulher que fugia aos padrões da época: era ousada, rebelde, montava cavalos, usava cabelos soltos. A leitura da obra leva o leitor a inferir que ela era assim por não ter sido batizada.

Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.

                                                      O espelho

[...]
Sendo talvez meu medo a revivescência de impressões atávicas? O espelho inspirava receio supersticioso aos primitivos, aqueles povos com a idéia de que o reflexo de uma pessoa fosse a alma. Via de regra, sabe-o o senhor, é a superstição fecundo ponto de partida para a pesquisa. A alma do espelho – anote-a – esplêndida metáfora. Outros, aliás, identificavam a alma com a sombra do corpo; e não lhe terá escapado a polarização: luz – treva. Não se costumava tapar os espelhos, ou voltá-los contra a parede, quando morria alguém da casa? Se, além de os utilizarem nos manejos de magia, imitativa ou simpática, videntes serviam-se deles, como da bola de cristal, vislumbrando em seu campo esboços de futuros fatos, não será porque, através dos espelhos, parece que o tempo muda de direção e de velocidade? Alongo-me, porém. Contava-lhe... [...] ROSA, Guimarães. Primeiras estórias. 50ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 122. 
A
F – F – V – F – F
B
V – V – V – F – F
C
F – V – F – V – V
D
 V – V – F – F – V
E
 V – V – F – V – V
9aa89ffd-80
UDESC 2011 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerando o Texto 4, a obra O guarda-roupa alemão e as variações linguísticas, assinale a alternativa incorreta.

O mulato Praxedes se encheu daquela safadeza toda e resolveu se levantar e, de mão na cintura, soltou seu verbo: – Sabe o que mais seu dotô? Eu vou mais é m’imbora. Deixa esse diabo morrê de uma vez. Então eu, um trabalhadô às direita, pai de família, cambriuzano de nascimento e de coração, fico dês das 6 damanhã im jejum pra sarvá uma merda dessas e ela ainda me chama de sifilítico? Sifilítico [...]. Me descurpe da má palavra, eu que não entendo nada de alemão, sou capaz de jurar que foi isso aí que o senhor disse dejahoje pra ela. Eu lhe peço, seu dotô, deixa esse diabo morrê de uma veiz. Ela não tá xingando só a mim não. Ela tá xingando é a minha raça inteira. É o brasileiro. E xingou a minha raça, xinga a minha mãe! Quinta coluna dos infernos! Ela que vá pros quinto. O Dr. Büchmann, vermelho como um pimentão, os dentes cerrados, a boca aberta, agarrou o mulato, deu um safanão, jogou-o na cama e disse com todas as suas forças e todos os seus erres: “Fai a merrrdaaa!” E isso com os dentes serrilhando. O Praxedes, de mulato que era, passou a meio desbotado e eu cheguei a pensar que o camarada fosse desmaiar. LAUS, Lausimar. O guarda-roupa alemão. Rio de Janeiro, Pallas S.A., 1975, p. 153.
A
 O padrão coloquial de linguagem, no excerto, é utilizado para registrar a fala do personagem, pois a fala é um elemento de caracterização e verossimilhança na narrativa.
B
Os elementos que marcam a linguagem coloquial, no excerto, constituem um recurso utilizado pelo autor para caracterizar o personagem e confirmar o processo comunicativo. Os níveis de linguagem decorrentes das diferenças sociais ocorrem apenas na ficção.
C
 Pela fala do personagem Praxedes, pode-se inferir que, embora seja ele uma pessoa simples, sabe defender sua opinião.
D
 Embora a obra tenha como temática central a colonização alemã em SC, ela ainda faz uma abordagem à miscigenação entre os personagens.
E
A língua falada em “seu dotô" (linha 3), “dês das" (linha 5) e “Me descurpe da má palavra" (linha 6) pode ser considerada “errada" se comparada à norma culta; no entanto a linguística a considera “correta", uma vez que representa a fala espontânea de alguns grupos sociais.
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UDESC 2011 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Artigos, Advérbios, Pronomes Indefinidos, Sintaxe, Orações coordenadas sindéticas: Aditivas, Adversativas, Alternativas, Conclusivas..., Redação - Reescritura de texto, Morfologia, Morfologia - Pronomes

Assinale a alternativa incorreta, levando em consideração o Texto 3.

