Questõessobre Crase

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Foram encontradas 107 questões
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IFAL 2016 - Português - Por que- porque/ porquê/ por quê, Interpretação de Textos, Ortografia, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Problemas da língua culta, Crase, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a única alternativa correta.


TEXTO 3


NADA COMO UMA BOA BRIGA

(Duda Teixeira)


COM TODO MUNDO lendo nas redes sociais somente as notícias que corroboram seus preconceitos, os debates entre políticos ganharam uma utilidade pública ainda maior. Ao confrontarem ideias opostas, eles revelam fragilidades e silenciam os radicalismos ancorados na internet. Na segunda-feira, 26, a refrega verbal entre Hillary Clinton e Donald Trump, candidatos à Presidência dos Estados Unidos, estendeu-se por noventa minutos. O republicano Trump escorregou ao dizer que não pode divulgar sua declaração de imposto de renda e ao negar ter sido a favor da Guerra do Iraque. A democrata Hillary não explicou por que passou a criticar os tratados de livre- comércio, os quais sempre defendeu. À vista de todos, nenhuma mentira ficou impune. As afirmações foram conferidas simultaneamente por equipes de jornalistas. Abastecido por eles, o moderador, Lester Holt, da NBC, interpelou várias vezes os dois rivais sobre as falsidades que tinham acabado de dizer. A transparência e a rapidez deixaram tudo mais empolgante e atraíram 84 milhões de espectadores nos Estados Unidos. Apesar do risco de corrigir algo que esteja certo, a checagem dos fatos em tempo real entusiasmou canais de televisão brasileiros, que pensam em reproduzir a iniciativa. Ficou a impressão de que, na era da polarização virtual, a democracia não perdeu vigor, como se especula aqui e ali. Está apenas sendo reinventada.

Veja. Ed. 2498, de 5 de outubro de 2016. p. 39.

A
O “a” em “candidatos à Presidência dos Estados Unidos” (l. 9) continuaria acentuado, se escrevêssemos “Presidente” em vez de “Presidência”.
B
Por estar explicando, a expressão “por que” (l. 13) deve ser grafada assim: “porque”.
C
Se substituíssemos a expressão “nenhuma mentira” (l. 15-16) por “mentira alguma”, a frase ficaria com o mesmo sentido.
D
Tanto faz escrever “espectadores” (l. 23) ou “expectadores”: as duas palavras são sinônimas.
E
Paralização” escreve-se com “z”, tal qual “polarização” (l. 28).
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UDESC 2018 - Português - Interpretação de Textos, Crase, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analise as proposições em relação à obra Melhores contos, Lygia Fagundes Telles, ao conto As formigas e ao Texto 2.

I. Embora a autora se enquadre no período pós-moderno ou contemporâneo, o conto possui uma linguagem simbólica, que comprova a exuberância da narrativa pela fusão de imagens (descrições) auditivas, olfativas e visuais, constituindo uma característica da escola simbolista - sinestesia.
II. A descrição caricata da dona da pensão, a presença do animal de estimação - um gato, o codinome que ela recebe - bruxa, são elementos que causam estranheza e cotizam-se para a atmosfera do fantástico, do sobrenatural.
III. No período “e olhou pelo buraco tão reduzido como o aro de um anel” (linha 22) a palavra destacada, e que estabelece a relação de comparação, pode ser substituída por tal qual, sem comprometer a classificação morfológica, o sentido e a coerência, no texto.
IV. Nas estruturas “é raro à beça” (linhas 3 e 4) e “Café das sete às nove” (linha 9) o sinal gráfico da crase somente é obrigatório na segunda estrutura, por se tratar de hora determinada, e na primeira estrutura o emprego é optativo.
V. Na oração “Não deixem a porta aberta senão meu gato foge” (linhas 11 e 12) a palavra em destaque pode ser substituída por se não, pois ambas têm a mesma acepção que contrário, logo não há alteração semântica.

Assinale a alternativa correta.

A
Somente as afirmativas II, III e V são verdadeiras.
B
Somente as afirmativas I, IV e V são verdadeiras.
C
Somente as afirmativas II, IV e V são verdadeiras.
D
Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
E
Todas as afirmativas são verdadeiras.
2769de5f-f9
UFC 2013 - Português - Há-a, Problemas da língua culta, Crase

Assinale a alternativa que completa corretamente o período: Daqui ____ algum tempo, as cartas de amor serão relíquias, mas _____ alguns anos eram motivo de emoção quando chegavam _____ casa das pessoas.

A
a / há / à.
B
à / há / a.
C
há / à / à. 
D
há / há / a. 
E
a / à / à. 
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CÁSPER LÍBERO 2018 - Português - Crase

Assinale a opção em que o emprego da crase está correto, tal como ocorre em acaba de lançar o chamado às armas":

Radicais Livres


Precursores da Internet se transformam em militantes anti-digital

    Quando a internet comercial ainda engatinhava, um grupo de pensadores - cientistas, filósofos, sociólogos, profissionais liberais - se dedicou a imaginar e construir o ciberespaço, a então nova fronteira da humanidade. Ele tomaria forma com a hiperconectividade dos indivíduos em rede, que poderiam, se quisessem, adotar múltiplas identidades naquele ambiente artificial. Só que hoje, pouco mais de 30 anos depois, os protagonistas desse círculo estão fazendo um apelo desesperado para que a sociedade se desconecte, sob pena de extinguir o que nos resta de humano.

    O cenário retratado pelos digerati é quase devastador. A alcunha vem de literati, "homens letrados" em latim, termo adaptado, com uma certa verve, para a era digital. E a narrativa comum é a virada da internet ao avesso: de um imenso território de liberdade e experimentação criativa, ela teria se transformado num loteamento de espaços fechados, simbolizados pela onipresença das redes sociais. Um espaço em que usuários têm dados espionados, ações monitoradas e vontades manipuladas. Mais: esses agrupamentos que se vendem como locais de convivência abertos e gratuitos, portanto próximos do que imaginaram originalmente os digerati, hoje cobram caro. Quase todos os frequentadores são obrigados a ver o que é anunciado ali.

    Cientista, compositor e escritor, Jaron Lanier, de 58 anos, foi o criador do conceito de realidade virtual. Fundador da primeira empresa a comercializar essa solução em escala industrial, o novaiorquino é um dos principais articuladores desse movimento. Lanier tem levado seus dreadlocks longuíssimos aos quatro cantos do mundo em uma campanha de alerta contra o que chama de "os impérios de modificação de comportamento", como classificou em sua palestra no TED Talks, em maio. Ele não tem Twitter, Red d it ou Facebook e acaba de lançar o chamado às armas "Ten arguments for deleting your social media accounts right now" ("Dez argumentos para deletar agora sua conta nas redes sociais", em tradução livre).


