Questõessobre Problemas da norma culta

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Foram encontradas 133 questões
fb8aef2c-3b
USP 2014 - Português - Problemas da língua culta

Dentre estas propostas de substituição para diferentes trechos do texto, a única que NÃO está correta do ponto de vista da norma-padrão é:

                                     O OPERÁRIO NO MAR


      Na rua passa um operário. Como vai firme! Não tem blusa. No conto, no drama, no discurso político, a dor do operário está na sua blusa azul, de pano grosso, nas mãos grossas, nos pés enormes, nos desconfortos enormes. Esse é um homem comum, apenas mais escuro que os outros, e com uma significação estranha no corpo, que carrega desígnios e segredos. Para onde vai ele, pisando assim tão firme? Não sei. A fábrica ficou lá atrás. Adiante é só o campo, com algumas árvores, o grande anúncio de gasolina americana e os fios, os fios, os fios. O operário não lhe sobra tempo de perceber que eles levam e trazem mensagens, que contam da Rússia, do Araguaia, dos Estados Unidos. Não ouve, na Câmara dos Deputados, o líder oposicionista vociferando. Caminha no campo e apenas repara que ali corre água, que mais adiante faz calor. Para onde vai o operário? Teria vergonha de chamá-lo meu irmão. Ele sabe que não é, nunca foi meu irmão, que não nos entenderemos nunca. E me despreza... Ou talvez seja eu próprio que me despreze a seus olhos. Tenho vergonha e vontade de encará-lo: uma fascinação quase me obriga a pular a janela, a cair em frente dele, sustar-lhe a marcha, pelo menos implorar-lhe que suste a marcha. Agora está caminhando no mar. Eu pensava que isso fosse privilégio de alguns santos e de navios. Mas não há nenhuma santidade no operário, e não vejo rodas nem hélices no seu corpo, aparentemente banal. Sinto que o mar se acovardou e deixou-o passar. Onde estão nossos exércitos que não impediram o milagre? Mas agora vejo que o operário está cansado e que se molhou, não muito, mas se molhou, e peixes escorrem de suas mãos. Vejo-o que se volta e me dirige um sorriso úmido. A palidez e confusão do seu rosto são a própria tarde que se decompõe. Daqui a um minuto será noite e estaremos irremediavelmente separados pelas circunstâncias atmosféricas, eu em terra firme, ele no meio do mar. Único e precário agente de ligação entre nós, seu sorriso cada vez mais frio atravessa as grandes massas líquidas, choca-se contra as formações salinas, as fortalezas da costa, as medusas, atravessa tudo e vem beijar-me o rosto, trazer-me uma esperança de compreensão. Sim, quem sabe se um dia o compreenderei?


                                                              Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo.

A
“Para onde vai ele, (...)?” = Aonde vai ele, (...)?
B
“O operário não lhe sobra tempo de perceber” = Ao operário não lhe sobra tempo de perceber.
C
“Teria vergonha de chamá-lo meu irmão” = Teria vergonha de chamá-lo de meu irmão.
D
“Tenho vergonha e vontade de encará-lo” = Tenho vergonha e vontade de o encarar.
E
“quem sabe se um dia o compreenderei” = quem sabe um dia compreenderei-o.
98dc217b-35
UNESP 2014 - Português - Morfologia - Verbos, Problemas da língua culta

Devido a um problema de revisão, aparece no artigo uma forma verbal em desacordo com a chamada norma-padrão. Trata-se do emprego equivocado de

A   questão  focaliza  uma passagem de um artigo de José Francisco Botelho e uma das ilustrações de Carlo Giovani a esse artigo.