                                                      O espelho

[...]
Sendo talvez meu medo a revivescência de impressões atávicas? O espelho inspirava receio supersticioso aos primitivos, aqueles povos com a idéia de que o reflexo de uma pessoa fosse a alma. Via de regra, sabe-o o senhor, é a superstição fecundo ponto de partida para a pesquisa. A alma do espelho – anote-a – esplêndida metáfora. Outros, aliás, identificavam a alma com a sombra do corpo; e não lhe terá escapado a polarização: luz – treva. Não se costumava tapar os espelhos, ou voltá-los contra a parede, quando morria alguém da casa? Se, além de os utilizarem nos manejos de magia, imitativa ou simpática, videntes serviam-se deles, como da bola de cristal, vislumbrando em seu campo esboços de futuros fatos, não será porque, através dos espelhos, parece que o tempo muda de direção e de velocidade? Alongo-me, porém. Contava-lhe... [...] ROSA, Guimarães. Primeiras estórias. 50ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 122. 
A
Em “Não se costumava tapar os espelhos, ou voltá-los contra a parede, quando morria alguém da casa?" (linhas 6 e 7) as palavras destacadas, na morfologia, são classificadas, sequencialmente, como advérbio de negação, conjunção integrante, artigo indefinido, advérbio, pronome indefinido e preposição.
B
Em “e não lhe terá escapado a polarização: luz – treva" (linhas 5 e 6), há uma antítese, figura de linguagem comum na obra roseana.
C
 No período “Não se costumava tapar os espelhos, ou voltá-los contra a parede..." (linha 6) a oração destacada traz uma ideia de alternância.
D
 Anafórico é o termo que se refere a outro enunciado anteriormente. Sendo assim, a palavra “deles" (linha 8) constitui uma anáfora de “espelhos" (linha 6).
E
Em “Outros, aliás, identificavam a alma com a sombra do corpo" (linhas 4 e 5), se a oração for assim reescrita: Outros identificavam a alma com a sombra do corpo, aliás, não se altera o sentido da oração no texto.
95f1b33b-80
UDESC 2011 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva, Análise sintática, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Tipologia Textual, Travessão, Sintaxe, Pontuação, Uso da Vírgula, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com relação à leitura do Texto 3 e do conto O espelho, de Guimarães Rosa, assinale a alternativa incorreta.

                                                      O espelho

[...]
Sendo talvez meu medo a revivescência de impressões atávicas? O espelho inspirava receio supersticioso aos primitivos, aqueles povos com a idéia de que o reflexo de uma pessoa fosse a alma. Via de regra, sabe-o o senhor, é a superstição fecundo ponto de partida para a pesquisa. A alma do espelho – anote-a – esplêndida metáfora. Outros, aliás, identificavam a alma com a sombra do corpo; e não lhe terá escapado a polarização: luz – treva. Não se costumava tapar os espelhos, ou voltá-los contra a parede, quando morria alguém da casa? Se, além de os utilizarem nos manejos de magia, imitativa ou simpática, videntes serviam-se deles, como da bola de cristal, vislumbrando em seu campo esboços de futuros fatos, não será porque, através dos espelhos, parece que o tempo muda de direção e de velocidade? Alongo-me, porém. Contava-lhe... [...] ROSA, Guimarães. Primeiras estórias. 50ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 122. 
A
A partir da posição do narrador, no texto, infere-se que a superstição pode ser um ponto de partida para estudos.
B
Em “A alma do espelho – anote-a – esplêndida metáfora." (linha 4), se os travessões forem substituídos por vírgulas, o sentido original da oração não sofre alteração e ela ainda continua dentro do padrão formal de escrita.
C
 O autor procura atribuir ao espelho características enigmáticas, valendo-se da escolha semântica de vocábulos e de expressões.
D
 Do período “serviam-se deles, como da bola de cristal, vislumbrando em seu campo esboços de futuros fatos, não será porque, através dos espelhos, parece que o tempo muda de direção e de velocidade?" (linhas 8, 9 e 10) pode-se inferir uma ligação à magia, aos mistérios representados pelo espelho.
E
 Na oração “O espelho inspirava receio supersticioso aos primitivos" (linhas 1 e 2), a expressão destacada, sintaticamente, classifica-se como complemento nominal.
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UDESC 2011 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Tipologia Textual, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

A peça O pagador de promessas, de Dias Gomes, é permeada de personagens que refletem diferentes atitudes. As proposições abaixo estabelecem uma relação entre personagens e atitudes.
I. Zé-do-Burro e a fé; Padre Olavo e o autoritarismo;
II. Bonitão e o amor; Rosa e a infidelidade;
III. Repórter e a vaidade; Marli e a inocência;
IV. Galego e a ambição; Mestre Coca e o sentimento de coletividade.

Assinale a alternativa correta:

A
Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
B
Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
C
Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras.
D
Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
E
 Todas as afirmativas são verdadeiras.
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UDESC 2011 - Português - Por que- porque/ porquê/ por quê, Funções morfossintáticas da palavra QUE, Problemas da língua culta

Por meio das falas e rubricas apresentadas na peça O pagador de promessas, Dias Gomes procurou evidenciar alguns problemas socioculturais da vida brasileira.
Analise o diálogo abaixo e escolha os operadores que o completam de acordo com as recomendações da língua escrita. 
Sacristão: Também ________ a senhora vem logo na missa das seis? ________ não vem mais tarde? Beata: ________quero. ________ não é da sua conta. (Aponta para a cruz.) ________ é isso? Sacristão: Isso o ________ ? [...] Sacristão: (Apura a vista.) Ah, sim... agora percebo... É uma cruz de madeira... e parece . ________ há um homem dormindo junto dela. Beata: Vista prodigiosa a sua! Claro .............. é uma cruz de madeira e que há um homem junto dela . O ________ eu quero saber é a razão disso. Sacristão: Não sei. Como quer que eu saiba? ________ a senhora não pergunta a ele? GOMES, Dias. O pagador de promessas. 50ª ed. Rio de Janeiro: Bertranda Brasil, 2009, p. 52-53. 

Assinale a alternativa que completa corretamente os espaços, de cima para baixo.

A
porque – Por que – Por que – Porque – Que – que – que – que – quê – Por que
B
 porque – Porque – Porquê – Por que – Que – quê – que – quê – que – Porque
C
por que – Porquê – Porque – Porque – Quê – quê – que – que – quê – Por quê
D
 por que – Por que – Por que – Porquê – Quê – que – quê – que – que – Porquê
E
por que – Por que – Porque – Porque – Que – quê – que – que – que – Por que