Questõessobre Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre

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Foram encontradas 88 questões
deadbb5a-d9
UEM 2011, UEM 2011, UEM 2011 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos dois-pontos, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Pontuação

Existem recursos na língua que permitem ao autor de um texto a inclusão da fala do outro em seu discurso. A respeito disso, assinale o que for correto nos textos 1 e 2.

Em “São dois os pré-requisitos para um calouro ser mais um morador da PIF-PAF: é preciso ser do sexo masculino e cursar Engenharia na Ufop.” (texto 2, linhas 37-40), o discurso direto é indicado pelo uso de dois-pontos para separar a fala do autor do texto da fala do entrevistado. 

TEXTO 1
A minha mãe falava sério!

Thalita Rebouças

(Adaptação do capítulo do livro Fala sério, professor! Rio de Janeiro: Rocco, 2006)

TEXTO 2
Estudantes contam como é morar em república

Fernanda Bassette 

Do G1, em São Paulo

26/2/2007 

(Adaptação do texto disponível em <http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0>. Acesso em 23/8/2011)

C
Certo
E
Errado
deb0abcc-d9
UEM 2011, UEM 2011, UEM 2011 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre

Existem recursos na língua que permitem ao autor de um texto a inclusão da fala do outro em seu discurso. A respeito disso, assinale o que for correto nos textos 1 e 2.

As regras de conversão do discurso direto para o discurso indireto exigem que formas verbais do presente como em “depois a gente limpa” (texto 1, linhas 68-69) sejam transformadas em formas verbais do pretérito imperfeito. 

TEXTO 1
A minha mãe falava sério!

Thalita Rebouças

(Adaptação do capítulo do livro Fala sério, professor! Rio de Janeiro: Rocco, 2006)

TEXTO 2
Estudantes contam como é morar em república

Fernanda Bassette 

Do G1, em São Paulo

26/2/2007 

(Adaptação do texto disponível em <http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0>. Acesso em 23/8/2011)

C
Certo
E
Errado
deb6ed1a-d9
UEM 2011, UEM 2011, UEM 2011 - Português - Interpretação de Textos, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre

Existem recursos na língua que permitem ao autor de um texto a inclusão da fala do outro em seu discurso. A respeito disso, assinale o que for correto nos textos 1 e 2.

Em “- Malu! Desestressa! - disse Helô” (texto 1, linha 67), o discurso direto é marcado pelo emprego do verbo de dizer para anunciar a fala de um personagem. 

TEXTO 1
A minha mãe falava sério!

Thalita Rebouças

(Adaptação do capítulo do livro Fala sério, professor! Rio de Janeiro: Rocco, 2006)

TEXTO 2
Estudantes contam como é morar em república

Fernanda Bassette 

Do G1, em São Paulo

26/2/2007 

(Adaptação do texto disponível em <http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0>. Acesso em 23/8/2011)

C
Certo
E
Errado
de6243ed-d9
UEM 2011, UEM 2011, UEM 2011 - Português - Interpretação de Textos, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale o que for correto a respeito do texto


Uma estratégia utilizada pela autora do texto para apresentar o que é a vida em república é organizar os depoimentos de estudantes que vivem em república ou que já passaram por essa experiência na forma de discurso direto. 

TEXTO

Estudantes contam como é morar em república

Fernanda Bassette

Do G1, em São Paulo

26/2/2007 

(Adaptação do texto disponível em <http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0>. Acesso em 23/8/2011)

C
Certo
E
Errado
f7b7e7e6-d7
FAMERP 2018 - Português - Interpretação de Textos, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre

A transposição da frase “Eu, dizia o pacato velho, sou Átila” (1º parágrafo) para o discurso indireto resultará em:

Leia o trecho do romance Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, para responder à questão.

