Questõesde PUC-MINAS 2013 sobre Português

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Foram encontradas 37 questões
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Recriamos a língua na medida em que somos capazes de produzir um pensamento novo, um pensamento nosso. O idioma, afinal, o que é senão o ovo das galinhas de ouro?

Estamos, sim, amando o indomesticável, aderindo ao invisível, procurando os outros tempos deste tempo.

Precisamos, sim, de senso incomum. Pois, das leis da língua, alguém sabe as certezas delas? Ponho as minhas irreticências. Veja-se, num sumário exemplo, perguntas que se podem colocar à língua:

Se pode dizer de um careca que tenha couro cabeludo?

No caso de alguém dormir com homem de raça branca é então que se aplica a expressão: passar a noite em branco?

A diferença entre um ás no volante ou um asno volante é apenas de ordem fonética?

O mato desconhecido é que é o anonimato?

O pequeno viaduto é um abreviaduto? [...]”

(COUTO, Mia. Perguntas à língua portuguesa. Disponível em: http://ciberduvidas.sapo.pt/antologia.php?rid=118. Acesso: 7 de março de 2007).


Mia Couto é um importante escritor da literatura moçambicana. No trecho em análise, seus questionamentos à língua portuguesa

A
valorizam ambiguidades e jogos de palavras, produzindo efeitos de humor.
B
buscam resgatar os valores do idioma tradicional, falado antigamente.
C
ironizam, de modo implícito, as regras gramaticais ensinadas nas escolas.
D
manifestam-se contra o uso português como língua oficial de Moçambique.
f090d2b9-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica

Tenho febre e escrevo.

Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,

Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.


Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!

Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!”

(PESSOA, Fernando Pessoa. “Ode Triunfal” [Trecho]. Poesias de Álvaro de Campos. In: Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003, p. 306).


O poema de Fernando Pessoa foi publicado em Portugal na década de 1910. A referência a aspectos da vida urbana, como fábricas, engrenagens, motores etc., indica um diálogo intertextual com a proposta estética do

A
comunismo.
B
futurismo.
C
realismo.
D
simbolismo.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Comparando-se os versos iniciais de ambos os poemas, a diferença entre os termos “amenos”, no texto 1, e “há menos”, no texto 2, caracteriza a ocorrência de

TEXTO 1

“No meio das tabas de amenos verdores,

Cercadas de troncos — cobertos de flores,

Alteiam-se os tetos d’altiva nação;

São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,

Temíveis na guerra, que em densas coortes

Assombram das matas a imensa extensão.

São rudes, severos, sedentos de glória,

Já prélios incitam, já cantam vitória,

Já meigos atendem à voz do cantor:

São todos Timbiras, guerreiros valentes!

Seu nome lá voa na boca das gentes,

Condão de prodígios, de glória e terror!”

(Dias, Gonçalves. I-Juca-Pirama. [Trecho] [1851]. In: Fundação Biblioteca Nacional. Departamento Nacional do Livro. Disponível em: objdigital.bn.br/Acervo_Digital/livros_eletronicos/jucapirama.pdf. Acesso: 21 ago. 2013).  


TEXTO 2

No meio das tabas há menos verdores,
Não há gentes brabas nem campos de flores.

No meio das tabas cercadas de insetos,
Pensando nas babas dos analfabetos,
Vou chamando as tribos dos sertões gerais,
Passando recibos nos vãos de Goiás.

Venham os xerentes, craôs e crixás,
Bororos doentes e xicriabás.
E os apinajés, os carajás roídos,
E os tapirapés e os inás perdidos

[...]

No meio das tabas não quero ver dores,
Mas morubixabas e altivos senhores.

Quero a rebeldia das tribos na aldeia.
Nada de “poesia”. Quero cara feia:
Cor de jenipapo e urucum no peito,
Não índio de trapo falando sem jeito.

(TELES, Gilberto M. “Aldeia global”. In: Os melhores poemas de Gilberto Mendonça Teles. Seleção Luís Busatto. São Paulo: Global, 2001.p. 91-92).  

