Questõessobre Morfologia - Verbos

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IF-PE 2019 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

No TEXTO 1, observa-se a relação da sociedade com o lixo ao longo do tempo. Para marcar essa história, o tempo verbal vai mudando conforme o assunto avança até os dias atuais. Indique a alternativa que analisa CORRETAMENTE o uso dos tempos verbais do modo indicativo destacados em cada trecho.

TEXTO 1
LIXO: UM GRAVE PROBLEMA DO MUNDO MODERNO
(1) Até meados do século XIX, o lixo gerado – restos de comida, excrementos de animais e outros materiais orgânicos – reintegrava-se aos ciclos naturais e servia como adubo para a agricultura. Mas, com a industrialização e a concentração da população nas grandes cidades, o lixo foi se tornando um problema.
(2) A sociedade moderna rompeu os ciclos da natureza: por um lado, extraímos mais e mais matériasprimas, por outro, fazemos crescer montanhas de lixo. E, como todo esse rejeito não retorna ao ciclo natural, transformando-se em novas matérias-primas, pode tornar-se uma perigosa fonte de contaminação para o meio ambiente ou de doenças.
(3) Recentemente, começamos a perceber que, assim como não podemos deixar o lixo acumular dentro de nossas casas, é preciso conter a geração de resíduos e dar um tratamento adequado ao lixo no nosso planeta. Para isso, será preciso conter o consumo desenfreado, que gera cada vez mais lixo, e investir em tecnologias que permitam diminuir a geração de resíduos, além da reutilização e da reciclagem dos materiais em desuso.
(4) Precisamos, ainda, reformular nossa concepção a respeito do lixo. Não podemos mais encarar todo lixo como “resto inútil”, mas, sim, como algo que pode ser transformado em nova matéria-prima para retornar ao ciclo produtivo.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Lixo um grave problema no mundo moderno. Disponível em: . Acesso em: 27 out. 2019 (adaptado). 
A
No trecho “o lixo gerado (...) servia como adubo para a agricultura” (1º parágrafo), o verbo, no pretérito mais-que-perfeito, diz respeito a um passado anterior à época da industrialização.
B
Em “será preciso conter o consumo desenfreado” (3º parágrafo), o futuro do presente é utilizado para indicar um comportamento que ainda deve se realizar.
C
Na oração “esse rejeito não retorna ao ciclo natural” (2º parágrafo), o trecho utiliza o pretérito imperfeito para assinalar ação frequente no passado, com relação ao lixo.
D
Em “A sociedade moderna rompeu os ciclos da natureza” (2º parágrafo), o verbo no presente referese a uma atitude que vivenciamos diariamente.
E
Na frase “Não podemos mais encarar todo lixo como ‘resto inútil’” (4º parágrafo), o pretérito perfeito aponta para uma ação que já ficou no passado.
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UECE 2018 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Luís Fernando Veríssimo, para escrever sua crônica, utiliza-se, várias vezes, da forma verbal no imperativo com diferentes funções. No que diz respeito a esse uso, assinale a afirmação FALSA.

 

 

VERÍSSIMO, Luís Fernando. Exigências da vida

moderna. Disponível em:

http://www.refletirpararefletir.com.br/4-cronicas-de-luis-fernando-verissimo. Acesso: 22.06.2018.

A
O enunciado com que o cronista finaliza o texto - “Viva a vida com bom humor!!!” (linha 83) – tem o objetivo de dar uma ordem ao leitor.
B
Em “E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada” (linhas 26-27), o verbo no imperativo tem a finalidade de propor uma sugestão ao seu interlocutor.
C
No enunciado “(por experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma)” (linha 48-50), ao fazer uso do imperativo, o cronista tem o objetivo de dar um conselho ao seu interlocutor.
D
No trecho “Chame os amigos junto com os seus pais” (linha 72), a utilização do imperativo tem o propósito de fazer uma recomendação ao leitor da crônica.
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UECE 2018 - Português - Interpretação de Textos, Formas nominais do verbo (particípio, gerúndio, infinitivo), Morfologia - Verbos, Preposições, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Locução Verbal, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A modalidade é a forma como o enunciador marca sua relação com o conteúdo do que enuncia por meio de alguma categoria gramatical. Na crônica de Veríssimo, aparecem diversas expressões verbais como recurso linguístico para indicar a modalidade. A este respeito, é correto afirmar que

 

 

VERÍSSIMO, Luís Fernando. Exigências da vida

moderna. Disponível em:

http://www.refletirpararefletir.com.br/4-cronicas-de-luis-fernando-verissimo. Acesso: 22.06.2018.