    Quaresma viveu lá, no manicômio, resignadamente, conversando com os seus companheiros, onde via ricos que se diziam pobres, pobres que se queriam ricos, sábios a maldizer da sabedoria, ignorantes a se proclamarem sábios; mas, deles todos, daquele que mais se admirou, foi de um velho e plácido negociante da Rua dos Pescadores que se supunha Átila1 . Eu, dizia o pacato velho, sou Átila, sabe? Sou Átila. Tinha fracas notícias da personagem, sabia o nome e nada mais. Sou Átila, matei muita gente – e era só.
    Saiu o major mais triste ainda do que vivera toda a vida. De todas as cousas tristes de ver, no mundo, a mais triste é a loucura; é a mais depressora e pungente.
    Aquela continuação da nossa vida tal e qual, com um desarranjo imperceptível, mas profundo e quase sempre insondável, que a inutiliza inteiramente, faz pensar em alguma cousa mais forte que nós, que nos guia, que nos impele e em cujas mãos somos simples joguetes. Em vários tempos e lugares, a loucura foi considerada sagrada, e deve haver razão nisso no sentimento que se apodera de nós quando, ao vermos um louco desarrazoar, pensamos logo que já não é ele quem fala, é alguém, alguém que vê por ele, interpreta as cousas por ele, está atrás dele, invisível!...

(Triste fim de Policarpo Quaresma, 1992.)

1 Átila: rei dos hunos, governou o maior império europeu de seu tempo, desde o ano 434 até sua morte em 453; muitas lendas o retratam como um imperador violento e cruel. 
A
O pacato velho dizia que havia sido Átila.
B
O pacato velho dizia que era Átila.
C
O pacato velho dizia que foi Átila.
D
O pacato velho dizia: eu sou Átila.
E
O pacato velho dizia: fui Átila.
36518252-b7
UEPB 2010 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Análise sintática, Sintaxe, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Pode-se afirmar que no enunciado:

I - Há um discurso direto explicitado pelo autor que cita uma informação, introduzida por um verbo “dicendi”.

II - Existe um verbo de elocução que introduz uma oração completiva precedida de um conectivo integrante.

III - Há um enunciado completivo, antecedido por uma locução verbal, cujo verbo principal introduz um discurso apelativo.


Analise as proposições e marque a alternativa que apresenta a(s) correta(s).

Leia o enunciado a seguir e responda à questão.

“Um comediante popular, como Tom Cavalcante, costuma dizer que a diferença está no uso da voz, não na idade da piada.” (linhas 16-18)

A
III apenas
B
I e II apenas
C
II apenas
D
I apenas
E
II e III apenas
1ac09131-b9
UNESP 2019 - Português - Interpretação de Textos, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Redação - Reescritura de texto

Está reescrito em ordem direta, sem prejuízo de seu sentido original, o seguinte verso:

Onde estou? Este sítio desconheço:

Quem fez tão diferente aquele prado?

Tudo outra natureza tem tomado,

E em contemplá-lo, tímido, esmoreço.


Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço

De estar a ela um dia reclinado;

Ali em vale um monte está mudado:

Quanto pode dos anos o progresso!


Árvores aqui vi tão florescentes,

Que faziam perpétua a primavera:

Nem troncos vejo agora decadentes.


Eu me engano: a região esta não era;

Mas que venho a estranhar, se estão presentes

Meus males, com que tudo degenera!

(Cláudio Manuel da Costa. Obras, 2002.)

A
“Quem fez tão diferente aquele prado?” (1a estrofe) → Quem aquele prado fez tão diferente?
B
“Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço” (2a estrofe) → Uma fonte houve aqui; eu não me esqueço.
C
“Ali em vale um monte está mudado:” (2a estrofe) → Ali está mudado um monte em vale.
D
“Tudo outra natureza tem tomado,” (1a estrofe) → Tudo tem tomado outra natureza.
E
“Nem troncos vejo agora decadentes.” (3a estrofe) → Nem troncos decadentes vejo agora.
8352af1b-c6
UFSC 2010 - Português - Interpretação de Textos, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerando a leitura do texto 2 e do romance Vidas secas, bem como o contexto em que a obra foi produzida, assinale a proposição CORRETA.


O discurso indireto livre, utilizado no segundo e no quarto parágrafos do texto, visa mostrar ao leitor o que Fabiano pensa, mas que não chega a verbalizar, tal o seu temor pelo patrão.



RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 58. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 1986. p. 92-94.

C
Certo
E
Errado
a3814855-bb
UNEB 2018 - Português - Interpretação de Textos, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Trecho 1
“Até hoje permanece certa confusão em torno da morte de Quincas Berro d’Água. Dúvidas por explicar, detalhes absurdos, contradições nos depoimentos das testemunhas, lacunas diversas.” (p.15).