A
alusão.
B
citação.
C
epígrafe.
D
paródia.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Produzidos em contextos sociais e históricos distintos, os poemas apresentam semelhanças temáticas. A leitura comparativa indica

TEXTO 1

“No meio das tabas de amenos verdores,

Cercadas de troncos — cobertos de flores,

Alteiam-se os tetos d’altiva nação;

São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,

Temíveis na guerra, que em densas coortes

Assombram das matas a imensa extensão.

São rudes, severos, sedentos de glória,

Já prélios incitam, já cantam vitória,

Já meigos atendem à voz do cantor:

São todos Timbiras, guerreiros valentes!

Seu nome lá voa na boca das gentes,

Condão de prodígios, de glória e terror!”

(Dias, Gonçalves. I-Juca-Pirama. [Trecho] [1851]. In: Fundação Biblioteca Nacional. Departamento Nacional do Livro. Disponível em: objdigital.bn.br/Acervo_Digital/livros_eletronicos/jucapirama.pdf. Acesso: 21 ago. 2013).  


TEXTO 2

No meio das tabas há menos verdores,
Não há gentes brabas nem campos de flores.

No meio das tabas cercadas de insetos,
Pensando nas babas dos analfabetos,
Vou chamando as tribos dos sertões gerais,
Passando recibos nos vãos de Goiás.

Venham os xerentes, craôs e crixás,
Bororos doentes e xicriabás.
E os apinajés, os carajás roídos,
E os tapirapés e os inás perdidos

[...]

No meio das tabas não quero ver dores,
Mas morubixabas e altivos senhores.

Quero a rebeldia das tribos na aldeia.
Nada de “poesia”. Quero cara feia:
Cor de jenipapo e urucum no peito,
Não índio de trapo falando sem jeito.

(TELES, Gilberto M. “Aldeia global”. In: Os melhores poemas de Gilberto Mendonça Teles. Seleção Luís Busatto. São Paulo: Global, 2001.p. 91-92).  

A
exaltação da pátria e dos encantos da natureza como uma característica presente nos dois textos.
B
preocupação de ambos os textos em destacar a contribuição da cultura indígena para a história do país.
C
contraste entre a visão grandiosa de índio do texto 1 e a visão contemporânea, apontada no texto 2.
D
visão otimista do texto 2, em relação à violência da guerra, sugerida no poema de Gonçalves Dias.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a afirmativa CORRETA.

A
O título do texto sugere tratar-se de dúvidas comuns a todos os adolescentes, o que é ratificado pela imagem.
B
A charge tem como objetivo criticar a condição em que se encontram os adolescentes brasileiros.
C
Há uma discrepância em termos de registro no que se refere às duas partes de que se compõe a resposta.
D
A primeira parte do diálogo sinaliza uma insatisfação dos três jovens quanto à fase da vida em que encontram.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a afirmativa INCORRETA.

A
O propósito da charge é criticar a falta de perspectivas profissionais para menores delinquentes.
B
A linguagem utilizada na parte final do diálogo remete a dois universos sociais distintos.
C
Nessa charge, a palavra “hipóteses” se relaciona diretamente com “crescer”.
D
As armas e o cenário em que se dá o diálogo são elementos fundamentais para a caracterização dos personagens.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Conjunções: Relação de causa e consequência, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

I. O verbo “poder”, embora formalmente no imperfeito do indicativo, indica hipótese, possibilidade.

II. O uso do discurso direto tem como efeito conferir ao poema um tom prosaico.

III. A conjunção “e”, no segundo verso, tem valor adversativo.


Tendo em conta as afirmativas acima, assinale a alternativa CORRETA.

Pneumotórax

Manuel Bandeira


Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.

Mandou chamar o médico:

– Diga trinta e três.
– Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
– Respire.

...............................................................................................................................

– O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
– Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
– Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem & Estrela da manhã. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993, p. 30.