O mecanismo dos likes

     Lanier alega que nas redes sociais o cidadão perde seu livre-arbítrio e se submete ao mecanismo viciante dos likes: "Eles alimentam esses sentimentos, e você fica preso num loop", diz. A discussão é tão procedente que o criador da World Wide Web, o físico inglês Tim Berners-Lee, 63, afirmou, na edição deste mês da revista Vanity Fair, que está "devastado" com os rumos de sua invenção. Ele decidiu desenvolver um antídoto: trabalha no momento em uma plataforma para redescentralizar a internet, para devolver aos usuários o poder e a autonomia sobre os dados que desejam acessar. "Quem quer assegurar que a internet sirva de fato à humanidade está hoje preocupado com o que vê no mundo digital" - diz.

    Especialista em estudos de ciência e tecnologia, Sherry Turkle, 70, vai além. E recomenda o desligamento de celulares e redes sociais. Professora do Massachusetts Institute of Technology, ela acompanhou a mudança de comportamento dos usuários online e estudou desde as múltiplas personas que habitavam os mundos artificiais até a egotrip e a alienação que comprometem o convívio na sociedade real. Turkle é autora do primeiro livro sobre a formação da identidade no ambiente virtual, ''Life on the screen" ("Vida na tela" em tradução livre, de 1995). Em abril, ela publicou um artigo analisando como o crescente repúdio ao Facebook não nos impedirá de seguir ativos na rede social. O motivo? "Ele nos permite ter uma versão melhor de nós mesmos".

    Cientista da computação, escritor e ativista do Software Livre, o americano Richard Stallman, 65, discorda da proposta de desconexão total. Com uma forte ressalva. O uso que ele faz é bem peculiar. Stallman não tem celular, não entra em redes sociais e aboliu aplicativos e programas que utilizam software proprietário. Argumenta que eles são desenhados pelas corporações justamente para manipular e controlar dados dos usuários. "As empresas que desenvolvem esses programas têm controle total sobre o que as pessoas fazem. Se quiserem, elas podem espionar usuários, restringilos ou manipulá-los. Estamos indefesos, impotentes perante a vontade das corporações" - afirma.

    Todas as mensagens que Stallman envia de seu correio eletrônico chegam com uma declaração de defesa da Constituição dos EUA, num recado a "eventuais agentes federais americanos que estejam lendo". Ele fez a reportagem assumir por escrito que leria 13 artigos sobre software livre e se negou a conversar por Skype ou WhatsApp.

    O cientista conta ainda que disse "não, obrigado" ao aprender que todo smartphone, sem exceção, permite às redes telefônicas seguir seus movimentos. E que, segundo ele, quase todo aparelho pode ser convertido num dispositivo de escuta. "Não foi difícil dizer não, já que a alternativa era entregar minha liberdade" - argumenta.

    Procurados por O Globo, Facebook e Twitter não se pronunciaram. O Google informou em nota que anunciou em maio novos recursos com o objetivo de ajudar os usuários a recorrer à tecnologia "de forma mais criteriosa, para desconectar quando necessário e criar hábitos saudáveis em suas famílias".

    Sérgio Branco, diretor e fundador do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, voltado para a promoção de práticas de regulação na área, concorda que as pessoas ainda não se conscientizaram do perigo, especialmente, porque, ele diz, "vive-se a ilusão de que tudo é gratuito". "Jamais será um ato puramente inocente fornecer dados em troca de conteúdo, porque não temos controle sobre o que as empresas farão com eles" - alerta o advogado.

    Como exemplo, ele cita um caso revelado pelo documentário As vítimas do Facebook, lançado pelos diretores canadenses Geoff D'Eon e Jay Dahl em 2011. Uma mulher diagnosticada com depressão severa recebeu como indicação médica sair de férias. Levou a mãe a um cruzeiro no Caribe e postou fotos no Facebook. Seu plano de saúde, que monitorava os dados, viu a foto e cancelou o serviço. A alegação? Quem está em depressão profunda não viaja para o Caribe de férias e muito menos celebra a alegria no universo digital. 


Redes sociais: outras formas de compartilhar

    Se o ciberespaço hoje aparenta ser um lugar ameaçador, a solução para voltarmos a habitar um local seguro e livre pode ser resumida em uma única palavra: conscientização. Stallman, em seu libelo em favor das liberdades individuais, duvida que as empresas desistam de seus lucros para racionalizar o que estão fazendo. Ele aponta uma saída simples e objetiva: "Depende de nós. Precisamos nos recusar a usar programas e plataformas abusivas. A maneira de acabar com o poder das empresas sobre os usuários é insistir em que eles usem software livre. Assim, eles próprios controlariam os programas e poderíam alterá-los. Quando seus amigos disserem que não querem mais usar Facebook, WhatsApp, Skype ou qualquer outro sistema de comunicação viciante, por favor, faça um esforço e coopere. Não descarte a amizade, encontre outras formas de dividir com eles informações sobre eventos sociais" - diz Stallman.

    Já Jaron Lanier sugere "voltar o relógio" e reinventar a participação nas redes sociais. Não mais aceitar um ambiente de oferta de conteúdo aparentemente gratuito, mas ajudar a financiar espaços de concentração de conhecimento, em que especialistas de fato possam emitir suas opiniões. "Essa mudança eliminaria as notícias falsas e, no caso de aconselhamento médico, por exemplo, pagar-seia por pareceres de um verdadeiro profissional. Sonho com isso, e acho sim que a transformação é possível" - defende ele.

    Tristan Harris, 33, ex-designer de Ética do Google, para onde trabalhou até 2016, se tornou uma espécie de mascote para o time dos radicais livres, ao fundar o Centro de Tecnologia Humana. Ele aposta em quatro soluções: as empresas precisam redesenhar suas interfaces para minimizar nosso tempo de tela; os governos têm de pressionar as empresas de tecnologia para adotarem modelos de negócios humanitários; consumidores se defrontam com a tarefa de assumir o controle de suas vidas digitais através de uma conscientização; e os funcionários das empresas de tecnologia devem se capacitar para construir soluções que melhorem a sociedade.

    E como isso se dará no Brasil, que vive a realidade de uma cultura digital especialmente disseminada? Segundo o último levantamento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o país conta com uma base instalada de 235,5 milhões de aparelhos celulares (densidade de 112,6 aparelhos para cada 100 habitantes) e 116 milhões de usuários de Internet.


Contatos perdidos

    Para a professora da UFRJ e teórica da comunicação Raquel Paiva, a conscientização só podería ocorrer se (ou quando) o usuário brasileiro perceber que está se relacionando mais com máquinas do que com pessoas. "Somos um povo gregário, que necessita de vinculação, precisa do olhar do outro para se ver. O que temo é que as pessoas demorem muito a perceber que não cuidaram do seu entorno, que perderam a sociabilidade e deterioraram o seu convívio e sua capacidade de comunicação" - diz.

