Questõesde PUC - RS 2012 sobre Português

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Foram encontradas 39 questões
2a15128a-3f
PUC - RS 2012 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

INSTRUÇÃO: Responder à questão 32 com base no texto e nas informações a seguir.


“Apesar desta explicação, houve uma semana em que a alegria de Camilo foi extraordinária. Ides ver. Que a posteridade me ouça. Camilo, pela primeira vez, jogou no bicho. Jogar no bicho não é um eufemismo como matar o bicho. O jogador escolhe um número, que convencionalmente representa um bicho, e se tal número acerta de ser o fnal da sorte grande, todos os que arriscaram nele os seus vinténs ganham, e todos os que faram dos outros perdem. Começou a vinténs e dizem que está em contos de réis; mas, vamos ao nosso caso. Pela primeira vez Camilo jogou no bicho, escolheu o macaco, e, entrando com cinco tostões, ganhou não sei quantas vezes mais. Achou nisto tal despropósito que não quis crer, mas afnal foi obrigado a crer, ver e receber o dinheiro. Naturalmente tornou ao macaco, duas, três, quatro vezes, mas o animal, meio-homem, falhou às esperanças do primeiro dia. Camilo recorreu a outros bichos, sem melhor fortuna, e o lucro inteiro tornou à gaveta do bicheiro. Entendeu que era melhor descansar algum tempo; mas não há descanso eterno, nem ainda o das sepulturas. Um dia lá vem a mão do arqueólogo a pesquisar os ossos e as idades. Camilo tinha fé. A fé abala as montanhas.”
Jogo do bicho, conto de Machado de Assis (fragmento).

Um dos grandes mestres do Realismo, Gustave Flaubert, afrmou que o escritor, em sua obra, deve ser como um Deus no universo: onipresente e invisível. Portanto, em tese, os narradores realistas deveriam apresentar suas histórias de forma neutra, sem interferências.


Sobre o narrador de Jogo do bicho, NÃO é correto afirmar que ele

A
quebra a linearidade da narrativa, apresentando digressões e comentários.
B
marca seu olhar onipresente com forte subjetividade, não dando espaço para dúvidas ou vacilações.
C
utiliza o recurso da metalinguagem ao explorar as possíveis ambiguidades da expressão “jogar no bicho”.
D
recorre à ironia característica em Machado, brincando com a ideia do descanso eterno que viria com a morte.
E
reforça a proximidade com o leitor com expressões como “Ides ver” e “vamos ao nosso caso”, recurso frequente na obra de Machado.
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INSTRUÇÃO: Para responder à questão 33, considere o excerto de Senhora e a obra de José de Alencar.


“Aurélia sentou-se à mesa de mosaico, voltando as costas ao jardim para não ver a formosa noite que lhe caíra no desagrado. (...) Havia em cima da mesa uma caixa de jogo, donde Aurélia tirou um baralho, com que se entreteve a fazer sortes.
– Vamos jogar? disse dirigindo-se ao marido”.

Sobre o romance Senhora e a obra de Alencar, NÃO é correto afrmar:

A
Em Senhora, Alencar denuncia a futilidade, a mes- quinharia e os valores degradados da burguesia fluminense, construindo uma personagem que literalmente compra o marido.
B
No decorrer da narrativa de Senhora, o amor acaba por vencer os interesses materiais.
C
Senhora apresenta um forte jogo de poder entre Aurélia e Fernando Seixas.
D
Além de Aurélia, Alencar construiu outras fortes personagens femininas que circulam em ambientes urbanos, como Iracema e Lucíola.
E
Alencar produziu uma vasta obra, da qual fazem parte O sertanejo e O gaúcho, narrativas de cunho regionalista.
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INSTRUÇÃO: Para responder à questão 34, leia os textos e as afrmativas, preenchendo os parênteses com V (verdadeiro) e F (falso).