Trecho 2
“Quando finalmente, naquela manhã, um santeiro estabelecido na ladeira do Taboão chegou aflito à pequena porém bem arrumada casa da família Barreto e comunicou à filha Vanda e ao genro Leonardo estar Quincas definitivamente espichado, morto em sua pocilga miserável...” (p. 21).

Trecho 3
“Quando já estavam fartos de tanto cantar, Curió perguntou:
- Não era hoje de noite a moqueca de Mestre Manuel?
- Hoje mesmo. Moqueca de Arraia – acentou Pé de Vento.
- Ninguém faz moqueca igual a Maria Clara – afirmou Cabo.
Quincas estalou a língua. Negro Pastinha riu:
-Tá doidinho pela moqueca.” (p. 91).
AMADO, Jorge. A morte e a morte de Quincas Berro d’Água. Rio de Janeiro: Record, 42 ed., 1980.

Os trechos destacados permitem afirmar que a narrativa utilizada pelo autor se dá

A
através de Quincas, que acompanha fielmente o movimento das personagens ao tempo em que faz uma investigação psicológica delas.
B
em terceira pessoa, alternando discurso direto e discurso indireto na tessitura do enredo.
C
em primeira pessoa, alternando discurso direto e discurso indireto livre com a finalidade de aproximar o leitor das personagens.
D
em primeira pessoa, discorrendo sobre os momentos finais de sua vida num estilo fragmentado em que a linearidade narrativa é quebrada a todo momento.
E
em terceira pessoa, dirigindo-se a um interlocutor imaginário, técnica que cria um clima de realismo mágico.
a366cfed-bb
UNEB 2018 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Classificação dos verbos (Regulares, Irregulares, Defectivos, Abundantes, Unipessoais, Pronominais), Colocação Pronominal, Sintaxe, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Concordância verbal, Concordância nominal, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Considerando-se os recursos linguísticos na tessitura do poema, é correto afirmar:

A
O título do poema é incompatível com o seu teor temático, as palavras, em sua relação morfossintática, não permitem assim denominá-lo.
B
A expressão “Dê-me um cigarro” (v.1) deveria flexionar-se no plural, pois são três os enunciadores desse discurso direto.
C
O uso da ênclise e próclise, simultaneamente, em um mesmo texto, compromete a norma-padrão culta, justamente, por se tratar de uma linguagem literária.
D
As formas verbais “diz” (v. 2) e “dizem “(v. 7) pertencem ao verbo “dizer”, irregular, com diferentes transitividades, exercendo, nesse poema, uma predicação transitiva direta.
E
As expressões “Do professor e do aluno/ E do mulato sabido” (v. 3-4) exercem morfossintaticamente função de complemento nominal.
7f38613c-b7
UECE 2010 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Interpretação de Textos, Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Advérbios, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Morfologia

Atente para os segmentos do texto: Esta noite está assim. (linha 09); Bonitão, casadão, quarentão, espalhou esperanças até agora, quando topou com o primeiro problema: a luz. (linhas 39-41); Ali está há mais de hora fixado no negrume da noite (linhas 106-107). Considerando que a postura do narrador diante da narrativa se reconhece pelas referências feitas no texto, assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir.

( ) Os verbos “espalhar” e “topar”, empregados na terceira pessoa do singular, indicam que a narrativa é feita em terceira pessoa, por um narrador não personagem.
( ) O emprego do advérbio agora, um elemento que indica a posição do falante, sugere um narrador que se imiscui nos fatos narrados.
( ) Os vocábulos esta e assim, na medida em que são próprios do discurso direto, parecem misturar a fala do narrador com a fala da personagem.
( ) O uso do advérbio ali indica o distanciamento do narrador em relação à cena enunciativa.

A sequência correta, de cima para baixo, é

TEXTO

CIDADE SEM LUZ 

(Olavo Drummond. O vendedor de estrelas. Contos.) 

A
V, F, F, V.
B
V, V, V, F.
C
F, F, V, V.
D
V, V, V, V.
2cceb97c-b0
FATEC 2013 - Português - Interpretação de Textos, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre

O leitor pode identificar as personagens porque, entre outros recursos, empregou-se o discurso

Leia o texto para responder a questão.