    Ao descobrir que as informações pessoais dos usuários do Facebook eram vazadas para terceiros, Paiva fechou, de bate-pronto, a conta que tinha na rede social. "Acabei sendo eu a punida, pois perdi o acesso à maioria dos serviços que utilizava no cotidiano, como a compra de produtos orgânicos e roupas alternativas. Também me vi privada do contato com alguns colegas acadêmicos, uma vez que eles passaram a "existir" apenas no âmbito do Facebook" - conta a professora.

    O documentarista canadense Geoff D'Eon, diretor de As vítimas do Facebook, diz simpatizar com a crítica dura dos digerati, mas faz ponderação pertinente: "A desconexão em massa, na prática, não vai acontecer. E não iremos resolver problemas sérios, como a explosão de notícias falsas, cyber-bullying, revenge porn, perda de privacidade e vazamento indiscriminado de informação, apenas com a elite intelectual se retirando das redes sociais. O restante da população seguirá, e as corporações vão continuar ganhando dinheiro. É muito tarde para um caminho de volta. Talvez a saída seja pensar melhor no que postar, ser mais consciente e cauteloso em relação ao que e com quem dividimos nossa vida online".

Rosane Serro, O Globo, 7/7/2018.

A
Fui à Copacabana.
B
Falou à uma certa pessoa.
C
Ficou à ver navios.
D
Dirigiu-se à casa paterna.
E
Caminhou à toda pressa.
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Univap 2016 - Português - Crase

As frases que seguem podem estar corretas ou não quanto ao emprego do acento grave. Leia-as, atentamente, e marque a alternativa correta abaixo.


I. Comprou uma capa igual à que tinha estragado na última chuva.
II. Não sou favorável às decisões tomadas na reunião.
III. Iniciaremos as inscrições à partir de amanhã.


Em relação às frases acima, pode-se afirmar que apenas

A
a frase I está correta.
B
a frase II está correta.
C
as frases I e II estão corretas.
D
as frases II e III estão corretas.
E
as frases I e III estão corretas.
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UPE 2016 - Português - Regência, Colocação Pronominal, Crase, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia - Pronomes

No que se refere a alguns aspectos formais presentes no Texto 1, analise as proposições a seguir.

I. No trecho: “(...) e da sua ama de leite (a mãe preta), cujo leite afro acalentava seu filho branco.” (2º parágrafo), a substituição da forma verbal ‘acalentava’ por ‘nutria’ acarretará a seguinte alteração na regência: ‘(...) e da sua ama de leite (a mãe preta), em cujo leite afro nutria seu filho branco.’.
II. No trecho: “Quem mais morre nas periferias das cidades brasileiras são negros.” (3º parágrafo), a forma verbal destacada está no plural em concordância com o predicativo plural ‘negros’.
III. No trecho: “Ouvimos muitos comentários (...) de que o grande mal do Brasil é o ‘jeitinho brasileiro’, que é atrelado à corrupção.” (1º parágrafo), o sinal indicativo de crase é opcional, já que o verbo ‘atrelar’, no contexto em que se insere, pode também ser transitivo direto.
IV. O segmento destacado no trecho: “Ruralistas e posseiros o fazem à luz do dia no Norte e Centro-Oeste do país.” (6º parágrafo) exemplifica um caso de próclise; a forma enclítica correspondente é ‘fazem-no’.

Estão CORRETAS:

Texto 1

COMPREENDER O BRASIL É DIFÍCIL, MAS NÃO IMPOSSÍVEL

     Ouvimos muitos comentários de analistas sociais e também do senso comum (sobretudo) de que o grande mal do Brasil é o “jeitinho brasileiro”, que é atrelado à corrupção. Pois bem, a observação não é de todo errada, mas esconde outro truísmo aparente. Os males do Brasil enquanto nação e enquanto Estado assentam-se em dois pilares: o genocídio indígena e a escravidão africana.
     Advém daí o machismo e a cultura do estupro: as índias foram as primeiras a serem violentadas pelo colonizador europeu, o que acabou naturalizando essa abominável prática de invasão do corpo do outro, tempos depois aplicando-se o mesmo “método” no corpo da mulher negra e da mulher branca. Os escravocratas, em uma sociedade patriarcal, tornaram legítima também a decisão sobre o corpo da mulher, inclusive da sua esposa: bela, recatada e do lar, e da sua ama de leite (a mãe preta), cujo leite afro acalentava seu filho branco.
     Advém daí o racismo: o colonizador branco, com a chancela da religião cristã e da ciência, arrogou para si a superioridade racial branca, em detrimento do negro, do indígena e do asiático. Nem o questionável 13 de maio nem o estado democrático de direito superou isso. Isso é reproduzido hoje em nível societário. Quem mais morre nas periferias das cidades brasileiras são negros. Alguém cantou num passado recente “todo camburão tem um pouco de navio negreiro”.
     Advém daí o paternalismo: transplantamos para nossas relações humanas as antigas relações típicas de senhor escravo, não na acepção nietzschiana (moral do senhor/moral do escravo), mas na acepção eugênica herdada do darwinismo social de Spencer, que hierarquizou as raças, estando essas associadas ao processo civilizatório de aculturação do indígena, método descrito de forma primorosa por Alfredo Bosi em “As flechas do Sagrado”. Os jesuítas arrogaram para si a responsabilidade por “cuidar do indígena”, inculcando no colonizado a dependência contínua na esteira da “benevolência” mal intencionada. Mal sabiam os colonizadores que as etnias também negociavam, como enunciou Eduardo Viveiros de Castro em “A inconstância da alma selvagem”: os tupinambás jamais abriram mão do que lhes era essencial, a guerra.
     Advém daí o genocídio negro: desde 1982 até 2014 foram 1,2 milhões de negros mortos pela polícia nas periferias, dados da Anistia Internacional. O negro de hoje é o escravizado de ontem e o corpo reificado de anteontem. Na imprensa de hoje, a morte de um jovem branco de classe média suscita debates em torno da violência, ao passo que a morte de um negro é mais uma estatística. Do mesmo modo que a violência contra a mulher é naturalizada e contra a mulher negra duas vezes mais, pois aprendemos com a “globeleza” que o corpo negro feminino é o veículo do pecado e que o corpo feminino deve ser submetido à vontade do corpo masculino, estando apto desde sempre a servi-lo.
     Advém daí o genocídio indígena, ainda em curso. Ruralistas e posseiros o fazem à luz do dia no Norte e Centro-Oeste do país. A imprensa fala pouco, o silêncio cemiterial em torno do tema é um crime confesso, típico de quem consente porque se cala.
     Advém daí a corrupção, pois, no processo colonizatório, legitimou-se a prática de que tudo tem seu preço, quando até mesmo o corpo do outro poderia ser negociado, outrora o escravizado, tempos depois o trabalhador fabril, hoje qualquer alma vulnerável ao consumismo em busca de status.
     Resumo da ópera: a corrupção é um subciclo de dois ciclos maiores: genocídio e escravidão. Por isso esses dois temas interessam a todos os brasileiros. Enquanto não encararmos isso, não avançaremos como povo ou como nação.