A
em “Todos os dias deve-se comer fibra” (linha 21), o verbo ‘dever’ traz o sentido de necessidade e, ao mesmo tempo, de possibilidade.
B
no enunciado “Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia” (linhas 41- 42), há uma construção com o verbo ‘haver’ como auxiliar, seguido da preposição ‘de’ e de um verbo no infinitivo, para significar necessidade ou obrigatoriedade.
C
o uso do verbo ‘dever’ nos enunciados “Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro (linhas 1-2) e “Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água (linhas 7-8)” tem sentido diferente para expressar a ideia de obrigação.
D
no trecho “Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana” (linhas 31- 32), a locução verbal indica a possiblidade que o sujeito tem de realizar ou não a ação de escovar os dentes depois das refeições.
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UNICENTRO 2019 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

Credo


“Padre Nosso que estás no Céu,”

perdi meu Credo que tu me deste.

Eu era menino: Creio em Deus Padre...

Que força me dava a tua oração!

Santa Maria, mãe de Jesus,

perdi as armas que Deus me deu!

“Padre Nosso que estás no Céu,”

santificado seja teu nome,

seja feita — a tua vontade,

e faze que eu ache meu credo de novo!

Eu era menino: Creio em Deus Padre...

Que força me dava a tua oração!

Santa Maria, mãe de Jesus,

Procura pra mim, meu Creio em Deus Padre,

Santa Maria, mãe de Jesus!


LIMA, Jorge de. Poesia completa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. v. 1. p. 135-6.



Em Credo, o poeta muda o tratamento do "Pai Nosso", normalmente apresentado na segunda pessoa do plural, para a segunda pessoa do singular

Se voltarmos a segunda pessoa do plural, as formas em negrito no poema passariam a ser, nessa ordem, grafadas assim:

A
"estais", "destes", "tuas", "teus", "fazeis" e "procurais".
B
"estai", "destes", "vossas", "vossos", "façais" e "procurais".
C
"estais", "destes", "vossas", "vossos", "fazei" e "procurai"
D
"estais", "destes", "vossas", "vossos", "fazeis" e "procurais".
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FUVEST 2019 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Adjetivos, Morfologia - Verbos, Substantivos, Morfologia

Tal como se lê no poema,

 amora                                          

 a palavra amora                          

  seria talvez menos doce               

 e um pouco menos vermelha      

 se não trouxesse em seu corpo  

(como um velado esplendor)      

  a memória da palavra amor         


   a palavra amargo                         

seria talvez mais doce              

e um pouco menos acerba       

se não trouxesse em seu corpo

(como uma sombra a espreitar)

 a memória da palavra amar       

Marco Catalão, Sob a face neutra.

A
a palavra “amora” é substantivo, e “amargo”, adjetivo.
B
o verbo “amar” ameniza o amargor da palavra “amargo”.
C
o substantivo “corpo” apresenta sentido denotativo.
D
o substantivo “amor” intensifica o dulçor da palavra “amora”.
E
o verbo “amar” e o substantivo “amor” são intercambiáveis.
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FUVEST 2019 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe

Leia o trecho extraído de uma notícia veiculada na internet:


“O carro furou o pneu e bateu no meio fio, então eles foram obrigados a parar. O refém conseguiu acionar a população, que depois pegou dois dos três indivíduos e tentaram linchar eles. O outro conseguiu fugir, mas foi preso momentos depois por uma viatura do 5º BPM”, afirmou o major.

Disponível em https://www.gp1.com.br/.