A
Todas são verdadeiras.
B
Apenas II e III são verdadeiras.
C
Apenas I e III são verdadeiras.
D
Apenas I e II são verdadeiras.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

I. A linha pontilhada pode ser lida como sinalizadora de tempo de espera, suspense.

II. A resposta final do médico, enigmática, tenta encobrir sua impotência diante do mal.

III. O paciente dá mostras de conviver com a doença há longo tempo.


Tendo em conta as afirmativas acima, assinale a alternativa CORRETA.

Pneumotórax

Manuel Bandeira


Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.

Mandou chamar o médico:

– Diga trinta e três.
– Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
– Respire.

...............................................................................................................................

– O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
– Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
– Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem & Estrela da manhã. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993, p. 30.

A
Apenas I e II são verdadeiras.
B
Apenas I e III são verdadeiras.
C
Apenas II e III são verdadeiras.
D
Todas são verdadeiras.
3fb6605e-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a afirmativa INCORRETA.

INSTRUÇÃO: A questão esta relacionada com a charge a seguir. Examine-a atentamente antes de responder a ela.  

                Disponível em: <http://www2.uol.com.br/angeli/chargeangeli/chargeangeli.htm>.
                 Acesso em: 29 ago. 2013. 
A
A linguagem utilizada na parte final do diálogo remete a dois universos sociais distintos.
B
O propósito da charge é criticar a falta de perspectivas profissionais para menores delinquentes.
C
Nessa charge, a palavra “hipóteses” se relaciona diretamente com “crescer”.
D
As armas e o cenário em que se dá o diálogo são elementos fundamentais para a caracterização dos personagens.
3fae117e-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Tipologia Textual, Conjunções: Relação de causa e consequência, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Morfologia

I. O verbo “poder”, embora formalmente no imperfeito do indicativo, indica hipótese, possibilidade.
II. O uso do discurso direto tem como efeito conferir ao poema um tom prosaico.
III. A conjunção “e”, no segundo verso, tem valor adversativo.


Tendo em conta as afirmativas acima, assinale a alternativa CORRETA.

Pneumotórax

Manuel Bandeira
Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.

Mandou chamar o médico:

– Diga trinta e três.
– Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
– Respire.

...............................................................................................................................

– O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
– Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
– Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem & Estrela da manhã. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993, p. 30.
A
Todas são verdadeiras.
B
Apenas II e III são verdadeiras.
C
Apenas I e III são verdadeiras.
D
Apenas I e II são verdadeiras.
3fb1f95f-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a afirmativa CORRETA.

INSTRUÇÃO: A questão esta relacionada com a charge a seguir. Examine-a atentamente antes de responder a ela.  

                Disponível em: <http://www2.uol.com.br/angeli/chargeangeli/chargeangeli.htm>.
                 Acesso em: 29 ago. 2013. 
A
O título do texto sugere tratar-se de dúvidas comuns a todos os adolescentes, o que é ratificado pela imagem.
B
A charge tem como objetivo criticar a condição em que se encontram os adolescentes brasileiros.
C
Há uma discrepância em termos de registro no que se refere às duas partes de que se compõe a resposta.
D
A primeira parte do diálogo sinaliza uma insatisfação dos três jovens quanto à fase da vida em que encontram.
3fa8e1f4-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

I. A linha pontilhada pode ser lida como sinalizadora de tempo de espera, suspense.
II. A resposta final do médico, enigmática, tenta encobrir sua impotência diante do mal.
III. O paciente dá mostras de conviver com a doença há longo tempo.



Tendo em conta as afirmativas acima, assinale a alternativa CORRETA.

Pneumotórax

Manuel Bandeira
Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.

Mandou chamar o médico:

– Diga trinta e três.
– Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
– Respire.

...............................................................................................................................

– O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
– Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
– Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem & Estrela da manhã. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993, p. 30.
A
Apenas I e II são verdadeiras.
B
Apenas II e III são verdadeiras.
C
Apenas I e III são verdadeiras.
D
Todas são verdadeiras.
3f976f1c-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

I. A mortalidade por doenças cardiovasculares teve, no período total, uma redução de menos de 50%.

II. Ao final da primeira década do século XXI, o diabetes e as doenças respiratórias têm a mesma letalidade.

III. Em 2009, o número total de óbitos por doenças crônicas não transmissíveis e por outras causas situa-se próximo de um milhão.