Aptidão
– Bom dia, Senhor Pacheco. Sente-se, por favor. Temos uma ótima notícia. Como o senhor deve saber, contratamos uma firma de psicomputocratas para fazer testes de aptidão nos dez mil empregados desta firma. Precisamos nos atualizar. Acompanhar os tempos.
 – Sim, senhor.
– Os dez mil testes foram submetidos a um computador, e os resultados estão aqui. O senhor é o primeiro a ser chamado porque o computador nos forneceu os resultados em rigorosa ordem alfabética.
– Mas o meu nome começa com P.
– Hum, sim, deixa ver. Pacheco. Sim, sim. Deve ser por ordem alfabética do primeiro nome, então. Este computador é de última geração. Nunca erra. Como é seu primeiro nome?
– Xisto.
– Bom, isso não tem importância. Vamos adiante. Vejo aqui pela sua ficha que o senhor está conosco há vinte e oito anos. Sempre na seção de entorte de fresos. O senhor nunca falhou no serviço, nunca tirou férias e já recebeu várias vezes nosso prêmio de produção.
– Sim, senhor.
– O senhor começou na seção de entorte de fresos como faxineiro, depois passou a assistente de entortador, depois entortador, e hoje é o chefe de entorte. Me diga uma coisa, o senhor nunca se sentiu atraído para outra função, além do entorte de fresos? Nunca achou que entortar não era bem sua vocação?
– Nunca, não senhor.
– Pois veja só! O computador nos revela que a sua verdadeira vocação não é o entorte de fresos e sim o bistoque de tronas! O senhor é um bistocador de tronas nato, segundo o computador. Não é fantástico? E ainda tem gente que critica a tecnologia. O senhor era um homem deslocado no entorte de fresos e não sabia. Se não fosse o teste, nunca ficaria sabendo. Claro que essa situação vai ser corrigida. O senhor, a partir deste minuto, deixa de entortar.
– Sim, senhor.
– Só tem uma coisa, Senhor Pacheco. Nossa firma não trabalha com tronas. Pensando bem, ninguém trabalha com tronas, hoje em dia.
– Olha, tanto faz. Eu estou perfeitamente satisfeito no entorte e faltam só vinte anos pra me aposentar...
 – Então a firma gasta um dinheirão para descobrir a sua verdadeira vocação e o senhor quer jogá-la fora? Reconheço que o senhor tem sido um chefe de entorte perfeito. Aliás, o computador não descobriu ninguém com aptidão para o entorte. Vai ser um problema substituí-lo. Mas não podemos contestar a tecnologia. O senhor está despedido. Por favor, mande entrar o seguinte e passe bem.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2003. Adaptado)
A
direto, já que o narrador, embora interfira no enredo, permite que as personagens expressem-se com liberdade.
B
direto, pois as personagens interagem exteriorizando suas reações e pontos de vista diante dos acontecimentos.
C
indireto, pois o relato, feito pelo narrador, remete a eventos iniciados e concluídos, no passado, pelas personagens.
D
indireto, já que a presença do narrador é essencial à organização da sequência de ações que envolve as personagens.
E
indireto livre, visto que o chefe e o funcionário, embora hesitantes no início, terminam convictos de que a tecnologia é incontestável.
f065d3fe-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Conjunções: Relação de causa e consequência, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

I. O verbo “poder”, embora formalmente no imperfeito do indicativo, indica hipótese, possibilidade.

II. O uso do discurso direto tem como efeito conferir ao poema um tom prosaico.

III. A conjunção “e”, no segundo verso, tem valor adversativo.


Tendo em conta as afirmativas acima, assinale a alternativa CORRETA.

Pneumotórax

Manuel Bandeira


Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.

Mandou chamar o médico:

– Diga trinta e três.
– Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
– Respire.

...............................................................................................................................

– O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
– Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
– Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem & Estrela da manhã. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993, p. 30.

A
Todas são verdadeiras.
B
Apenas II e III são verdadeiras.
C
Apenas I e III são verdadeiras.
D
Apenas I e II são verdadeiras.
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UFT 2013 - Português - Interpretação de Textos, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre

De acordo com o tipo de discurso, predominantemente, utilizado pelo autor do texto, é CORRETO afirmar que

Leia o texto para responder a questão.