No português do Brasil, a função sintática do sujeito não possui, necessariamente, uma natureza de agente, ainda que o verbo esteja na voz ativa, tal como encontrado em:

A
“O carro furou o pneu”.
B
“e bateu no meio fio”.
C
“O refém conseguiu acionar a população”.
D
“tentaram linchar eles”.
E
“afirmou o major”.
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IFAL 2019 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Interpretação de Textos, Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Coesão e coerência, Travessão, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Quanto aos aspectos linguístico-discursivos do texto, assinale a alternativa que apresenta uma afirmação INCORRETA.

Para responder à questão, leia o texto seguinte.

Sobre a alagoanidade
Extraído do livro “Notas Sobre Leitura”, de Sidney Wanderley 

    Certa feita, em conversa com a jornalista Janayna Ávila, disse-lhe considerar a alagoanidade um nativismo para broncos. De fato, exaspera-me esta questão – monocórdia, obsessiva, recorrente e estéril – da identidade de um povo, qualquer que seja ele. Acrescentei gaiatamente que a viçosanidade – atributo inconfundível de qualquer bípede implume nascido em Viçosa de Alagoas – consiste no amor desmedido às bolachas de padaria, à xistose e à zabumba. Aliás, esse troço de amor desmedido e acrítico ao torrão natal é coisa que fede e da qual desconfio visceralmente.
    Tomo sempre um susto danado quando meu interlocutor, com ares de sociólogo, antropólogo, etnólogo ou besteirólogo, invariavelmente posudo e sisudo, assevera-me existir a ironia tipicamente alagoana, a maledicência inconfundivelmente caeté ou o humor característico de quem por aqui nasceu. Não ignoro que há uma diferença nítida e notória entre o humor inglês e o humor italiano; mas o que diferencia o humor de um alagoano do humor de um capixaba ou de um sergipano? Acaso rimos mais graciosamente que esses outros, ou emitimos algum som inconfundível quando gargalhamos?
    Haver uma ironia, um humor, uma maledicência, uma violência ou um ressentimento inconfundivelmente alagoanos parece-me um disparate tão considerável quanto haver um futebol alagoano, uma poesia alagoana ou uma cardiologia alagoana. O que há é gente a jogar bola, a compor poemas ou a distrair-se remuneradamente com  cateteres nos limites desta modestíssima unidade federativa.
    Arrisco imaginar o muxoxo de desdém e o coice de impaciência que Graciliano Ramos, nosso ícone maior, não dispensaria a quem fosse importuná-lo com essa conversa mole de alagoanidade. A alagoanidade do caráter predatório e tirânico de Paulo Honório; a alagoanidade lastimável e prepotente do soldado amarelo; a alagoanidade agônica da cachorra Baleia, à beira da morte, a sonhar com um mundo repleto de preás; a alagoanidade adiposa e burguesa de Julião Tavares acoplada à alagoanidade ressentida e assassina de Luís da Silva; a alagoanidade mendicante e fétida de Venta-Romba... Melhor deixar em paz o homo quebrangulensis.
    Ocorre-me agora um dilema visceral: opto pela concisão (“as mesmas vinte palavras”) de nosso romancista maior ou pela incontinência verbal de nosso poeta maior, o palmarino Jorge de Lima? Deverei, de imediato, atribuir alguma média ponderada a suas obras e a seus espíritos e obter algum valor que exprima com exatidão e fidedignidade a alma média do homo alagoensis, afogada por inteiro numa mescla de nossos pontos/homens culminantes. Assim, decerto obterei por fim essa tão apregoada quanto fictícia alagoanidade – força vital, espírito motor, éter, suprassumo, élan, quinta-essência – que nos desconfunde e anima.
    Que pecado para um alagoano típico preferir o primeiro (“há sempre um copo de mar” – não necessariamente alagoano – “para um homem navegar”) e o quarto cantos de Invenção de Orfeu (“O perigo da vida são os vácuos”), bem como a difícil decifração do Livro de sonetos, ao Jorge de Lima dengoso e aliciante dos Poemas negros e ao devoto fervoroso de A túnica inconsútil. Que ato bárbaro de antialagoanidade – digno talvez de um fim similar ao que obtiveram Zumbi, Julião Tavares, Baleia e Calabar – preferir a viagem ao lado da vaca palustre e bela e do cavalo erudito e em chamas, ao passeio pelo parnasianismo sentencioso e de fácil consagração de “O acendedor de lampiões”!
    Advogo, sim, uma alagoanidade esculhambada, disforme, banguela, antropofágica (com direito a sardinhas e Sardinha), macunaímica (“Ai! que preguiça!” desse papo infausto e broncoposudo de identidade cultural etc. e coisa e tal), desbragadamente inclusiva e insaciavelmente cosmofágica. Uma alagoanidade tal a de dona Nise da Silveira, que soube unir os tórridos loucos e os gatos tupiniquins à psicologia dos arquétipos junguianos, oriundos da fria e fleumática Suíça. Uma alagoanidade que acolha o cego Homero e o boêmio Zé do Cavaquinho, os epilépticos Dostoiévski e Machado de Assis e o desassossegado Breno Accioly, a mitologia nórdica e o reisado, a madeleine proustiana e as bolachas Pirauê da padaria de Viçosa, o puteiro do finado Mossoró e as libidinagens de Molly Bloom, os travestis da Pajuçara e os versos de Whitman e Lorca, os labirintos borgianos e os descaminhos da feira do Rato, o mujique russo e o sertanejo de Dois Riachos, os feitiços verbais de Guimarães Rosa e o segredo sagrado do camarão do Bar das Ostras, o decassílabo camoniano e o martelo agalopado dos cantadores de viola da minha já recuada infância.
    Uma alagoanidade que me permita ser os trezentos, os trezentos e cinquenta que trago em mim desde a nascença e que se finarão em breve, felizmente, pois viver por vezes é um bocado custoso e prolongado. Ai, que preguiça! e que vontade de adormecer, profundamente, em Viçosa, na confluência dos rios Paraíba, Tejo, Ganges, Mississippi e Eufrates.