Tendo em conta as afirmativas acima, assinale a alternativa CORRETA.

INSTRUÇÃO: A questão esta relacionada com a tabela e o gráfico a seguir, que tratam dos óbitos, no Brasil, segundo as causas mais comuns. Examine-os atentamente antes de responder a elas. 

Tabela 1 – Número absoluto (N) e proporção* (%) de óbitos segundo causas básicas – 2009  

Gráfico 1 — Óbitos por 100.000 habitantes segundo causas básicas  
Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/2884/162/taxade-mortalidade-por-doencas-croni-cas-cai-26.html>. Acesso em: 28 ago. 2013. 
A
Apenas I e II são verdadeiras.
B
Apenas II e III são verdadeiras.
C
Apenas I e III são verdadeiras.
D
Todas são verdadeiras.
3f9d33f1-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em todas as tirinhas a seguir, o humor é deflagrado por um mal-entendido, EXCETO:

A

B

C

D

3fa412a5-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

I. A mídia leva a transformações na sociedade tanto quanto a sociedade leva a transformações na mídia.

II. “Tostines vende mais porque é fresquinho; ou é fresquinho porque vende mais?”

III. As coisas não andam porque ninguém confia no governo. E porque ninguém confia no governo as coisas não andam.



“Círculo vicioso é a sucessão de períodos em que a troca entre causa e consequência resulta em continuação ininterrupta do enunciado. Para que se efetive o círculo, é preciso que a causa de um período passe a ser a consequência no outro, e vice-versa.”

(Revista Língua Portuguesa, n. 95, set. 2013, p. 65.)


Tendo em conta as três frases acima e a descrição de círculo vicioso, pode-se dizer que tal situação está caracterizada em:

A
I e III, apenas.

B
I e II, apenas.
C
II e III, apenas.

D
I, II e III.
3f8f8226-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

I. No último ano do levantamento, diabetes e doenças respiratórias são responsáveis, em conjunto, por mais de cem mil óbitos.

II. A tabela mostra que cerca de três em cada dez óbitos no Brasil em 2009 se deveram a doenças cardiovasculares.

III. Durante a última década do século XX e a primeira do século XXI, o câncer matou quatro vezes mais que o diabetes.


Tendo em conta as afirmativas acima, assinale a alternativa CORRETA.

INSTRUÇÃO: A questão esta relacionada com a tabela e o gráfico a seguir, que tratam dos óbitos, no Brasil, segundo as causas mais comuns. Examine-os atentamente antes de responder a elas. 

Tabela 1 – Número absoluto (N) e proporção* (%) de óbitos segundo causas básicas – 2009  

Gráfico 1 — Óbitos por 100.000 habitantes segundo causas básicas  
Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/2884/162/taxade-mortalidade-por-doencas-croni-cas-cai-26.html>. Acesso em: 28 ago. 2013. 
A
Apenas II e III são verdadeiras.
B
Apenas I e II são verdadeiras.
C
Apenas I e III são verdadeiras.
D
Todas são verdadeiras.
3f936c44-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

I. Dentre as doenças examinadas, apenas o câncer não sofreu redução de incidência nas últimas décadas.

II. Verificou-se uma discreta elevação no número de óbitos por diabetes na primeira década examinada, seguida, na década seguinte, de uma redução também pouco expressiva.

III. Quase 30% do total de óbitos ocorridos em 2009 se devem a outras causas, não especificadas na tabela 1.


Tendo em conta as afirmativas acima, assinale a alternativa CORRETA.

INSTRUÇÃO: A questão esta relacionada com a tabela e o gráfico a seguir, que tratam dos óbitos, no Brasil, segundo as causas mais comuns. Examine-os atentamente antes de responder a elas. 