Slogans de protesto

   Samantha Pearson, colunista do prestigioso Financial Times, escreveu um artigo sobre a adoção de slogans publicitários pelos manifestantes que tomaram as ruas de diversas cidades brasileiras nos últimos meses. Segundo ela, a utilização dos temas "O gigante acordou", extraída da campanha do uísque Johnnie Walker, e do "Vem pra rua", retirado dos anúncios da Fiat, revelam sinais de consumismo excessivo e alienação política.
     Entendo a surpresa da moça. Relacionamos protestos com palavras de ordem contra o establishment e não a favor dele. No entanto, como um dos mais antigos historiadores da humanidade e, porque não dizer, na qualidade de o “pai da história”, devo esclarecer que a utilização de slogans de anunciantes em protestos e revoluções não é algo novo.
[...]
    O lema “paz, pão e terra”, usado por Lenin para promover a primeira fase da revolução soviética, expressou com perfeição três demandas da época: a saída da Rússia da Primeira Guerra Mundial, comida para todos e a necessidade de uma reforma agrária radical. Esse simples e brilhante slogan não saiu da cabeça de nenhum propagandista marxista. Os bolcheviques o tomaram de uma campanha de um condomínio fechado que prometia paz, pão e terra aos compradores, pois, os imensos lotes oferecidos aos burgueses se encontravam longe do centro de Moscou e ao lado de um campo de trigo.
    O caso de Maio de 68 é o mais exemplar. Esse movimento talvez seja o mais profícuo em slogans. Centenas de frases de efeito foram gritadas e estampadas em muros e cartazes pelos manifestantes. Algumas delas seguem ainda hoje animando as mentes inquietas. O que pouca gente sabe é que muitos dos ditos da época foram sacados de campanhas publicitárias de produtos dos mais diversos setores da economia. "Decretado o estado de felicidade permanente." (Cerveja). “A Poesia está na rua.” (Perfume). “O sonho é realidade.” (Previdência privada). "Não mudem de empregadores, mudem o emprego da vida." (Trabalho autônomo). "A imaginação toma o poder." (Carro).
     Ao historiador, cabe analisar o passado e não fazer previsões, mas me arrisco a dizer que, num futuro próximo, manifestantes poderão se apropriar também das frases promocionais usadas pelo varejo. Já vejo cartazes estampando dizeres como “imperdível, redução de tarifa já”, “pelo fim da corrupção, nem que seja em 10x sem juros”, “queima total de estoque de parlamentares”. O ambiente é propício.

KNIJNIK, Vitor. Blog do Heródoto. Carta Capital. São Paulo: Confiança, Ano XVIII, Nº 757, jul. 2013, p.19. (adaptado)
A
o primeiro parágrafo apresenta discurso indireto, caracterizado pela reprodução da opinião de Samantha Pearson a respeito da utilização de slogans publicitários em protestos nas cidades brasileiras.
B
o segundo parágrafo apresenta o discurso indireto livre, uma vez que o autor mescla a opinião de Samantha Pearson com a sua própria fala em relação às palavras de ordem utilizadas nos protestos.
C
o terceiro parágrafo apresenta o discurso direto, corroborado pela utilização das aspas no trecho “paz, pão e terra”, e pelo o uso dos verbos ‘saiu’, ‘prometia’ e ‘encontravam’.
D
o quarto parágrafo apresenta o discurso direto, abordando juízo de valores por parte de Samantha Pearson, quando emprega os exemplos utilizados em slogans publicitários.
E
o quinto parágrafo apresenta o discurso indireto livre, uma vez que o autor retoma a opinião de Samantha Pearson quanto à apropriação de slogans publicitários para os futuros protestos.
242c50b1-af
UFRGS 2017 - Português - Interpretação de Textos, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Na coluna da esquerda, abaixo, são listados modos diferentes de apresentação, pelo narrador, de discurso direto e indireto no interior da narrativa; na coluna da direita, passagens que correspondem à caracterização desses discursos e suas relações aos dizeres do narrador-personagem e demais personagens presentes no texto.
Associe corretamente a coluna da direita à da esquerda. 

1 - Passagem que traz o discurso direto do narrador-personagem, que revela os diálogos entre ele e a televisão.
2 - Passagem que traz o discurso direto, que revela o dizer da mãe do narrador-personagem.
3 - Passagem que traz o discurso indireto, que revela o dizer da mãe do narrador-personagem.
4 - Passagem que traz o discurso indireto, que revela a suposição do narrador-personagem do dizer do pai.
5 - Passagem que traz o discurso indireto, que revela a suposição do narrador-personagem a respeito do que o pai irá responder.
6 - Passagem que traz o discurso indireto, que revela a suposição do narrador-personagem da resposta dos leitores sobre suas convicções. 