P.S.: Dez ou doze coisas em que creio piamente: 1) na metempsicose; 2) nas almas motrizes dos planetas e do Sol; 3) no dilúvio universal; 4) nos vórtices cartesianos; 5) na hereditariedade dos caracteres adquiridos; 6) no geocentrismo: 7) na finitude do universo: 8) na teoria do flogisto; 9) no saci-pererê, no lobisomem e na caipora; e, last but not least, 10) na alagoanidade.

(Disponível em:<http://www.agendaa.tnh1.com.br/vida/literatura/7576/2018/12/1existe-uma-alagoanidade-leia-artigo-do-poeta-sidney-wanderleyem-livro-lancado-nesta-quarta>. Acesso em 5/3/2018)
A
Apesar de o texto ser escrito em primeira pessoa, seu foco não é o sujeito que escreve, mas o objeto sobre o qual o autor se detém, isto é, o assunto abordado; predomina nele, pois, a função referencial da linguagem.
B
No trecho “De fato, exaspera-me esta questão – monocórdia, obsessiva, recorrente e estéril – da identidade de um povo, qualquer que seja ele.”, os travessões poderiam ser substituídos por parênteses; mas isso provocaria efeito de sentido diferente no excerto.
C
Dado o nível informacional do texto, espera-se do interlocutor a partilha, com o autor, de certos conhecimentos específicos relativos à literatura e à história, por exemplo; o que não impede que, sem tais conhecimentos, uma compreensão global das ideias se efetive na leitura.
D
Haja vista seu título, o texto manifesta sua intenção comunicativa ao narrar os fatos que caracterizam a literatura e a história alagoanas; para isso, o autor optou pela estrutura do texto em prosa, dividido em parágrafos e organizado, do ponto de vista da composição, em tese, argumentos e conclusão.
E
Marcadores discursivos como “Certa feita”, “De fato”, “Aliás”, “Assim”, “decerto”, “bem como”, dispostos ao longo do texto, permitem ao autor fazer suas ideias progredirem à medida que ele amplia a discussão e, ainda, possibilitam-lhe marcar sua subjetividade nos enunciados que produz.
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UNICENTRO 2019 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Pronomes possessivos, Análise sintática, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Coesão e coerência, Sintaxe, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Sobre os recursos sintático-semânticos presentes no texto, a única afirmativa sem suporte gramatical é a que diz respeito à alternativa