Tabela 1 – Número absoluto (N) e proporção* (%) de óbitos segundo causas básicas – 2009  

Gráfico 1 — Óbitos por 100.000 habitantes segundo causas básicas  
Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/2884/162/taxade-mortalidade-por-doencas-croni-cas-cai-26.html>. Acesso em: 28 ago. 2013. 
A
Apenas I e III são verdadeiras.
B
Apenas II e III são verdadeiras.
C
Apenas I e II são verdadeiras.
D
Todas são verdadeiras.
3f829c38-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

I. pespegado (1º §): aplicado
II. emprestado (3º §): atribuído
III. engatasse (3º §): acoplasse
IV. propalado (6º §): propagado


Tendo em conta as equivalências propostas para os termos acima, consideradas as circunstâncias em que são utilizados no texto, pode-se dizer que são VERDADEIRAS:

O FASCÍNIO DO ÃO
Roberto Pompeu de Toledo

1º § O novo estádio do Corinthians, em São Paulo, em tese destinado à abertura da Copa do Mundo de 2014, é por enquanto um rasgo de imaginação sobre um terreno baldio, mas já tem nome de guerra. O leitor adivinha qual é? Aí vai uma pista: o local escolhido é o bairro de Itaquera. Agora ficou fácil. O nome é Itaquerão, claro. Antes, os estádios precisavam ao menos ser construídos, para receber o enobrecimento do “ão” na última sílaba do apelido. Não mais. Não se sabe sequer quem vai pagar a conta do estádio, ou suposto estádio, do Corinthians, nem existe projeto definido. Mas o nome já lhe foi pespegado.
2º § O uso do aumentativo para designar estádios de futebol começou com a inauguração, em 1965, do Mineirão, em Belo Horizonte – oficialmente Estádio Magalhães Pinto, mas desde o primeiro momento, e para sempre, Mineirão. Fazia sentido. O majestoso Mineirão, com capacidade para 130000 pessoas, nascia como o segundo estádio brasileiro, só atrás do Maracanã, “o maior do mundo”. Dali em diante, a moda pegou, e a febre de construção de estádios que assolou o país, a partir do “milagre brasileiro” [...], espalhou ãos pelo país afora.
3º § Era uma questão de honra, para os governadores, construir estádios na capital do estado. A exemplo do caso mineiro, o governador que iniciasse as obras ganhava, por direito divino, o mimo de ter o nome emprestado ao do colosso. Mas as homenagens devidas ao governador, à cidade, ao estado e ao estádio não estariam completas se ao nome não se juntasse um apelido em que se engatasse um ão. Seguiu-se uma floração da qual constaram, entre outros, o Batistão de Aracaju (Estádio Lourival Batista, 1969), o Castelão de Fortaleza (Estádio Plácido Castelo, 1973), o Albertão de Teresina (Estádio Alberto Silva, 1976) e o Castelão de São Luís (Estádio João Castelo, 1982). Os estádios, assim como o próprio campeonato brasileiro de futebol, que chegou a abrigar quarenta clubes, em 1973, para agradar ao maior número de praças possível, integravam a estratégia panem et circenses do regime. Sendo que, no caso dos estádios, o circenses incluía um ão que convenientemente espelhava a grandeza da Pátria Grande concebida para embalar a fantasia dos brasileiros.