( ) Eu gostaria de ganhar em dólar num mês o número de vezes que você troca de canal em uma hora [...]. (l. 09-11)
( ) Não conheço nem quero conhecer [...]. (l. 25)
( ) Vocês dirão que não, que é para a câmera que ele olha [...]. (l. 53-54)
( ) ele vai dizer que sim, que seu filho ama o rock tanto quanto ele [...]. (l. 65-67)

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é


A
1 – 5 – 3 – 4.
B
2 – 1 – 6 – 5.
C
3 – 6 – 4 – 5.
D
4 – 2 – 3 – 1.
E
5 – 3 – 6 – 1.
464079d0-ba
UFRGS 2019 - Português - Interpretação de Textos, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre

Assinale a alternativa que realiza adequadamente a transposição para o discurso indireto do trecho a seguir.

Para mim esta é a melhor hora do dia – Ema disse, voltando do quarto dos meninos (l. 01-02).


A
Ema disse, voltando do quarto dos meninos: – aquela era a melhor hora do dia para ela.
B
Voltando do quarto dos meninos, Ema disse que, para ela, aquela era a melhor hora do dia.
C
Voltando do quarto dos meninos, Ema disse: Para mim esta é a melhor hora do dia.
D
Ema disse que aquela, para ela, foi a melhor hora do dia, voltando do quarto dos meninos.
E
Ao voltar do quarto dos meninos, Ema disse ser-lhe esta a melhor hora do dia.
dabb4b57-8c
UERJ 2019 - Português - Interpretação de Textos, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre

Falas e pensamentos de personagens podem ser incorporados pelo narrador, em discurso indireto livre, como se observa em:

O conto a seguir foi retirado do livro Hora de Alimentar Serpentes, de Marina Colasanti.


A
pegava o caniço, a latinha de iscas, e ia pescar na beira do rio. (l. 2)
B
Que aquilo era perigoso, que ficava muito só, que poderia ter um mal súbito. (l. 3-4)
C
O velho entrou, assim, na categoria dos ausentes. (l. 5-6)
D
Demorava um pouco a chegar porque seus passos eram lentos, (l. 8-9)
b8629012-10
IF-MT 2018 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre

As marcas narrativas presentes no texto são características da preponderância do discurso:

Texto IV: base para a questão.


                          Um homem de consciência


      Chamava-se João Teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens. Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o mínimo valor a si próprio. Para João Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro.

      Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. E por muito tempo não quis nem sequer o que todos ali queriam: mudar-se para terra melhor.

      Mas João Teodoro acompanhava com aperto de coração o desaparecimento visível de sua Itaoca.

      — Isto já foi muito melhor, dizia consigo. Já teve três médicos bem bons - agora só um e bem ruinzote. Já teve seis advogados e hoje mal dá serviço para um rábula ordinário como o Tenório. Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui. A gente que presta se muda. Fica o restolho. Decididamente, a minha Itaoca está acabando...

      João Teodoro entrou a incubar a ideia de também mudar-se, mas para isso necessitava dum fato qualquer que o convencesse de maneira absoluta de que Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo possível.

      — É isso, deliberou lá por dentro. Quando eu verificar que tudo está perdido, que Itaoca não vale mais nada de nada de nada, então arrumo a trouxa e boto-me fora daqui.

      Um dia aconteceu a grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado. Nosso homem recebeu a notícia como se fosse uma porretada no crânio. Delegado, ele! Ele que não era nada, nunca fora nada, não queria ser nada, não se julgava capaz de nada...

      Ser delegado numa cidadezinha daquelas é coisa seríssima. Não há cargo mais importante. É o homem que prende os outros, que solta, que manda dar sovas, que vai à capital falar com o governo. Uma coisa colossal ser delegado - e estava ele, João Teodoro, de-le-ga-do de Itaoca!...

    João Teodoro caiu em meditação profunda. Passou a noite em claro, pensando e arrumando as malas. Pela madrugada, botou-as num burro, montou no seu cavalo magro e partiu.

     — Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens?