A
As formas verbais “tem assistido” (l. 1) e “está atingindo” (l. 3) indicam, respectivamente, que o fato se repete, estando muito próximo do presente, e uma ação contínua.
B
O articulador “pelo” (l. 4) introduz uma expressão com uma função sintática, já a introduzida por “pela” (l. 27) exerce outra.
C
Os pronomes “seu” (l. 16) e “seu” (l. 21) indicam posse de diferentes sujeitos nos contextos em que se inserem.
D
Os vocábulos “bem” (l. 25) e “bem” (l. 35), tal como se apresentam, pertencem à mesma classe de palavras.
E
As expressões “de produção” (l. 27) e “de trabalho” (l. 28) possuem valores diferentes: o primeiro é passivo, e o segundo, restritivo.
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UNICENTRO 2019 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Regência, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Análise sintática, Sintaxe, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O termo transcrito está corretamente explicado na alternativa

A
“se invertem” (v. 2) é uma forma verbal que se apresenta na mesma voz que “se planta” (v. 6).
B
“calor” (v. 3) é o agente da ação expressa por “faz” (v. 3).
C
“que” (v. 6) é, do ponto de vista morfossintático, diferente de “que” (v. 7).
D
“nua” (v. 14) conota destruição do mesmo modo que “chora” (v. 18 ) conota pesar.
E
“deixar” (v. 22) apresenta-se com regência diferente daquela em que está usado o verbo “perpetuar” (v. 23).
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UFC 2016 - Português - Morfologia - Verbos, Regência, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Análise sintática, Sintaxe

Assinale a alternativa que analisa corretamente a frase “Pode ser sentido na comida” (linhas 19-20).

Disponível em http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/05/150428_parainglesver_adamsmith2_ss. Acesso em 25 ago. 2016.


Com base no texto 02, da Língua Portuguesa I, responda à questão.

A
A voz verbal é passiva.
B
O período é composto.
C
O sujeito é indeterminado.
D
“na comida” é objeto indireto.
E
O verbo principal é de ligação.
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UFC 2016 - Português - Morfologia - Verbos, Estrutura das Palavras: Radical, Desinência, Prefixo e Sufixo, Morfologia, Estrutura do verbo (radical, vogal temática, desinências)

Assinale a alternativa em que o elemento destacado em maiúsculas está classificado corretamente.

Disponível em http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/05/150428_parainglesver_adamsmith2_ss. Acesso em 25 ago. 2016.


Com base no texto 02, da Língua Portuguesa I, responda à questão.

A
complic-A-do – vogal temática.
B
aliá-S – desinência de número.
C
cultur-A – desinência de gênero.
D
ador-O – desinência modo-temporal.
E
estrangul – AR – desinência modo-temporal.
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UFC 2016 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

O verbo trazer em “trouxe em consequência uma sociedade e um gênero de vida...” (linhas 24-25) encontra-se na terceira pessoa do singular porque:


FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala. Rio de Janeiro: Editora Record, 1998. p. 18 a 31

Com base no texto 01 da Língua Portuguesa I, responda à questão.


A
está empregado em sentido impessoal e genérico.
B
concorda com o sujeito “cana-de-acúcar” (linha 22).
C
o antecedente “cultura” (linha 23) está no singular.
D
o pronome relativo que exige terceira pessoa singular (linha 23).
E
“uma sociedade e um gênero de vida” (linha 25) está posposto.
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UNICENTRO 2016 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Regência, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Funções morfossintáticas da palavra SE, Sintaxe, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre o poema, é correto afirmar:

ANDRADE, Carlos Drummond de. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar,

1964. p. 70.

A
As expressões “compor um poema” (v. 1) e “escrever um poema” (v. 2) são semanticamente opostas e possuem estruturas morfossintáticas diferentes.
B
O sujeito poético, nos versos 5 e 16, explora um recurso de linguagem conhecido por pleonasmo..
C
As formas verbais “declarou” (v.10) e “melhoram” (v. 13) apresentam a mesma conjugação verbal e a mesma exigência em relação à sua regência.
D
O “se” dos versos 14 e 17 exercem, respectivamente, funções morfossintáticas de elemento reflexivo e conectivo condicional.
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UNICENTRO 2016 - Português - Morfologia - Verbos, Regência, Problemas da língua culta, Pronomes pessoais oblíquos, Locução Verbal, Coesão e coerência, Sintaxe, Morfologia - Pronomes

Em relação ao emprego dos verbos e pronomes do poema, é correto afirmar:

 

GUIMARAENS, Alphonsus. Hão de chorar por ela os cinamomos.

Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/literatura/cinco-poemasalphonsus-guimaraens.htm>;. Acesso em: 22 set. 2016.

A
A locução “Hão de chorar” (v. 1) expressa impessoalidade da mesma forma que o é em “hão de cair”(v. 3) e “Hão de chorar” (v. 8).
B
As formas nominais “Murchando” (v. 2) e “Lembrando-se” (v. 4) possuem a mesma regência verbal, exigindo o mesmo tipo de complemento.
C
A forma verbal “pomos” (v. 7) retoma uma ideia recorrente expressa em “pomos”(v. 3).
D
Em “ela se morreu” (v. 6), a partícula “se” tem função expletiva, tornando-se desnecessário o seu uso.
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UNICENTRO 2017 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva)

Passando a frase: “Ela havia feito muitos doces de leite para a festa” para a voz passiva, obtém-se:

O animal satisfeito dorme,
Mário Sérgio Cortella

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece. Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas.
Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento. 
Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, EMAGRECER etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando… 
Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente. 
Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”… 

Excerto do livro “Não nascemos prontos! – provocações filosóficas”. De Mário Sérgio Cortella.
Disponível em:<http://www.contioutra.com/o-animal-satisfeito-dorme-texto-de-mario-sergio-cortella/> 
A
Doces de leite para a festa foram feitos.
B
Muitos doces de leite para a festa haviam sido feitos por ela.
C
Fizeram-se muitos doces de leite por ela para a festa.
D
Muitos doces de leite havia ela feito para a festa.
E
Para a festa ela fez muitos doces de leite.
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UNICENTRO 2017 - Português - Adjetivos, Morfologia - Verbos, Advérbios, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Substantivos, Locução Verbal, Conjunções: Relação de causa e consequência, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Morfologia

Assinale a alternativa correta.

O animal satisfeito dorme,
Mário Sérgio Cortella

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece. Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas.
Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento. 
Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, EMAGRECER etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando… 
Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente. 
Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”… 

Excerto do livro “Não nascemos prontos! – provocações filosóficas”. De Mário Sérgio Cortella.
Disponível em:<http://www.contioutra.com/o-animal-satisfeito-dorme-texto-de-mario-sergio-cortella/> 
A
Em: “O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”, o termo “sempre” é um advérbio de modo.
B
Ainda no período que compõe a alternativa a, a palavra “satisfeito” é um advérbio masculino no singular.
C
No fragmento “...o ser que nasce sabendo não terá novidades”, a palavra “que” é uma conjunção subordinativa integrante.
D
Em: “...impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar”, a palavra “prisioneiros” é um substantivo masculino e “de situações” formam uma locução adjetiva.
E
Os verbos que aparecem no último parágrafo do texto estão todos no presente do indicativo, com exceção de “falou”, que está no pretérito perfeito do indicativo, e convém fazer, que constituem uma locução verbal.
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IF-TO 2016 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Problemas da língua culta, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

Em um hipotético diálogo, um matuto diz a seguinte frase: Nóis apricêia muito os concêio que tu qué dá pra nóis.

Para grafarmos este trecho em conformidade com a norma-padrão da linguagem, teríamos: 

A
Nós apreciaríamos muito os conselhos que você quer dar-nos.
B
Nós apreciaríamos muito os conselhos que tu quer dar.
C
Nós apreciaremos muito os conselhos que você quer dar para nós.
D
Nós apreciamos muito os conselhos que tu queres nos dar.
E
Nós apreciamos muito os conselhos que você quer dá a nós.
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IF-TO 2016 - Português - Adjetivos, Morfologia - Verbos, Advérbios, Preposições, Conjunções: Relação de causa e consequência, Morfologia, Morfologia - Pronomes