4º § Tal era sua força que o ão se disseminou por cidades do interior. Em Presidente Prudente, interior de São Paulo, surgiu o Prudentão (1982), um entre muitos exemplos. Com o fim do regime militar, ou, antes, com o fim do milagre econômico e de sua contrapartida de Pátria Grande, transcorreram mais de duas décadas de seca na construção de estádios. Mesmo porque, nos centros mais óbvios, ou mais vistosos, sob o ponto de vista político, já tinham sido todos construídos. Mas não desapareceu a memória do ão. Quando, para os Jogos Pan-Americanos, em 2007, foi inaugurado no Rio de Janeiro o Estádio João Havelange, que apelido ganhou? O leitor não adivinha? Pista: fica no bairro de Engenho de Dentro. Claro: é Engenhão. No caso do eventual e futuro estádio do Corinthians, o apelido de ltaquerão prova que o ão sobrevive mesmo à moda recente de chamar estádio de “arena” (Arena da Baixada, Arena Barueri). E no entanto...
5º § No entanto, o inho é que melhor caracterizaria o brasileiro. Sérgio Buarque de Holanda escreveu, no clássico Raízes do Brasil (um pouco de erudição faz bem, especialmente ao autor, que se convence de estar falando coisa séria): “A terminação inho, aposta às palavras, serve para nos familiarizar mais com as pessoas ou os objetos e, ao mesmo tempo, para lhes dar relevo. É a maneira de fazê-los mais acessíveis aos sentidos e também de aproximá-los do coração”. A passagem está no famoso capítulo do “homem cordial”, isto é, o homem regido pelo coração, que seria o brasileiro.
6º § [...] Somos a terra do jeitinho, do favorzinho e do probleminha, invocados sobretudo quando o jeito é complicado, o favor é grande e o problema insolúvel. Por esse caminho, para melhor se aninhar no coração dos brasileiros, o Mineirão deveria ser Mineirinho, o Castelão, Castelinho e o Batistão, Batistinha. Ocorre que estádios pertencem a outra esfera. Não foram feitos para cativar, mas para impressionar. Não pedem carinho, mas reverência, a si mesmos e a seus criadores. Cumprem no Brasil o que há de mais próximo ao papel das catedrais e das pirâmides, em outras épocas e lugares. Mesmo no caso de uma entidade que é puro espírito, como o propalado estádio do Corinthians, o brasileiro é levado a considerar uma indelicadeza não chamá-lo de ão.
(Veja, 9 mar. 2011, p. 102.)
A
I, III e IV, apenas.
B
II e III, apenas.
C
II e IV, apenas.
D
Todas.
3f8708cd-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Parênteses, Uso das aspas, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