Compaixão   
    Considerada a maior de todas as virtudes por religiões como o budismo e o hinduísmo, a compaixão é a capacidade humana de compartilhar (ou experimentar de forma parcial) os sentimentos alheios — principalmente o sofrimento. Mas a onipresença da miséria humana faz da compaixão uma virtude potencialmente paralisante. Afogados na enchente das dores alheias, podemos facilmente cair no desespero e na inação. Por isso, a piedade tem uma reputação conturbada na história do pensamento: se alguns a apontaram como o alicerce da ética e da moral, outros viram nela uma armadilha, um mero acréscimo de tristeza a um Universo já suficientemente amargo. Porém, vale lembrar que as virtudes, para funcionarem, devem se encaixar umas às outras: quando aliado à temperança, o sentimento de comiseração pelas dores do mundo pode ser um dos caminhos que nos afastam da cratera de Averno*. Dosando com prudência uma compaixão potencialmente infinita, é possível sentirmos de forma mais intensa a felicidade, a nossa e a dos outros — como alguém que se delicia com um gole de água fresca, lembrando-se do deserto que arde lá fora.
Isso tudo pode parecer estranho, mas o fato é que a denúncia da compaixão segue um raciocínio bastante rigoroso. O sofrimento — e todos concordam — é algo ruim. A compaixão multiplica o sofrimento do mundo, fazendo com que a dor de uma criatura seja sentida também por outra. E o que é pior: ao passar a infelicidade adiante, ela não corrige, nem remedia, nem alivia a dor original. Como essa infiltração universal da tristeza poderia ser uma virtude? No século 1 a.C., Cícero escreveu: “Por que sentir piedade, se em vez disso podemos simplesmente ajudar os sofredores? Devemos ser justos e caridosos, mas sem sofrer o que os outros sofrem".

* Os romanos consideravam a cratera vulcânica de Averno, situada perto de Nápoles, como entrada para o mundo inferior, o mundo dos mortos, governado por Plutão.



A
corrige em vez de corrije.
B
remedia em vez de remedeia.
C
experimentar em vez de exprimentar.
D
alivia em vez de alívia.
E
encaixar em vez de incaixar.
21abc1eb-29
UFBA 2013 - Português - Interpretação de Textos, Problemas da língua culta, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Marque C, se a proposição é certo; E, se a proposição é errado.


De acordo com Faraco (2008), não há diferenças gramaticais entre a norma padrão e a culta, pois ambas seguem exatamente as regras da gramática tradicional, sendo que a primeira pertence à modalidade escrita e a segunda, à modalidade falada.


C
Certo
E
Errado
445ab1e8-1c
UFBA 2013 - Português - Interpretação de Textos, Problemas da língua culta

As “bandeiras” destacadas no quinto parágrafo do texto apresentam em comum o uso do padrão culto da língua escrita.


C
Certo
E
Errado
72f08e34-06
UniCEUB 2014 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Problemas da língua culta

Assinale a alternativa em que a palavra destacada está aplicada corretamente.

A
Na minha infância, adorava brincar com peão.
B
O soldado estava armado com seu fusível.
C
Ele monta desde menino, é um ótimo cavalheiro.
D
O réu foi absolvido.
E
Ontem pedi despensa do trabalho.
fa94ef30-08
UniCEUB 2014 - Português - Ortografia, Problemas da língua culta

Assinale a alternativa em que o plural das palavras “chapéu / cidadão / armazém / degrau / júnior” esteja correto.

A
chapéus / cidadãos / armazéns / degraus / juniores
B
chapéis / cidadãos / armazéns / degrais / júniors
C
chapéus / cidadões / armazéms / degrais / juniores
D
chapéis /cidadões / armazéns / degraus / júniores
E
chapéis /cidadãos / armazéms / degráis / júniors
f9a123bf-08
UniCEUB 2014 - Português - Mal-Mau, Há-a, Mas-mais, Problemas da língua culta

Preencha as lacunas das quatro frases abaixo com as palavras adequadas.

I - Nós viajaremos para a Europa amanhã ................. tarde.
II - Ele tentou subir no pico ................. alto da montanha.
III - Nessa situação, não ................. o que fazer.
IV - Hoje todos estão ................. humorados.