Victor Martins. Disponível em: http://www.circulopalmarino.org.br/2016/05/compreender-o-brasil-e-dificil-mas-nao-impossivel. Acesso em: 14/07/16. Adaptado.
A
I e III, apenas.
B
II e III, apenas.
C
I, III e IV, apenas.
D
II e IV, apenas.
E
I, II, III e IV.
f98e1823-e7
CÁSPER LÍBERO 2016 - Português - Colocação Pronominal, Crase, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia - Pronomes

Assinale a alternativa que completa, de acordo, com a norma-padrão, as lacunas do período organizado a partir do texto: Se os cursos de filosofia se voltassem ______ interpretação sistematizada dos textos filosóficos, os alunos não ______ da capacidade de raciocinar com lógica; exercício inviável, sem que se ______ os textos canônicos da filosofia.

Leia o texto a seguir e responda à questao:


Os adolescentes e a filosofia

Vladimir Safatle


    Há poucos anos, o ensino de filosofia tornou-se matéria obrigatória para os alunos de ensino médio. Uma decisão acertada que leva em conta a necessidade de estudantes adolescentes desenvolverem habilidades críticas, além de compreenderem a complexidade da gênese de conceitos fundamentais para nossas formas de vida.

    De fato, a filosofia, tal como a conhecemos hoje, é o discurso que permite à chamada “experiência do pensamento ocidental” criticar seus próprios valores morais, estéticos, normas sociais e evidências cognitivas. A cláusula restritiva relativa ao “ocidente” justifica-se pelo fato de conhecermos muito pouco a respeito dos sistemas não ocidentais de pensamento. Temos, em larga medida, uma visão estereotipada de que eles ainda seriam fortemente vinculados ao pensamento mítico e, por isso, não teriam algo parecido à nossa razão desencantada, que baseia seus princípios na confrontação das argumentações a partir da procura do melhor argumento. É provável que em alguns anos tenhamos de rever tal análise.

    De toda forma, que adolescentes sejam apresentados à filosofia, eis algo que vale a pena conservar. A adolescência transformou-se entre nós em um momento de revisão profunda do sistema de valores e crenças, de abertura e de profunda insegurança. Em sociedades com tendências a criticar modelos de autoridade baseados no legado da tradição e na repetição de experiências passadas, sociedades que incitam os indivíduos a tomar em seus ombros a responsabilidade pela construção de seus estilos de vida, inclusive como estratégia para apagar os impasses propriamente sociais de nossos modelos de conduta e julgamento, a adolescência será necessariamente vivenciada de forma mais angustiante. Nesse sentido, o contato com a filosofia encontra um terreno fértil de questionamento.

    A avaliação dos livros e projetos pedagógicos normalmente direcionados a nossos alunos revela, no entanto, que deveríamos procurar outras estratégias de ensino. Nossos livros didáticos e paradidáticos são, na sua grande maioria, manuais de exposição da história da filosofia a partir de seus personagens principais. Os melhores se organizam a partir de temas específicos e do seu desdobramento nos últimos dois mil anos (o que, convenhamos, não é pouco tempo). Nos dois casos, alcança-se, no máximo, uma visão geral da história das ideias. Normalmente muito bem ilustrada.

    Melhor seria focar o ensino na leitura dirigida de textos maiores da tradição filosófica. Um adolescente tem todas as condições de ter uma primeira leitura produtiva de textos como O banquete ou A república, de Platão, Discurso sobre a origem da desigualdade, de Rousseau, Meditações, de Descartes, Além do bem e do mal, de Nietzsche, ou mesmo um texto como O que é o esclarecimento?, de Kant, entre tantos outros. São obras que abrem parte de suas questões diante de uma primeira leitura dirigida. Eles permitem ainda uma problematização sobre questões maiores como o amor, a política, a autoidentidade, a injustiça social e as aspirações da razão.

    Nesse sentido, ganharíamos mais se os cursos fossem direcionados, por um lado, ao aprendizado sistemático da leitura e da interpretação. Nossos alunos chegam à universidade sem uma real capacidade de compreensão e problematização de textos. Os cursos de Filosofia poderiam colaborar em muito para mudar tal realidade.

    Por outro lado, e sei que isso pode estranhar alguns, ganharíamos muito se uma parte dos cursos de Filosofia para os adolescentes fosse dedicada ao ensino da lógica. Nossos alunos chegam às universidades com dificuldades de escrita e raciocínio que poderiam ser minoradas se eles tivessem cursos de lógica. Sei que esta é uma das disciplinas de que nossos alunos de filosofia menos gostam, mas eles ganhariam muito, em todas as áreas, se tivessem uma formação mais sistemática no campo da lógica e da teoria do conhecimento.

    Neste momento em que a sociedade brasileira se dá conta da importância da luta pela qualidade do ensino, deveríamos parar de desqualificar a capacidade de raciocínio de nossos adolescentes. Eles merecem conhecer diretamente os textos e ideias que constituíram nossa experiência social. Esta seria uma estratégia melhor do que lhes apresentar manuais.

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/revista/760/os-adolescentes-e-a-filosofia-9201.html

A
à, se privariam, leiam
B
a, privariam-se, leiam
C
à, privar-se-iam, leia
D
a, se privariam, lessem
E
a, se privavam, lessem
49d417ea-f2
Univap 2017 - Português - Crase

Em relação ao emprego da crase, as lacunas que constam na frase “Dirigiu-se ______ escola e, na biblioteca, começou ______ estudar _____ páginas da lição do dia em que teve de faltar ______ aulas.” são, corretamente, preenchidas por

A
à / a / as / às /
B
a / a / à / às /
C
a / à / às / às /
D
à / à / às / as /
E
à / à / a / as /
c8e62ebf-b2
IF-PE 2017 - Português - Crase

No título da música “Briga à toa” do compositor pernambucano Jorge de Altinho, transcrita no TEXTO, há um acento grave indicativo de crase que se justifica pelo fato de “à toa” ser uma locução adverbial de modo. Assinale, entre as alternativas a seguir, aquela em que a afirmativa acerca da omissão ou o do uso da crase está CORRETA.

Briga à toa – Jorge de Altinho

Briga à toa – Jorge de Altinho Se você quer voltar pra mim

Tem que me dizer agora

Meu amor, vamos embora

Pois quem ama, não demora

A gente perde tempo à toa

Não tem briga boa, bom mesmo é amar

Você sofrendo, me querendo

E eu aqui roendo, doido pra voltar

Não adianta mais fingir

Que não dá mais pra ir na mesma direção

É bom a gente se entender

Pra depois não sofrer com a separação

Disponível: < https://www.letras.mus.br/jorge-de-altinho/briga-a-toa/>. Acesso em: 10 maio. 2017.