     — Vou-me embora, respondeu o retirante. Verifiquei que Itaoca chegou mesmo ao fim.

— Mas, como? Agora que você está delegado?

— Justamente por isso. Terra em que João Teodoro chega a delegado, eu não moro. Adeus. E sumiu."

(Monteiro Lobato, CIDADES MORTAS. 12a Edição. São Paulo, Editora Brasiliense, 1965)

A
direto.
B
indireto.
C
indireto livre.
D
expositivo.
E
injuntivo.
59fb7c59-0e
ENEM 2018 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre

Cores do Brasil


Ganhou nova versão, revista e ampliada, o livro lançado em 1988 pelo galerista Jacques Ardies, cuja proposta é ser publicação informativa sobre nomes do “movimento arte naïf do Brasil”, como define o autor. Trata-se de um caminho estético fundamental na arte brasileira, assegura Ardies. O termo em francês foi adotado por designar internacionalmente a produção que no Brasil é chamada de arte popular ou primitivismo, esclarece Ardies. O organizador do livro explica que a obra não tem a pretensão de ser um dicionário. “Falta muita gente. São muitos artistas”, observa. A nova edição veio da vontade de atualizar informações publicadas há 26 anos. Ela incluiu artistas em atividade atualmente e veteranos que ficaram de fora do primeiro livro. A arte naïf no Brasil 2 traz 79 autores de várias regiões do Brasil.

WALTER SEBASTIÃO. Estado de Minas, 17 jan. 2015 (adaptado).


O fragmento do texto jornalístico aborda o lançamento de um livro sobre arte naïf no Brasil. Na organização desse trecho predomina o uso da sequência

A
injuntiva, sugerida pelo destaque dado à fala do organizador do livro.
B
argumentativa, caracterizada pelo uso de adjetivos sobre o livro.
C
narrativa, construída pelo uso de discurso direto e indireto.
D
descritiva, formada com base em dados editoriais da obra.
E
expositiva, composta por informações sobre a arte naïf.
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UNIFESP 2017 - Português - Interpretação de Textos, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre

O chamado discurso indireto livre constitui uma construção em que a voz do personagem se mescla à voz do narrador. Verifica-se a ocorrência de discurso indireto livre em:

Leia a crônica “Premonitório”, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987).

      Do fundo de Pernambuco, o pai mandou-lhe um telegrama:

“Não saia casa 3 outubro abraços”.

     O rapaz releu, sob emoção grave. Ainda bem que o velho avisara: em cima da hora, mas avisara. Olhou a data: 28 de setembro. Puxa vida, telegrama com a nota de urgente, levar cinco dias de Garanhuns a Belo Horizonte! Só mesmo com uma revolução esse telégrafo endireita. E passado às sete da manhã, veja só; o pai nem tomara o mingau com broa,precipitara-se na agência para expedir a mensagem.

    Não havia tempo a perder. Marcara encontros para o dia seguinte, e precisava cancelar tudo, sem alarde, como se deve agir em tais ocasiões. Pegou o telefone, pediu linha,mas a voz de d. Anita não respondeu. Havia tempo que morava naquele hotel e jamais deixara de ouvir o “pois não” melodioso de d. Anita, durante o dia. A voz grossa, que resmungara qualquer coisa, não era de empregado da casa; insistira:“como é?”, e a ligação foi dificultosa, havia besouros na linha.Falou rapidamente a diversas pessoas, aludiu a uma ponte que talvez resistisse ainda uns dias, teve oportunidade de escandir as sílabas de arma virumque cano1, disse que achava pouco cem mil unidades, em tal emergência, e arrematou:“Dia 4 nós conversamos.” Vestiu-se, desceu. Na portaria, um sujeito de panamá bege, chapéu de aba larga e sapato de duas cores levantou-se e seguiu-o. Tomou um carro, o outro fez o mesmo. Desceu na praça da Liberdade e pôs-se a contemplar um ponto qualquer. Tirou do bolso um caderninho e anotou qualquer coisa. Aí, já havia dois sujeitos de panamá, aba larga e sapato bicolor, confabulando a pequena distância.Foi saindo de mansinho, mas os dois lhe seguiram na cola. Estava calmo, com o telegrama do pai dobrado na carteira, placidez satisfeita na alma. O pai avisara a tempo, tudo correria bem. Ia tomar a calçada quando a baioneta em riste advertiu: “Passe de largo”; a Delegacia Fiscal estava cercada de praças, havia armas cruzadas nos antos. Nos Correios, a mesma coisa, também na Telefônica. Bondes passavam escoltados. Caminhões conduziam tropa, jipes chispavam. As manchetes dos jornais eram sombrias; pouca gente na rua. Céu escuro, abafado, chuva próxima.