I. O emprego do itálico no texto atende a finalidades distintas.
II. Os parênteses são usados pelo autor com funções diversas.
III. As aspas são sistematicamente utilizadas pelo autor para indicar menções.


Dentre as afirmativas acima, são VERDADEIRAS:

O FASCÍNIO DO ÃO
Roberto Pompeu de Toledo

1º § O novo estádio do Corinthians, em São Paulo, em tese destinado à abertura da Copa do Mundo de 2014, é por enquanto um rasgo de imaginação sobre um terreno baldio, mas já tem nome de guerra. O leitor adivinha qual é? Aí vai uma pista: o local escolhido é o bairro de Itaquera. Agora ficou fácil. O nome é Itaquerão, claro. Antes, os estádios precisavam ao menos ser construídos, para receber o enobrecimento do “ão” na última sílaba do apelido. Não mais. Não se sabe sequer quem vai pagar a conta do estádio, ou suposto estádio, do Corinthians, nem existe projeto definido. Mas o nome já lhe foi pespegado.
2º § O uso do aumentativo para designar estádios de futebol começou com a inauguração, em 1965, do Mineirão, em Belo Horizonte – oficialmente Estádio Magalhães Pinto, mas desde o primeiro momento, e para sempre, Mineirão. Fazia sentido. O majestoso Mineirão, com capacidade para 130000 pessoas, nascia como o segundo estádio brasileiro, só atrás do Maracanã, “o maior do mundo”. Dali em diante, a moda pegou, e a febre de construção de estádios que assolou o país, a partir do “milagre brasileiro” [...], espalhou ãos pelo país afora.
3º § Era uma questão de honra, para os governadores, construir estádios na capital do estado. A exemplo do caso mineiro, o governador que iniciasse as obras ganhava, por direito divino, o mimo de ter o nome emprestado ao do colosso. Mas as homenagens devidas ao governador, à cidade, ao estado e ao estádio não estariam completas se ao nome não se juntasse um apelido em que se engatasse um ão. Seguiu-se uma floração da qual constaram, entre outros, o Batistão de Aracaju (Estádio Lourival Batista, 1969), o Castelão de Fortaleza (Estádio Plácido Castelo, 1973), o Albertão de Teresina (Estádio Alberto Silva, 1976) e o Castelão de São Luís (Estádio João Castelo, 1982). Os estádios, assim como o próprio campeonato brasileiro de futebol, que chegou a abrigar quarenta clubes, em 1973, para agradar ao maior número de praças possível, integravam a estratégia panem et circenses do regime. Sendo que, no caso dos estádios, o circenses incluía um ão que convenientemente espelhava a grandeza da Pátria Grande concebida para embalar a fantasia dos brasileiros.
4º § Tal era sua força que o ão se disseminou por cidades do interior. Em Presidente Prudente, interior de São Paulo, surgiu o Prudentão (1982), um entre muitos exemplos. Com o fim do regime militar, ou, antes, com o fim do milagre econômico e de sua contrapartida de Pátria Grande, transcorreram mais de duas décadas de seca na construção de estádios. Mesmo porque, nos centros mais óbvios, ou mais vistosos, sob o ponto de vista político, já tinham sido todos construídos. Mas não desapareceu a memória do ão. Quando, para os Jogos Pan-Americanos, em 2007, foi inaugurado no Rio de Janeiro o Estádio João Havelange, que apelido ganhou? O leitor não adivinha? Pista: fica no bairro de Engenho de Dentro. Claro: é Engenhão. No caso do eventual e futuro estádio do Corinthians, o apelido de ltaquerão prova que o ão sobrevive mesmo à moda recente de chamar estádio de “arena” (Arena da Baixada, Arena Barueri). E no entanto...
5º § No entanto, o inho é que melhor caracterizaria o brasileiro. Sérgio Buarque de Holanda escreveu, no clássico Raízes do Brasil (um pouco de erudição faz bem, especialmente ao autor, que se convence de estar falando coisa séria): “A terminação inho, aposta às palavras, serve para nos familiarizar mais com as pessoas ou os objetos e, ao mesmo tempo, para lhes dar relevo. É a maneira de fazê-los mais acessíveis aos sentidos e também de aproximá-los do coração”. A passagem está no famoso capítulo do “homem cordial”, isto é, o homem regido pelo coração, que seria o brasileiro.
6º § [...] Somos a terra do jeitinho, do favorzinho e do probleminha, invocados sobretudo quando o jeito é complicado, o favor é grande e o problema insolúvel. Por esse caminho, para melhor se aninhar no coração dos brasileiros, o Mineirão deveria ser Mineirinho, o Castelão, Castelinho e o Batistão, Batistinha. Ocorre que estádios pertencem a outra esfera. Não foram feitos para cativar, mas para impressionar. Não pedem carinho, mas reverência, a si mesmos e a seus criadores. Cumprem no Brasil o que há de mais próximo ao papel das catedrais e das pirâmides, em outras épocas e lugares. Mesmo no caso de uma entidade que é puro espírito, como o propalado estádio do Corinthians, o brasileiro é levado a considerar uma indelicadeza não chamá-lo de ão.
(Veja, 9 mar. 2011, p. 102.)
A
I e II, apenas.
B
II e III, apenas.
C
I e III, apenas.
D
Todas.
3f8c5213-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Tendo em conta a tirinha a seguir, assinale a afirmativa INCORRETA.


Disponível em: <http://temtudobr.blogspot.com.br/2008/12/tirinhas-muito-engraadas.html>.

Acesso em 12 set. 2013.

A
O humor é deflagrado pela má interpretação que a compradora faz da fala do vendedor.
B
O gesto final do vendedor pode ser lido como uma avaliação negativa da atitude da compradora.
C
O texto escrito apresenta, pelo menos, dois erros de grafia e dois de pontuação.
D
A compradora fica feliz por ter conseguido seu intento, mas o vendedor não compreende o porquê de sua atitude.