A
No período “Ela foi-se animando à medida que a dor passava” o acento grave indicativo de crase é facultativo, uma vez que a expressão em negrito se trata de uma locução prepositiva.
B
Em “Todas as questões devem ser respondidas a caneta”, não se usa acento grave indicativo de crase, pois “a caneta” é uma locução adverbial de instrumento.
C
Na frase “Meu filho, entregue isso à Paula, nossa vizinha”, o uso do acento grave indicativo de crase é obrigatório por se tratar de um nome próprio feminino.
D
Em “Diziam que ela dançava samba à Carlinhos de Jesus.”, não se deve usar acento grave indicativo de crase, visto que se refere a um nome próprio masculino.
E
Na frase “Dirijo-me, respeitosamente, à Vossa Senhoria.”, o uso do acento grave indicativo de crase justifica-se por anteceder um pronome de tratamento.
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IF-MT 2017 - Português - Crase

Leia atentamente o texto abaixo, publicado na coluna “Dicas de Português” do G1 online, em 27 de junho de 2012.

Saiba quando podemos usar crase antes de palavras masculinas

Publicamos outro dia nesta coluna: “Não há crase antes de palavra masculina”. Entre os comentários recebidos estava uma crítica de um leitor. Veja: “Acredito que há exceção a esta regra, tanto no que se refere a expressões que denotam modo/moda (Filé à Osvaldo Aranha) quanto no uso do pronome demonstrativo “aquele” com verbo que peçam a preposição “a” (Dedicou-se àquele amor por toda a vida).”

Diante da publicação e da ressalva do leitor, analise as orações abaixo quanto ao uso ou à ausência do sinal grave, indicador de crase, e assinale a alternativa INCORRETA.

A
Roupas à Luis XV.
B
As bolas lançadas à gol foram rebatidas.
C
Este caderno é igual àquele que vimos ontem.
D
O livro pertence a João.
E
Daremos trabalho àqueles homens.
658755b7-d9
IF-RS 2018 - Português - Crase

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas nas linhas 03, 07, 12 e 25, nesta ordem.

INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

NOGUEIRA, Salvador. Os legados do gênio Stephen Hawking, na ciência e na vida. Disponível em:<https://super.abril.com.br/ciencia/os-legados-do-genio-na-ciencia-e-na-vida/>. Acesso em: 22 mar. 2018. (adaptado)

A
a – à – a – à
B
à – a – à – à
C
à – à – a – a
D
a – a – à – a
E
à – a – à – a
41f82a33-ea
ULBRA 2012 - Português - Análise sintática, Crase, Sintaxe, Pontuação, Uso da Vírgula

Leia o fragmento a seguir, as afirmações abaixo e marque a resposta correta.


“O título do manifesto, a propósito, é uma alusão à participação do Brasil na XIX Conferência Internacional de Aids, realizada em Washington, nos Estados Unidos, no final de julho”. (l. 16-17)


I – “Uma alusão” consiste no complemento nominal de manifesto.

II – “À participação do Brasil...” constitui-se em complemento nominal ao termo alusão.

III – Em “À participação” o acento indicativo de crase justifica-se simplesmente pela presença da palavra feminina “alusão”.

IV – Em “Realizada em Washington, nos Estados Unidos, no final de julho.” todos os elementos sublinhados são adjuntos adnominais, por isso separados por vírgulas.


Está (ão) correta (s):

A questão refere-se ao fragmento da reportagem Aids: tendência de aumento entre jovens, de Flavia Bemfica, disponível no site: http://www.sinprors.org.br/extraclasse/set12/ imprimir.asp?id_conteudo=436.  


A
I e III.
B
II e IV.
C
I, II, III e IV.
D
Somente II.
E
III e IV.
ceb19fa2-b5
FEI 2014 - Português - Crase

Os acentos graves indicadores de crase observados no poema evidenciam que:

Leia atentamente o poema de Augusto dos Anjos e responda à questão a seguir:

Psicologia de um vencido


A
ocorrem somente com substantivos femininos, dado que indicam o encontro de dois “a”, sendo um deles o artigo definido.
B
ocorrem somente depois de verbos.
C
são acidentais.
D
seguem uma regra aplicável apenas em casos de regência nominal.
E
ocorrem somente com os substantivos femininos, dado que indicam o encontro de dois “a”, sendo um deles o artigo indefinido.
103a1a33-b6
UFAL 2013 - Português - Crase

A seguir, são apresentadas placas encontradas no cotidiano. Marque a alternativa cuja placa traz o emprego ou a ausência do acento grave de acordo com a norma padrão.

Disponível em: http://errarparaacertar.blogspot.com.br. Acesso em: 10 dez. 2013.

A

B

C

D

E

c6f91bb8-f6
UFC 2013 - Português - Interpretação de Textos, Regência, Análise sintática, Crase, Coesão e coerência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

Sobre o enunciado “chegou-se a nós, providencialmente, outro brasileiro”, é correto afirmar que:

A
a expressão “a nós” corresponde a uma ocorrência de uso facultativo do acento indicador de crase.
B
o vocábulo “providencialmente”, um adjunto adverbial, refere-se à expressão “outro brasileiro”.
C
a concordância verbal está de acordo com a norma gramatical, já que o termo nuclear é o sujeito “outro brasileiro”.
D
a concordância verbal normativa deveria considerar como elemento nuclear o termo mais próximo do verbo – “nós”.
E
o verbo é bitransitivo, já que apresenta dois complementos, um direto (o pronome “se”) e um indireto (o pronome “nós”).
0e4e72dc-ef
Inatel 2019 - Português - Há-a, Problemas da língua culta, Crase

Um __um, todos os alunos responderão __diretora sobre os distúrbios que aconteceram __ pouco.


O correto preenchimento das lacunas está em:

Texto I

Maio Amarelo: 5 Pilares da ONU que Explicam a Importância da Busca Pela Segurança no Trânsito

Quando chega o mês de maio, os olhos do mundo se voltam para o Maio Amarelo, movimento que busca chamar a atenção para o alto índice de mortos e feridos no trânsito.
Neste ano, o tema do movimento é “No trânsito, o sentido é a vida”, buscando estimular condutores, ciclistas e pedestres a optarem por um trânsito mais seguro.
Além disso, apresenta o lema “Me ouça”, proposta que tem por fim incentivar os adultos a ouvirem os conselhos dados pelas crianças e, assim, absorverem, sem filtros, o que é certo ou errado.
De acordo com o site do movimento, que é uma ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil, ao todo, 27 países apoiam a campanha atualmente, incluindo, é claro, o Brasil.
Ainda sobre o Maio Amarelo, sua criação esta atrelada à campanha Década de Ação para a Segurança no Trânsito, decretada pela Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 11 de maio de 2011.
O amarelo foi a cor escolhida para representar o movimento porque, na sinalização de trânsito, serve para chamar a atenção dos condutores para o que acontece a sua volta.
Este ano, o Maio Amarelo chega a sua sexta edição, desejando que a sociedade se envolva mais nas ações educativas realizadas pelo mundo e, assim, reflita sobre a mobilidade urbana.
No Brasil, o movimento tem o apoio da Associação Nacional de DETRANS (AND) e do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), sendo mais uma tentativa para que o número de infrações de trânsito, que ocasionam ferimentos graves e muitas vezes levam à morte, diminua em nosso país.
(doutormultas.com.br) 