As palavras pitoresca, alastrou, matriz e aquela, como classe de palavras, são, respectivamente:

A
Adjetivo, verbo, substantivo, pronome.
B
Advérbio, adjetivo, substantivo, pronome.
C
Adjetivo, advérbio, preposição, conjunção.
D
Adjetivo, verbo, adjetivo, advérbio.
E
Pronome, verbo, adjetivo, advérbio.
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IF-TO 2016 - Português - Morfologia - Verbos, Advérbios, Preposições, Conjunções: Relação de causa e consequência, Morfologia

Leia a tirinha de Laerte, a seguir:



O funcionário do zoológico queria que o colega distraísse a onça por algum tempo. Qual é a palavra, em sua fala, que expressa a noção de tempo e a qual classe gramatical ela pertence?

A
A palavra é “distrai”, e pertence à classe gramatical dos verbos.
B
A palavra é “enquanto”, e pertence à classe gramatical dos advérbios.
C
A palavra é “enquanto”, e pertence à classe gramatical das preposições.
D
A palavra é “enquanto”, e pertence à classe gramatical das conjunções.
E
A palavra é “dou”, e pertence à classe gramatical dos verbos.
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FGV 2015 - Português - Interpretação de Textos, Adjetivos, Morfologia - Verbos, Substantivos, Análise sintática, Sintaxe, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerando-se os elementos descritivos presentes no texto, é correto apontar, nele, o emprego de

Para responder à questão, leia o seguinte texto, em que a autora, colunista de gastronomia, recorda cenas de sua infância: 


Uma tia-avó 


    Fico abismada de ver de quanta coisa não me lembro. Aliás, não me lembro de nada.
    Por exemplo, as férias em que eu ia para uma cidade do interior de Minas, acho que nem cidade era, era uma rua, e passava por Belo Horizonte, onde tinha uma tia-avó. 
    Não poderia repetir o rosto dela, sei que muito magra, vestido até o chão, fantasma em cinzentos, levemente muda, deslizando por corredores de portas muito altas. 
    O clima da casa era de passado embrulhado em papel de seda amarfanhado, e posto no canto para que não se atrevesse a voltar à tona. Nem um riso, um barulho de copos tinindo. Quem estava ali sabia que quanto menos se mexesse menor o perigo de sofrer. Afinal o mundo era um vale de lágrimas. 
    A casa dava para a rua, não tinha jardim, a não ser que você se aventurasse a subir uma escada de cimento, lateral, que te levava aos jardins suspensos da Babilônia. 
    Nem precisava ser sensível para sentir a secura, a geometria esturricada dos canteiros sob o céu de anil de Minas. Nada, nem uma flor, só coisas que espetavam e buxinhos com formatos rígidos e duras palmas e os urubus rodando alto, em cima, esperando… O quê? Segredos enterrados, medo, sentia eu destrambelhando escada abaixo. 
    Na sala, uma cristaleira antiga com um cacho enorme de uvas enroladas em papel brilhante azul. 
    Para mim, pareciam uvas de chocolate, recheadas de bebida, mas não tinha coragem de pedir, estavam lá ano após ano, intocadas. A avó, baixinho, permitia, “Quer, pode pegar”, com voz neutra, mas eu declinava, doida de desejo. 
    Das comidas comuns da casa, não me lembro de uma couvinha que fosse, não me lembro de empregadas, cozinheiras, sala de jantar, nada. 
    Enfim, Belo Horizonte para mim era uma terra triste, de mulheres desesperadas e mudas enterradas no tempo, chocolates sedutores e proibidos. Só valia como passagem para a roça brilhante de sol que me esperava. 

Nina Horta, Folha de S. Paulo, 17/07/2013. Adaptado.
A
estruturas sintáticas que reforçam a objetividade das observações da autora.
B
substantivos e adjetivos que expressam afetividade na apresentação do que está sendo descrito.
C
neutralidade mais acentuada na caracterização das pessoas do que na das coisas.
D
palavras (substantivos, adjetivos e verbos) que destacam traços exteriores das pessoas, em detrimento da análise de sua interioridade.
E
referências genéricas aos objetos recordados, o que evita atribuir-lhes particularidades concretas.