Texto 1

“João Grande vem vindo para o trapiche. O vento quer impedir seus passos e ele se curva todo, resistindo contra o vento que levanta a areia. Ele foi à Porta do Mar beber um trago de cachaça com o Querido-de-Deus, que chegou hoje dos mares do Sul, de uma pescaria. O Querido-de-Deus é o mais célebre capoeirista da cidade. Quem não o respeita na Bahia? No jogo de capoeira de Angola ninguém pode se medir com o Querido-de-Deus, nem mesmo Zé Moleque, que deixou fama no Rio de Janeiro. O Querido-de-Deus contou as novidades e avisou que no dia seguinte apareceria no trapiche para continuar as lições de capoeira que Pedro Bala, João Grande e o Gato tomam.”
(Capitães da Areia, Jorge Amado – excerto)

Texto 2


“– Qué apanhá sordado?
– O quê?
– Qué apanhá?
Pernas e cabeças na calçada”
(“O Capoeira”, Oswald de Andrade)


Texto 3

“Seja de noite ou de dia
não importa o lugar
quando toca o berimbau
dá vontade de jogar

Na roda de capoeira
todos têm o seu valor
eu respeito um aluno
quanto mais um professor”
(“Capoeira que tem sangue na veia” – canção de roda de capoeira, autor desconhecido)

Sobre os textos, afrma-se:


( ) No texto 1, a capoeira é o instrumento que confere destaque a um personagem marginalizado.

( ) No texto 2, Oswald de Andrade relaciona capoeira a violência, usando linguagem de acentuada ora- lidade.

( ) No texto 3, a capoeira traz um contexto não discriminatório.

( ) Os “Capitães da Areia”, embora pouco mais que meninos, apresentam atitudes e hábitos de adultos.


A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

A
F – V – F – V
B
V – V – V – V
C
F – F – V – F
D
V – V – F – V
E
F – F – F – F
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Macunaíma, “o herói sem nenhum caráter” presente no fragmento, foi criado por

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A
Oswald de Andrade.
B
José Lins do Rego.
C
Mario de Andrade.
D
Monteiro Lobato.
E
Raul Bopp.
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INSTRUÇÃO: Para responder à questão 36, considere as afrmativas abaixo.


I. Macunaíma é uma obra que pertence à escola modernista.

II. No excerto, o narrador refere-se ao futebol de forma positiva.

III. Na linguagem presente no fragmento, percebe-se a valorização da oralidade e do coloquialismo.


Está/Estão correta(s) a(s) afrmativa(s)

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A
I, apenas.
B
II, apenas.
C
I e III, apenas.
D
II e III, apenas.
E
I, II e III.
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INSTRUÇÃO: Para responder à questão 37, leia os excertos da crônica “Armando Nogueira, futebol e eu, coitada”, de Clarice Lispector, e as afirmativas.


“E o título sairia muito maior, só que não caberia numa única linha. Não leio todos os dias Armando Nogueira – embora todos os dias dê pelo menos uma espiada rápida – porque “meu futebol” não dá pra entender tudo. Se bem que Armando escreve tão bonito (não digo apenas “bem”), que às vezes, atrapalhada com a parte técnica de sua crônica, leio só pelo bonito. (...) Armando dizia: “De bom grado eu trocaria a vitória de meu time num grande jogo por uma crônica…” e aí vem o surpreendente: continua dizendo que trocaria tudo isso por uma crônica minha sobre futebol.
(...)
Meu primeiro impulso foi o de uma vingança carinhosa: dizer aqui que trocaria muita coisa que me vale muito por uma crônica de Armando Nogueira sobre digamos a vida. Aliás, meu primeiro impulso, já sem vingança, continua: desafo você, Armando Nogueira, a perder o pudor e escrever sobre a vida e você mesmo (...).
E agora vou contar o pior: fora as vezes que vi por televisão, só assisti a um jogo de futebol na vida, quero dizer, de corpo presente. Sinto que isso é tão errado como se eu fosse uma brasileira errada.
(...) Não, não imagine que vou dizer que futebol é um verdadeiro balé. Lembrou-me foi uma luta entre vida e morte, como de gladiadores. E eu – provavelmente coitada de novo – tinha a impressão de que a luta só não saía das regras do jogo e se tornava sangrenta porque um juiz vigiava, não deixava, e mandaria para fora de campo quem como eu faria, se jogasse (!). Bem, por mais amor que eu tivesse por futebol, jamais me ocorreria jogar… Ia preferir balé mesmo. Mas futebol parecer-se com balé? O futebol tem uma beleza própria de movimentos que não precisa de comparações.”


A crônica “Armando Nogueira, futebol e eu, coitada”


1. sugere uma disputa carinhosa entre derrotas e sucessos do ato de escrever, metaforizado como jogo de palavras.