Texto II


Plano de Ação Global da ONU e a Busca Pela Segurança no Trânsito


Em 2011, a ONU propôs uma união mundial pela busca de um trânsito mais seguro. O movimento Maio Amarelo busca juntar forças à ONU que, há oito anos, propôs ao mundo uma tarefa bastante difícil: diminuir o número de vidas perdidas em decorrência de acidentes de trânsito.
A Global Plan for the decade of action for Road Safety (Década de Ação para Segurança Viária), Plano de Ação Global da ONU, propôs que, até o ano de 2020, os governos de todo o mundo desenvolvam planos nacionais para a Década, como um complemento das demais ações educativas para o trânsito que acontecem pelo mundo.
De acordo com a ONU, acidentes de trânsito ferem de 20 a 50 milhões de pessoas a cada ano, sendo que a maior parte desses acidentes acontece em países populosos, como o Brasil, a China e a Índia.
Além disso, esses países estão entre os que mais têm vítimas no trânsito porque os serviços de emergência disponíveis não são capazes de atender de forma adequada os feridos, já que as condições oferecidas não são capazes de proporcionar bons atendimentos.
Ao propor a Década, a ONU informou que o problema da acidentalidade no trânsito é grande demais para ser solucionado de forma isolada por apenas uma entidade, órgão ou autoridade.
Com isso, a organização reforça, a cada ano, o convite, para que o número de acidentes continue a diminuir e, ao final do prazo (2020), o trânsito seja um lugar mais seguro em todos os cantos do mundo.
A meta, que é reduzir em 50% o número de mortes no trânsito, é orientada a partir de cinco pilares básicos, propostos pela Organização.
Veja abaixo quais são e como eles são capazes de reduzir esses números.
1. Gestão da segurança no trânsito
Com este pilar, a ONU visa incentivar, nos países, a criação de parcerias para que o desenvolvimento e a elaboração de estratégias nacionais de segurança no trânsito sejam realizados, assim como planos de ações.
O órgão acredita que, ao coletar dados referentes ao trânsito em seus territórios, os países conseguirão desenvolver também estudos para que a avaliação e as concepções de medidas que consigam reduzir o número de acidentes de trânsito tenham sua eficácia.
A ONU também indicou que os países estabelecessem uma agência nacional, na qual grupos de coordenação e desenvolvimento de trabalhos devem ser desenvolvidos.
Ainda neste pilar, a ONU recomenda, aos países definidos, objetivos realistas a longo prazo, instalando e mantendo os sistemas de dados necessários para que possam ser obtidos os resultados da supervisão, avaliação e demais medidas em processo. 
Todas essas instruções, de acordo com a ONU, devem acontecer aliadas à verificação dos financiamentos necessários, tendo como base operações já realizadas e que obtiveram bons resultados em outros países.
2. Infraestrutura viária adequada
Aumentar a segurança das redes viárias, proporcionando um ambiente seguro a todos, principalmente aos usuários mais vulneráveis, como os pedestres, ciclistas e motociclistas, é um dos objetivos da ONU com o Plano de Ação.
Aliás, este pilar propõe algo muito importante: a responsabilidade de todas as partes envolvidas na busca pela segurança no trânsito.
A ONU indicou, em 2011, quando propôs a Década de Ação para a Segurança Viária, que os governos e órgãos gestores de vias tivessem como objetivo banir vias de alto risco até o ano de 2020.
É também solicitado aos governos repassar as melhorias da segurança no trânsito para os órgãos gestores de vias, que devem apresentar relatórios anuais sobre a situação da segurança e sobre as melhorias realizadas.
No Brasil, esse serviço é realizado pelas concessionárias de rodovias, que têm seus serviços regulamentados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
A ONU também solicita que os países levem em conta, ao realizarem novas obras, as necessidades de cada tipo de usuário do trânsito, assim como as condições de segurança das novas construções.
Ainda dentro deste pilar, a ONU indica aos Estados que promovam a segurança na operação, manutenção e melhoramentos da infraestrutura, realizando avaliações para que sejam identificadas as vítimas e os fatores ligados à infraestrutura que ocasionam os acidentes de trânsito.
3. Segurança veicular
A ONU chama a atenção para a importância dos dispositivos de segurança
Este pilar é muito importante, pois ele visa incentivar o uso de tecnologias comprovadas para que a segurança dos veículos possa estar assegurada aos condutores.
Para este pilar, a ONU estabeleceu que haja incentivo por parte dos Estados-Membros em relação aos programas de avaliação de automóveis em todas as regiões do mundo para que os consumidores tenham acesso às informações referentes à segurança dos veículos motorizados.
A solicitação da ONU também aponta que, até 2020, todos os veículos estejam equipados com dispositivos de segurança de qualidade, como o cinto de segurança.
Para isso, a Organização também indica que empresas que sigam esses parâmetros de segurança recebam incentivos fiscais, para que importações e exportações de automóveis de segunda mão, com padrões de segurança reduzidos, sejam combatidas.
A ONU também solicita, neste período que vai até 2020, que haja incentivo para a aplicação de regulamentações cujo objetivo é obter a segurança de pedestres, para que sejam reduzidos os riscos aos usuários mais vulneráveis.
4. Usuários mais seguros
Este pilar tem como objetivo promover, aos usuários do trânsito, programas completos para que o mau comportamento seja evitado, estabelecendo medidas que combinem educação e sensibilização do público, como é o caso de muitas campanhas que acontecem no mundo e no Brasil.
Programas que incentivem, por exemplo, o uso dos acessórios de segurança, promovam o combate ao excesso de velocidade e ao uso de substância psicoativa ao dirigir são de grande valia, pois abordam comportamentos que devem ser combatidos pelas campanhas educativas.
Para isso, a ONU sugere que os países aumentem o conhecimento em relação a esses fatores, assim como às medidas preventivas, realizando campanhas de marketing social, a fim de ajudar a influenciar as atitudes e opiniões dos condutores.
No Brasil, de acordo com a legislação, essas campanhas também devem ser financiadas com o dinheiro arrecadado com as multas de trânsito, como está previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), artigo 320.
Este pilar também prevê a criação de leis que alertem os motoristas a respeito do uso do capacete, do cinto de segurança e do consumo de álcool, como acontece aqui no Brasil com a Lei Seca.
A ONU também recomenda que sejam estabelecidas leis profissionais de saúde e de segurança relativas ao transporte, assim como normas e regras para a operação segura dos veículos utilitários, como fretes, transportes rodoviários e frotas de veículos, para que sejam reduzidos os números de acidentes.
Por fim, de acordo com o documento disponibilizado pela ONU, para que os países membros possam melhorar as estatísticas de segurança no trânsito em seus territórios, é preciso desenvolver pesquisas e políticas públicas para que os prejuízos causados por acidentes de trânsito ligados ao trabalho nos setores públicos sejam evitados.
5. Resposta pós-acidente 
Priorizar o atendimento às vitimas de trânsito, de acordo com a ONU, ajudaria na diminuição de vidas perdidas no trânsito
Por fim, o último pilar que serve como base para que os países melhorem os índices de acidentes e mortes no trânsito é a questão da assistência às emergências decorrentes das tragédias no trânsito.
A ONU acredita que, até 2020, é preciso melhorar a capacidade do sistema de saúde e dos demais sistemas envolvidos neste processo para que seja fornecido tratamento emergencial adequado e urgente às vítimas, assim como oportunidade de reabilitação.
No Brasil, de acordo com a Seguradora Líder, responsável pelo pagamento do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT), somente em 2017, foram pagas 383.993 indenizações relativas a acidentes, sendo que mais de 41 mil pessoas morreram em decorrência do trânsito. Todos esses casos significam perdas de vidas, pessoas que deixam um vazio na vida daqueles que os amam. Além disso, representam, aos órgãos públicos de saúde, números com os quais, muitas vezes, não estão preparados para lidar, principalmente em países de terceiro mundo, onde está a maior incidência dos acidentes de trânsito.
A ONU reforça neste pilar a importância de que sejam incentivadas iniciativas que visam analisar quem são essas pessoas e quais os prejuízos do trânsito, podendo, assim, procurar acertos equitativos para as famílias dos mortos e feridos.
Portanto, a Organização acredita que é preciso melhorar a assistência às vítimas de acidentes para que os reflexos dessas perdas não signifiquem prejuízos para a sociedade como um todo.
(doutormultas.com.br)



