Credo
“Padre Nosso que estás no Céu,”
perdi meu Credo que tu me deste.
Eu era menino: Creio em Deus Padre...
Que força me dava a tua oração!
Santa Maria, mãe de Jesus,
perdi as armas que Deus me deu!
“Padre Nosso que estás no Céu,”
santificado seja teu nome,
seja feita — a tua vontade,
e faze que eu ache meu credo de novo!
Eu era menino: Creio em Deus Padre...
Que força me dava a tua oração!
Santa Maria, mãe de Jesus,
Procura pra mim, meu Creio em Deus Padre,
Santa Maria, mãe de Jesus!
LIMA, Jorge de. Poesia completa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1980. v. 1. p. 135-6.
Em Credo, o poeta muda o tratamento do "Pai Nosso", normalmente apresentado na segunda pessoa do plural, para a segunda pessoa do singular
Se voltarmos a segunda pessoa do plural, as formas em negrito no poema passariam a ser, nessa ordem, grafadas assim:
Credo
“Padre Nosso que estás no Céu,”
perdi meu Credo que tu me deste.
Eu era menino: Creio em Deus Padre...
Que força me dava a tua oração!
Santa Maria, mãe de Jesus,
perdi as armas que Deus me deu!
“Padre Nosso que estás no Céu,”
santificado seja teu nome,
seja feita — a tua vontade,
e faze que eu ache meu credo de novo!
Eu era menino: Creio em Deus Padre...
Que força me dava a tua oração!
Santa Maria, mãe de Jesus,
Procura pra mim, meu Creio em Deus Padre,
Santa Maria, mãe de Jesus!
LIMA, Jorge de. Poesia completa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1980. v. 1. p. 135-6.
Em Credo, o poeta muda o tratamento do "Pai Nosso", normalmente apresentado na segunda pessoa do plural, para a segunda pessoa do singular
Se voltarmos a segunda pessoa do plural, as formas em negrito no poema passariam a ser, nessa ordem, grafadas assim:
Gabarito comentado
Tema central: A questão aborda concordância verbal e pronominal, especificamente a transposição dos verbos e dos pronomes possessivos da 2ª pessoa do singular (tu) para a 2ª pessoa do plural (vós), respeitando a norma-padrão da Língua Portuguesa.
Fundamento Teórico: Segundo as gramáticas tradicionais, como Evanildo Bechara e Cunha & Cintra, ao mudarmos o sujeito de “tu” para “vós”, verbos e pronomes devem ser adaptados:
- Verbos: 2ª pessoa do plural (vós) exige terminação -is ou imperativo com -ei/-ai.
- Pronomes possessivos: “teu(s)/tua(s)” tornam-se “vosso(s)/vossa(s)”.
Justificativa da Alternativa Correta (C):
Cada termo destacado no poema foi corretamente adaptado:
- “estás” → estais
- “deste” → destes
- “tua” → vossa
- “teu” → vosso
- “faze” (imperativo) → fazei
- “procura” (imperativo) → procurai
Análise das Alternativas Incorretas:
- A— Utiliza “tuas” e “teus” (2ª pessoa do singular), quando o correto é “vossas”/“vossos”.
- B— Apresenta “estai” (incorreto), o certo é estais. Usa ainda “façais”, que é subjuntivo, não o imperativo correto (“fazei”).
- D— Usa “fazeis” e “procurais” (presentes do indicativo), não o imperativo (“fazei”/“procurai”).
Pegadinhas e Dicas para Prova: Fique atento à diferença entre presente do indicativo e imperativo na 2ª pessoa do plural, e lembre-se que pronomes possessivos devem concordar com o sujeito.
Conclusão: Marque a alternativa C — ela é a única plenamente adequada à norma-padrão.
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