2. mostra que a cronista às vezes aprecia mais o estilo do que o conteúdo dos textos de Armando Nogueira.

3. revela uma narradora que nada sabe sobre futebol, considerando essa alienação como algo natural.

4. aponta semelhanças entre os movimentos do futebol e os do balé.


Estão corretas apenas as afrmativas

A
1 e 2
B
1 e 3.
C
1 e 4.
D
2 e 4
E
2, 3 e 4.
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INSTRUÇÃO: Para responder à questão 38, considere o fragmento a seguir e as obras de Simões Lopes Neto.


“Vancê sabe como é que se joga o osso?
Ansim:
Escolhe-se um chão parelho, nem duro, que faz saltar, nem mole, que acama, nem areento, que enterra o osso.”

Sobre a obra de Simões Lopes Neto, NÃO é correto afrmar que esse autor

A
recorre predominantemente ao gênero narrativo do romance, mesmo que em alguns textos percebamos a presença do conto.
B
busca, com sua fcção, consolidar um projeto regionalista, pautado pela idealização de um mundo agrário pitoresco.
C
promove uma grande inovação estilística em Contos Gauchescos, ao ceder a voz narrativa a um velho vaqueano, Blau Nunes.
D
vale-se do imaginário de três lendas bastante signifcativas no universo do homem do pampa (O negrinho do pastoreio, M´Boitatá e A Salamanca do Jarau), reunindo-as em Lendas do Sul.
E
cria uma linguagem literária que busca representar a fala da campanha sul-rio-grandense, exemplifcada no excerto acima, do conto “O Jogo do Osso”.
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INSTRUÇÃO: Responder à questão 39 com base nos textos 1 e 2, fragmentos de poemas de João Cabral de Mello Neto, e nas afrmativas.


Texto 1


“Ademir impõe com seu jogo
o ritmo do chumbo (e o peso),
da lesma, da câmara lenta,
do homem dentro do pesadelo.

Ritmo líquido se infltrando
no adversário, grosso, de dentro,
impondo-lhe o que ele deseja,
mandando nele, apodrecendo-o.
(...)”
(“Ademir da Guia”)


Texto 2


“A bola não é a inimiga como o touro, numa corrida; e, embora seja um utensílio caseiro e que se usa sem risco, não é o utensílio impessoal, sempre manso, de gesto usual: é um utensílio semivivo, de reações próprias como bicho e que, como bicho, é mister (mais que bicho, como mulher) usar com malícia e atenção dando aos pés astúcias de mão.”
(“O futebol brasileiro evocado na Europa”)


Sobre os fragmentos acima, afrma-se:


1. O texto 1 utiliza várias imagens para caracterizar um jogador de futebol que apresenta ritmo lento e pesado, mas destruidor.

2. O texto 2 metaforiza a bola de futebol, considerando-a um organismo vivo, que carrega atributos naturalizados num estado de semivivência de bola- bicho.

3. O primeiro texto centra-se num personagem em ação, enquanto o segundo tematiza o instrumento que possibilita essa ação.


Está/Estão correta(s) a(s) afrmativa(s)

A
1, apenas.
B
2, apenas.
C
1 e 3, apenas.
D
2 e 3, apenas.
E
1, 2 e 3.
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INSTRUÇÃO: Responder à questão 40 com base nos fragmentos de poemas a seguir.


Texto 1

“Deixando a bola e a peteca,
Com que inda há pouco brincavam,
Por causa de uma boneca,
Duas meninas brigavam.
(...)
Tanto puxaram por ela,
Que a pobre rasgou-se ao meio,
Perdendo a estopa amarela
Que lhe formava o recheio.

E, ao fm de tanta fadiga,
Voltando à bola e à peteca,
Ambas, por causa da briga,
Ficaram sem a boneca ...”
(“A Boneca, Olavo Bilac”)


Texto 2


“A BELA bola
rola:
a bela bola do Raul.

Bola amarela,
a de Arabela.

A do Raul,
azul.

(...)

A bola é bela,
é bela e pura.

É bela, rola e pula,
é mole, amarela, azul.
(...)”
(“Jogo de Bola”, Cecília Meireles)

Sobre os fragmentos acima, afrma-se:

1. Embora “Jogo de Bola” apresente características simbolistas e “A Boneca” alinhe-se à estética modernista, em ambos se percebe uma preocupação com a rima e com a métrica clássica.