Texto III 




Instruções:

Fuja das generalizações, clichês, lugares-comuns e frases feitas.
Seu texto deve obrigatoriamente conter um título.
O texto deve ter, no máximo, 25 linhas.
Utilize a última folha da prova como rascunho. É permitido destacá-la.


Coletânea:

Leia toda a coletânea e selecione o que julgar pertinente para a realização da proposta. Articule os elementos selecionados com sua história de leituras e suas reflexões.


Tema: “Como melhorar a situação do trânsito no Brasil?” 
A
a, à e há;
B
à, a e a;
C
à, à e a;
D
a, a e há;
E
à, à e há.
66f0c0cd-d8
FAMEMA 2019 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes pessoais retos, Crase, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Morfologia - Pronomes

Transpondo-se a forma de tratamento para “você”, os versos “Embarca, pobre de ti, / que há já muito que te espero!” e “Pois digo-te que não quero!” assumem, de acordo com a norma-padrão, as seguintes redações:

A
“Embarque, pobre de você, / que há já muito que lhe espero!” e “Pois digo-lhe que não quero!”
B
“Embarque, pobre de você, / que há já muito que o espero!” e “Pois digo-lhe que não quero!”
C
“Embarque, pobre de você, / que há já muito que o espero!” e “Pois digo-o que não quero!”
D
“Embarque, pobre de você, / que há já muito que lhe espero!” e “Pois digo à você que não quero!”
E
“Embarque, pobre de você, / que há já muito que espero você!” e “Pois digo-o que não quero!”
92079a30-ea
IF Sul Rio-Grandense 2016 - Português - Ortografia, Crase

As palavras que completam, de maneira correta, as lacunas no texto, de cima para baixo, são, respectivamente,

ACHADO NÃO É ROUBADO

Fabrício Carpinejar


        Não ganhava mesada, nem ajuda de custo na infância. Eu me virava como dava. Recebia casa, comida e roupa lavada e não havia como miar, latir e __________________ mais nada aos pais, só agradecer.
        As minhas fontes de renda eram praticamente duas: procurar dinheiro nas bolsas vazias da mãe, torcendo para que deixasse alguma nota na pressa da troca dos acessórios, ou catar moedas nas ruas e nos bueiros.
         A modalidade de caça a dinheiro perdido exigia disciplina e profissionalismo. Saía de casa pelas 13h e caminhava por duas horas, com a cabeça apontada ao meio-fio como pedra em estilingue. Varria a poeira com os pés e cortava o mato com canivete. Fui voluntário remoto do Departamento Municipal de Limpeza Urbana.
         Gastava o meu Kichute em vinte quadras, do bairro Petrópolis ao centro. Voltava quando atingia a entrada do viaduto da Conceição e reiniciava a minha arqueologia monetária no outro lado da rua.         Levava um saquinho para colher as moedas. Cada tarde rendia o equivalente a três reais. Encontrar correntinhas, colares e __________________ salvava o dia. Poderia revender no mercado paralelo da escola. As meninas pagavam em jujubas, bolo inglês e guaraná.
         Já o bueiro me socializava. Convidava com frequência o Liquinho, vulgo Ricardo. Mais forte do que eu, ajudava a levantar a pesada e lacrada tampa de metal. Eu ficava com a responsabilidade de descer_________ profundezas do lodo. Tirava toda a roupa – a mãe não perdoaria o petróleo do esgoto – e pulava de cueca, apalpando às cegas o fundo com as mãos. Esquecia a nojeira imaginando as recompensas. Repartia os lucros com os colegas que me acompanhavam nas expedições ao submundo de Porto Alegre. Lembro que compramos uma bola de futebol com a arrecadação de duas semanas.
         Espantoso o número de itens perdidos. Assim como os professores paravam no meu colégio, acreditava na greve dos objetos: moedas e anéis rolavam e cédulas voavam dos bolsos para protestar por melhores condições.
         Sofria para me manter estável, pois nunca pedia dinheiro a ninguém. Desde cedo, descobri que vadiar é também trabalhar duro.


Disponível em: < http://carpinejar.blogspot.com.br/2016/06/achado-nao-e-roubado.html > Acesso em: 22 jun. 2016.
A
reinvindicar - broxes - as.
B
reinvindicar - broches - as.
C
reivindicar - broches - às.
D
reivindicar - broxes - às.
00e76993-e6
Inatel 2019 - Português - Crase

Nas alternativas abaixo, a crase é permitida em:

Texto II


Só metade das famílias dedica tempo suficiente à educação dos filhos


Pesquisa da ONG britânica Varkey Foundation mostra a percepção de famílias brasileiras e de outros 28 países sobre a maneira com que acompanham a vida escolar de seus filhos


Você não está sozinho(a) quando diz que não tem tempo para acompanhar o desempenho de seu filho ou sequer perguntar como foi o dia dele na escola. No Brasil, 46% dos pais e responsáveis por crianças em idade escolar dizem não dedicar tempo suficiente com a educação dos filhos, 41% reservam uma quantidade adequada e 9% sentem que reservam muito tempo para acompanhá-los. É isso o que mostra uma pesquisa da ONG global de educação Varkey Foundation feita em parceria com o Instituto Ipsos com 27 mil pais de estudantes de 4 a 18 anos em 29 países.