A
a / mais / há / mau
B
à / mas / a / mal
C
a / mas / à / mau
D
há / mais / à / mal
E
à / mais / há / mal
f3da4a68-08
UniCEUB 2014 - Português - Por que- porque/ porquê/ por quê, Problemas da língua culta

Preencha as lacunas com porque; porquê; por que ou por quê. Depois escolha a alternativa que contém as respostas corretas.
I - Ontem você saiu cedo. _______________?
II - _________________ você saiu cedo ontem?
III - Eu sai cedo ___________________ estava cansado.

A
porquê / porque / por que
B
por quê / por que / porque
C
por que / por quê / porque
D
por quê / porque / porquê
E
por que / por que / por quê
f0fafda4-08
UniCEUB 2014 - Português - Interpretação de Textos, Colocação Pronominal, Problemas da língua culta, Morfologia - Pronomes

Leia o poema de Oswald de Andrade e assinale a alternativa incorreta.

Texto para responder a questão.

                 Pronominais

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro

                                       Oswald de Andrade
A
Em “Dê-me um cigarro” há o emprego da mesóclise.
B
No poema, Oswald de Andrade faz uma crítica à rigorosa correção gramatical que não leva em conta os falares do povo brasileiro.
C
Pode-se comparar o primeiro verso com o último para observar uma das diferenças entre a norma padrão culta e a linguagem coloquialmente falada pela maioria das pessoas.
D
O título do poema, “Pronominais”, refere-se à regra de colocação de pronomes, que considera incorreto iniciar pronomes oblíquos átonos no início das frases.
E
Para Oswald, o domínio das regras gramaticais não é necessário para que se estabeleça a comunicação entre as pessoas.
5d3f3e1c-49
UNIFESP 2009 - Português - Por que- porque/ porquê/ por quê, Pronomes relativos, Regência, Problemas da língua culta, Crase, Sintaxe, Morfologia - Pronomes

Leia a tira.

Imagem 011.jpg

Os espaços da frase devem ser preenchidos, respectivamente, com

A
de que ... a ... Por que ... Porque
B
que ... a ... Porque ... Porque
C
de que ... a ... Por quê ... Por que
D
que ... à ... Por que ... Por quê
E
de que ... à ... Por quê ... Porque
df188680-e0
UFTM 2013, UFTM 2013 - Português - Há-a, Problemas da língua culta, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

_____pouco mais de uma década quase não ______genomas completos para serem analisados. Hoje ______programas e mão de obra ______para dar conta da quantidade de sequências de DNA já depositadas em bases públicas de dados e que saem diariamente de uma nova geração de sequenciadores. Extrema­ mente velozes, essas máquinas determinam os pares de bases do material genético, as chamadas letras químicas, a um preço milhares de vezes menor do que no início dos anos 2000, quando chegou ao fim a epopeia de sequenciar o primeiro genoma humano.

Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:

A
Há – havia – faltam – especializada.
B
A – tinham – falta – especializado
C
À – haviam – faltam – especializados
D
A – existiam – falta – especializada.
E
Há – tinha – falta – especializados.
97fef56e-6d
UFT 2010 - Português - Problemas da língua culta

Assinale a alternativa que contenha uma oração que atenda à norma padrão da língua portuguesa:

A
Funcionários e população em geral, temem pela ameaça que o novo produto representa para o meio ambiente, argumentando que a ciência tem desconsiderado, cada vez mais, a ecologia.
B
As decisões internas influênciam o público externo, o que impõe sobre os gestores grande responsabilidade social.
C
A perca da memória em certos casos é irreversível, podendo levar o paciente à total invalidade.
D
A natureza, muito embora alguns insistam em contestar – exaustivamente – , tem dado boas respostas aos exacerbados atos humanos contra ela, haja vista os recentes desastres naturais ocorridos pelo mundo.
E
Diante de tamanha demonstração de poder e, ao mesmo tempo, de incompetência, resta perguntar até onde vai essa cultura instaurada da impunidade?
d8174eaf-fe
UNIFESP 2012 - Português - Acerca de- Há cerca de, Problemas da língua culta

A lacuna do início do texto deve ser corretamente preenchida com

Imagem 013.jpg

A
À.
B
Há cerca de.
C
Fazem.
D
Acerca de.
E
A.