2. O texto 1, de Olavo Bilac, tematiza a amizade de duas meninas, que desistem de brincar depois da disputa por uma boneca.

3. No texto 2, de Cecília Meireles, percebem-se, na forma e no conteúdo, características da linguagem infantil.

4. No poema 2, as aliterações constroem um efeito sonoro signifcativo.


Estão corretas apenas as afrmativas

A
1 e 2.
B
1 e 3.
C
2 e 3.
D
3 e 4.
E
1, 2 e 4.
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No próximo mês, iniciam as Olimpíadas de Londres. O esporte torna-se ponto de convergência, e as conversas ganham as ruas, salas de aula, ambientes familiares. Se a vida é um jogo, com perdas e ganhos, a literatura também é um exercício, do qual o leitor participa na produção de signifcados. O jogo, em diferentes nuances, é o tema norteador desta prova.


INSTRUÇÃO: Responder à questão 31 com base no fragmento de texto e nas afrmativas a seguir.


“Com um relance da vista, Naziazeno percebe que o jogo já está quase feito. Mete nervosamente a mão no bolso da calça e tira os cinco mil réis. (...) A bolinha já gira. O olhar acostumado encontra facilmente o 28. Já abriu uma passagem. O seu braço estende- se, levando os cinco mil réis para aquele número. Mas um medo prudente o detém. E como o tempo urge, deposita rapidamente a cédula no retângulo da terceira dúzia.
– Feito! – observa o croupier. E, passado um momento de silêncio e de expectativa, anuncia: – 28.
Um tumulto e um estado de confusão enchem a cabeça de Naziazeno. Tem apenas uma vaga ideia de que ganhou. (...) É quando recebe o dinheiro que faz o cálculo: cinco mil réis... cento e setenta e cinco!... Tudo resolvido assim num segundo.”


Sobre o fragmento, afrma-se:


I. Pertence à obra Os ratos, texto com forte caráter psicológico.

II. Seu autor é Luiz Antonio de Assis Brasil, escritor gaúcho profícuo na construção de uma narrativa voltada para o histórico.

III. Naziazeno é um personagem resoluto, de atitu- des frmes e decididas, caráter evidenciado no excerto.

IV. A passagem “Tudo resolvido assim num segundo” faz referência à laboriosa incumbência de Nazia- zeno: conseguir dinheiro sufciente para saldar a dívida com o leiteiro.


Estão corretas apenas as afrmativas

A
I e II.
B
I e III.
C
I e IV.
D
II e IV.
E
II, III e IV.
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“Como de hábito, Policarpo Quaresma, mais conhecido por Major Quaresma, bateu em casa às quatro e quinze da tarde. Havia mais de vinte anos que isso acontecia (...). Vivendo em casa própria e tendo outros rendimentos além do seu ordenado, o Major Quaresma podia levar um trem de vida superior aos seus recursos burocráticos, gozando, por parte da vizinhança, da consideração e respeito de homem abastado. Não recebia ninguém, vivia num isolamento monacal, embora fosse cortês com os vizinhos que o julgavam esquisito e misantropo (...)”.

Esse trecho alude a um personagem solitário e visionário, um dos mais representativos da Literatura Brasileira.

Quem é o autor que criou este personagem?

A
Monteiro Lobato.
B
Joaquim Manuel de Macedo.
C
Manuel Antônio de Almeida.
D
Machado de Assis.
E
Lima Barreto.
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Todas as afirmativas estão corretamente associadas ao poema e seu contexto, EXCETO:

A
Olavo Bilac, poeta pertencente à escola parnasiana, é também autor de Via-Láctea.
B
Este ser cantado no poema é um fracassado em todas as suas escolhas, seja no amor, seja na profissão, como homem do mar.
C
A solidão do homem cantado no poema é causadora de uma certa perturbação psicológica.
D
Em tempos distintos, há comparações entre o homem cantado no poema e a natureza: o recém- nascido como erva daninha e o adulto maduro como árvore infrutífera.
E
“Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”. Essa sentença, que encerra Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, poderia ser aplicada ao homem cantado no poema.
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Com base nos textos e em seus contextos, afirma-se:

I. No texto 1, o senhor Mello condiciona a aceitação da morte ao fato de ter tido uma vida solitária.

II. Tanto para o narrador do texto 1, quanto para o eu lírico do texto 2, a vida presente (textualmente marcada com o advérbio “agora”) reduziu-se a uma existência desinteressante.