Mais do que um consenso entre educadores, outras pesquisas internacionais mostram que o engajamento familiar é fundamental para o desenvolvimento dos alunos. De acordo com a publicação Family Engagement from the Youth Perspective, do Cambridge Kids Council, a aproximação entre escolas e famílias pode influenciar resultados educacionais das crianças e ajudar os alunos a transitarem com autonomia por diferentes etapas das suas vidas, além de colaborar para promover a equidade na educação.

O estudo da Fundação Varkey também aponta que 51% dos familiares consideram a escola as escolas públicas brasileiras “fracas” e, se houvesse condições financeiras, 81% daqueles cujos filhos frequentam escolas públicas disseram que “bastante provavelmente” ou “muito provavelmente” migrariam para o ensino privado. Trata-se do índice mais alto em toda a América Latina.

Apesar de se declararem pouco participativos nos estudos dos filhos e criticarem a qualidade da escola pública, 70% dos brasileiros estão otimistas quanto ao futuro dos filhos, um número muito superior à média global de 60%.



Melhorou ou piorou?

Enquanto as transformações tecnológicas e culturais demonstram-se cada vez mais rápidas, os pais demonstram-se em dúvida quanto aos padrões de educação terem melhorado ou piorado nos últimos dez anos – 40% dizem que “melhorou” e 37% dizem que “piorou”. Os dados referentes ao Brasil são um pouco menores que a média: para 36% está melhor, enquanto 52% avaliam que o ensino piorou na última década.

Alguns dos pais mais pessimistas se encontram nas grandes economias europeias. Os pais franceses estão particularmente pessimistas quanto à educação, com apenas 8% dizendo que os padrões melhoraram, seguidos pelos alemães (19%).

Os pais das economias asiáticas emergentes são muito mais positivos, com 72% na Índia e 70% na China e em Singapura dizendo que a educação melhorou. O Japão é o único país asiático abaixo da média global da pesquisa, com 21%.

Reconhecimento do professor
Caso houvesse fundos adicionais para a escola de seus filhos, a maioria dos pais gostaria que fossem gastos nos professores. Metade (50%) dos pais indica mais professores, ou uma melhor remuneração dos professores existentes, como uma de suas principais prioridades. Isso é comparado com pais que gastariam fundos adicionais hipotéticos para a escola de seus filhos em: computadores/tecnologia (46%); atividades extracurriculares (44%); equipe de suporte (37%); recursos (37%); e em edifícios e outras instalações (34%).

Gestão escolar
O número de pais brasileiros (55%) que aprovam a gestão de escolas públicas por empresas privadas (como no modelo nos Estados Unidos) é três vezes superior ao dos que se opõem à ideia (16%). 
Associações de pais são uma escolha popular para a gestão de escolas públicas, com quase dois terços (61%) dos pais brasileiros satisfeitos com esta opção, número muito acima da média global (50%).

Instruções:
Fuja das generalizações, clichês, lugares-comuns e frases feitas.
Seu texto deve obrigatoriamente conter um título.
O texto deve ter, no máximo, 25 linhas.
Utilize a última folha da prova como rascunho. É permitido destacá-la.

Coletânea: Leia toda a coletânea e selecione o que julgar pertinente para a realização da proposta. Articule os elementos selecionados com sua história de leituras e suas reflexões.

Tema: “Principais desafios na educação dos filhos” 
A
Enviei à Roma suas anotações;
B
Fui à Lapa para inaugurar a fábrica;
C
Alô, italianos, chegamos à Bologna;
D
Chegou à Londres, a fim de visitar sua família;
E
NDA.
6c8fe946-eb
CÁSPER LÍBERO 2009 - Português - Interpretação de Textos, Problemas da língua culta, Crase, Coesão e coerência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Pontuação, Redação - Reescritura de texto, Uso da Vírgula

Assinale a alternativa que corrige, de acordo com a norma culta, o conjunto dos textos publicitários.

A
Fórmula guardada há sete chaves. Por isso ninguém copia o sabor do guaraná Amazonas./ Na sua vida existe muitos números. E o número do seu colesterol você sabe qual é? Chegou a linha Bel./ Mantenha-se na pista. Principalmente se for sábado à noite. Somatos. De bem com você./ Uma noite, depois de curtir um tempo com minha filha, recebi a assessoria de um gerente sobre meus investimentos. Foi aí que eu entendi o valor de ser cliente Portinari.
B
Fórmula guardada a sete chaves. Por isso ninguém copia o sabor do guaraná Amazonas./ Na sua vida existem muitos números. E o número do seu colesterol você sabe qual é? Chegou a linha Bel./ Mantenha-se na pista. Principalmente se for sábado a noite. Somatos. De bem com você./ Uma noite, depois de curtir um tempo com minha filha, recebi a ascessoria de um gerente sobre meus investimentos. Foi aí que eu entendi o valor de ser cliente Portinari.
C
Fórmula guardada há sete chaves. Por isso ninguém copia o sabor do guaraná Amazonas./ Na sua vida existem muitos números. E o número do seu colesterol você sabe qual é? Chegou a linha Bel./ Mantenha-se na pista. Principalmente se for sábado à noite. Somatos. De bem com você./ Uma noite, depois de curtir um tempo com minha filha, recebi a assesçoria de um gerente sobre meus investimentos. Foi aí que eu entendi o valor de ser cliente Portinari.
D
Fórmula guardada a sete chaves. Por isso ninguém copia o sabor do guaraná Amazonas./ Na sua vida existe muitos números. E o número do seu colesterol você sabe qual é? Chegou a linha Bel./ Mantenha-se na pista. Principalmente se for sábado a noite. Somatos. De bem com você./ Uma noite, depois de curtir um tempo com minha filha, recebi a assessoria de um gerente sobre meus investimentos. Foi aí que eu entendi o valor de ser cliente Portinari.
E
Fórmula guardada a sete chaves. Por isso ninguém copia o sabor do guaraná Amazonas./ Na sua vida existem muitos números. E o número do seu colesterol, você sabe qual é? Chegou a linha Bel./ Mantenha-se na pista. Principalmente se for sábado à noite. Somatos. De bem com você./ Uma noite, depois de curtir um tempo com minha filha, recebi a assessoria de um gerente sobre meus investimentos. Foi aí que eu entendi o valor de ser cliente Portinari.