    Pensando bem, o melhor era recolher-se ao hotel; não havia nada a fazer. Trancou-se no quarto, procurou ler, de vez em quando o telefone chamava: “Desculpe, é engano”,ou ficava mudo, sem desligar. Dizendo-se incomodado, jantou no quarto, e estranhou a camareira, que olhava para os móveis como se fossem bichos. Deliberou deitar-se,embora a noite apenas começasse. Releu o telegrama, apagou a luz.
Acordou assustado, com golpes na porta. Cinco da manhã. Alguém o convidava a ir à Delegacia de Ordem Política e Social. “Deve ser engano.” “Não é não, o chefe está à espera.” “Tão cedinho? Precisa ser hoje mesmo? Amanhã eu vou.” “É hoje e é já.” “Impossível.” Pegaram-lhe dos braços e levaram-no sem polêmica. A cidade era uma praça de guerra, toda a polícia a postos. “O senhor vai dizer a verdade bonitinho e logo” – disse-lhe o chefe. – “Que sabe a respeito do troço?” “Não se faça de bobo, o troço que vai estourar hoje.” “Vai estourar?” “Não sabia? E aquela ponte que o senhor ia dinamitar mas era difícil?” “Doutor, eu falei a meu dentista, é um trabalho de prótese que anda abalado. Quer ver? Eu tiro.” “Não, mas e aquela frase em código muito vagabundo, com palavras que todo mundo manja logo, como arma e cano?” “Sou professor de latim, e corrigi a epígrafe de um trabalho.” “Latim, hem? E a conversa sobre os cem mil homens que davam para vencer?” “São unidades de penicilina que um colega tomou para uma infecção no ouvido.” “E os cálculos que o senhor fazia diante do palácio?” Emudeceu. “Diga, vamos!” “Desculpe, eram uns versinhos, estão aqui no bolso.” “O senhor é esperto, mas saia desta. Vê este telegrama? É cópia do que o senhor recebeu de Pernambuco. Ainda tem coragem de negar que está alheio ao golpe?” “Ah, então é por isso que o telegrama custou tanto a chegar?” “Mais custou ao país, gritou o chefe. Sabe que por causa dele as Forças Armadas ficaram de prontidão, e que isso custa cinco mil contos? Diga depressa.” “Mas, doutor…” Foi levado para outra sala, onde ficou horas. O que aconteceu, Deus sabe. Afinal, exausto, confessou: “O senhor entende conversa de pai pra filho? Papai costuma ter sonhos premonitórios, e toda a família acredita neles. Sonhou que me aconteceria uma coisa no dia 3, se eu saísse de casa, e telegrafou prevenindo. Juro!” 

    Dia 4, sem golpe nenhum, foi mandado em paz. O sonho se confirmara: realmente, não devia ter saído de casa.

(70 historinhas, 2016.)

1 arma virumque cano: “canto as armas e o varão” (palavras iniciais da
epopeia Eneida, do escritor Vergílio, referentes ao herói Eneias).

A
“Havia tempo que morava naquele hotel e jamais deixara de ouvir o ‘pois não’ melodioso de d. Anita, durante o dia.” (3o parágrafo)
B
“E passado às sete da manhã, veja só; o pai nem tomara o mingau com broa, precipitara-se na agência para expedir a mensagem.” (2o parágrafo)
C
“Aí, já havia dois sujeitos de panamá, aba larga e sapato bicolor, confabulando a pequena distância.” (3o parágrafo)
D
“Trancou-se no quarto, procurou ler, de vez em quando o telefone chamava: ‘Desculpe, é engano’, ou ficava mudo, sem desligar.” (4o parágrafo)
E
“‘O senhor é esperto, mas saia desta. Vê este telegrama? É cópia do que o senhor recebeu de Pernambuco. Ainda tem coragem de negar que está alheio ao golpe?’” (5o parágrafo)