III. Os dois textos trazem os sons como indícios da presença de uma morte próxima: a campainha que toca, no primeiro; a movimentação das patas dos animais na rua, no segundo.

IV. Moacyr Scliar e Mario Quintana são dois dos mais importantes escritores gaúchos. O primeiro escreveu, entre outras obras, O exército de um homem só, A ferro e fogo e Os tambores silenciosos. Já Quintana é autor de obras como Rua dos cataventos e Sapato florido.

As afirmativas corretas são, apenas,

A
I e II.
B
I e IV.
C
II e III.
D
III e IV.
E
II, III e IV.
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Com base nos textos, afirma-se:

I. “Ausência” apresenta uma possibilidade de en- tendimento da solidão como algo positivo, que fortalece o indivíduo por meio do retorno à sua interioridade.

II. “Poema de Sete Faces” descreve uma jornada que tem início no nascimento e é marcada pelo abandono na passagem por um “vasto mundo”.

III. Em “Ausência”, ao rememorar o seu passado, o eu lírico percebe ter sempre desejado a ausência como momento de felicidade e satisfação.

A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são

A
apenas I.
B
apenas III.
C
apenas I e II.
D
apenas II e III.
E
I, II e III.
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Com base no poema, afirma-se:

I. Por intermédio de lírica sensualidade, o poema recorre à metáfora do mar para descrever os múltiplos sorrisos e a suavidade da carne da mulher sob as carícias.

II. O luar configura-se como elemento da natureza para exemplificar a proximidade entre os amantes.

III. Ao final do poema, o eu lírico rejeita a ideia de um amor compartilhado, tendo em vista a monotonia dos lentos anos.

A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são

A
apenas I.
B
apenas III.
C
apenas I e II.
D
apenas II e III.
E
I, II e III.
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Nesse excerto,

( ) o sertão é apresentado como sinônimo de solidão, devido à vastidão de um mundo onde se marcham léguas à procura de alguém.

( ) perante as travessias e as larguezas do chapadão, o sertão está localizado na interioridade e na subjetividade humanas.

( ) o autor demonstra a força inovadora de uma transfiguração estilística que busca potencializar o léxico próprio e o falar sertanejo.

( ) não existem temáticas místicas e religiosas associadas às manifestações da natureza do sertão.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

A
V – F – F – F
B
F – F – V – V
C
V – V – F – V
D
V – V – V – F
E
F – F – V – F
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Considerando o excerto e seu contexto, afirma-se:

( ) O narrador pode ser caracterizado como um sujeito revoltado e solitário, que não suporta o meio social no qual está inserido.

( ) Ao se aproximar de uma livraria, a voz narrativa propõe uma analogia, comparando a venda de livros à prostituição.

( ) O narrador imagina-se como morto no contexto de seu próprio e deplorável funeral, no qual o único interesse será a nomeação de alguém para substituí-lo na repartição pública.

( ) Diferentemente de Angústia, o romance São Bernardo, também de Graciliano Ramos, centraliza-se na felicidade do narrador, que faz um balanço da sua vida sob o prisma do otimismo e da redenção.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

A
V – V – F – F
B
F – F – V – V
C
V – V – F – V
D
F – V – V – V
E
F – F – V – F
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Considerando os dois fragmentos, NÃO é correto afirmar:

A
O conto de Clarice Lispector problematiza a fragilidade humana diante de um completo abandono.
B
Os dois personagens assemelham-se na dependência à “esmola” e ao “trocado” dos outros, mas diferem no comportamento: enquanto Margarida parece passiva, entregue à velhice, o pivete é irrequieto, incansável na sua batalha pela sobrevivência.
C
Com o irremediável passar dos anos, Margarida sofre com outro aspecto terrível da solidão: o desaparecimento progressivo de todos os parentes.
D
A letra de Chico Buarque de Hollanda associa uma infância de brincadeiras com a dura realidade da sarjeta.
E
Os dois textos, apesar de tematizarem uma problemática urbana contemporânea, sugerem uma possível saída reparatória.
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As afirmativas corretas são, apenas,

A
I e II.
B
I e III.
C
II e IV.
D
III e IV.
E
I, II e III.